A sabedoria popular impressiona. Ditos como “pimenta nos olhos dos outros é refresco nos da gente” caem como uma luva no episódio envolvendo o ministro dos transportes, Alfredo Nascimento, o radialista Ronaldo Tiradentes e o jornalista Marcos Santos. No episódio em que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi invadida e fui agredido covardemente por um dos irmãos do vice-governador do Estado, Omar Aziz, Marcos Santos, meu ex-colega de turma, calou-se completamente. Ronaldo Tiradentes, dentre outras baboseiras, disse que não havia nenhum santo no episódio. Nem Marcos Santos nem Ronaldo Tiradentes conseguiram entender (talvez por viagens como a que fizeram a Parintins em aviões fretados com recursos públicos) que estava em jogo a agressão ao direito de liberdade de expressão, ao estado democrático de direito. Naquele momento, ficar ao lado dos poderosos era conveniente tanto a Ronaldo Tiradentes quando a Marcos Santos. Agora, que foram os ameaçados, fazem o discurso dos que defendem o direito à livre expressão e ao estado democrático. Por coerência, manifesto aqui a minha solidariedade aos dois pois defendo princípios que são basilares. E um deles é a liberdade de expressão. Outro é o da mídia livre. Mas isso só ocorre se a empresa pagar as viagens dos seus donos e funcionários. Sem isso, sempre estarão presos. No mínimo devendo favores. Aí, quando jogarem pimenta nos olhos, como fizeram agora, pouco adiantará reclamar.
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