Cem dias que abalaram Manaus

Hoje, às 19h, estaremos no Amazonsat, juntamente com Humberto Amorim e Carlos Santiago, para analisar os 100 dias do Governo Amazonino Mendes na Prefeitura. Mais parece o cenário de um filme que poderia se chamar "Cem dias que abalaram Manaus". E, quem dera, que o abalo fosse em trabalho. Ao que tudo indica, nem mesmo os alidados de ocasião estão mais com o prefeito. Corre à boca pequena, inclusive, que o prefeito passa de duas a três semanas sem aparecer na prefeitura. Talvez por isso haja uma rebelião de alguns vereadores. Espera-se que Amazonino Mendes não faça na prefeitura o que fez no seu último jornal: deixou os jornalistas chupando os dedos e fechou a empresa. Os Conselheiros Tutelares já estão sem salários e recorrendo à justiça para receberam o mês de abril. Os 100 primeiros dias já deixaram alguns "sem" nada, com a licença pelo trocadilho.

Miopia

Não é possível que ninguém tenha alertado o antigo prefeito de Manaus, Serafim Corrêa, nem o novo prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, de que a entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) tornar-se-ia impraticável com a inauguração do Complexo Viário do Coroado. Nem se precisou inaugurar o tal Complexo para o problema se agravar. Hoje, entrar no Campus Universitário Arthur Virgílio Filho é quase impossível. Quem possui automóvel já começa a se sentir em plena avenida Paulista no meio do rush. E vai ficar pior se não for feita uma passagem de nível ou um pontilhão na entrada do Campus. Parece tão mais lógico que qualquer tipo de obra fosse feito antes de se inaugurar o Complexo Viário. Deixar para se tomar alguma medida só quando o caos estiver completamente instalado é uma demonstração de miopia inaceitável. Cumprir o horário agora significa sair de casa pelo menos uma hora antes. Quando o Complexo for inaugurado será preciso sair de casa antes das 6h. Será mais um motivo de estresse para comunidade universitária que poderia ser evitado. Quem fará algo para mudar essa realidade?

Descompromisso

O processo administrativo nas universidades brasileiras tem de avançar do mero "controle" para o compromisso. Não adianta pensarmos em novas metodologias, novos projetos pedagógicos e novas práticas didático-pedagógicas se não tivermos o compromisso tácito dos nosso colegas de trabalho. A revolução necessária para tirar a Ufam do ostracismo e do marasmo no qual mergulhou depende de cada um dos professores, de todos os técnicos e de cada um dos estudantes. Ao que parece, há um descompromisso tácito entre todos. Ou se muda esse quadro ou a Universidade brasileira entra em uma espiral de decadência e tendemos a fenecer. Esperamos superar todas essas deficiências e vencer o descompromisso. Assim será se quisermos. Basta arregaçarmos as mangas.

Na blogosfera

Demoramos a entrar na BLOGOSFERA. Não tinhamos jeito de ficar de fora. Coordenamos o Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Uiversidade Federal do Amazonas (Ufam) que nasceu do Grupo de Pesquisa em Ciências da Comuniação, Informação, Design e Artes (Interfaces). O Interfaces tinha por objetivo a criação de uma revista científica, integrar estudos entre o nível de Graduação e Pós-graduaçã e propor a criação de um Programa de Pós-graduação na área de Comunicação para a Ufam. Objetivos atingidos, o Interfaces trilhou o rumo estratégico de, a partir de agora, estudar a "digitalização da vida". Para tanto teremos o Caderno InterMais de Ciência e Tecnologia, que se transformou em duas páginas semanais no Jornal Amazonas em Tempo, uma publicada às quintas e outra aos domingos; a Revista InterMais Online, a Rádio InterMais e a TV InterMais. Aqui será o espaço das trocas de experiências, das análises, das pesquisas e dos artigos. Que sejamos livres e autônomos para manifestarmos nosso pensamento.