quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Já vais tarde!


Assumo meus erros e acertos. Perdemos a consulta pública mais ganha da história da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) quando, nas primeiras pesquisas, tínhamos 38% (trinta e oito por cento) de intenções de votos. Erros estratégicos, erros individuais, erros de um grupo que se revelou nunca ter existido. Para compensar, pessoas maravilhosas se uniram a nós e acreditaram na vitória até o fim. A todos eles (e elas) meu carinho e um beijo no coração. Fui agredido em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), pelo irmão do vice-governador Omar Aziz. Uma tentativa de intimidação, de calar a voz de quem não teme retratar os fatos. Uma safadeza de uma turma de malandros que imagina dominar o Estado do Amazonas e permanecer impune. Ainda assim, institucionalmente a Ufam só reagiu, timidamente, quando pressionada. Uma vergonha! Um dos reitores mais covardes e ignóbeis que a instituição já teve passou, foi-se. Como o ano de 2009 se vai. E já vais tarde! Calar-me? Não conseguirão. Que os sonhos de todos se transformem em realidade em 2010. Que os covardes e idiotas sejam engolidos pelo tempo e que, no futuro, tenhamos um mundo, um país, um estado, uma cidade e uma Ufam melhor. Adeus 2009! Já vais tarde!

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A filha do mapinguari


Não posso deixar de registrar, inclusive como forma de reconhecimento ao trabalho intinerante de divulgação da cultura amazônica feito pelo Grupo Experimental de Teatro Vivarte, a exibição do espetáculo “O casamento da filha de Mapinguari”, no coreto da praça de Sena Madureira. Como sempre acontece em espetáculos teatrais a céu aberto, a presença do público é ínfima, nunca proporcional à qualidade das apresentações e ao esforço dos artistas. Mas artista, e de rua então, sabe que levar arte, sensibilizar as pessoas, é algo similar a uma missão. Dani Marini, responsável pela pesquisa de figurino do grupo e que interpreta o Tamanduá e o Macaco, ao final, falou empolgada das andanças pelo interior do Acre, da ida às aldeias indígenas e das adaptações feitas aos figurinos bolados originalmente por Nonato Tavares. Trabalhos como os do grupo Vivarte merecem nosso respeito e admiração. Quem quiser conhecê-los melhor basta visitar o Blog do Vivarte. Que a filha do mapinguari nunca se case, para jamais perdermos o prazer de saborear uma arte tão simples, emocionante e enriquecedora.

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Dilma presidente


A partir das reflexões de ontem e da certeza que passo a cultivar de que Marina Silva (PV) também é candidata do Lula, assim como Ciro Gomes (PSB), minha aposta, desde já, é que Dilma Rousseff será a primeira mulher a assumir a presidência do Brasil. Fica mais quatro anos, depois devolve o bastão a Lula e toma mais oito anos de mensalão e coisas do gênero. Mas, não se pode negar, tome mais desenvolvimento, obras sociais e distribuição de renda. Dos programas assistencialistas (como os bolsas disso e bolsas daquilo), ao mensalão (criado em Belo Horizonte). O PT fez tudo com mais competência que o PSDB. Por isso, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), por mais competente que seja, não ganha as eleições em 2010. Falo sem medo de errar pelo simples fato de que a estratégia eleiçoeira de Lula ser a mais correta: lançar três candidatos que tiram votos de Serra e depois, no final da corrida, usar a máquina a todo vapor para demonstrar os benefícios do seu governo e empurrar para baixo do tapete as falhas. Se é de votar em clone, Marina Silva, já penso até em votar direto logo na Dilma. Afinal, fui eleitor de Lula mesmo nos tempos áureos do mensalão. Refletirei sobre o assunto.

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OBS: Post do dia 29/12/2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Proximidade estranha


No início até me empolguei. Via em Marina Silva uma opção verdadeira de terceira via. Acreditei que o comprimento com o Partido dos Trabalhadores (PT) era para valer. Após o que tenho lido nos jornais de Rio Branco e os comentários nas rodas de amigos, os analistas políticos mais experientes não deixam dúvidas: Marina Silva saiu do PT, mas não brigou com nenhum dos caciques acreanos do partido. Há, inclusive, uma troca de gentilezas com o governador Binho Marques que ultrapassa os limites do mero respeito entre os políticos. Ao que tudo indica, Binho Marques faz parte do grupo político liderado pela própria Marina Silva. Ele, aliás, deve ter sido consultado sobre a “saída” ou não dela do partido. Há algo de estranho nessa proximidade. Tão estranho que o próprio PT não exigiu até hoje a vaga do Senado de Marina Silva. Mais parece aquela história de fazer de conta que sai para deixar tudo como está.

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Complexo de Sassá Mutema


Depois de dizer que Manaus é a pior cidade do Brasil, Amazonino (Taxa do Lixo) Mendes (PTB) voltou-se contra os jornais e contra o ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB). Além disso, autointitulou-se “anjo-da-guarda” e “protetor”. Meus amigos Manuel Galvão e Rogélio Casado, socorram o Amazonino Mendes enquanto é tempo porque as reações dele são de quem perdeu completamente o controle. Esse complexo de salvador da pátria, anjo-da-guarda ou coisa parecida é tipo de político populista levado ao extremo na interpretação prodigiosa de Sassá Mutema, feita por Lima Duarte. Mendes ganhou a prefeitura de Manaus e, ao que parece, não sabe o que fazer com ela. Ao invés de administrar a cidade, não pára de criar taxas, como a do lixo, bem como não esquece um segundo sequer o antigo prefeito. Tá na hora de freqüentar um divã, resolver os complexos e administrar a cidade sem populismo. Essa conversa de anjo-da-guarda e protetor não embala mais nem os bois notívagos, muito menos os bois dorminhocos.

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sábado, 26 de dezembro de 2009

Monstruosidade


Lágrimas teimaram em minar dos olhos. De revolta, de ódio. Em pleno dia 25 de dezembro de 2009. Natal! Meu Deus! Não é possível que estejamos no limite da insanidade!? Sena Madureira, há 174 de Rio Branco, capital do Acre. Minha cidade natal. Terra que escolhi para vivenciar o espírito de Natal e a passagem do ano. Em pleno dia 25 um monstro mata uma criança de 2 anos. Pasmem meus leitores e leitoras! Uma criança de 2 anos foi morta pelo padrasto, vítima de estupro. Cinicamente ele alegou aos policiais que o prenderam que “foi um acidente”. Não teve espírito de Natal que desse jeito. Meu lado humano falou mais alto. Enquanto as lágrimas de revolta desciam pelos olhos, apesar de ser uma dos maiores defensores dos direitos humanos, pensei com meus botões que um monstro desses merecia morrer da mesma fora. Esqueci que, no fundo, trata-se de um doente. Ou uma vítima da bebida e da lascívia que domina esses nosso tempo dito “pós-moderno”. Não dá para pensar em quem ficou vivo numa hora dessas. Só se imagina a dor de uma criança violentada em todos os sentidos. Uma vida ceifada por uma tara incontida. É preciso um grito no silêncio: TODOS CONTRA A PEDOFILIA!

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


Hoje é um dia escolhido para se comemorar o nascimento de Jesus. Grande parte das pessoas amanhece com ressaca. Tradicionalmente a ceia. Depois dela, os vinhos, uísques, cervejas, trocas de presentes. Há pouco o que se falar e muito a se desejar. Portanto, que todos os nossos leitores e leitoras tenham um dia 25 de dezembro de 2009 repleto de alegrias. Sonhos realizados ou não, a vida continua. E que muitos natais ocorram para todos. FELICIDADES!

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Até os radares!


Essa é demais! Além da imoralidade da tal taxa do lixo, a Prefeitura Municipal de Manaus surrupiava os motoristas nos radares eletrônicos. O Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem) detectou que dois deles marcavam 5km a mais. Agora vejam só, em uma cidade que já se rouba os consumidores por todos os lados, ainda me aparecem máquinas para meter a mão. Onde iremos parar com tanta falta de vergonha! Isso é um disparate. Os motoristas, se quiserem, vão ter de recorrer ao Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT). Oras, roubo comprovado, a prefeitura, se fosse séria, deveria devolver centavo por centavo, o valor corresponde a todas as multas aplicadas pelas máquinas ladronas. Era o mínimo que podia ser feito num caso desses. Esperar que os motoristas que se sentirem lesados recorram é de uma insensatez sem tamanho.

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Lixo neles!


Fico imaginando o quanto ao é inclusive essa taxa do Amazonino (Lixo) Mendes. Ele foi muito claro nas exposições e defesa da nova vedete de Manaus: “quem tem mais, paga mais”. Como para o bom entendedor até os gestos bastam, significa que quanto mais lixo, mais taxa, ou seja: quem mora nos bairros mais pobres, mais carregados de lixo, pagará mais. Em pleno Natal, mais lixo em cima da população. Fico a imaginar se essa taxa fosse realmente coisa séria, o que não seria cobrado da Câmara dos Vereadores e da Assembléia Legislativa pelo lixo que existe nas duas casas? E o que dizer dos covardes, que somem na hora das votações mais comprometedoras? Prova-se, mais uma vez que os interessas da população (que eles deveriam representar) são deixados de lado em nome dos interesses do governante de plantão. Uma vergonha que seja assim. Mas, é a realidade no ano que se encerra e nos que virão. Político comprometido com o prefeito e o governador e pronto. Lastimável! Um lixo!

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Para bois dormirem


Depois que, “comprovadamente”, um cachorro polui mais que um automóvel, a Cúpula de Copenhague não podia dar certo mesmo. Tudo o que é animal agora é causado de poluir mais que um ser humano. Mas, como dizia Antônio Rogério Magri, “cachorro também é ser humano”, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), vem com essa “conversa para boi dormir” (de novo os pobres animais) de que só vai pagar a taxa do lixo quem tiver mais, quem ganhar mais. Então, Amazonino Mendes é no novo Robin Hood baré: vai tirar dos ricos e dar aos pobres? Quem conhece cantilena de político sabe que não se pode confiar nem nas vírgulas, nem nos pontos (muito menos de exclamação) de nenhum deles. Portanto, senhor prefeito de Manaus, deixe os bois dormirem em paz. Os coitados também já foram acusados de serem mais prejudiciais à camada de ozônio que todos os humanos juntos. E o senhor ainda vem com essa conversa de tirar o sono dos bichinhos. Pare com isso!

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Forcinha de nada


Os “motivos de força maior” alegados pelos vereadores de Manaus para faltarem às se sessões ordinárias fazem parte da cultura do serviço público brasileiro. Por mais irônico que possa ser, no fundo, participar de reuniões, sessões ordinárias e outras atividades intrínsecas ao dia-a-dia do servidor público requer uma força de vontade imensa e um sentido de cidadania e participação só demonstrado pela minoria. A grande maioria, dos vereadores, deputados (estaduais e federais), senadores e todos os demais servidores públicos fazem uma “forcinha de nada” ou fogem das atividades normais dos cargos que ocupam. A mesma expressão genérica “ausência justificada” aparece em Atas de Norte a Sul e de Leste a Oeste do País. No fundo, escondem desculpas das mais esfarrapadas para faltas ao trabalhou ou às reuniões.

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domingo, 20 de dezembro de 2009

Mensalão ofcializado


Reportagens e mais reportagens do jornal Diário do Amazonas denunciaram a prática de repassar verbas para entidades sem fins lucrativos, instituições, institutos e fundações. São instituições ligadas à universidades, faculdades, igrejas (das evangélicas às católicas, passando por quaisquer credos), deputados e vereados, que não prestam contas de forma adequadas do uso do dinheiro público. Como bem-diz o jornal, esse tipo de repasse transformou-se na “galinha dos ovos de ouro” do Governo Braga. A grande diferença de Brasília é que, na capital federal, a grana entra até pelas meias (e malas). Lá, o próprio governador, José Roberto (galho de) Arruda foi flagrado pegando dinheiro. Em Manaus não. Aqui, a grana cai direito na conta das entidades sem o menor constrangimento. Conforme denúncia do Diário do Amazonas, por exemplo, a entidade Associação de Produtores Rurais Unidos da Terra (Aprut), (será que tem PC do B nessa história?), recebeu, de janeiro de 2003 até hoje mais de R$ 1 bilhão. As ironias não param por aí. Uma tal de Instituição Dignidade para Todos (IDPT), (essa tem até a sigla do PT pelo meio), presta serviços ao estado com 900 trabalhadores terceirizados. Haja dignidade! Depois, quando o deputado federal Francisco Praciano fala em “mensalão baré”, só falta apanhar dos colegas estaduais do Amazonas.

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sábado, 19 de dezembro de 2009

Começar de novo

O prefeito em exercício de Manaus, Carlos Souza (PP) atendeu com uma velocidade impressionante as recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de destinar “um percentual das vagas de contratos temporário a egressos do sistema prisional”. Essa recomendação do CNJ faz parte do programa “Começar de novo”. Recém-saído da prisão, Souza entendeu que não se deve só destinar um percentual de vagas, mas, acima de tudo, um percentual financeiro. Não brincou em serviço. Pegou a caneta e autorizou um reforço orçamentário de R$ 64 mil para o próprio gabinete. Isso é que é um “começar de novo” levado a sério. Tenho convicção de que, caso todos os egressos do sistema prisional tivessem o mesmo poder de “canetar” demonstrado pelo vice-prefeito de Manaus, Carlos Souza, a vida de todos seria bem-melhor e o CNJ teria êxito pleno em seu programa e inclusão social de ex-presos. Um modelo a ser seguido, esse de Manaus.


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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Crime e castigo


O cerco contra pessoas que cometem crimes sexuais fecha-se cada vez mais. Agora os crimes sexuais que resultarem em lesão corporal ou morte ou forem praticados por parentes ou pessoas que vivem sob o mesmo teto de quem sofreu o abuso serão julgados sem a necessidade de queixa-crime por parte da vítima. Antes, a pessoa só iria a julgamento se houve uma queixa formal por parte da vítima. Com isso, espera-se que os crimes dessa natureza sejam punidos severamente e que as pessoas que vivem sob o mesmo tento tenham proteção mais eficaz dos órgãos a quem compete “bancar” as denúncias e coibir os crimes sexuais. A impunidade e a necessidade de queixa fragilizavam as vítimas. Que as políticas públicas, a partir de agora, também sejam de esclarecimento das pessoas sobre seus direitos.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Candidatas do Lula

No Acre, corre a boca-pequena que Marina Silva (PV-AC) também é candidata do presidente Lui Inácio Lula da Silva à presidência da República. Os analistas políticos de “beira-de-barranco” não conseguem entender como Marina Silva deixou o PT e nada foi feito para lhe retirar o mandato. A impressão que se tem é que “Marina Silva Presidente” também foi gestada no Palácio do Planalto a fim de abrigar petistas (e Lulistas) descontentes, sem deixá-los descambar para uma possível candidatura Aécio Neves ou José Serra. No início, inclusive, defendi aqui e embarquei de cabeça no movimento Marina Silva Presidente. Confesso que ando meio ressabiado. Imaginei que o rompimento de Marina com o PT fosse para valer. Ao que parece, porém, não incomodou nem um pouco ao Palácio do Planalto. Ao contrário, o presidente Lula tem dado demonstrações explícitas de que “faz gosto” com a candidatura. Começo a crer mais no professor João Manuel Cardoso de Mello, ex-professor de José Serra e Dilma Roussef. Para ele, pela primeira vez o País tem dois “desenvolvimentistas” com chances de serem presidentes. Nem no Acre se acredita que houve rompimento de verdade entre Marina Silva e o PT.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Discursos ecológicos

Os governadores do Amazonas e o Acre, Eduardo Braga (PMDB)e Binho Marques (PT) parecem disputar a mesma fatia do mercado ecológico com unhas e dentes. Até os discursos são semelhantes. Hoje, em Rio Branco, os jornais estamparam a mesma manchete, como se fosse um material distribuído pela assessoria de comunicação do Governo: “Acre leva a proposta mais consistente para Copenhague”. É um nítido caso de auto-elogio, como os que são praticados no Amazonas. Aos olhos dos jornais locais, Amazonas e Acre possuem políticas públicas ecológicas das mais avançadas. Quem cruza as estradas acreanas, porém, só enxerga caminhões e mais caminhões carregados de toras de madeiras. Ao que tudo indica, Braga e Binho (parece até nome de dupla sertaneja) possuem mais discurso ecológico do que a efetiva prática. Ainda precisam fazer muito, ao invés de apenas comprarem espaços em jornais para seus discursos ecológicos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Crimes contra crianças


O aumento do número de denúncias de crimes contra crianças, revelado pelo presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Paulo Sampaio, apontam para duas interpretações: ou as pessoas passaram a confiar mais no serviço, o que é fator importante, ou houve aumento na violência contra crianças e adolescentes, o que nos deixa em estado de alerta. Especificamente no Amazonas, é fundamental que a sociedade não canse de combater o abuso sexual. O próprio Paulo Sampaio afirma revelou a um jornal de Manaus que as denúncias de abuso sexual contra crianças variam de 100 a 170 telefonemas mensais. As denúncias devem ser feitas pelo telefone 0800 92 1407, a qualquer dia e a qualquer hora. O essencial é que o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes torne-se uma luta da sociedade, com a participação de todos. Não se pode admitir mais que o Amazonas, nem Manaus, estejam na liderança das estatísticas relacionadas a esse tipo de crime hediondo.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Quatrilhão baré


Quando o deputado federal Francisco Praciano (PT) externou aos quatro cantos a exist6encia do “mensalão baré”, a grita foi geral. Agora, a empreiteira Camargo Corrêa, uma das mais prestigiadas do País, responsável dentre outras coisas pelo Prosamin e pela Ponte sobre o Rio Negro, revela que doou mais de R$ 23 milhões nas eleições de 2008 “em absoluta concordância com a legislação eleitoral”. Será que não é a essa frase da construtora que Francisco Praciano chama de “mensalão legalizado?” Ora, os deputados estaduais que reagiram à fala de Praciano estão corretos. Não se pode chamar uma doação polpuda dessas, feita de quatro em quatro anos, de acordo com as leis existentes no País, de “mensalão”. É mesmo completamente impróprio. O máximo que se poderia dizer, para ser bem exato, uma vez que são doações de quatro em quatro anos, é que se trata do “quadrilhão”. Não! Pode-se induzir as pessoas a relacionarem o termo com “quadrilha”. Minha nossa, “quatrilhão” é o mais correto? Mas “quatrilhão” leva-nos a relacionar o termo com o tal “metrô de superfície”: imaginem se a Camargo Corrêa vence mais essa? Bem, usarei, provisoriamente, “quatrilhão baré”. Caso o deputado Francisco Praciano tenha outra denominação mais precisa, aceitamos colaborações.

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domingo, 13 de dezembro de 2009

Altas autoridades


Causa estranheza justamente o presidente Lula encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei que transformar em crime hediondo os “atos de corrupção” praticados por altas autoridades públicas. Estranho que nada disso tenha sido feito antes quando, nas entranhas do poder central, o mensalão corria solto e poucos perderam o pescoço. Usar a desculpa de que tudo começou no governo de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), em Minas Gerais, e que o PT não tem nada com isso é falso. Recentemente, fala-se do “mensalão do DEM”. E todos esqueceram o “mensalão do PT?” Em termos de pagamento de propina a políticos, ao que tudo indica, não há santos. Partidos de A a Z faziam parte da “base aliada” de José Roberto (galho de) Arruda. As ditas “altas autoridades” de Brasília tinha um pé no mensalão assim como grande parte delas tinha no mensalão do PT. O que mudou? Há eleições ano que vem e é interesse do PT (e de Lula) que o mensalão do DEM respingue ao máximo no PSDB. Caso a corrupção seja mesmo transformada em crime hedindo, algumas “altas autoridades” passarão por muitos apuros.

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sábado, 12 de dezembro de 2009

João, bonachão


Uma das experiências mais enriquecedores que tive na vida como avaliador do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foi avaliar, para fins de autorização, o curso de Jornalismo das Faculdades Campinas (Facamp) cujos donos são os professores João Manuel Cardoso de Mello e Luiz Gonzaga Belluzo. Conheci os dois, por dever de ofício. Belluzo, professoral e meio distante, só demonstra paixão e desequilíbrio, como o fez recentemente, pelo Palmeiras. João Manuel, como gosta de ser chamado, não. Este não. Porta-se como o decano “mais prestigiado” da Universidade de Campinas (Unicamp). Para vir ao Acre, onde estou agora, peguei algumas revistas não-lidas, dentre elas a Isto É dinheiro número 633, de 25 de novembro de 2009. Eis que à página 45, sob o título de “O fogo amigo de José Serra”, lá está o professor João Manuel Cardoso de Mello, o único a fumar na sala do governador sem ser perturbado por quem mais combate o fumo em São Paulo. Só então, após ler toda a matéria, tive a dimensão do poder do professor João Manuel. E me veio à mente o nosso almoço no próprio Restaurante Universitário da Facamp. “Imagine professor”, dizia ele; “os meninos quiseram fazer uma greve aqui só porque encontraram uma lagarta no meio da salada de alface? Não deixei”. Seguido de uma gargalhada bem ao seu estilo. Assim ele administra a Facamp, “com mão-de-ferro”. Fumante inveterado, João Manuel tem o ar de “paizão”. Pelo que li agora, porém, é melhor não pisar no calo daquele homenzarrão. Ele tem muito mais poder do que aparenta.

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Já vai tarde!


Os Democratas (DEM) titubearam, esperaram demais, deram a chance de José Roberto Arruda pedir para sair e perderam a grande chance de dar uma resposta imediata e incontestável no combate à corrupção. Diante de mensalão do PT, o do DEM é fichinha. Por isso, o partido deveria ter imediatamente expulso José Roberto Arruda e trazido para a pauta da Campanha Presidencial de 2010 o combate à corrupção. Uma ação rápida do DEM demonstraria não-tolerância a qualquer tipo de desvio de conduta. Com isso, aplicaria um tapa com luva de pelica no próprio PT e acenderia uma chama na disputa presidencial. A postura tomada, no entanto, foi frágil, fortaleceu o partido do Governo e demonstrou, inclusive, que o DEM parece temer que o assunto seja levado muito a sério. Ao que parece, O DEM sentiu-se aliviado com a saída de José Roberto Arruda, numa espécie de já vai tarde. Porém, demonstrou fraqueza. Sai fragilizado do episódio.

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Confisco do sistema


Em épocas modernas, confisco semelhante ao que o povo brasileiro foi acometido só correm por conta que panes. E isso ocorreu nos dias 8 e 9 deste mês com grande parte do “sistema” do Banco do Brasil. Dia 8, feriado, por exemplo, na agência do Banco do Brasil da rua Miranda Leão, todos os caixas eletrônicos exibiam a seguinte mensagem: “favor dirigir-se à agência mais próxima”. Na agência da Marcílio Dias, os caixas exibiam a mesma mensagem. Um dos clientes encontrados no mesmo dia tinha vindo da agência da rua 24 de maio e lá, também, os caixas exibiam a mesma mensagem. Para a minha surpresa, ao chegar ontem ao posto do Banco do Brasil da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) avisos escritos à mão registravam que o sistema estava “inoperante” e “sem previsão de retorno”. Caos total. Durante dois dias os correntistas do Banco do Brasil não puderam movimentar suas contas. Trata-se de uma espécie de confisco moderno contra o qual, pelo jeito, só há uma saída: guardar parte do dinheiro embaixo do colchão para fugir de uma situação dessas.

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Destruidor de mentes


O capitalismo neo-liberal é uma espécie de “destruidor de mentes”. Não consegui entender, e esperava ansiosamente, a carta de despedida deixada pela atriz Leila Lopes. Como é possível uma mulher, bela, em plenos 40 anos, suicidar-se? Perdi dois amigos completamente destruídos pelas dívidas. Mataram-se. Por mais que Leila Lopes que não, uma das frases da carta revela o tormento das dívidas, dos problemas: “Estou cansada, cansada de cabeça! Não agüento mais pensar, pagar contas, resolver problemas...”. O capitalismo, o consumismo, a competição diária pelo ter talvez explique a destruição de tantas mentes. A carta de Leila Lopes é provocante pelo pleno domínio sobre a vida e a morte. Não a julgo, não a julguem. Reflitam! Ei-la: “O Não chorem, não sofram, eu estou ABSOLUTAMENTE FELIZ!!! Era tudo o que eu queria: ter paz eterna com meu Deus e, se possível, com minha mãe. Eu não me suicidei, eu parti para junto de Deus. Fiquem cientes que não bebo e não uso drogas, eu decidi que já fiz tudo que podia fazer nessa vida. Tive uma vida linda, conheci o mundo, vivi em cidades maravilhosas, tive uma família digna e conceituada em Esteio, brilhei na minha carreira, ganhei muito dinheiro e ajudei muita gente com ele. Realmente não soube administrá-lo e fui ludibriada por pessoas de má fé várias vezes, mas sempre renasci como uma fênix que sou e sempre fiquei bem de novo. Aliás, eu nunca me importei com o ter. Bom, tem muito mais sobre a minha vida, isso é só para verem como não sou covarde não, fui uma guerreira, mas cansei. É preciso coragem para deixar esta vida. Saibam todos que tiverem conhecimento desse documento que não estou desistindo da vida, estou em busca de Deus. Não é por falta de dinheiro, pois com o que tenho posso morar aqui, em Floripa ou no Sul. Mas acontece que eu não quero mais morar em lugar nenhum. Eu não quero envelhecer e sofrer. Eu vi minha mãe sofrer até a morte e não quero isso para mim. Eu quero paz! Estou cansada, cansada de cabeça! Não agüento mais pensar, pagar contas, resolver problemas... Vocês dirão: Todos vivem!!! Mas eu decidi que posso parar com isso, ser feliz, porque sei que Deus me perdoará e me aceitará como uma filha bondosa e generosa que sempre fui. Aos meus fãs verdadeiros; aos jornalistas imparciais; ao Walter Negrão e sua esposa Orphilia; a LBV; ao Eduardo Gomes; ao prefeito de Itu, Herculano Neto e toda a sua equipe e ao meu amigo Zé meu muito obrigado. Às emissoras que trabalhei, obrigada. E aos colegas maravilhosos, muita luz! A todos os sites dignos que acompanharam a minha vida, SUCESSO!!! Ego, Esther Rocha, Thiago, Odair Del Pozzo, Felipe Campos, não se sintam esquecidos. Não posso citar nomes de amigas, pois aí seria um livro, mas Sueli você é a irmã que eu não tive. Márcia, seja sempre feliz amiga. Magrid, obrigada por tudo! Andréia, do TV Fama, beijo amiga. Tadeu (di Pietro) cadê você??? Desculpe a quem eu esqueci, a vida foi muito mais maravilhosa do que sofrida para mim. Obrigado Jesus. Nossa Senhora e meu Deus, perdoem-me e recebem-me como a filha honesta e bondosa que sempre procurei ser! Fiquem com Deus, todos! Leila Lopes.”


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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Visão política e social

A formação política em alguns instituições particulares de Ensino, em todos os níveis, nem de longe passa pelo equívoco cometido pelos estudantes da Uni(tali)ban, de São Paulo, no episódio envolvendo a estudante Geyse Arruda. Quando da agressão por mim sofrida em pleno auditório da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), os professores da Uninorte (uma particular) foram os primeiros a protestarem contra o fato em forma de um abaixo-assinado na Internet que ganhou milhares de assinaturas. Agora, em Manaus, a representante do projeto “o que você tem a ver com a corrupção”, promotora do Ministério Público do Estado, Silvana Nobre, recebeu oito representantes de escolas particulares interessados em discutir proposições relacionadas ao assunto. É bem-verdade que foram convidadas 24 escolas. O comparecimento de oito, porém, demonstra que o interesse para uma questão social crucial para a sociedade por parte das escolas particulares revela uma mudança e tanto. Uma pena que nas escolas públicas, inclusive universidades, haja um atrelamento incondicional ao poder. A sociedade perde muito com essa letargia.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Milagre na floresta


A se levar em conta o diagnóstico feito pelo engenheiro civil Marco Túlio Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a respeito de Manaus, a cidade corre sérios riscos de não emplacar como subsede da Copa do Mundo de 2014. O aeroporto é ultrapassado tanto para passageiros quanto para cargas, o transporte público é um dos mais lentos de todas as capitais brasileiras e o sistema hoteleiro sofreu colapso com a realização da Feira Internacional da Amazônia (Fiam). A Federação Internacional de Futebol (Fifa) exige que Manaus duplique a capacidade de leitos que hoje é de 5 mil. Afora os gastos oficiais, quem vai investir tanto nos hotéis de Manaus para correr riscos de depois dos três jogos da Copa ficarem às moscas? É possível, em quatro anos, duplicar o número de hotéis da cidade? Há tantas perguntas mal-respondidas que só nos resta seguir o conselho de José Ribamar Bessa Freire, vascaíno assumido, que disse ontem: “só um milagre tira o título do Flamengo hoje”. Vamos ter de comer muita pupunha e tucumã para resolver esses problemas antes da Copa. Tirar gosto com lascas de tucumã enquanto se joga partidas de dominó, sem as orações, ao que parece, não vai operar nenhum milagre na floresta.

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Catitus e rabetas


Quando o deputado federal Francisco Praciano (PT) disse que no Amazonas o mensalão é oficializado a grita foi geral. Cheguei a comentar aqui neste espaço que, se em Brasília os panetones custam os olhos da cara, aqui, o tucumã teria o mesmo efeito dos panetones. Lego engano. Descobri que no Amazonas, o que substitui os panetones e as cestas básicas de Brasília são os catitus, motores para casa-de-farinha, e as rabetas, motores para canoas. Sem acusar ninguém de forma nenhuma, mas apenas comparando: se em Brasília, para comprar apenas panetones e cestas básicas, corria aquela fortuna, quanto não se deve gastar no Amazonas para distribuir os “Kit bebê” (uma mamadeira média, uma mamadeira pequena, uma chupeta, dois pacotes de fraldas descartáveis e um lençol); “Kit ferramentas”(uma enxada, uma pá, um terçado e uma foice - com mais um martelo já simbolizaria o PC do B); “Kit segurança” (um capacete e um colete); “Kit esportivo” (bolas penaltys, bolas convencionais, rede de futebol e uniformes esportivos) e o “Kit agrícola” (um motor para canoa, um motor para casa-de-farinha, um forno para farinha e uma caixa de isopor). Some-se a isso os R$ 50,00 mensais do “bolsa floresta” e teremos o “Kit preservação”. Tenho certeza absoluta que, em troca, jamais houve qualquer pedido do tipo “Kit vote em mim ou em quem eu indicar”. E quem vai poder dizer que se trata de compra de votos? Ninguém, só jornalista maldoso pensa nessa possibilidade. Talvez o deputado federal Francisco Praciano também associe essa prática ao mensalão. Pura maldade ou uma briga do PT contra o PT, mais nada.

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Casseta & Planeta federal


Deputados federais estudam reagir contra o programa “Casseta & Planeta Urgente” da última terça-feira. O procurador da Câmara, Ricardo Izar (PMDB-SP) irá se encontrar com a direção da emissora, segunda-feira, para tentar um acordo antes de ir à Justiça. Este nem seria o assunto do Blog de hoje, mas, dada a resposta inteligente dos cassetas, que circula pela internet, não pude deixar de publicá-la. Pode até ser FAKE, mas, não importa. A inteligência da “Nota de esclarecimento” me fez publicá-la em todos os Blogs hoje. Os humoristas do Casseta & Planeta não falaram sobre o assunto “para não dar importância à concorrência”, mas publicaram a seguinte nota: “NOTA DE ESCLARECIMENTO: 'Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos: 1) Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender as prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição; 2) Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de Resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa. 3) Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a 'interromper seu descanso.' Equipe do Casseta & Planeta”. Se não foram os Cassetas, fica o registro da genialidade da nota.

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Violência pública


Um professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), reservo-me ao direito de não revelar o nome por nem saber detalhes de como o fato correu (além de não ter obtido autorização dele para tal), teve o seu automóvel surrupiado sob pressão do cano de uma arma. Ainda levaram o seu celular. Sem se apegar aos detalhes, o fato revela que a violência em Manaus, que os números oficiais propagam ter diminuído, cada vez mais se aproxima do cidadão comum. E é sintomática no trânsito ou em decorrência deste. O nível de estresse dos motoristas, em Manaus, parece ser maior do que em qualquer lugar do País. Não se sabe se em função do calor causticante, que chega a minar nossa capacidade de racionalizar as coisas, ou em função da nossa falta de equilíbrio. Ironicamente, o Estado do Amazonas parece ter um Sistema de Violência Pública e não de segurança. Talvez fosse interessante aos políticos de plantão ler os jornais todos os dias. Saberiam que a cada dia a sensação de insegurança aumenta.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tucumã sim, panetone, não


O deputado federal Francisco Praciano (PT) adora pôr a mão em vespeiro. Agora vem com essa história de que existe “mensalão” no Amazonas. Mais que isso, diz que se trata de algo oficializado. Meu caro deputado! A reação de grande parte da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) é um indicador mais do que claro de que o senhor tocou em um ponto nevrálgico. Ninguém reage como reagiram os deputados amazonenses se não for atingido em cheio. Parece que o seu tiro foi certeiro. Há mais vespas, moscas, abelhas e todos os outros tipos de insetos (com todo o respeito que se deve ter a essa espécie) do que se pode imaginar. Pode até não ser “mensalão”, mas que causa estranheza, isso causa. Não desista, deputado. Vá fundo nas investigações. Na pior das hipóteses a sociedade saberá como se aplica o dinheiro público na área assistencial. No Amazonas, pelo menos a tradição não são os panetones. Vá ver, toda a dinheirama repassada para as entidades assistenciais ligadas aos parlamentares é destinada à compra de tucumã para o café regional das pessoas necessitadas.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Nas nuvens

Enquanto a expressão “nas nuvens” marca os sonhos dos enamorados, em Manaus, as nuvens encobrem a visibilidade dos motoristas e até dos pilotos de avião. Até chuva ácida preocupa os moradores da cidade. Ironia das ironias é Manaus ter de conviver com a maior cheia de todos os tempos e, em seguida, uma seca das mais sérias. E os órgãos de proteção ao ambiente? E a tão propagada consciência ambiental vendida mundo afora? Há algo de errado no reino da fantasia montado em torno do discurso ambiental da cidade. Durante a madrugada, uma nuvem de fumaça encobria Manaus. Certamente, no início da manhã, os motoristas devem ter cuidados redobrados ao dirigir. Com a fumaça, as pessoas ficam propensas às doenças respiratórias. Todo cuidado é pouco.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cuecas e meias


O post de ontem já comentava a cara-de-pau dos políticos de Brasília que, ao serem pegos com a mão na grana (preta, opa, desculpem, preta não, grana afrodescendente) alegaram que era para a compra de cestas básicas e panetones. A desculpa virou mote para piadas em todo o País. Mas não ficou só nisso o motivo de piadas. A volta das cuecas e até meias como local para armazenar dinheiro sujo também faz rir. Muito mais que isso, porém, o que causa asco e nojo é o cinismo com que os políticos aparecem em público para justificar as atitudes. O presidente da Câmara do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), por exemplo, disse que pôs o dinheiro recebido do secretário exonerado Durval Barbosa (o dedo-duro premiado) nas meias por “por uma questão de segurança”, pois ele não usa pasta. “Coloquei o dinheiro nas minhas vestimentas pois não uso pastas”. É de morrer de rir e revela, inclusive, que ele só é prudente no nome. Para completar o quadro do cinismo, o governador do DF, José Roberto Arruda, apareceu a noite inteira de ontem usado “aspas” para explicar que houve “resfriamento” dos aparelhos de gravação causando “desconfiguração dos dados armazenados”. Haja cueca, haja meia e haja cinismo!

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