quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Um cidade sitiada pelo temporal


Se nos Estados Unidos há a tradição de se batizar os ciclones e temporais, no Brasil, pouco se via o fenômeno. Em Manaus, ontem, a chuva foi tão forte que mais parecia um vendaval. Nem de longe, se compara à tempestade tropical norte-americana denominada “Sandy”. No entanto, demonstrou um poder de destruição em tão pouco tempo que áreas nobres como o bairro de Vieralves e entorno ficaram sem energia elétrica desde a hora do temporal até o final da tarde. Sem contar o número de árvores caídas e semáforos sem funcionar. Casas foram destelhadas, automóveis destruídos e instalou-se o caos durante a noite. Não ficou só nisso: durante o dia, boa parte da cidade continuou sem energia elétrica. Com isso o trânsito não fluía. Para piorar, sem a energia elétrica as pessoas não puderam se comunicar, celulares e telefones sem fios pararam de funcionar e os ares condicionados não puderam ser ligados. Além de tudo, ainda se foi obrigado a conviver, durante a manhã e parte da tarde, com um calor insuportável. Quem circulou pelas ruas ontem, durante e após o temporal teve a sensação de estar em uma cidade sitiada. A dúvida que ficar no ar: não seria possível, no Brasil, se criar um serviço e previsão de temporais? Não é a primeira vez que Manaus sofre com as tempestades. A de ontem, possivelmente, foi uma das com maior capacidade de provocar estragos. Certamente não será a última. Urge que medidas preventivas sejam urgentemente tomadas. Mais um problema grave a ser enfrentado pelo novo prefeito eleito da cidade.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O desafio hercúleo de arrumar Manaus


O prefeito eleito de Manaus, Artur Virgílio Neto (PSDB), não terá vida fácil a partir de janeiro de 2013. E, ao que tudo indica, tem plena consciência disso. Já marcou visita ao governado Omar Aziz (PSD) e pretende ir a Brasília, tentar audiência com a presidente Dilma Roussef (PT). Ainda que seja recebido com toda a boa-vontade do mundo, tanto por Aziz quanto por Rousseff, o prefeito de Manaus enfrenta uma tarefa quase mitológica: soerguer a cidade. Há três gargalos que precisam ser atacados urgentemente: transporte, saúde e limpeza pública. Em termos de transporte público, Neto terá de desarmar uma espécie de bomba-relógio que é uma espécie de máfia a dominar o setor: os mesmos donos revezam-se, criam empresas, participam de consócios e cooperativas, criam novas empresas e “não largam o osso”. Quando foi prefeito, Artur Neto não conseguiu nem “fazer cócegas” no setor. Ou age com rigor agora ou perde o rumo. Na saúde, o maior desafio é atender a demanda, cada vez maior, pelos serviços básicos. Administradora oficial do Sistema Único de Saúde (SUS), a Prefeitura se limita às “casas de saúde” como se isso solucionasse os problemas da cidade. Sem investir na medicina preventiva e em pensadas campanhas de esclarecimento para a população, o problema não será solucionado. No tocante à limpeza pública, é um dos problemas que, talvez, o prefeito consiga ter êxito com maior rapidez, por ser mais operacional que estratégico. No entanto, não se deve esquecer que o “tratamento” dado ao lixo também é uma questão de convencimento e de políticas públicas capazes de conscientizar a população de que hábitos higiênicos saudáveis interferem, para mais ou para menos, nos gastos com saúde pública e com a própria limpeza. Haja trabalho!

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O mito de Ajuricaba revisto nas urnas


Manaus é uma cidade que não ser curva aos pseudolíderes que a querem subjugar. O povo da cidade fez valer o Mito de Ajuricaba, guerreiro que não se subjugou ao conquistador e lutou pela terra e pelos direitos da nação Manaó. Nas urnas, o recado parece ter sido dado de forma inequívoca: o povo de Manaus não aceita nada imposto, ainda que venha de um quarteto tão popular quanto os são Omar Aziz (PSD), Eduardo Braga (PMDB), Dilma Roussef (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda que juntos, essas forças políticas não conseguiram impor a candidatura da senadora Vanessa Grazziottin (PC do B) e deram a chance de Artur Neto (PSDB) renascer das cinzas e “tocar fogo” na sucessão estadual de 2014, que parecia carta completamente marcada no baralho da política local. E não me venham com essa história de tentar minimizar a derrota e desqualificar a vitória de Neto. Há, sim, um grande derrotado no processo. Chama-se Eduardo Braga. Que, ao apagar das luzes, retirou o nome da senadora Vanessa Grazziottin da cartola e “empurrou goela abaixo”, inclusive dos seus aliados. Grazziottin fez história e tem um único erro: aceitou esse processo. E, ao que tudo indica o voto da cidade não foi contra ela, mas, contra “a forma como tudo foi conduzido”. Vivemos novos tempos! Estamos em uma democracia que, a cada dia, amadurece mais. Portanto, que sirva de lição àqueles que tentam subjugar o povo de uma cidade e seus próprios aliados correm o risco de serem rifados nas urnas.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 28 de outubro de 2012

Mensaleiro bom é mensaleiro preso


Há uma turma de idiotas, certamente pagos pelo Partido dos Trabalhadores (PT) que tenta incutir na cabeça das pessoas que a vitória do poste Fernando Haddad, em São Paulo, significa a absolvição de Luiz Inácio Lula da Silva e de toda a sua quadrilha de mensaleiros. Não o é! Significa sim, o enterro no meio do caminho de um partido, o PSD, que foi criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com as bênçãos de Dilma Rousseff e do próprio Lula, quando ainda tinham a ideia de que Kassab pudesse apoiar qualquer poste indicado por Lula. Significa, mais que tudo, que o povo não quer mais saber de um continuísmo de 20 anos do PSDB a comandar São Paulo. Apenas isso. Nenhuma relação com a condenação de uma Nquadrilha de vagabundos que tomou conta de Brasília e forjou um projeto de permanecer no poder, se possível, ad eternum. Não confundam as coisas e não pensem que somos todos idiotas ou imbecis. Superestimar a vitória em São Paulo pode ser o primeiro passo para perderem Brasília e o Brasil em 2014. Aos olhos do povo, mensaleiro bom é mensaleiro preso. E nem adianta inventar algum tipo de manobra para que a presidente Dilma Roussef conceda indulto aos condenados porque, caso isso aconteça, ela enterra a própria reeleição. Não brinquem com o povo brasileiro. A Venezuela não é aqui!

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 27 de outubro de 2012

Lei seca para inglês ver


Manaus tem algumas peculiaridades que saltam aos olhos. Uma delas é a denominação dos prédios empreendimentos imobiliários. Depois de uma fase na qual todos os nomes eram em francês e começavam com “Saint”, inclusive o prédio onde moro, agora passou para a fase inglesa, com um deles denominado “Reserva inglesa”. Os versos de Aldísio Filgueiras, “..tu nunca serás Liverpool” estão com os dias contados. O primeiro prédio da dita “reserva inglesa” se chama Liverpool. Certamente, terá relações mais diretas com o dia-a-dia da cidade na qual tudo parece ser “para inglês ver”. Uma dessas coisas “para inglês ver” aconteceu no dia 7 de outubro, no primeiro turno das eleições e, certamente, repetir-se-á amanhã, data do segundo turno: a Lei Seca. É tão hilária a Lei que proíbe a “comercialização de bebida alcoólica”. Além de as pessoas comercializarem as bebidas sem nenhum problema, interpretam que a Lei não proíbe o consumo. Portanto, o melhor conselho é ter muito cuidado ao dirigir, amanhã, pelas ruas de Manaus. Poderá encontrar algum motorista cuja obediência à Lei passou longe. Cuidar de si e dos outros condutores, numa hora dessas, é essencial.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amazonino: um bom aluno do PT


O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), é um dos alunos mais aplicados da história política do Estado. Cria do “professor” Gilberto Mestrinho, Mendes, certamente, sabe muito bem que durante gerações e gerações, Mestrinho teve muitos votos garantidos pelo “cabresto do brinquedo”. A distribuição de milhões de brinquedos fazia com que as crianças carentes jamais esqueciam Mestrinho, mesmo quando envelheciam. Ao chegar ao poder, o Partido dos Trabalhadores (PT) tomou pra si os programas sociais criados pela então primeira-dama Ruth Cardoso, transformou-os em bolsaqualquercoisaquehouver: a maior máquina de fazer votos da história deste País. Sem nenhum pudor em copiar experiências bem-sucedidas, Mendes criou em Manaus o “Bolsa Universidade”, que já conta com 10 mil concessões e promete ser ampliada por Artur Neto, caso seja vencedor. Como os brinquedos de Mestrinho, esse tipo de “concessão” gera o que se pode denominar de “cabresto de nível superior”. Bem ou mal, cabresto ou não, esse tipo de programa social tem o poder de incluir pessoas que jamais poderiam sê-las não fossem essas bolsas de estudos. Como bom aluno do PT, Mendes copiou bem os acertos dos Partidos dos Trabalhadores. Ao que parece, porém, transfere o know how, agora, ao PSDB: a sociedade ganha!

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Não se joga uma história no lixo


Não tenho nenhuma procuração para defender a candidata do PC do B à prefeitura de Manaus, Vanessa Grazziotin. E não ocuparei este espaço para defendê-la dos graves erros cometidos nesta campanha. Inclusive o de ter aceito ser candidata. Confesso, porém, que até eu, com a perspectiva de ter o apoio incondicional de Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz (PSD) e os dois maios poderosos líderes atuais do Partido dos Trabalhadores (PT), certamente, sentir-me-ia seduzido pela perspectiva de ser o “prefeito de Manaus na Copa do Mundo”. E ninguém pode dizer que Grazziottin não recebeu o apoio dos quatro maiores líderes político em atuação, hoje, em Manaus e no Amazonas. “Faltou, porém, combinar com os russos”. E, os russos, nesse caso, são as pessoas, o povo. E, ao que parece, o povo de Manaus resolveu mandar um recadinho a todos os que se consideram donos dos seus votos e das suas consciências. Isso, porém, jamais pode invalidar ou anular a história de luta da então deputada federal Vanessa Grazziottin. Ela escreveu uma história de vida (e de luta) de acordo com aquilo que crê e defende. Se dessa vez o povo deu uma resposta contrária a ela, talvez seja para, indiretamente, fazer valer a máxima “diz-me com quem andas e direi quem és”. O grupo político que hoje sustenta a candidatura de Vanessa Grazziottin é o mesmo que ela combateu a vida inteira. O povo, ao que parece, não perdoa incoerências. Afora, isso, a história de Grazziottin precisa (e deve) ser respeitada.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Manaus dos 343 anos e 12 mortes na Ponta Negra


Datas festivas nem sempre indicam motivos de comemoração. Manaus completa hoje 343 anos de “um sonho feliz de cidade”, que nasceu “Porto de Lenha” e, segundo Zeca Torres e Aldísio Filgueiras, jamais será Liverpool. Uma das provas vivas de que Manaus tem complexo de Paris ou de Liverpool foi a obra denominada “Praia da Ponta Negra” que, no fundo, não passa de um balneário mal-ajambrado para valorizar os apartamentos dos ricos que ali moram e “engambelar” os pobres atraídos para lá aos domingos e feriados. Depois que a “Praia” foi reaberta, 12 pessoas morreram e o poder público tem o discurso de uma nota só: a prefeitura não é babá de bêbado! Chegar aos 343 anos com uma Prefeitura que não assume sua responsabilidade institucional e cria obras de gosto duvidoso e eficácia mais duvidosa ainda, não me parecem motivos para nenhum tipo de comemoração. Ao contrário, hoje deveria ser uma data para fazermos uma reflexão profunda sobre o que fazer e em quem votar no próximo domingo. Enquanto Vanessa Grazziottin (PC do B), que talvez fosse o novo, esqueceu a história por ela construída no Estado, aliou-se ao que há de mais nojento na política da cidade, Artur Neto (PSDB), de novo não tem nada e representa, no fundo, talvez uma reação da própria cidade aos erros cometidos historicamente nos últimos 20 anos. É pouco para quem alcança os 343 anos. Indica, porém, um golpe de morte nos caciques que se consideram donos do voto do povo. Dizer não ao absolutismo dos que se consideram quase-deuses, esse sim, é o maior motivo de comemoração.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Lula e os péssimos exemplos para a Nação


Tenho a impressão que o poder embeveceu Luiz Inácio Lula da Silva, a ponto de até nas metáforas que faz demonstrar arrogância e prepotência “jamais vista na história deste País”. Uma delas, com a qual se saiu bastante bem, por sinal, foi a de que “de poste em poste” o Brasil ficava iluminado, numa referência aos adversários que chamavam de postes os candidatos por ele escolhido, inclusive Dilma Rousseff, mas perdiam as eleições. Lula, no entanto, dá demonstrações de extrema arrogância ao dizer, por exemplo, que a provável vitória de mais um dos postes dele, Fernando Haddad, em São Paulo, é como se fosse um hebeas corpus para o Mensalão. Dizem que o pior cego é o que não quer enxergar. Em São Paulo, aí sim, o povo tem razão, até um poste venceria José Serra (PSDB), em função da enorme rejeição do candidato tucano à prefeitura da cidade. Dizer que o Supremo Tribunal Federal (STF) condena e o povo absolve é de uma miopia sem tamanho. Será que Lula não consegue enxergar que existe pressão popular em prol da condenação de todos os “quadrilheiros”? Misturar as coisas é prova de ingenuidade ou prepotência. Como, de ingênuo, Lula não tem nada, tenta, com essas frases de efeito, desqualificar o próprio STF. É um péssimo exemplo para a Nação.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A farra dos vereadores Brasil afora


Antes de deixarem os cargos, vereadores do Brasil inteiro resolveram deixar uma herança na confortável para o povo: desandaram a se “autoaumentar” os salários. Em Piracicaba, interior de São Paulo, por exemplo, os vereadores passaram seus próprios salários de R$ 6,5 mil para R$ 10,9 mil, percentual de 66% de aumento. O Novo valor passa a vigorar em 2013. Um grupo de manifestantes denominado “Reaja Piracicaba” raspou a cabeça e foi às ruas em sinal de protesto. Os vereadores ficaram impassíveis diante das manifestações. Em Boa Vista, capital do estado de Roraima, o percentual de reajuste foi de 67%. Os salários passaram de R$ 6,2 mil para R$ 10,4 mil. Esses foram os maiores percentuais de aumento que se tem notícia. Há, porém, em cada cidade, projetos nesta direção. Talvez seja um excelente critério para se medir a responsabilidade e o compromisso com a cidade o quanto de aumento os vereadores aplicam a si mesmo. Esse tipo de prática é reprovável e deve ser combatida ano a ano pelos eleitores e cidadãos. E a melhor maneira de se punir um político não é esperar pelo Supremo Tribunal Federal (STF). É eliminá-lo da vida pública logo nas urnas.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 21 de outubro de 2012

Serviços telefônicos ainda ruins


Por mais que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tenha tomado providências, inicialmente duras, porém, sem o rigor necessário, as empresas de telefonia, pelo menos as que prestam serviços em Manaus, ainda deixam a desejar. E muito! Dos serviços de Internet aos de telefonia, o que mais irrita os usuários é a pouca confiabilidade dos sistemas. Durante as ligações com o uso dos celulares, por exemplo, são constantes as “quedas de linha”. Principalmente naquelas empresas que cobram tarifas únicas por ligação. Fica-se com a impressão que a “queda das ligações” é um artifício da empresa para fazer com que o cliente gaste mais. Acontece o mesmo com os serviços de banda larga. Na maioria das vezes, o serviço é “picotado”, ou seja, com constantes quedas. São, também, muito ruins, os serviços de atendimento ao cliente. O pior de tudo é que esse tipo de atendimento demora tanto que, na grande maioria das vezes, a “linha cai”. Para minorar o problema, os chamados “call centers” das empresas deveriam, pelo menos, retornar as ligações aos usuários quando as ligações caem. Nem isso fazem! É lastimável!

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 20 de outubro de 2012

Manaus do calor e dos temporais


Dia desses vinha do Aeroporto com uma amiga e o termômetro marcava 44 graus. Ao deixá-la de volta, dois dias depois, marcava 34 graus. O que anda a acontecer com o clima de Manaus? Como podem ocorrer tantas alternâncias de temperatura em tão pouco tempo? Não sou nenhum especialista em clima. No entanto, fico a observar as variações de temperatura e vejo que há problemas graves. Esses culminam com enchentes nunca dantes vistas e com estiagens ainda maiores. Não se podem entender, em tempos tão modernos, com todos os instrumentos tecnológicos capazes de prever mudanças climáticas, que o Amazonas ainda tenha de enfrentar problema dessa envergadura. Há, com certeza, possibilidade técnica de se prever catástrofes como enchentes e vazantes como as que enfrentamos. O que não se pode é deixar a popular à mercê de temporais e secas tamanhas sem que medidas preventivas sejam tomadas. Além de políticas públicas esclarecedoras, torna-se necessário que haja esclarecimentos da população a respeito dos riscos que enfrentam quando habitam áreas passíveis de catástrofes. É fundamental que existam políticas públicas voltadas para a solução desses problemas a fim de que a população não seja penalizada nem nos temporais nem nas secas.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Manaus do calor e dos temporais


Dia desses vinha do Aeroporto com uma amiga e o termômetro marcava 44 graus. Ao deixá-la de volta, dois dias depois, marcava 34 graus. O que anda a acontecer com o clima de Manaus? Como podem ocorrer tantas alternâncias de temperatura em tão pouco tempo? Não sou nenhum especialista em clima. No entanto, fico a observar as variações de temperatura e vejo que há problemas graves. Esses culminam com enchentes nunca dantes vistas e com estiagens ainda maiores. Não se podem entender, em tempos tão modernos, com todos os instrumentos tecnológicos capazes de prever mudanças climáticas, que o Amazonas ainda tenha de enfrentar problema dessa envergadura. Há, com certeza, possibilidade técnica de se prever catástrofes como enchentes e vazantes como as que enfrentamos. O que não se pode é deixar a popular à mercê de temporais e secas tamanhas sem que medidas preventivas sejam tomadas. Além de políticas públicas esclarecedoras, torna-se necessário que haja esclarecimentos da população a respeito dos riscos que enfrentam quando habitam áreas passíveis de catástrofes. É fundamental que existam políticas públicas voltadas para a solução desses problemas a fim de que a população não seja penalizada nem nos temporais nem nas secas.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Manaus do calor e dos temporais


Dia desses vinha do Aeroporto com uma amiga e o termômetro marcava 44 graus. Ao deixá-la de volta, dois dias depois, marcava 34 graus. O que anda a acontecer com o clima de Manaus? Como podem ocorrer tantas alternâncias de temperatura em tão pouco tempo? Não sou nenhum especialista em clima. No entanto, fico a observar as variações de temperatura e vejo que há problemas graves. Esses culminam com enchentes nunca dantes vistas e com estiagens ainda maiores. Não se podem entender, em tempos tão modernos, com todos os instrumentos tecnológicos capazes de prever mudanças climáticas, que o Amazonas ainda tenha de enfrentar problema dessa envergadura. Há, com certeza, possibilidade técnica de se prever catástrofes como enchentes e vazantes como as que enfrentamos. O que não se pode é deixar a popular à mercê de temporais e secas tamanhas sem que medidas preventivas sejam tomadas. Além de políticas públicas esclarecedoras, torna-se necessário que haja esclarecimentos da população a respeito dos riscos que enfrentam quando habitam áreas passíveis de catástrofes. É fundamental que existam políticas públicas voltadas para a solução desses problemas a fim de que a população não seja penalizada nem nos temporais nem nas secas.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O trânsito e a educação do núcleo familiar


A cada dia que passa, e diante das cenas que vejo, tenho mais convicção de que o grande parte dos problemas do trânsito de Manaus poderia ser resolvido se grande parte das pessoas tivesse, pelo menos, algum resquício de educação obtida junto ao que modernamente se denomina núcleo familiar. Quando um motoqueiro usa a passagem destinada aos cadeirantes em uma via, como ocorre constantemente nas proximidades de Complexo Viário Miguel Arraes, por exemplo, põe em prática a lei que se eternizou no País: Lei de Gerson. Para quem não sabe, nunca viu ou não lembra, o jogar Gerson fazia um comercial de cigarros no qual propagava que se “deve levar vantagem em tudo”. Assim se porta o motoqueiro, assim se porta, ainda, boa parte do povo brasileiro. No trânsito, então, essa prática cristaliza-se em cada ato diário. Tem condutor de veículo estacionando em local proibido, subindo calçadas para fazer retornos em locais improváveis e coisas do gênero. Literalmente, cada um a querer levar vantagem sobre o outro constantemente. Enquanto esse tipo de comportamento for recorrente, infrações serão cometidas, novos acidentes ocorrerão e vidas serão postas em risco por conta da má-educação e da falta de ética nas relações. No trânsito, esse tipo de comportamento é mais grave por cololar em risco a vidas de pessoas inocentes.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O dia do médico e as promessas de campanha


É muito provável que hoje, data na qual comercialmente se comemora o Dia do Médico, as promessas de campanha dos candidatos a prefeito de Manaus, Artur Neto (PSDB) e Vanessa Grazziottin (PC do B), tripliquem as promessas de “soluções para o problema da Saúde” na cidade. Na prática, porém, qualquer um que seja o vencedor, não terá vida fácil, pois falta orçamento para a contratação de médicos suficientes para suprir a demanda da população. Além disso, é preciso uma política pública efetiva para a saúde que tenha como filosofia a prevenção. Ao invés de uma medicina curativa, é fundamental que se invista em medicina preventiva. Daí resulta a necessidade de que se envolvam equipes multidisciplinares que passa por assistência social e psicológica, campanhas de comunicação voltadas para a prevenção, bem como investimentos em infraestrutura e saneamento básico. Prometer, portanto, apenas aumentar o efetivo de médicos não solucionará a questão da saúde, que é muito mais complexa do que aparenta ser. É preciso, mais que tudo, responsabilidade e compromisso com essa filosofia da prevenção.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Campeonato brasileiro decidido no apito-amigo


O campeonato brasileiro de futebol transformou-se em uma das competições mais vergonhosas do País. Ano a ano, perde completamente a credibilidade. Um estudo realizado ano passado comprovou que, por erros de arbitragem, o time do Clube de Regatas Vasco da Gama foi garfado em 10 pontos. Não fosse isso, teria sido campeão brasileiro com folga. No campeonato deste ano, o próprio Vasco, no primeiro confronto direto contra o Fluminense, amargou resultado negativo em função de uma atuação desastrosa da arbitragem. No dia 25 de agosto de 2012, um sábado, o árbitro Marcelo de Lima Henrique, deixou de marcar três pênaltis escandalosos em favor do Vasco (que poderiam resultar em gols). Ao final do jogo, o time do Fluminense venceu por 2 x 1, igualou-se ao então líder Atlético Mineiro e começou a “incrível campanha”, como dizem os analistas esportivos, que culmina com a possibilidade de ser campeão antecipadamente. Aquele árbitro não admitiu os erros e tudo ficou por isso mesmo. Sábado, dia 13, o Fluminense perdia para a Ponte Preta, em casa, por 1 x 0. O resultado “embolaria” a disputa. Eis que entra em ação o árbitro Nielson Nogueira Dias. Com uma atuação desastrosa, como ele próprio admite, beneficiou diretamente o time do Fluminense: marcou um pênalti inexistente e inverteu uma falta que resulto no segundo gol do Fluminense, ou seja, decidiu o jogo. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) soube, para prejudicar o Atlético Mineiro, pegar uma imagem de Televisão e punir Ronaldinho Gaúcho. Teria coragem, o mesmo Tribunal, de mudar o resultado do jogo, uma vez que o próprio árbitro admitiu os erros? Duvido! Houvesse um estudo mais aprofundado, todos os últimos cinco títulos brasileiros foram decididos em campo, sim, mas, não pelos times, porém, pelas arbitragens. O Supremo Tribunal Federal (STF) começar a passar a limpo a política brasileira com o julgamento do “Mensalão”. O futebol brasileiro, urgentemente, precisa de um choque de ética e de vergonha na cara. Antes que caia no limbo e não tenha mais volta!

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Não à homofobia na campanha de Manaus


Será que esses pastores e obreiros ainda não tomaram ciência de que o Estado é laico e o povo não cai mais nessas esparrelas de misturar política com religião? Em São Paulo, no desespero, o pastor Silas Malafaia iniciou uma cruzada contra o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, por conta do que maldosamente o próprio pastor denominou “Kit-gay”. A intolerância do pastor e o silêncio do adversário, José Serra (PSDB) a respeito do assunto deram em 10 pontos percentuais de diferença pró-Haddad. Aqui em Manaus, René Terra Nova, que apoia a candidata Vanessa Grazziottin (PC do B), em estado de extremo desespero, apela para divulgar, no You Tube, um vídeo no qual o candidato do PSDB, Atur Neto, declara ser a favor do aborto e da união homoafetiva. Já estive no time dos que são completamente favoráveis ao aborto. Hoje tenho lá minhas dúvidas. No entanto, ser ou não a favor do aborto não é critério que uso para escolher candidatos. Muito menos se são ou não a favor da união homoafetiva! Uma campanha que já teve até ovo falso, que, agora, insiste em saber quem está por trás de quem não pode, no limite, descambar para o incentivo a homofobia. Toc, toc! Povo da comunicação de Vanessa, vê se se toca! O mais pífio e vergonhoso desempenho de uma “candidata do sistema” talvez não tenha sido culpa dela. Mas, de vocês, que a transformaram em uma caricatura. Além dos erros grotescos cometidos pela soberba e prepotência de quem a indicou candidata. Por favor, não caiam nessa armadilha de eleger a homofobia como ponto central da campanha. Vão levar a maior surra política que uma cidade já impingiu a uma candidata. Melhor mudar o rumo e apresentar algo diferente de apenas “sentar com o Omar”. O desastre está próximo. Não o transformem em uma tragédia sem precedentes para a própria história política de Vanessa Grazziottin.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Professor é quem provoca e muda a sociedade


Não costumo me curvar às convenções desses “dias” comercialmente criados para se consumir mais e mais e se refletir menos e menos, como o são o Dia da Criança, comemorado em 12 de outubro, e o Dia do Professor, hoje reverenciado por todos. Voltaire, em seus escritos, diz algo do tipo: o verdadeiro professor não ensina a sociedade, mas, ajuda a mudá-la! Edgar Morin, sobre o método, diz que ele (o método) ousa transcender a fronteira da disciplina. Não se rege pela lógica da convenção.” Defendo, categoricamente, parafraseando Morin, que o professor sempre ouse transcender a fronteira da disciplina. Que jamais se deixe reger pela lógica da convenção. Que seja fundamental no processo de libertação das mentes de todas as amarras dos padrões sociais e das convenções. Digo que de professor, a cada dia, tenho menos. Sou um eterno provocador. Provocado por uma mente que tem sede de mudança, de novidades, de avanços. E só me sinto realizado como educador e professor quando levo meus estudantes, não gosto de usar o termo aluno pelo seu significado (sem luz), a quebrarem os próprios padrões mentais e perderem o medo de ousar. Não sou pastor: não tenho seguidores! Não quero ser amado nem odiado. Minha meta é provocar sempre. Inclusive a mim mesmo. Meu papel na sociedade é tirar cada um de nós da zona de conforto. Se isso é ser professor, tenho um pouco desse vírus inoculado em meu DNA. E muito a agradecer aos que aceitaram as provocações durante a minha vida profissional e seguiram em frente quebrando convenções e abrindo picadas na floresta da vida, por mais politicamente incorreto que o seja, hoje, derrubar árvores. Feliz Dia do Profanador a todos nós!

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 14 de outubro de 2012

Campanha muda de rota em busca de um milagre


A campanha da candidata do Partido Comunista do Brasil (PC do B) à prefeitura de Manaus, Vanessa Grazziottin, mudou de tom no segundo turno. Talvez pela dispensa da turma que veio de São Paulo e a troca por Paulo Castro, meu colega e turma de jornalismo de 1985 na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Por conhecer o profissionalismo de Castro, lamento muito que tenha sido escolhido só agora, por eliminação. O resultado do primeiro turno o obriga a ser não o homem da comunicação de Grazziottin, mas, um milagreiro. E Castro, ao que parece, interviu com mão dura na campanha do horário eleitoral. A caricatura política da “mãe de Manaus” foi substituída por uma Vanessa mais firme. A mulher que não tinha nenhuma proposta e vivia da promessa de “sentar com o Omar”, agora, parece até que tem soluções para os problemas de Manaus. Talvez pelo momento de extremo desespero, porém, a campanha foi centrada em uma única nota: associar a imagem de Atur Neto à de Amazonino Mendes. A mim me parece mais um erro crasso. Dificilmente essa associação “dará liga”. Sem contar que, entre os mais humildes, Mendes ainda mantém um eleitorado fiel. Tentar associá-lo a Neto, ao invés de tirar votos, pode surtir efeito contrário em algumas camadas. Paulo Castro é um bom profissional, mas, em Comunicação, não se faz milagres quando os erros são praticados em série. Os votos de Artur Neto não foram só dele. São contra um grupo político que quer implantar em Manaus um jeito hegemônico de fazer política. O recado foi dado: o povo de Manaus não aceita ser gado. E também não engole a forma como Neto foi arrancado do Senado. Uma parte da população votou em Neto e a outra em Henrique Oliveira (PR) porque não quer Vanessa na Prefeitura. Não por ela, mas, pelo grupo que ela representa. Será quase impossível mudar essa tendência.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 13 de outubro de 2012

Dúvidas de um analista quase político


Após o resultado do primeiro turno das eleições em Manaus tento entender, até agora, o que se passou na cabeça do senador Eduardo Braga (PMDB) para tomar tantas decisões equivocadas em tão-pouco tempo. Terá sido a soberba, a certeza de que o povo da cidade votaria em quem ele mandasse, como pensa Luiz Inácio Lula da Silva sobre o povo brasileiro? Ou será que o senador é um jogador contumaz e gosta de fortes emoções sempre? Braga tinha a maior barbada da vida dele se fosse candidato. Artur e Hissa, juntos, não fariam nem cócegas em Braga. Esse, porém, preferiu ficar no Senado, como líder do Governo Dilma Rousseff, e, inicialmente, carimbou o nome de Rebecca Garcia (PP) como a “candidata do sistema”. Aí me vem a nova dúvida: Garcia teria desempenho tão pífio no primeiro turno das eleições com a avalanche de apoios que houve? Possivelmente jamais terei tal resposta, uma vez que, Garcia foi arrancada da candidatura ao final dos 15 minutos finais da prorrogação. Ao que parece, depois disso, uma sucessão de erros, inclusive e, principalmente, do marketing da campanha, que transfigurou e desfigurou a comunista Vanessa Grazziottin, culminaram com o mais vergonhoso e pífio desempenho de uma candidata apoiada por um grupo tão forte, que incluía a presidente Dilma e o mais popular presidente da história deste País. Sem falar do próprio Braga, indiscutivelmente o político com maior apoio popular dos últimos tempos em Manaus e no Amazonas. A série de erros e equívocos cometidos, ao que parece, jogou a Prefeitura de Manaus, justamente na Copa de 2014, no colo do tucano Artur Neto. Dizem que “cautela e ganja de galinha não fazem mal a ninguém”. Talvez o dito popular tenha de acrescentar o tempero na humildade. Reduzirá as chances de derrotas quando o jogo parece com o placar definido. Tenho alguns indicadores, a partir dos fatos, para tantas decisões equivocadas. A dúvida, porém, ruminará em mim por longo tempo.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Agora não entendi mais nada!


Meu saudoso avô paterno, Alfredo Guedes Monteiro, um dos mais respeitados funcionários do Fórum de Sena Madureira, minha cidade Natal localizada a 144 Km de Rio Branco, a capital, era mestre não apenas em me ensinar como enfrentar a vida. Nas nossas conversas ao final da tarde, na casinha que ainda existe até hoje e onde morreu comigo ao lado dele, dizia, sobre a atuação dos juízes no Fórum da cidade: “Meu filho, da cabeça de um juiz e de uma criança pode esperar que em sempre uma surpresa”. As lembranças do meu Avô e da sabia frase martelam na minha cabeça desde ontem após a decisão parcial do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolver os réus do Mensalão, membros do Partido dos Trabalhadores (PT), da acusação de corrupção passiva, inclusive o relator, Joaquim Barbosa, por entender que “como eram do PT, não se caracteriza a compra de votos”. Caramba! É de pirar a cabeça de qualquer um. Quer dizer que um deputado como o Paulo Rocha, por exemplo, do Pará, que segundo as denúncias, levou exatos R$ 980 mil, sairá da história limpinho, sem nenhuma mácula, apenas R$ 980 mil mais rico? Sinceramente, ainda terei de repetir muitas vezes a história que o meu avô me contava aos meus futuros netos.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Teria o STF tramado contra a democracia?


Custo a crer que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha, como em uma conspiração, decidido julgar os crimes de compra de votos em troca de apoio, o Mensalão, agora com o único objetivo de prejudicar o Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições municipais deste ano. Considero menos possível, ainda, que o relator do processo Joaquim Barbosa, também tenha maquinado esperar até agora para que o julgamento coincidisse com as eleições. Esse tipo de discurso que tenta desqualificar o STF é a mais desesperada das tentativas de justificar o roubo, a apropriação do dinheiro público e a distribuição direta de verbas a alguns parlamentares feita no Governo do PT. Irrita-me nessa historia toda argumentos dos tipo “Quantos mensalões seriam preciso para nos reembolsar o que as privatizações irresponsáveis e a Lei Kandir nos prejudicou?”, que li recentemente nas redes sociais. É como se a dita “Privataria tucana”, por ter ocorrido, justificasse os absurdos, inclusive, as privatizações, cometidos pelo Governo do PT. Quando votei em Lula várias vezes (também votei em Dilma por exclusão), não foi para perpetuar nenhum tipo de crime já cometido por tucanos, demistas ou pmdebistas. O fiz por acreditar no que o PT sempre pregava: ética na política. Não quero punição só para petistas corruptos não! Essa prática, a da corrupção, tem de ser extirpada do País. E o STF, é o que se espera, deu o primeiro passo. Espera-se que todos os corruptos e corruptores sejam severamente punidos. Isso, com certeza, não é nenhum atentado contra a democracia. Pelo contrário, é capaz de reforçá-la.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PMDB quase varrido para baixo do tapete


O fato de a “candidata do sistema”, Vanessa Grazziottin (PC do B), não atingir nem 20% dos votos válidos, ao que parece, não foi a única tragédia que se abateu sobre as ditas “duas maiores lideranças políticas do Estado”, o governador Omar Aziz (PSD) e o senador Eduardo Braga (PMDB). O primeiro, talvez por ocupar o cargo, não saiu tão arranhado do primeiro turno. Ainda assim, recorreu ao expediente vergonhoso e convocar reunião do alto escalão do governo, dita de trabalho, para pedir “mais empenho” no segundo turno. Esse tipo de reunião de um governador para “pressionar” seu secretariado a pedir votos para a candidata que apoia é ou não crime eleitoral? Posso até estar enganado, mas, na pior das hipóteses, trata-se, do ponto de vista trabalhista, de assédio moral. Já no caso de Eduardo Braga, o desempenho pífio de Vanessa Grazziotin, caso se confirme no segundo turno com uma derrota acachapante, pode significar um carimbo nada alentador na sua liderança, no Governo Dilma, e no Estado: “validade vencida”. O número de vereadores eleitos é outro indicador de que essa liderança, pelo menos entre os eternos políticos puxa-sacos, também se encontra arranhada, ou, no mínimo, ameaçada, pelo próprio governador Omar Aziz. O partido criado às pressas pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), cuja maior liderança no Estado é Aziz, elegeu quatro vereadores, Dr. Gomes, Hiran Nicolau, Issac Tayah e Motoso. Já o PMDB, não passou do pastor Marcel Alexandre. Como segurar algum prestígio nacional com menos de 35 mil votos de legenda nas eleições para vereador? Os números já demonstram que o PMDB foi quase varrido para debaixo do tapete. Caso retome, pelo menos nos discursos, um pouco da humildade que, dizem, nos bastidores, Braga nunca demonstrou, talvez ainda se recupere. Caso contrário, terá de dar muitas explicações, inclusive, ao PMDB nacional. O segundo turno será o fiel desta balança que já não pende em nada para o lado do PMDB no Estado.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Os votos de um Cabeção pra lá de inteligente


O candidato à prefeitura de Manaus pelo Partido da República (PR), Henrique Oliveira, foi provocado em várias entrevistas. Todos queriam saber quem Oliveira apoiaria no segundo turno. Safou-se de todas as pressões de forma perspicaz. Com a mesma inteligência com que assumiu o apelido de “Cabeção”. Saiu-se com uma das respostas mais sagazes que já ouvi. Disse que na casa dele há cinco pessoas, mas, que ele só tinha condições de garantir o voto dele mesmo, pois, os votos que teve nessas eleições, e que o levaram a quase tirar a candidata do sistema do segundo turno, eram do povo, não dele. Henrique Oliveira demonstrou sabedoria demais para um estreante na disputa. E, pelo jeito, faz a mesma leitura que faço da votação: seus votos são daquelas pessoas que, por não quererem de forma nenhuma a candidata do sistema no segundo turno, votaram nele com um único objetivo: tirar Vanessa Grazziottin (PC do B), do segundo turno. Se isso for mesmo verdade, pouco importará para qual lado Oliveira for, grande parte dos votos dele migrará mesmo para Artur Neto (PSDB). Originário dos programas de televisão “mundo-cão”, Henrique Oliveira sabe que pode se consolidar como uma liderança política alternativa para os que estão no campo de atuação de Sabino Castelo branco, porém, sem a mesma rejeição entre os componentes das classes médias e alta. E, acima de tudo, como oposição ao que aí está. Para isso, porém, não pode escolher o lado errado no segundo turno. Daí, talvez, toda essa cautela. Saiu-se muito bem no primeiro dia como a “noiva” (ou o noivo) mais cobiçado.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Um Amazonino calado vale mais...


A se levar em conta o resultado do primeiro turno das eleições em Manaus, um Amazonino Mendes (PDT) sem dizer uma palavra vale mais do que uma presidente Dilma (PT), um Lula (PT), um Braga (PMDB) e um Omar (PSD) a matracar todos os dias no programa eleitoral da segunda colocada, Vanessa Grazziottin (PC do B). Artur Neto (PSDB) teve mais que o dobro dos votos de Vanessa e, dizem as más línguas, foi apoiado, na surdina, por Amazonino Mendes. Se isso for verdade, confirma-se o que eu disse anteriormente, ou seja, o peso político de Mendes junto ao povo. Claro e evidente que não foi isso. E, também, é claro e evidente que, caso Vanessa não tivesse esse apoio escancarado e acintoso desses quatro “grandes” líderes políticos, nem teria chegado ao segundo turno, uma vez que ficou apenas três pontos percentuais a frente de Henrique Oliveira (PR). Afora isso, já participei de inúmeras eleições em Manaus desde que passei a viver na cidade, em janeiro de 1979. A memória não dá conta em dizer quantas. Ontem, por sinal, repeti o cheguei de Brasília meio-dia, com já tinha feito em uma das anteriores, curiosamente do mesmo destino, para cumprir a minha obrigação de eleitor. Talvez tivesse feito a mesma coisa, fosse o voto facultativo ou não. Quero dizer, com toda a sinceridade do mundo, que acredito cada vez menos no modelo de democracia praticada nos moldes atuais, principalmente no Brasil. Só deixei de votar, porém, quando passei 7 anos em São Paulo, a cursar mestrado e doutorado. A sensação que tive ontem, ao me deslocar do Aeroporto para casa e, logo em seguida, para o local de votação, foi de uma eleição tranquila. Embora tenha visto fotos de “santinhos” jogado nas ruas aos montes, nem de longe, se compara à sujeira que se via em eleições anteriores. Hoje em dia, as maiores sujeiras ocorrem nas campanhas, nas atitudes, num jogo de dar nojo, que só empobrece o debate sobre os verdadeiros problemas da cidade. Quanto aos santinhos, que seja um critério rígido de todos nós no segundo turno: não votar em nenhum dos que forem pego nas ruas no dia do pelito. Talvez, assim, os candidatos aprendam a respeitar a cidade e a nós.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 7 de outubro de 2012

O orgasmo da democracia


O encontro com as teclas das urnas eletrônicas, por mais que haja furdunço lá fora, é momento de pura solidão. É, talvez, o que se pode chamar de orgasmo da democracia, por ser de altíssima responsabilidade e não demorar mais que segundos. Em ambos os casos, tanto no voto quanto no orgasmo, não se deve praticá-los pura e simplesmente por obrigação, muito embora o voto seja obrigatório. Cabe a nós, eleitores, transformar essa obrigação em um ato saudável que terá consequências, drásticas ou não, para o futuro. Por isso, de novo, em ambos os casos, responsabilidade é essencial, exatamente pelas consequências que podem trazer, não apenas individual, mas, coletivamente. Ao invés de deixar que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) julguem os corruptos, o momento mais sublime de extirpá-los do mapa é agora. Votar em amigo, ou no amigo do amigo, ou em que “pediu” seu voto é muito pouco. Não é suficiente para mantermos uma democracia forte. Está na ponta dos dedos a possibilidade de definitivamente mudarmos o País a partir dos municípios, por meio a eleição de prefeitos e vereadores compromissados com a coletividade. Talvez sejam poucos os que realmente entendem que o dia da eleição não é de festa. Pelo contrário, é a data mais importante e que exige responsabilidade coletiva e discernimento para não errar. Embora seja um ato individual, as consequências não o são. Pense nisso antes de apertar a tecla confirma.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 6 de outubro de 2012

Os vários olhares sobre Joaquim Barbosa


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, relator do Mensalão (e parem de dizer que é do Mensalão do PT, pois todos os envolvidos fazem parte dessa vergonha nacional), talvez seja a figura pública mais popular do País. Para o bem e para o mal. Enquanto milhões e milhões de brasileiros consideram que ele tomou a decisão certa, não apenas no processo de condução do relatório, em partes, mas também, na condenação dos “mensaleiros” e comandante desse esquema nefasto de compra de votos de parlamentares, uma turma de “escrevinhadores” a serviço do Partido dos Trabalhadores (PT) condena um ministro. Negociações são legítimas e fazem parte da essência da Democracia, negociatas, não! Comprar apoio político na democracia fora do que já é democraticamente aceito (muito embora considere reprovável), a distribuição de verbas, emendas e cargos, é nefasto porque enfraquece a própria democracia. Ou a sociedade manifesta-se com um peremptório não contra esse tipo de prática ou saem feridos mortalmente feridos o próprio STF, o judiciário e a Democracia representativa. E não importa quem inaugurou a prática, o que se deve é estancá-la! Quem defende que só se poderia condenar réus do PT depois que os acusados de criar o Mensalão, do PSDB, forem condenados, talvez defenda, também, que nenhum ladrão seja preso até que se encontre quem praticou o primeiro roubo. Barbosa pode até merecer as críticas que recebe, mas, uma coisa não se pode negar: seu relatório devolveu a crença na justiça e o sonho a muitos brasileiros.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Eliza Samudio e Ulisses Guimarães não morreram


Alguém duvida da morte do ícone da política brasileira, Ulisses Guimarães, desaparecido em um acidente de helicóptero nas águas dos mares dos Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1992? No próximo dia 12 serão 20 anos de desparecimento, porque, de acordo com a justiça brasileira, se não há corpo, não a morte. É o mesmo caso de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, do Flamengo. Oras, não há vestígio do corpo dela, logo, não há “materialidade” do crime, portanto, não há morte. Ou seja, do ponto de vista legal, nem Eliza Samudio nem Ulisses Guimarães morreram. Alguém, em sã consciência, ainda consegue acreditar que os dois estejam vivos e tenha se escondido? Pois bem, todo esse preâmbulo em torno da morte de Samudio e Guimarães é para dizer que políticos desonestos e corruptos usam de expedientes semelhantes para se safar das condenações. O voto do ministro revisor do Supremo Tribunal Federal (STF), Enrique Ricardo Lewandowski, inocentou José Genoíno e José Dirceu, com base nessa lógica: crime existe, mas, se não há cadáver, não há morte. E foi mais longe ao condenar Delúbio Soares, “um reles tesoureiro”: se há um malfeito, que se atribua ao que menos poder tem. O Palácio do Planalto, na visão de Lewandowski, é a Casa Grande. Logo, os “malfeitos” só podem ter ocorrido (se ocorreram), na senzala. Lamentável que José Antonio Dias Toffoli e Enrique Ricardo Lewandowski cumpram hoje para o Partido dos Trabalhadores (PT) o mesmo papel que Gilmar Mendes cumpria no governo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Sonho com um tempo em que a justiça brasileira, com cadáver ou não, deixe de se anacrônica e não se prenda apenas no princípio da “materialidade” do crime. O julgamento do Mensalão dá sinais de que a defesa de “bandeiras partidárias”, quaisquer que as sejam, perde força para o peso dos fatos.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A força de Lula nas eleições de São Paulo


A última pesquisa divulgada pelo Instituto DataFolha, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, apresenta Celso Russomanno (PRB) com 25% das intenções de voto, José Serra (PSDB), com 23% e Fernando Haddad (PT) como 19%. São números impressionantes pela queda de mais de 10 pontos percentuais de Russomano. Isso demonstra que as forças da direita e da esquerda quando se unem à mídia para derrubar um candidato, esse precisa de muita consistência para não acusar o golpe. Os números, se forem mesmo verdadeiros, pois está cada vez mais difícil de se acreditar nas pesquisas, indicam que tanto pode dar Russomanno contra Serra no segundo turno quanto é possível até um segundo turno entre Serra e Haddad. A se confirmar, nas urnas, o que a Folha aponta, os últimos dias do horário eleitoral gratuito fizeram um estrago na campanha de Russomanno. Não se pode negar, também, a força política de Luiz Inácio Lula da Silva, que embarcou com todos os pertences na campanha de Haddad. Ele, no início do horário eleitoral estava empacado na casa dos 5% das intenções de voto e, agora, multiplica por 5 os números iniciais e chega ao fim do horário eleitoral com chances de até chegar ao segundo turno. Será uma das eleições das mais acirradas dos últimos tempos na capital paulista.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Juízes eleitorais do interior dão bons exemplos


Mais um juiz eleitoral do interior dá um exemplo de como a Justiça pode atuar para tornar a Democracia participativa um regime menos injusto. Desta vez foi a juíza da 6ª Zona Eleitoral, em Manacapuru, Rosália Sarmento. Ela decretou, segunda-feira, dia 01 de outubro de 20121, a prisão preventiva do ex-prefeito e vereador-licenciado do município, Afrânio Pereira Júnior, e do coronel da Polícia Militar (PM) Marcos Brandão da Cunha. A decisão da juíza tem o objetivo de “coibir a mistura perniciosa de policiais militares em atividades político-partidárias que tem imperado em Manacapuru às vésperas das eleições municipais” “Essa mistura explosiva de polícia e política já deu margem para muita matéria jornalística (...), se não forem adotadas medidas extremas como as que têm sido adotadas nos últimos dias a próxima notícia veiculada será de morte coletiva”, justificou Rosália no decreto de prisão. O mesmo raciocínio deveriam ter os juízes eleitorais da capital que assistem, passivamente, a forma acintosa com a qual governador, senador, presidente da república e ex-presidente usam o horário eleitoral gratuito para “implorar” o voto dos eleitores para a candidata do grupo. Isso é uma forma de pressão constante direcionada principalmente aos eleitores menos esclarecidos. Isso torna o jogo democrático absurdamente menos igual. Quando isso acontece, é dever da Justiça Eleitoral interferir. Em Manaus, porém, os olhos dessa Justiça parecem estar literalmente vendados.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A taras e manias da mente humana


Neste mundo de humanos (será que são mesmos), há taras, manias e aberrações de horrorizar o mais criativo dos escritores. Talvez nem Nélson Rodrigues fosse capaz de bolar um enredo tão surreal quanto esse. Merece registro tanto por provocar indignação e revolta quando por despertar o sentimento de pena e busca de saídas para uma doença que, a cada dia, acomete mais pessoas aparentemente saudáveis. Enfrentar o problema e denunciá-lo, no entanto, é a melhor medida. Por mais estapafúrdio que possa ser, um empresário de 41 anos da cidade de Campinas, em São Paulo, foi preso em flagrante (a notícia só foi divulgada ontem), dentro de um carro, em uma das ruas de um bairro daquela cidade. Na hora da prisão, o pai abusava sexualmente da própria filha de 12 anos. Ao serem abordados pela Polícia, a filha confessou que o pai abusava constantemente dela há três meses e ela não contara para a mãe por medo. Detido em flagrante por suspeita de “estupro de vulnerável” o homem negou o fato e alegou que “eram histórias” da filha. Não tenho mais nem adjetivos para desqualificar quem pratica ato tão sórdido. Já fui até agredido em pleno Auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) por tratar desse tema. Não desistirei de proclamar meu asco contra qualquer tipo de pedófilo. São pessoas dignas de penas pela pequenez da alma: precisam ser tratadas e constantemente acompanhadas para lidarem melhor com a doença. No entanto, não posso admitir que uma criança tenha a infância roubada por um asqueroso, um doente. Especialistas dizem que um pedófilo jamais deixará de sê-lo e precisa constantemente ser vigiado. Quando, porém, o ato violento parte de um pai, como manter essa vigilância? O problema é de uma complexidade sem igual. Admiti-lo e procurar ajuda talvez seja o caminho mais sensato. Ajudar numa hora dessas também é a melhor saída. No entanto, somos humanos e temos reações das mais adversas, principalmente por se tratar de uma violência sem igual. De uma coisa tenho certeza: a pedofilia tem de ser enfrentada. Com rigor e tratamento para quem estiver envolvido nos episódios de violência. Só assim teremos uma sociedade mais equilibrada, com pessoas capazes de controlar suas taras e manias.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Uma pergunta ou um insulto à população


O Jornal A Crítica On Line divulgou uma declaração do ex-prefeito de Manaus, Serafim Correia (PSB) que mais parece um acinte. Segundo jornal, Correia dissera “A filha do Amazonino é secretária e ninguém reclama”. O jornal pergunta: Como você avalia essa declaração?”. Ainda que não houvesse a pergunta, como eleitor de Serafim Correia na primeira eleição, tomaria posição. E, particularmente, senti-me insultado com o questionamento de Correia da mesma forma como me sinto com as tentativas do Partido dos Trabalhadores (PT) de relativizar o Mensalão, por exemplo, com a justificativa de que o PSDB também fazia o mesmo. Oras, quando votei em Serafim Correia, assim como quando votei em Luiz Inácio Lula da Silva, o fiz com a certeza de que teríamos uma nova prática na Política. Quer dizer que o fato de Amazonino Mendes (PTB) manter a filha como secretária dá o direito a Serafim Correia de fazer o mesmo? Quer dizer que, se Amazonino Mendes fosse pego em crime de corrupção, de uso indevido do dinheiro público, Serafim Correia também teria o direito de fazer o mesmo? Caro Serafim, você já foi a maior decepção da minha vida de eleitor ao passar dois anos da sua vida de prefeito a trabalhar apenas com um objetivo: eleger o filho deputado federal. Não me venha, por favor, tentar justificar um comportamento reprovável a usar exatamente o exemplo de nepotismo do prefeito Amazonino Mendes. Encarei esse questionamento como um equívoco cometido pelo jornal. Com esse tipo de postura você corre o risco não só perder meu voto, mas, o de outros tantos eleitores.

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.