terça-feira, 4 de maio de 2010

Machismo insuportável

Vi ontem, no programa “Por Dentro da Bola”, apresentado por Sílvio Luiz, no Band Sports, uma demonstração explícita de um preconceito inaceitável. O apresentador, um ex-árbitro de futebol, que talvez por isso se julgue no direito de falar o que bem entende a respeito do assunto, de forma irônica e desrespeitosa, perguntava: “quem é aquela bandeirinha, que não sei nem o nome, quem é? (Maria Eliza Barbosa). E continuava:”manda ela pegar um pano, ir para o fogão, fazer tricot, ir bordar...porque de futebol ela não entende nada”. Um dos presentes ao programa, cujo nome não me recordo, ainda argumentou: “mas você não falou nada disso quando o Paulo César de Oliveira deixou de marcar um pênalti claro em Neymar, quando o jogo ainda estava zero a zero, que mudaria completamente a história do primeiro jogo”. O apresentador não recuou e manteve os ataques à bandeirinha afirmando que ela prejudicou diretamente o time do Santo André na final de domingo jogada contra o Santos. Uma vergonha que se admita esse tipo de provocação contra as mulheres de forma explícita e insuportável. A emissora jamais deveria permitir que fosse ao ar afirmações com um grau tão explícito de preconceito. Isso só deseduca os telespectadores.

Um comentário:

  1. Muito difícil acreditar que um comentário de caráter totalmente pessoal e inadequado seja transmitido em um programa de TV. Ainda que o conteúdo do programa seja voltado, quase completamente, para o público masculino, não é muito inteligente desconsiderar que algumas mulheres assistem ao programa e - principalmente - que as mesmas influenciam nas preferencias televisivas de seus maridos.
    Enfim... o apresentador foi nada, nada feliz ao fazer essa demonstração de anacronismo. É um desrespeito às habilidades profissionais das mulheres, e, principalmente, é um exemplo de intolerância. Afinal, qual árbitro ou árbitra - sendo ser humano - jamais julgou de forma errada?
    Estamos todos sujeitos a isso. No entanto, algumas pessoas subestimam a capacidade de sermos impertfeitos.

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