sábado, 16 de fevereiro de 2013

A invisível inflação que corrói orçamentos


A crença popular de que Manaus é uma das cidades mais caras do Brasil pode ser ainda muito pior do que imagina a própria crença. É fato que na medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Manaus não entra. Logo, não se tem parâmetro oficial para se falar em inflação na cidade. Apela-se para o chute a partir de mudanças de preço, como os da gasolina, por exemplo. Puro chute! Nada mais. O que vale é a inflação do dia-a-dia, invisível, mas que se nos apresenta a corroer os orçamentos. Se não, vejamos! Até dezembro, os serviços de uma manicure eram R$ 20,00. A partir de janeiro, ela sobe o preço para R$ 25,00. Em números absolutos, "subiu apenas R$ 5,00" você pode imaginar. Em números percentuais, porém, houve uma majoração de 25% no preço do serviço de manicure. Aí você vai ao barbeiro que cobrava R$ 10,00 e passou o preço do corte para R$ 15,00. De novo, "subiu apenas R$ 5,00". Percentualmente, porém, o aumento foi de 50%. Essa é a inflação real. A inflação invisível que transforma nosso dinheiro em pó e não é medida pelos índices oficiais. É a inflação que não aparece nas negociações salariais. Nem os meios de comunicação tradicionais tocam no assunto. É essa inflação, porém, que mostra claramente, como os índices divulgados pelo Governo são completamente mascarados.

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