O resultado do uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), quando a maioria dos estudantes que ingressariam nos cursos mais concorridos foi de fora do Amazonas só revela uma coisa: o ensino fundamental e, principalmente o ensino médio, precisam passar por uma revolução de qualidade nunca vista na história deste Estado. Cabe aos governos criarem políticas públicas capazes de reduzir as desigualdades. E, se ao Ministério da Educação (MEC) só restou tomar uma medida de força para que os governos estaduais se tocassem, não devemos criticar a Ufam. Por linhas tortas, o resultado da Ufam indica um puxão de orelhas no Governo do Estado. A estrutura do ensino médio é frágil, pedagogicamente sem qualidade (o resultado Enem revela isso). Portanto, cabe à reitora da Ufam, professora Márcia Perales, com a sensibilidade que tem demonstrado, não assumir para si o ônus do resultado. Tem de mostrar claramente que, se todos os estudantes que ingressaram na instituição são de fora, a culpa não é da Ufam, mas de um ensino médio de péssima qualidade. A nós, na Ufam, cabe receber os melhores e, com isso, cumprir a política pública nacional de melhoria da qualidade do ensino. Se parece injusto hoje, com o tempo veremos que haverá uma melhoria (forçada, é claro) geral.
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