Depois dos exemplos lapidares apresentados pelo treinador da Seleção Brasileira, Dunga, para a não-convocação de alguns jogadores, fiquei a imaginar como funciona a cabeça do treinador. Um cara que afirma não ser possível dizer se a escravidão é boa ou ruim sem ter vivido nela e diz o mesmo para a ditadura, deve ter deixado a senhora sua mãe, professora de História, como ele mesmo enfatizou, morta de vergonha. Ao tentar ser irônico nas respostas, Dunga demonstrou a pouca inteligência formal. Falou “com nós” e depois corrigiu para “conosco”, pois “se não vão dizer que eu não sei falar Português”, mas, depois, permaneceu falando “com nós”. Penso que fez isso de propósito e teria pensado até em falar “com eu” só para irritar os jornalistas e torcedores. Ele e o seu auxiliar técnico, Jorginho, na entrevista coletiva após a convocação, fizeram uma apologia à “pátria de chuteiras”. Mais pareciam os anos de ouro da ditadura militar. Aliás, ele deve ter feito referência à ditadura para explicitamente demonstrar que vigora, hoje, a “ditadura Dunga”, que funciona com um treinador completamente subserviente ao dirigente Ricardo Teixeira, assim como os jogadores devem ser totalmente subservientes a ele, o treinador. Para quem luta pela liberdade de expressão, não pode aceitar que a único critério de convocação de jogadores seja a subserviência.
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