Vi ontem, no programa “Por Dentro da Bola”, apresentado por Sílvio Luiz, no Band Sports, uma demonstração explícita de um preconceito inaceitável. O apresentador, um ex-árbitro de futebol, que talvez por isso se julgue no direito de falar o que bem entende a respeito do assunto, de forma irônica e desrespeitosa, perguntava: “quem é aquela bandeirinha, que não sei nem o nome, quem é? (Maria Eliza Barbosa). E continuava:”manda ela pegar um pano, ir para o fogão, fazer tricot, ir bordar...porque de futebol ela não entende nada”. Um dos presentes ao programa, cujo nome não me recordo, ainda argumentou: “mas você não falou nada disso quando o Paulo César de Oliveira deixou de marcar um pênalti claro em Neymar, quando o jogo ainda estava zero a zero, que mudaria completamente a história do primeiro jogo”. O apresentador não recuou e manteve os ataques à bandeirinha afirmando que ela prejudicou diretamente o time do Santo André na final de domingo jogada contra o Santos. Uma vergonha que se admita esse tipo de provocação contra as mulheres de forma explícita e insuportável. A emissora jamais deveria permitir que fosse ao ar afirmações com um grau tão explícito de preconceito. Isso só deseduca os telespectadores.
Muito difícil acreditar que um comentário de caráter totalmente pessoal e inadequado seja transmitido em um programa de TV. Ainda que o conteúdo do programa seja voltado, quase completamente, para o público masculino, não é muito inteligente desconsiderar que algumas mulheres assistem ao programa e - principalmente - que as mesmas influenciam nas preferencias televisivas de seus maridos.
ResponderExcluirEnfim... o apresentador foi nada, nada feliz ao fazer essa demonstração de anacronismo. É um desrespeito às habilidades profissionais das mulheres, e, principalmente, é um exemplo de intolerância. Afinal, qual árbitro ou árbitra - sendo ser humano - jamais julgou de forma errada?
Estamos todos sujeitos a isso. No entanto, algumas pessoas subestimam a capacidade de sermos impertfeitos.