Há 17 anos o dia 7 de setembro, que os livros de
história tradicional propagam como se fosse o “Dia da Independência do Brasil”,
quando Dom Pedro teria dado o “Grito do Ipiranga”, transformou-se em dia do “Grito
dos Excluídos”. Este ano, por exemplo, em todas as capitais brasileiras, haverá
protestos “contra remoções forçadas por obras da Copa do Mundo de 2014, contra
as drogas, pela reforma política” além, é claro, de um “Grito” nacional contra
a corrupção. Em Brasília, haverá protestos, inclusive, pela não-escolha da
cidade como sede da abertura da Copa do Mundo de 2014. Em Manaus, os protestos serão
contra o envenenamento de árvores centenárias localizadas à Avenida Eduardo
Ribeiro. Denúncias dão conta de que foram os próprios comerciantes da área que
envenenaram as árvores por essas estarem “prejudicando os seus negócios”. Os
manifestantes aproveitarão para protestar, de novo, contra a construção do “Porto
das Lajes”. Quaisquer que sejam os protestos, o mais importante em um dia
desses é a população demonstrar que não está completamente anestesiada. Afinal,
a dinheirama que aparece nas últimas denúncias de corrupção, superfaturamento,
desvio de verbas e mensalão bem que poderia ser aplicada em Educação e Saúde. Não
há maior exclusão do que a provocada pela corrupção. É contra ela que deve ser
o nosso grito maior.
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