Hoje faz um ano que sofri a agressão dentro do auditório Rio Solimões, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O ato foi consumado pelo irmão do então vice-governador Omar Aziz (PMN), Amin Aziz. Até agora, não se tem notícia de nenhum tipo de punição para o agressor. Contratei um advogado para acioná-lo judicialmente e outro para acionar a Ufam. Do ponto de vista institucional, a Ufam permanece num silêncio sepulcral, a Associação dos Docentes fez um movimento no dia 15 de maio, pressionou a reitoria que divulgou uma nota oficial escondida nos classificados de um grande jornal da cidade e ficou por isso mesmo. O que mudou é que o vice-governador passou a governar o Estado. Dá para se imaginar o seguinte: se com o irmão vice, Amin se arvorava no direito de socar e ameaçar de morte um professor em pleno exercício da profissão, com o irmão governador, talvez imagine que tem o direito de invadir a Ufam e atacar até a reitora. Só espero que isso não aconteça. Já temos motivos demais para comemorar este infeliz aniversário. De lembrança fica o texto lapidar de Márcio Souza que demonstrou ser um intelectual de luz própria e que não se curva aos poderosos de plantão. Simbolicamente a Ufam ajoelhou-se se prostrando como uma vassala diante do poder do Estado. Uma instituição federal que se diz com 100 anos não poderia demonstrar tamanha subserviência. Meu consolo é que a Ufam é bem maior que os dirigentes covardes e subservientes que a dirigiam à época.
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