sexta-feira, 1 de junho de 2012

A sedução do dinheiro fácil


Fico a observar o quanto é preciso se ter autocontrole para resistir às investidas dos bancos e dos seus gerentes. Com as operações on-line, vive uma enxurrada de tentativas de sedução a cada vez que se entra no site dos bancos, privados ou não. Até no Banco do Brasil, banco cujo maior acionista é o Governo Federal, a lógica é a mesma. Se você entra no site do banco, depara-se com mensagens “incentivadoras” do endividamento. Quanto mais se põe a corda no pescoço, mais se soma pontos no ranking interno para conseguir novos financiamento. Clara é, no entanto, a necessidade de se pagar em dia. Caso não, a pontuação começa a baixar. As mensagens são as mais variadas e “atacam” em todas as frentes, bem como no final dos extratos. Você muda os olhos e lá está, após os dizeres “crédito pessoal todo seu”, a quantia disponibilizada. Em dois ou três cliques você simula o empréstimo e, com mais dois ou três, fecha o negócio. Em segundos, a grana está creditada na sua conta-corrente, que se transforma literalmente em “corrente” quando as prestações começam a ser debitadas, normalmente 45 dias após a assinatura do contrato. O que parecia inicialmente um bom negócio, torna-se uma prisão de até 60 meses, ou sejam, cinco anos. Os gerentes, por seu turno, são treinados para “orientar” seus clientes. Normalmente o fazem para nos incentivar a trocar as dívidas de outros bancos pelas dívidas do próprio banco. E assim segue a vida, como seguem as dívidas, cada vez mais a longuíssimo prazo. Tempo pelo qual você fica completamente vinculado à instituição. Tudo o que eles mais querem.

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