Fico a me perguntar: a quem interessa essa história de discurso das propostas? A quem está no poder, é claro. De repente, baixa sobre a sociedade um discurso do messianismo na política: todos devem respeitar os adversários e apenas apresentar propostas. Enquanto isso, na grandiosíssima maioria da mídia, como por exemplo, na rádio que espalha por todos os lugares da cidade que “toca a eleição”, no entanto, mais parece “tocar a campanha do Omar”, o pau canta em cima de Alfredo Nascimento. Enquanto o governador-candidato (ou o candidato-governador, aliás farei um post só sobre o assunto), fica soltinho para posar de bom-moço e apresentar suas propostas. Na mídia, se alguém fala algo que possas respingar na administração atual, vem a resposta pronta: “eu queria pega um ônibus pela BR-319”. Se a saúde vai mal e a educação é péssima no Estado a culpa é da BR-319. A segurança também é sofrível porque a BR-319 não foi concluída. Ninguém diz que a BR nunca saiu do papel e talvez nunca saia por uma ação orquestrada de Marina Silva e dos ambientalistas e de gente muito poderosa do Estado que tem mais interesse em estrada-de-ferro e navegação. Não há puros de nenhum dos lados e, por favor, não me venham com essa do discurso das propostas porque a população precisa saber, por exemplo, que Manaus ocupa o primeiro lugar, ao lado do Rio de Janeiro e de Fortaleza, nas denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes. O Conselheiro Tutelar João Furtado revelou dias desses, em um dos jornais de Manaus, que são 36 denúncias por dia. Isso equivale uma média de 180 denúncias a cada cinco dias e a 5.400 denúncias a cada 30 dias. Quer dizer que esses números não devem ser mostrados? Quem quiser votar em Omar (ou em Alfredo) que vote, mas não me venham com essa de bom-mocismo que não aceito!
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