Um dia após a Controladoria Geral da União (CGU) constatar
que houve prejuízo aos cofres públicos de R$ 682 milhões Ministério dos
Transportes, o Governo Federal libera o montante de R$ 500 milhões em verbas
suplementares para o mesmo Ministério, inclusive para algumas das 16 obras
suspeitas listadas pela CGU. Para se ter uma ideia, há um contrato no Espírito
Santo cujo prejuízo à União foi de R$ 19 milhões. Como prêmio pelo péssimo
gasto do dinheiro público, receberá mais R$ 10 milhões de verbas suplementares.
Como é possível um Ministério que lesa os cofres públicos em R$ 682 milhões
receber, imediatamente, mais R$ 500 milhões de verbas suplementares? Alguém
pode explicar a todos os meus leitores e leitoras qual a lógica desse tipo de
ação governamental? O Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, justificou
a liberação de verbas suplementares para contratos sob suspeita, alegando que a
CGU apenas detectou problemas, mas não há nenhum embargo. Estamos todos, eu e o
povo brasileiro, passando por um processo de emburrecimento coletivo ou esse
pessoal que está em Brasília acredita que somos completamente imbecis?
Particularmente esse episódio é um insulto a minha inteligência. Trata-se de um
incentivo à corrupção. Merece que todos os que um dia pintaram a cara e foram
às ruas voltassem a fazê-lo. Porque vergonha na cara parece não existir mais lá
pelas bandas do Planalto.
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