O genocídio de indígenas denunciado pelo Conselho Indigenista Missionário não ocorre somente no Amazonas. No Acre, mais precisamente em Sena Madureira, município localizado a 174 quilômetros da capital, índios das tribos kulina, jaminawa e kaxinawa perambulam pelas ruas colhendo restos de comida das lixeiras, moram em canoas na beira do rio, praticam pequenos furtos e entregam-se às drogas lícitas, principalmente ao álcool. Há um constante perigo de derramamento de sangue entre a Polícia Militar e os indígenas por conta das arruaças que eles aprontam impelidos pelo álcool e pelas próprias questões culturais. Entre os moradores e comerciantes é visível o clima de hostilidade em relação aos indígenas. Um índio jaminawa que, bêbado, cortava os dedos de outra pessoa por vingança, foi abordado por um policial e foi morto. O padre Paolino Baldassari, pároco da cidade, diz que a base cultural dos jaminawa é a vingança e teme mais mortes no município. Ele disse uma frase lapidar a um dos jornais de Rio Branco: “A Funai é a funerária dos índios”. O clima é de medo na cidade.
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