quinta-feira, 11 de março de 2010

A morte


Ao ver o especial da Globo “Por toda a minha vida”, na madrugada de hoje, cujo tema eram os “Mamonas Assassinas”, algo me chamou a atenção. Se é verdade ou não, Dinho, ao terminar o show em Brasília, agradeceu, despediu-se, disse que no outro dia iriam para Portugal “e não sabemos se voltamos”. Nada mais profética que essa despida. Exatas 1h40min depois o avião em que viajavam de volta para São Paulo transformou-se em destroços e todos morreram. Ayrton Senna, um dia antes daquele fatídico primeiro de maio teve desempenho ruim nos treinos. Minutos antes da morte, olhava para o carro triste, um olhar meio de despedida. Percebi e comentei que ele estava inseguro. Deixasse a razão falar, certamente, não teria corrido naquele dia. Mas, guerreiros como Senna não desistem nunca. Ainda que a intuição vos diga que não devem continuar. A morte às vezes manda alguns avisos. Sinais de alerta. Nossa condição de humanos nos faz vendar os olhos para esses sinais. Casos como os de Senna e dos Mamonas devem existir aos montes, mas só se chama a atenção para os detalhes quando morrem famosos. É a vida. É a morte.

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