sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O grande irmão


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ter se transformado no grande avatar da política brasileira. Uma espécie de grande irmão, em torno de quem, como prega a marchinha de carnaval, “o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais”. A inauguração do gasoduto Coari-Manaus foi uma demonstração disso, pelo menos na visão de quem viu alguns trechos dos discursos áulicos divulgados nos programas de televisão, uma vez que não fui convidado para festa tão importante na vida dos amazonenses. O que me incomoda é pensar: “que dizer que em quem o Lula mandar o povo do Amazonas vota?”. O aulicismo sem fronteiras demonstrado durante a festa parece indicar isso. Se isso for mesmo verdade, trata-se da oficialização do “estado da troca de favores”: eu te dou bolsa-qualquer-coisa e tu me devolves em voto”. Não se pode desconhecer os avanços do Governo Lula, mas transformá-lo em santo, em Deus, é abrir mão do direito democrático de optar, ou seja, da autonomia. E isso é péssimo para a Democracia como princípio, porém, maravilhoso para a democracia populista e assistencialista que se transformou em vaca sagrada do PT e da base aliada e não pode ser contestada por ninguém.

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