domingo, 22 de novembro de 2009

Ciberativismo e vigilância


Uma das boas discussões das quais participei no Simpósio da Associação Brasileira de Pesquisadores do Ciberespaço (ABCiber), em São Paulo, no período de 16 a 18 de Novembro, no Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) foi sobre ciberativismo e vigilância. Antes de quaisquer comentários sobre o tema, vale ressaltar que havia um número ínfimo de pessoas, como em quase tudo que se faz na universidade brasileira hoje. É contraditório, portanto, que se vá discutir ciberativismo com um número tão pequeno de pessoas. E esse é o ponto a se comentar: falta à universidade brasileira retomar o lugar da política em seu processo de formação. Em tempos de internet e dispositivos sofisticadíssimos de segurança e vigilância, não se pode esquecer a questão da invasão de privacidade. Chips obrigatórios nos veículos não nos levariam a pensar que o estado pode, em tempos não muito longínquos, exigir que cada um de nós, os seres humanos, sejamos portadores de um chip? Queremos ser monitorados 24h por dia? Esse é o cerne da questão. E isso envolve poder, portanto, política, algo que a universidade brasileira não pode se furtar em discutir, estudar e praticar.

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