sexta-feira, 10 de julho de 2009

Clima de terror no INC de Benjamin Constant


O Instituto Natureza e Cultura (INC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em Benjamin Constant retrata o clima de terror e perseguição política que marcou a administração superior da Ufam, cuja reitora atual é a continuidade. Recebi e-mail dos professores do INC que denunciam abusos cometidos pela diretora Valdete da Luz Carneiro com as bênçãos do antigo reitor, Hidembergue Hordozgoith da Frota, e as orações da atual reitora, Márcia Perales. Há fatos curiosos. Os prédios para as aulas do próximo período não foram entregues até hoje: deveriam ter sido entregues em agosto do ano passado. Solicitar informações a respeito dos recursos empregados no prédio e sobre o atraso na entrega das obras, bem como o que foi feito com o recurso de R$ 600 mil vindo da Finep é considerado um ato de INSUBORDINAÇÃO. Ao apagar das luzes, o reitor Hidembergue Frota baixou duas portarias (1259 e 1260, de 2009). A primeira determina que o professor Raimundo Valdan só pode se ausentar de Benjamin Constant com autorização do reitor. A segunda abre processo administrativo contra a professora “Lisandra Vieira e outros” por INSUBORDINAÇÃO. Crime cometido pelos professores: solicitar, por escrito, que houvesse prestação pública das contas do INC e que a distribuição de processos não fosse direcionada a um único professor. O curioso é que uma portaria solicitando a criação de uma Comissão de Pós-graduação do INC está pendente há quase um mês e até hoje não saiu do papel. Mas, o reitor foi ágil e lépido em punir a “INSUBORDINAÇÃO” de professores. A reitora atual, Márcia Perales, tomou ciência de todos os problemas enfrentados pelos professores do INC e não fez nada para mudar as práticas autoritárias. Ao contrário, retificou-as e ainda a elogiou a diretora Valdete Carneiro dizendo que se trata de “uma desbravadora”. Deve ser porque há uma prática de vigilância dos professores, muito embora não haja a necessidade de os mesmos “baterem o ponto”. Faltas são atribuídas sem critérios numa nítida forma de coagir os professores. Essa prática também recebe as bênçãos da reitora atual certamente como forma de retaliação, uma vez que das unidades do interior, a de Benjamin Constant foi onde a reitora eleita levou a maior surra nos dois turnos. Isso só demonstra que a ela diz uma coisa nas entrevistas mas pratica outra. Perseguir politicamente adversários é um ato de pequenez inaceitável. Mas não daremos trégua e usaremos este espaço para denunciar os abusos e o assédio moral praticado contra professores da Ufam. Não aceitaremos que haja uma Ufam de Manaus e outras do interior. Lutaremos, também, contra esse modelo autoritário que querem implanta em Manaus com o fim dos departamentos. Se a reitora insistir iremos à Justiça Federal para garantir que o Estatuto da Ufam seja respeitado. Nenhum ato de terror e violência será cometido pela administração atual sem que haja reação.

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