domingo, 17 de abril de 2016

A cruel sociedade da solidão

Enquanto na igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, às 10h30, vi apenas o ex-jogador Rolinha na missa de sétimo dia do ex-goleiro Marialvo Duarte Hayden, a cidade se mobilizava para ir à Arena da Amazônia, o Paneirão, para ver Vasco da Gama x Fluminense, final da Taça Guanabara. Depois de muitos anos Manaus virou o quintal do Rio de Janeiro, como tanto sonhou a elite da cidade. Ídolos que enchiam estádios, que fizeram campanha pública para arrecadar dinheiro para a construção do Estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, como foi o caso de Marialvo e Edson Piola, só para ficar em dois exemplos, são entregues à solidão de uma vida (ou do fim dela) sem o menor reconhecimento. O auge é maravilhoso, mas, a solidão é cruel porque nós, os ditos humanos, somos a crueldade ambulante. Enquanto isso, políticos que derrubaram o Vivaldo Lima, construíram a Arena da Amazônia, receberam propina, segundo “delações premiadas”, estão agora a votar pelo impeachment da Presidente Dilma Rousseff (PT) e posam de honestos. Cruel e cínica, a sociedade encosta no canto da solidão quem nada mais tem a dar a ela, a não ser a própria. Triste e cruel circo da vida cínica em sociedade.


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