sábado, 30 de abril de 2011

Ônibus para o Aeroporto em Brasília

Os executivos e passageiros que tem Brasília como destino possuem, desde ontem, um serviço de ônibus do Aeroporto até o Plano Piloto. O preço da passagem é de R$ 8,00, bem mais em conta que a tarifa dos táxis. A entrada em vigor do serviço não agradou nem um pouco os taxistas, que consideram a concorrência desleal. Certamente, para os executivos, não fará tanta diferença. No entanto, os passageiros comuns agradecerão encarecidamente, uma vez que os táxis, em todos os aeroportos brasileiros, praticam uma espécie de “reserva de mercado” a preços muito acima dos cobrados inclusive pelos táxis comuns. Essa guerra urbana pela exploração dos serviços de transportes é antiga. Deve ficar claro, porém, que, em qualquer área, quando há reserva, os penalizados são os consumidores. Talvez haja queda no uso dos táxis do Aeroporto Internacional Juscelino Kubtscheck. Ou, quem sabe, com o serviço de ônibus funcionando, os taxistas passem a praticar algum tipo de promoção. Com isso, no final das contas, os beneficiados serão os consumidores. A esses, cabe usar o serviço que funcionará inicialmente por 90 dias, em fase de testes. Gerar demanda é fundamental para que o serviço permaneça.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sustentabilidade ao extremo

Um hotel localizado em Taguatinga, Brasília, parece ter levado às últimas conseqüências o conceito de sustentabilidade. E não revelarei o nome porque a intenção não é “queimar” ninguém, mas, apenas, registrar a curiosidade. Pois bem, no saguão deste hotel há um recipiente com os dizeres “água frutilizada”. Pedaços de melancia dentro do recipiente ajudam a ativar as necessidades gustativas. Havia, porém, apenas um copo descartável. Pensei: “deve ser o conceito de sustentabilidade levado ao extremo”. Depois conclui: “não pode ser, pois, neste caso, o copo não seria descartável”.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Irritadores profissionais

Não se sabe se a intenção é impressionar turistas ou a própria Federação Internacional de Futebol (Fifa), para demonstrar que “já se vive o clima de Copa do Mundo”, mas, o certo é que a Polícia Federal, conjuntamente com a Infraero, resolveram tornar ainda mais irritante a espera de quem chega ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubtschek de Oliveira, em Brasília. Como se não bastassem os atrasos constantes para quem faz escala, agora, quem chega, é obrigado a esperar, na melhor das hipóteses, meia-hora apenas para que as bagagens sejam postas nas esteiras. Motivo: todos os volumes passam pelos Raios X. Enquanto isso, funcionários das empresas aéreas e os alto-falantes do aeroporto tentam convencer os passageiros (agora, também pacientes na essência da palavra) de que a medida é para melhorar a segurança nos aeroportos brasileiros. É de morrer de rir esse argumento fajuto. A medida deve ter o único intuito de irritar mais ainda os passageiros, especialidade da Infraero. Se realmente o País passa por um momento de intenso perigo, quase uma guerra civil, e se é preciso tomar tais medidas (verificar todos os pertences das pessoas com raios x), que sejam tomadas na entrada, ou seja, no momento do despacho das bagagens. Que a Polícia Federal, o Exército e a Aeronáutica, com cães farejadores e tudo, verifiquem as bagagens antes do emborque. Fazê-los no destino, principalmente quando é Brasília, cuja marca registrada é irritar passageiros, no mínimo, é mais uma forma de irritar-nos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Zelo pela vida

O zelo com o qual a Prefeitura Municipal de Manaus (PMN) trata os condutores de veículos em alguns pontos da cidade é de causar inveja aos mais messiânicos dos líderes religiosos. É tanto cuidado que, por exemplo, à avenida Darcy Vargas, no sentido Coroado Ponta Negra, antes da alça do Complexo Viário Miguel Arraes há um redutor eletrônico de velocidade, cuja velocidade máxima é de 40km/h. Trezentos metros depois, embaixo do mesmo Complexo Viário, há outra lombada eletrônica também com velocidade máxima de 40km/h. É bem-verdade que em qualquer lugar civilizado do mundo não há nem semáforo nem redutor de velocidade nos viadutos ou passagens de nível. Em Manaus, por erro grosseiro de projeto, os redutores agora são usados exatamente para “controlar” o tráfego de veículos. Louve-se o zelo paternal da Prefeitura, no entanto, o erro não pode deixar de ser comentado.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Briga boa no ar

Os primeiros movimentos do xadrez político de Manaus dão conta que Amazonino Mendes (PTB) é mesmo candidato à reeleição. Aliados políticos do senador Eduardo Braga (PMDB) mandam sinais de fumaça de que ele, também, estará na disputa. Pelo modo que circula constantemente onde há gente e, pela forma como aparece nas redes sociais, inclusive dito por alguns tuiteiros-fãs, surge uma “Evita do Amazonas”: Nejmi Aziz. E, ao que se sabe, desde que o mundo é mundo e que surgiu a primeira Evita, na Argentina, Evitas nunca evitam uma disputa. Na política brasileira há casos e mais casos de mulheres que se descompatibilizam até dos maridos para entrar em uma boa peleja política quando as chances são grandes. A desenvoltura com que Nejmi transita não é apenas uma questão de empatia: será candidata a algum cargo, algum dia. Se não for à Prefeitura, resta a grande incógnita: com quem irá Omar Aziz (agora PSD), neto de bisneto de Gilberto Mestrinho, neto de Amazonino Mendes e filho predileto de Eduardo Braga se esses dois últimos estiverem disputando o mesmo cargo? O caminho natural seria apoiar Eduardo Braga e deixar Mendes a ver canoas nos córregos do Prosamim. Porém, como em política, quando os bois voam demoram no ar sem precisam nem de piloto, só nos resta esperar.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Respeito na ausência

Quando, no dia 15 deste mês, publiquei referência aos carros que ocupavam vagas reservadas aos portadores de necessidades ou com mobilidade reduzida, fui abordado por algumas pessoas que argumentaram em favor dos infratores: diziam que o número excessivo de vagas ocupadas era porque o Shopping ainda não abrira, logo, ocupar as vagas não tinha nenhum problema. Será que há desculpa para quem chega ao Shopping de madruga e “joga” o carro importado em uma vaga destinada a quem tem mobilidade reduzida? A mim me parece acintoso alguém que vai para uma academia, paga uma fortuna mensal, inclusive com um treinador individual, encostar o carro na vaga ao lado da porta de entrada, justamente, na vaga destinada aos portadores de mobilidade reduzida. Penso que se tornaria até um treino para boas práticas se o que prevê o Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as “Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, fosse respeitado também na ausência das pessoas com os problemas. Não sei se estou certo, mas, vejo dessa forma.

domingo, 24 de abril de 2011

Celulares e paixão

Como as aparências enganam, não quero, de forma alguma julgar ninguém. Deter-me-ei apenas às aparências nas reflexões de hoje, porque a cena me provoca desde o dia em que a presenciei: sexta-feira santa, sexta-feira da paixão. Escrevo, não escrevo! Comento, não comento! Pode parecer tradicional demais, porém, ainda “guardo” com certo recato o “dia santo” da sexta-feira encoberto pelo manto sagrado do sentido pascal. Meu esporte predileto é observar as pessoas, registrar as cenas, para, depois, transformá-las em poemas. Como fui a um supermercado de Manaus localizado na Ponta Negra na tarde de sexta-feira da paixão, sentei-me em uma das mesas da Praça da Alimentação e passei a observar as “torres de chope” que passavam para uma mesa ou outra. Pensei: “as pessoas não guardam mesmo a sexta-feira santa”. Lembrei-me da infância em Sena Madureira quando só se saía de casa para a igreja, na sexta-feira, não se comia carne e até os banhos eram apenas “asseios” em respeito ao sofrimento que Jesus passara naqueles momentos dos quais recordávamos a sua dor na cruz. Eis que na mesa em frente a minha sentam três garotas, acompanhadas de um senhor de aparência oriental, japonês ou chinês, não sei precisar. Das três garotas, uma, talvez, fosse maior de 18 anos. Ele toma chope. Elas sucos. Provavelmente de laranja. E, sorrisos nos lábios, às vezes gargalhadas, tiram da caixa um celular Blackberry, aparentemente, um agrado de tão-bondoso senhor. Ligar para o Conselho Tutelar resolveria? Certamente não! Ao serem abordadas, as meninas poderiam alegar que compraram o aparelho, e talvez tenha comprado mesmo. Não faziam nada de anormal, além de, tomar sucos, acompanhadas de um amigo, que tomava chope e levantava-se constantemente da mesa para, educadamente, ir fumar seu cigarro na área externa da Praça de Alimentação. A cena, porém, também aparentava ser um daqueles típicos casos de assédio sexual de crianças e adolescentes que jamais podem ser comprovados. Registro a cena mais pelo caráter didático: nós, os pais, talvez pelo excesso de zelo dos nossos pais, teimamos em não ser tão zelosos. Se uma filha chega com o um Blackberry novinho, em plena tarde de sexta-feira da paixão, é a coisa mais normal do mundo. E se ela tiver sido assediada? E se tiver tido algum envolvimento com algum traficante, alguém do crime organizado? Deve ter a plena liberdade de decidir? Cada vez que vejo cenas como aquelas fico em dúvida: será que nós, os pais (e mães), não somos cúmplices, por desleixo, em alguns casos de abuso e violência sofridos por nossos filhos?

sábado, 23 de abril de 2011

Desatenção e velocidade

Motoristas desatentos de um lado e, em alta velocidade do outro, são receitas para acidentes violentos, quando não graves. Combinados com o álcool consumido sem limites nos bares da redondeza, podem se transformar em mortes efetivas diariamente. E isso é muito mais comum do que as pessoas imaginam, principalmente nas ruas do Conjunto Manauense e dos bairros Nossa Senhora das Graças e Vieiralves. Para completar o quadro de acidentes constantes que, em muitos casos poderiam ser evitados, motoristas presunçosos, abusados e irresponsáveis teimam em não respeitar as “mãos” das ruas, trafegando constantemente em sentido contrário ao fluxo normal dos veículos sem que providência oficial seja tomada. Esse quadro aumenta ainda mais a responsabilidade de quem circula nas ruas desses bairros, que por sinal, são todas estreitas demais. O fato de o Vieralves ter se transformado em um bairro comercial, de bares principalmente, agrava o problema. Se a Prefeitura Municipal de Manaus não tomar medidas duras, educativas e de fiscalização, o barril de pólvora que são as ruas desses bairros pode explodir.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cruz particular

Cruz. Sina de Jesus. Nela pregado. Dilacerado. Em seu calvário: quer nos salvar. De quem? De quê? De nós mesmos. Nossas mentes! Nossos monstros. Particulares. Jesus. De todos nós. De alguns. De quase ninguém. Até Madonna tem seu próprio. Povo sofrido. Cruzes diárias. Face ferida. Toma a outra. Fere também. Faces ocultas. De uma disputa. Ferrenha. Ferrada. Para viver. Um dia a mais. Tua mente. É teu Deus. E teu Pilatos. Liberta? Aprisiona? Vale o teu ato! Ato. Desato. Desabafo. Desafogo. Fogo! Que vergonha Botafogo! Pegue sua cruz! Mire-se em Jesus! Cada um tem a sua. Cada decisão é um prego. A fixar-te nela! Somos escravos! Eternos dependentes. Filhos indigentes. Mendigos. Pedintes. Ladrões. Políticos. Prostitutas. Jornalistas. Professores. Odores. Fedores. Termos justapostos. Frases desconexas. Conseguiste chegar aqui? Leitor incauto. Leitora iludida. Carrega a tua cruz. Não siga qualquer pista. Sinta os pregos. Lentamente. A varar tua tíbia. Marteladas indóceis. Ossos partidos. Lenta agonia. Hoje não é dia. Nem de prosa. Nem de poesia.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Homens das cavernas

Dois jogos de futebol, ontem, terminaram com cenas lamentáveis. Após ser derrotado pelo Fluminense, os jogadores do Argentinos Juniors, como o próprio nome indica, da Argentina, perderam o controle e distribuíram socos e pontapés a torto e a direito. As cenas foram de uma violência e barbaridade que não se pode admitir entre seres humanos em pleno Século XXI. Até os homens das cavernas ficariam envergonhados! Mas, para quem acha que só os argentinos arrumam pancadaria, no Brasil, após o jogo entre Avaí x Botafogo, o atacante botafoguense Loco Abreu fez jus ao apelido e, também, saiu distribuindo socos e chutes. Também foi chutado, agredido de todas as formas. Não sem antes ter feito uma perseguição ao adversário Marquinhos de pelo menos uns cinqüenta metros. Não teve que controlasse a fúria de Abreu. Ainda não se divulgou o que provocara tanta fúria no atacante do Botafogo. Para alguns comentaristas, o pênalti a favor do Avaí não existiu. Se todas as vezes que marcassem pênaltis inexistentes a favor do Flamengo ou contra o Vasco os jogadores fossem brigar, raramente, no Brasil, uma partida terminaria bem. Bons árbitros, aqui, são coisas raras. Nada, porém, justifica o que se viu desde ontem nas emissoras de televisão.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Interiorização do combate à violência

A chamada “interiorização das ações” da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas merece elogios. Principalmente porque, em boa parte dos municípios, a estrutura das Polícias Civil e Militar é viciada, ou seja, se há muito proximidade da comunidade, também existe dos delinqüentes. No interior, os crimes mais comuns são tráficos de drogas, associação ao narcotráfico que, embora não provoquem impactos, como assassinatos, por exemplo, destroem as famílias no dia-a-dia. Logo, configuram-se em violência ainda maior, pois correm o tecido das relações pessoais e familiares. É uma violência que corrói silenciosamente como a pior delas: a violência sexual contra crianças e adolescentes. Há um choque quando surge uma denúncia contra uma autoridade, como a do fiscal do Ibama, em Tefé, acusado de violentar pelo menos 11 crianças. Esse tipo de violência, porém, está no DNA das cidades do interior da região amazônica e merecem um olhar mais cuidadoso do poder público. Interiorzar plenamente os Conselhos Tutelares talvez seja um bom começo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Zona cega

Começo a crer que não é lenda a história de que, entre Manaus e Brasília, há uma zona cega para os radares das aeronaves. Pelo menos como possibilidade isso é possível sim. E essa história sempre me vem à lembrança quando circulo dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). E como faço isso diariamente não dá para esquecer o que dizem os pilotos que circulam pelos ares da Amazônia. Como fico a imaginar os problemas que eles enfrentam? Simples, há uma zona entre o setor Norte e o setor Sul do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho no qual os celulares de quaisquer que sejam as operadoras não funcionam, perdem o sinal. Oras, se isso acontece com os sinais das operadoras, porque seria diferente com os sinais dos radares? Não causa pânico quando estou dentro de um avião, porém, não é nada confortável saber que se está dentro de um pássaro de aço, a quase 1.000 km/h, e sem sentido contrário, pode vir outro, na mesma velocidade, e os dois podem ser acometidos de cegueira passageira?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Demonstrações de poder

A vida em sociedade, ao que tudo indica, não se caracteriza apenas pela hipocrisia como regra. Há outro componente que parece ser fundamental: a demonstração de poder. Essa demonstração é exercida em todos os campos das inter-relações. Vai desde o carro importado e do ano, passa pelo número de mulheres “conquistadas”, e chega ao título ou ao cargo que exerce. Isso gera um círculo vicioso de poder autoritário que constrange, fere e corrói a moral das relações. Os assédios, moral e sexual, são exemplos desse exercício de poder obscuro, difícil de ser comprovado, que violentam pessoas inocentes ou, de certa forma, educadas para a subserviência. Usar do poder do cargo para obter vantagens sexuais é assédio. Fazê-lo, a mesma forma, para obrigar pessoas exercerem funções para as quais não estão habilitadas é assédio moral. Todos esses tipos de violência são demonstrações de poder inaceitáveis nos dias de hoje.

domingo, 17 de abril de 2011

FHC de volta?

Enquanto Fernando Henrique Cardoso, carinhosamente chamado pela imprensa brasileira de FHC, desafia Luiz Inácio Lula da Silva para uma nova disputa eleitoral (venceu Lula duas vezes no primeiro turno), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), é pego em um Blitz, no Rio de Janeiro, dirigindo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida. Sem falar que se recusou a fazer o teste do bafômetro. Neste caso, não por se tratar de um senador da República: qualquer brasileiro pode sim, se negar a fazer o teste do bafômetro. O problema é que a atitude de Aécio Neves deixa no ar a suspeita de que, além de dirigir com a CNH vencida, estaria embriagado. Não é um bom-exemplo para quem sempre se apresenta como possível candidato à Presidência da República. Pior ainda: deixa um PSDB numa situação delicada para as próximas eleições. E, por incrível que pareça, abre chances para o retorno de FHC como candidato. Não duvidem, meus caros eleitores e eleitoras, a depender do desempenho de Dilma Rousseff (PT) e do retorno ou não da inflação, FHC surge como a única possibilidade do PSBD. Caso contrário, o partido afundará em mais uma derrota eleitoral.

sábado, 16 de abril de 2011

Terra de ninguém

Tenho criticado veementemente algumas medidas da Prefeitura Municipal de Manaus (PMN), mas, o tal “choque de ordem” merece o apoio de todo a população. O centro de Manaus há muito transformou-se em “terra de ninguém”. A Avenida Eduardo Ribeiro, por exemplo, parece ter sido privatizada pelos camelôs e flanelinhas. A área do Mercado Municipal Adolpho Lisboa e da Feira Manaus Moderna, além do lixo, é comandada pelos próprios comerciantes do local, ou, também, pelos guardadores de carro. Não há quem consiga estacionar nas proximidades sem ser obrigado a pagar pedágio. Isso quando carrinhos, cadeiras, cavaletes ou quaisquer objetos delimitam a área das lojas. Entendo as dificuldades financeiras e de sobrevivência dos menos favorecidos, porém, não posso admitir que sejamos obrigados a pagar pedágio cada vez que vamos à feira, ao Centro ou a qualquer lugar desta cidade. O povo precisa de emprego, educação, saúde e trabalho. Mas não esse tipo. Incentivar esse tipo de prática é explorar os guardadores e explorar a si próprio. Que a Prefeitura tenha êxito na retomada da cidade. Manaus para os manauenses!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Desrespeito nos estacionamentos

Ninguém respeita mesmo o que prevê o Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as “Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Esse conjunto de regras legais estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Combinados com as legislações municipais específicas, cria, por exemplo, vagas especiais nos estacionamentos dos shoppings centeres para pessoas como mobilidade reduzida ou portadoras de necessidades especiais. Seria natural esperar de pessoas que freqüentam as academias de Manaus e defendem a prática do esporte como melhoria da qualidade de vida o respeito a essas regras básicas de convivência entre os diferentes. Ontem, ao chegar ao estacionamento do Manauara Shopping, por volta das 7h30, deparei-me com quatro veículos ocupando as vagas reservadas aos portadores de necessidades especiais. Infelizmente, estava sem a minha máquina fotográfica. Características dos veículos: todos eram automóveis de luxo. Pensei: “A Cia Athletica deve ser a academia que abriga a maior concentração por metro quadrado de pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida”. Reclamei com a funcionária do Shopping e com alguns professores da academia. A resposta foi:”os frequentadores não respeitam mesmo as vagas”. Dei um giro pela academia para ver se encontrava as quatro pessoas com problemas. As que encontrei com mobilidade reduzida eram as que corriam com pouca velocidade nas estareis. Mais nada. Não daria para essas pessoas tomarem consciência sem a necessidade de algum tipo de constrangimento?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Faroeste baré

A mente humana funciona com um filme de infinita duração, com saltos de uma ponta a outra dos clusteres desse nosso HD interno. Ao recordar-me dos episódios envolvendo o presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), o ex-prefeito de Manaus, Manoel Ribeiro (à época, do PTB), me veio o escândalo do Edifício Garagem, elefante branco até hoje praticamente abandonado no centro da cidade. Mas, a cena de “Faroeste caboclo”, parafraseando Renato Russo, descrita pelos jornais da época, deve ter sido a mais emblemática da política de Manaus. O cabo-de-guerra entre Amazonino Mendes, então governador do Estado, e o prefeito, Manoel Ribeiro, também poderia ser chamado de “A guerra dos machões”. Macho como ele só, Mendes decretou intervenção na Prefeitura de Manaus, nomeou o hoje senador pelo PR e ministro dos transportes do Governo Dilma, Alfredo Nascimento, interventor e tomou conta do Paço Municipal. Por força de uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, Ribeiro deu o troco. No dia 1 de julho de 1988, voltou triunfalmente à sede do Governo Municipal. Acompanhado do, à época senador Carlos Alberto Di Carli, e do deputado federal Carrel Benevides. Esse último, no auge da euforia, sacou o revólver e deu tiros para o alto. Assim era a Política de Manaus em tempos não muito idos. Comemorações oficiais feitas de armas em punho. Ainda bem que nossa mente e os jornais da época não deixam fatos como esses permanecerem enterrados para o todo e sempre. Olhar para o passado e não deixar que se repita é um modo de transformar o presente e o futuro.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sexteen: ponografia digital, danos reais

Há mais uma preocupação para pais e educadores com as crianças e os adolescentes. Além do mercado de U$ 8 bilhões impulsionado pela Pedofolia, outro tipo específico de violência pode causar danos psicológicos similares aos da Pedofilia: a distribuição de vídeos pornográficos por intermédio de celulares e até pela internet. Garotas e garotos inexperientes são instados a filmar suas estripulias sexuais. Depois, os vídeos são roubados, ou comprados a preços de banana; e revendidos a preço de ouro. É o tipo de violência que atinge a moral das crianças e dos adolescentes e pode causar danos psicológicos irreversíveis. Pais e educadores só possuem uma forma de se precaver: a informação. É preciso falar abertamente sobre o problema e alertar as filhas e os filhos para não permitirem esse tipo de filmagem das suas experiências sexuais. O que nasce como uma brincadeira de mau gosto entre duas pessoas que, às vezes, até se gostam, pode se transformar em uma dor-de-cabeça para os filhos e para a família inteira.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Nós realmente merecemos!

Quando se pensa que já se viu, leu e ouviu tudo sobre a Prefeitura de Manaus, aparece mais uma surpresa. O slogan, “Prefeitura de Manaus, você merece uma cidade melhor” nunca foi tão real. E não é que a Prefeitura de Manaus resolveu alugar uma casa por R$ 18 mil por mês, o que dá a bagatela de R$ 216 mil por ano. A história é contada tim-tim-tim por tim-tim-tim no endereço http://wilkerleaks.tumblr.com/. Impressiona pela cara-de-pau das justificativas oficiais para o aluguel de uma casa no Ephigênio Salles, com dispensa de licitação, pelos próximos dois anos. A mansão abrigará a Casa Civil da Prefeitura de Manaus. É bem-verdade que há funcionários da Prefeitura de Manaus trabalhando sem as mínimas condições humanas. No entanto, usar oficialmente este argumento para alugar a casa de um amigo em um condomínio de luxo é, na prática, não solucionar o problemas “dos servidores que precisam trabalhar”, portanto, acintoso. Aliás, nos últimos tempos, parece que os políticos do Amazonas perderam completamente o pudor e o senso público. O novo episódio só reforça essa crença.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Nós merecemos!

Tenho refletido há tempos sobre uma chamada de rádio da Prefeitura Municipal de Manaus (PMN): “um minuto da Prefeitura pra você”. Para quem ouve rádio quase o dia inteiro, como eu, torna-se uma espécie de lavagem cerebral, pois, se não entra de minuto em minuto, chega bem próximo. Não sei se por ordem do chefe, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), jamais, ouvi tamanha transparência em uma peça oficial. O slogan com que a peça encerra-se é de uma profundidade e veracidade de causar inveja: “...Prefeitura de Manaus, você merece uma cidade melhor”. Nem precisava a Prefeitura repetir isso todos os dias nos nossos ouvidos para termos a certeza de que, realmente, merecemos uma cidade melhor. Quem enfrenta engarrafamentos diários, buracos nas ruas, falta de água nos bairros, enfim, quem tem aquela sensação de que “falta prefeito na cidade”, sente-se aliviado quando a Prefeitura, paga, com o teu próprio dinheiro (público), uma peça de publicidade promocional tão verdadeira: “Prefeitura de Manaus, você merece uma cidade melhor”. Quando estou no engarrafamento programado do Complexo Gilberto Mestrinho, na ida para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que ouço a peça no rádio do carro, penso: “Realmente, Manaus, você merece uma Prefeitura melhor”. Quem imaginou a peça deve estar tirando um voto de Amazonino Mendes, com o alerta, a cada inserção. A oposição agradece encarecidamente!

domingo, 10 de abril de 2011

Circo dos horrores

A Política, no Brasil, é mesmo um circo. Mas, um circo dos horrores e das armações ilimitadas. A estratégia do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM, agora PSD), de burlar a lei eleitoral para fugir da prática de “infidelidade partidária” não tem precedentes na história deste País. O que mais me impressiona nos políticos atuais é que as armações são feitas à luz do dia. Burlam as leis com a maior cara-de-pau do mundo. Kassab tem um mérito que jamais será tirado dele: conseguiu reunir no mesmo teto Omar Aziz, Silas Câmara e Carlos Souza. E chegaram a dizer oficialmente que Amazonino Mendes não tem lugar no novo Partido. Exageram! Não é possível que não encontrem um lugarzinho sequer para Amazonino Mendes, Adail Pinheiro e Abdala Fraxe. Só nas próximas eleições saberei se o povo aceitou tranquilamente essa tramóia eleiçoeira. Particularmente tenho a convicção de que a própria criação desse partido servirá para unir os descontentes. Os que pensam a política, a sociedade e a administração pública de outra forma. Não posso crer que o clientelismo e o populismo tenham retomado com tanta força. Se isso ocorrer, temos nossa parcela de culpa por aceitar esse tipo de prática sem falar nada. Faço minha parte. Espero que o coro se transforme em grito e que a população não aceite mais esse tipo de esperteza na política. A Ética na política começa por dentro: aceitar esse golpe na legislação eleitoral do País é transformar a cretinice em regra.



sábado, 9 de abril de 2011

Operação credibilidade

A Polícia Militar do Amazonas precisa, urgentemente, de uma espécie de “Operação recupera a credibilidade”. Agora, há pouco, realizava uma demonstração de como homens e helicópteros se comportariam em uma situação de emergência. A operação foi na quadra esportiva do Ginásio Dom Pedro II, localizado na esquina das avenidas Sete de Setembro e Getúlio Vargas, no centro de Manaus. Pessoas se aglomeraram ao redor da quadra para ver a operação. Um amigo passa no local e comenta para o outro:”isso não adianta nada. Daqui a pouco vão dizer que tá faltando escada, combustível....”. Mais fotos podem ser vistas no álbum “PM em ação” mo meu Facebook: www.facebook.com/GilsonMonteiro.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Estarrecimento duplo

Estarrecimento. Esse foi o sentimento que me tomou conta ontem com a tragédia da execução de 10 meninas e dois meninos, cometida por um serial killer, numa escola em Realengo, no Rio de Janeiro. Estarrecimento pela tragédia, estarrecimento duplo pela cobertura mal-feita, justamente no “dia do jornalista”, pelas reações absurdas nas redes sociais, e pela fala destemperada do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), momentos após o acontecido. É bem-verdade que se deve “dar um desconto” em função da forte emoção que, pelo menos ao ouvir no rádio, se depreende que o governador estava. Porém, chamar o matador de “débil mental, animal” foi de uma infelicidade cavalar. Doentes mentais precisam de apoio da família, de muita compreensão e de muito carinho. Precisam de políticas públicas responsáveis, capazes de evitar justamente que tragédias como as de ontem ocorram. Pegar um microfone, chorar, lamentar pelas mortes das vítimas e depois ir embora e nada ser feito para evitá-las não é postura das mais recomendáveis para um político. Pior que a fala de Sérgio Cabral foram as reações de algumas pessoas, jornalistas ou não, nas redes sociais. Aproveitar-se de uma comoção como aquela para justificar agressões, surras e todos os tipos de violências praticados pelos pais de antigamente é de um oportunismo similar ao do governador do Rio de Janeiro. Chegou-se a fazer apologia do bullying. A palavra inglesa não possui tradução em Língua Portuguesa. Mas, “compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima”. Isso é um tipo de assédio moral dos mais condenáveis. Não deve ser admitido nem relativizado. Fazê-lo em um momento de comoção nacional como o de ontem é de uma covardia ímpar. Estamos em pleno Século XXI e não se deve admitir retrocessos nas conquistas por respeito pleno ao indivíduo. Condenar antecipadamente um matador defendendo a prática do bullying é tão ou mais violento que o próprio ato de matar.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O cinismo como regra

Impressiona-me a cara-de-pau e o cinismo de algumas lideranças e mebros de dois dos maiores partidos da dita esquerda, PC do B e PT, que hoje exercem o poder sob o guarda-chuva de uma aberração chamada “base aliada”. Negociatas, trocas de favores e de cargo, quando praticas pelo PFL e pelo PMDB, eram ironizadas com a bandeira de “Centrão” e o slogan “é dando que se recebe”, numa alusão à Oração de São Francisco. Nada na história deste País, parafraseando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se compara ao “mensalão”, agora comprovado pelo inquérito da Polícia Federal. Mas, vá conversar com alguém do PT, mesmo os de conduta pública das mais ilibadas, para ver se não argumentam que a prática foi “necessária para garantir a governabilidade e os avanços sociais”. Oscips e Ongs roubam desavergonhadamente o dinheiro público. Porém, nenhum camarada ou companheiro da “base aliada” exerga isso. Os que admitem a tungagem dos recursos públicos completam: “mas foram criadas no Governo FHC”. Cínicos e canalhas. Mudar a prática política nunca foi o objetivo de vocês. Queriam m

esmo era apenas chegar ao poder e garantir vida longa ao exercício dele. Vocês provocam asco. Deveriam ter ver
gonha de ainda criticar qualquer prática da direita: são infinitamente piores que ela.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Orgulho de ser gente

Não dá para deixar de comentar esta fala reproduzida País afora:
- Olha, eu estou no Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, e a Polícia Militar acabou de entrar com uma viatura aqui dentro do cemitério, com uma pessoa dentro do carro, tirou essa pessoa do carro e deu um tiro. Eu estou aqui do lado da sepultura do meu pai.
Quando o policial executor percebeu a presença da mulher, aproximou-se dela e disse que estava apenas socorrendo a vítima. A senhora não se calou:
- Estava socorrendo? Meu senhor, olhe bem para a minha cara. Eu não vou [para a delegacia]. Ele falou que estava socorrendo. É mentira. É mentira, senhor. É mentira. Eu não quero conversar com o senhor. E o senhor tem a consciência do que o senhor faz.
Tudo ficou gravado no Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo, o 190, para onde a mulher ligou. Atos de extrema grandeza como esses deixam-me orgulhoso em ser gente, mas, fico em dúvidas se devo ter orgulho em ser brasileiro. Ela recebeu apenas proteção parcial, ou seja, não ter nem o nome nem o endereço revelado. É pouco. Que Estado é esse!?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Telefones públicos com Braille

Se depender do deputado federal pelo PR de São Paulo, Milton Monti, até o final o ano de 2012 todas as empresas prestadoras de serviços de telefonia serão obrigadas a instalar teclados numéricos com sistema Braille em todos os telefones de uso público. A proposta está no Projeto (589/2011), que acrescenta modificações à lei 10.098, de 2000. Essa Lei fixa diretrizes para a eliminação de barreiras arquitetônicas às pessoas portadoras de necessidades especiais. Essa luta deve ser de toda a sociedade, pois, o que estabelece a Lei não é cumprido, na maioria das vezes, até mesmo pelas organizações públicas. A proposta, portanto, merece apoio. De acordo com ela, os serviços telefônicos com sistema Braille serão implantados em duas fases, mas, todos os terminais deverão possuir o novo teclado até o final de dezembro de 2012. O projeto ainda nem foi discutido nas Comissões da Câmara. Mas, saber que ele existe é um alento.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Donos-do-saber

Uma das características fundamentais do novo mundo em que vivemos, o mundo das redes digitais, e o armazenamento do saber na memória dos computadores, portanto, não mais na memória humana. Isso significa que uma criança de apenas 10 anos, no auge da idade escolar, torne-se um sábio. O sábio da nossa era não apenas acumula conhecimento e experiência: precisa acumular habilidades em lidar com a rede mundial de computadores e suas ferramentas de disseminação do conhecimento. Erram os que se consideram teóricos de donos-do saber na Internet. Tentar se apropriar de verdades absolutas ou é ingenuidade ou burrice. Há softwares alimentados pelo modo de navegar de cada um de nós. A inteligência da Internet é um amálgama entre o que se chama de “artificial” em oposição ao “natural”. Naturalmente não sabemos de nada e sabemos de tudo. Nós, os humanos, no entanto, somos traídos pelas emoções, os programas de computador, pelos fakes. Por mais paradoxal que seja, só os fakes nos salvarão de sermos dominados pela “inteligência artificial”. Donos-do-saber, porém, jamais seremos. É muito pretensioso quem pensa um dia sê-lo. Humildade e água-de-coco fazem bem à saúde, inclusive mental.


domingo, 3 de abril de 2011

Rodízio de bancas

Há um fenômeno no mínimo curioso na Feira da Manaus Moderna: o rodízio de bancas. Alguns feirantes se transformaram em “empresários” de pontos de venda. Ao invés de trabalharem diretamente com o consumidor, circulam recebendo o “apurado” pelos pontos locados. Para o consumidor tem um problema: os que são acostumados a comprar em um mesmo “freguês”, nem sempre o encontram no local da compra anterior. Por outro lado, isso demonstra que os economistas estão certo em considerar o modelo econômico da feira o de uma concorrência mais próxima da “concorrência perfeita”. Os mais bem-sucedidos só trabalham nos “dias melhores”. Nos dias mais fracos de vendas eles se transformam em empresário, alugam os pontos e administram melhor os lucros e as perdas. Aprendem economia no dia-a-dia.

sábado, 2 de abril de 2011

Cidade maravilhosa

A impressão que se tem, no Rio de Janeiro, é de uma quase completa ausência do poder público. É bem-verdade que após a invasão do Complexo do Alemão e vários outros morros, com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), percebe-se que houve uma espécie de “devolução da autoestima”. A cidade é realmente maravilhosa, o povo acolhedor, mas, ainda é necessário que o poder público se nos apresente. Faz-se necessário, efetivamente, um código de postura. É fundamental que haja uma intervenção no trânsito para torná-lo mais humano e desestressante. Talvez seja fundamental a implantação de um rodízio de carros, como é feito em São Paulo. Nota-se que o carioca passou, de novo, a gostar do Rio de Janeiro. No entanto, o maior desafio, agora, é encontrar uma solução para o caos no trânsito. Só assim, a cidade ficará realmente maravilhosa.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lixo e poluição

Ontem comentei os planos da prefeitura do Rio de Janeiro de rejuvenescer o Porto da cidade. No entanto, antes de qualquer coisa, é necessário um programa de despoluição da Baía da Guanabara acompanhado de uma campanha pesada de conscientização da população. O cartão postal da Cidade Maravilhosa padece com o lixo que nela é jogado diariamente. A quantidade de pneus, por exemplo, impressiona. O lixo espalha poluição por todos os lados da Baía. Como falar em Copa do Mundo, em Olimpíadas, em Cidade Maravilhosa, com tanto lixo e poluição? A impressão que se tem é de uma total ausência do poder público. O discurso da “sustentabilidade” também faz parte da “fala” de quase todos. No entanto, cada um precisa fazer a sua parte no combate à poluição. Para o Rio de Janeiro fazer juz aos versos de Gilberto Gil e continuar cada vez mais lindo é necessário transformar o combate à poluição em bandeira de cada um dos habitantes. A Baía, os turistas e o Brasil inteiro agradecem.