quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PMDB quase varrido para baixo do tapete


O fato de a “candidata do sistema”, Vanessa Grazziottin (PC do B), não atingir nem 20% dos votos válidos, ao que parece, não foi a única tragédia que se abateu sobre as ditas “duas maiores lideranças políticas do Estado”, o governador Omar Aziz (PSD) e o senador Eduardo Braga (PMDB). O primeiro, talvez por ocupar o cargo, não saiu tão arranhado do primeiro turno. Ainda assim, recorreu ao expediente vergonhoso e convocar reunião do alto escalão do governo, dita de trabalho, para pedir “mais empenho” no segundo turno. Esse tipo de reunião de um governador para “pressionar” seu secretariado a pedir votos para a candidata que apoia é ou não crime eleitoral? Posso até estar enganado, mas, na pior das hipóteses, trata-se, do ponto de vista trabalhista, de assédio moral. Já no caso de Eduardo Braga, o desempenho pífio de Vanessa Grazziotin, caso se confirme no segundo turno com uma derrota acachapante, pode significar um carimbo nada alentador na sua liderança, no Governo Dilma, e no Estado: “validade vencida”. O número de vereadores eleitos é outro indicador de que essa liderança, pelo menos entre os eternos políticos puxa-sacos, também se encontra arranhada, ou, no mínimo, ameaçada, pelo próprio governador Omar Aziz. O partido criado às pressas pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), cuja maior liderança no Estado é Aziz, elegeu quatro vereadores, Dr. Gomes, Hiran Nicolau, Issac Tayah e Motoso. Já o PMDB, não passou do pastor Marcel Alexandre. Como segurar algum prestígio nacional com menos de 35 mil votos de legenda nas eleições para vereador? Os números já demonstram que o PMDB foi quase varrido para debaixo do tapete. Caso retome, pelo menos nos discursos, um pouco da humildade que, dizem, nos bastidores, Braga nunca demonstrou, talvez ainda se recupere. Caso contrário, terá de dar muitas explicações, inclusive, ao PMDB nacional. O segundo turno será o fiel desta balança que já não pende em nada para o lado do PMDB no Estado.

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Um comentário:

  1. Meu caro Gilson, em toda minha vida nunca vi a população de Manaus encarnar uma eleição,para prefeito,a exemplo desta no segundo turno,onde o Arthur, indiscutivelmente será o prefeito de Manaus. A queda livre de Eduardo Braga é visível,até por que o voto é do eleitor e ninguém poderá falar por ele, senão ele mesmo. Quer tenha adesão, ou não dos partidos remanescentes do primeiro turno, o povo vai dar a resposta no dia 28 de Outubro, sem dúvidas...

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