domingo, 24 de janeiro de 2010

Kit lasque

Bom seria se o neoliberalismo e a concorrência plena pudessem ocorrer em todos os setores da vida. Já imaginaram se o Ministério Público Eleitoral (MPE) do Amazonas pudesse recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre, por exemplo, que fica “bem ali”, como dizem os caboclos. Lá, o prefeito de Sena Madureira, município localizado a 144 quilômetros da Capital, Rio Branco, Nilson Areal, foi condenado por compra de votos e haverá nova eleição. A condenação foi tão tácita que o recurso ao Tribunal Superior Eleitora (TSE) promovido pelos advogados do prefeito cassado, dizem os analistas políticos acreanos, dificilmente vinga. Agora, o ex-prefeito de Rodrigues Alves, Francisco Vagner de Santana Amorim, foi condenado por propaganda antecipada no Twitter. Enquanto isso, no Amazonas, a despeito de ser ano eleitoral, o Governo do Estado aumentará a distribuição do “kit trabalho”, composto pelo “kit pescador”, “kit agricultor” e o “kit seringueiro” para ficar só em alguns nomes atribuídos à distribuição e brindes. Somando tudo dá o que denominei aqui de “kit vote em mim ou em que eu indicar”. Com o perdão do trocadilho, até a sociedade que critica a propaganda eleitoral antecipada feita anualmente durante os quatro anos de Governo ganha um kit: o “kit lasque”.


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