quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pagot não falou, mas, quer falar


O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, não se conforma com o fato de a “CPI do Cachoeira” ter adiado seu depoimento. Em conversa telefônica com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), Pagot revelou que “se os congressistas não quiserem ouvi-los ele irá procurar espontaneamente o Ministério Público Federal (MPF).” Esse, talvez, seja o grande receio dos componentes da dita “base aliada” e, inclusive, da oposição. Quando abriu o bico pela primeira vez, Pagot revelou que “ajudou” a coletar doações (certamente não declaradas, ou seja, se assim o for, trata-se de Caixa Dois) para a campanha eleitoral da presidente Dilma Rouseff. O tiro não foi direcionado apenas ao Partido dos Trabalhadores (PT). Pagot também mirou no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) ao revelar que verbas do Rodoanel foram desviadas para o “Caixa Dois” da campanha de José Serra em 2010. Por acertar no alvo tanto de quem está no poder quando de quem se diz oposição, ainda que sejam meras insinuações de Pagot, essas duas “revelações” talvez expliquem o temor de Pagot abrir a boca. Pode ser que ele não revele muita coisa. Mas, que Pagot, se quiser, tem muito a dizer, disso ninguém duvida.

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