segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Milagre na floresta


A se levar em conta o diagnóstico feito pelo engenheiro civil Marco Túlio Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a respeito de Manaus, a cidade corre sérios riscos de não emplacar como subsede da Copa do Mundo de 2014. O aeroporto é ultrapassado tanto para passageiros quanto para cargas, o transporte público é um dos mais lentos de todas as capitais brasileiras e o sistema hoteleiro sofreu colapso com a realização da Feira Internacional da Amazônia (Fiam). A Federação Internacional de Futebol (Fifa) exige que Manaus duplique a capacidade de leitos que hoje é de 5 mil. Afora os gastos oficiais, quem vai investir tanto nos hotéis de Manaus para correr riscos de depois dos três jogos da Copa ficarem às moscas? É possível, em quatro anos, duplicar o número de hotéis da cidade? Há tantas perguntas mal-respondidas que só nos resta seguir o conselho de José Ribamar Bessa Freire, vascaíno assumido, que disse ontem: “só um milagre tira o título do Flamengo hoje”. Vamos ter de comer muita pupunha e tucumã para resolver esses problemas antes da Copa. Tirar gosto com lascas de tucumã enquanto se joga partidas de dominó, sem as orações, ao que parece, não vai operar nenhum milagre na floresta.

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