terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O preconceito nada velado contra a mulher


Depois que escrevi aqui neste espaço sobre o preconceito velado, passei a observar melhor como ele se manifesta no dia-a-dia. Contra os homossexuais masculinos, ainda aparece em alguns comentários, principalmente naqueles programas de televisão após os jogos, que recebem o nome de “mesas-redondas”. Se você prestar a atenção, perceberá. Quando, no jogo, as auxiliares são mulheres, então, o preconceito se cristaliza, às vezes, em quase todos os comentários. Hoje pela manhã, porém, em uma das rádios da cidade de Sena Madureira, que fica a 174 quilômetros de Rio Branco, a capital, percebi como o preconceito contra a mulher está ainda em parte do dia-a-dia. E as pessoas o praticam sem sentir. O locutor do programa anunciava uma loja de películas. E chamava a atenção para a grande novidade: o sensor de ré. O tal acessório poderia ser instalado em qualquer carro, dizia ele. E completou: “é aquele aparelho que quando você vai dar a ré ele apita. Apita para avisar que tem algo atrás do carro. Serve pra todo motorista desatento. Pra mulher, então”. E continuou a apresentar o programa como se nada tivesse acontecido. Muito provavelmente, nenhuma mulher se sentiu ofendida. Grande parte delas leva tudo isso “na brincadeira”. Acontece, porém, que até nos xingamentos, a figura da mulher é diminuída ou o preconceito se manifesta. Alguém já ouviu uma pessoa chamar a outra de “filho de um puto”? E se chamasse, raramente alguém se ofenderia, uma vez que, com o machismo predominante, se o homem não for isso, perde, inclusive, a condição de macho. Às mulheres, porém, não se permite esse tipo de comportamento. Vai xingar alguém de “filho da puta?” A própria língua é masculina e carrega ao longo da história a discriminação e o domínio masculino contra a mulher. Refletir sempre sobre o assunto é louvável!

Um comentário:

  1. Direitos igual a todos vamos brigar sempre pela nossa violentada liberdade.

    Muito bom o seu blog adorei parabéns.
    Receitas

    Até mais.

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