domingo, 12 de outubro de 2014

Dois azarões na ponta

Confesso, e tenho de fazer uma mea culpa pública em relação ao candidato José Melo (PROS). Tanto eu, quanto, certamente, o senador Eduardo Braga (PMDB), que o enfrenta dia 26 no segundo turno, achávamos que Melo era uma figura decorativa na disputa. Com jeito e muito trabalho de bastidores, coisa que aprendeu a fazer nos anos e anos que literalmente serviu, de Gilberto Mestrinho a Braga, o governador quase bate o todo-poderoso Eduardo Braga no primeiro turno e, agora, é o virtual governador do Amazonas: espera apenas a confirmação da tendência para dirigir o Estado nos próximos quatro anos. Com Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República aconteceu a mesma coisa. De tão desprestigiado que estava entre os próprios companheiros de partido e aliados, Neves não conseguiu nem quem quisesse ser candidato a vice na chapa por ele encabeçada. Teve de buscar uma solução caseira: Aloysio Nunes. No dia 26 de outubro pode acontecer algo inédito nos últimos 20 anos na história da República: uma chapa puro-sangue vencer uma eleição presidencial. Nem o mais otimista e crente dos pessedebistas imaginava que isso ocorreria. Em política, ao que tudo indica, não se deve confiar nem no seu mais próximo aliado, muito menos no eleitor. Na hora ele manda o recado: o voto é meu, não teu! Quem se considera dono dos votos dos eleitores, por soberba, pode ser surpreendido sempre por algum, antes, azarão.


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