sábado, 2 de janeiro de 2010

Microfone aberto


Não é a primeira vez que uma personalidade de destaque é traída por microfones abertos. Certa vez, o então ministro da Fazenda, Rúbens Ricúpero, disse, sem saber que os microfones estavam abertos, que o que é ruim a gente esconde e o que é bom a gente mostra. A frase rendeu-lhe o cargo, por mais que todos saibam que essa é a regra em publicidade, marketing, relações públicas enfim, em quase todas as área da Comunicação dita Social. Agora, ao ser traído pelos microfones abertos, o âncora do Jornal da Band, Bóris Casoy, pediu desculpas aos garis e aos telespectadores do jornal. É pouco. Parafraseando o próprio Casoy, “isso é uma vergonha!”. Mas que sirva de alerta a todos os que trabalham na área. Imagem é tudo, tanto na vida pública quanto na vida privada. Mas, microfones abertos podem vazar e mandar pelos ares reputações construídas há anos. No dia 31 de dezembro de 2009, após as felicitações de dois garis no jornal que apresentava, Casoy tascou: ”Que merda! Dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. Dois lixeiros... os mais baixos da escala do trabalho”. Além de infeliz, a frase reforça o preconceito em relação a quem trabalha com o lixo. Será que, ao contrário do que pensa Casoy, o trabalho com o lixo não é o mais nobre para a sobrevivência da humanidade?

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