terça-feira, 12 de maio de 2009

Marcado para morrer

Pelo gesto de Amin Aziz, irmão do vice-governador do Estado do Amazonas, Omar Aziz, ao final da brutal agressão que sofri na frente dos meus alunos, no final da tarde ontem, estou marcado para morrer. Após me aplicar três socos e dois chutes, o cara apontou o dedo e simulou o gesto de puxar o gatilho de uma arma. Pela forma como me olhou, Aziz, teria descarregado completamente a arma em mim. Aliás, o ar era de imensa satisfação. Isso em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). É o fim do mundo não se poder, em uma aula, citar um exemplo de fato que foi noticiado nacionalmente, como ilustração da interferência política no jornalismo. Mais absurdo ainda é um sujeito invadir uma universidade pública federal e agredir um professor em pleno exercício da sua atividade profissional. Certamente o indivíduo acredita na impunidade total por ser irmão do vice-governador do Estado. Só espero que a Polícia Militar (do Governador) garanta minha integridade física e dos meus filhos. Caso sofra algum atentado daqui para a frente não tenho dúvidas de que, se não foi a mando, foi um ato do meu agressor, irmão do vice-governador do Estado.

17 comentários:

  1. Profº Gilson,
    Lamentável o ocorrido!! Vemos como a vida de professor é uma grande exposição, pois, infelizmente, nossos alunos não têm compreendido qual é a função do docente e acabam levando as colocações para o lado pessoal.

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  2. Professor, este fato é deplorável. É triste saber que estamos em um mundo no qual um cidadão se julga no direito de invadir uma sala de aula para agredir alguém que está trabalhando para formar pessoas. Lamentável a postura de quem não saber ouvir um fato que é de conhecimento de toda sociedade e, que pode sim, ser usado para ilustrar uma aula sobre a influência da política nos jornais. Me solidarizo com o senhor.

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  3. Espero que tanto o troglodita quanto a aluna que provocou essa estupidez sejam exemplarmente punidos. Melhoras.

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  5. VÂNIA NOVOA TADROS

    ENVIO A MINHA SOLIDARIEDADE FRATERNA AO PROF GILSON MONTEIRO E QUERO EXPRESSAR GRANDE DECEPÇÃO, PRINCIPALMENTE, PELO FATO TER ACONTECIDO NA NOSSA QUERIDA UFAM.
    AS UNIVERSIDADES SÃO CENTROS CIENTÍFICOS AONDE SE DEBATE COM CLAREZA TUDO O QUE ENVOLVE OS OBJETOS DE ESTUDO.
    É PRECISO QUE OS ALUNOS TENHAM CONSCIÊNCIA DA POSTURA QUE DEVEM ADOTAR AO ENTRAREM NESSE ESPAÇO DESTINADO AO EXERCÍCIO DA CRÍTICA E DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA.

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  6. Professor,
    Sou engenheiro e primeiramente cidadão brasileiro. Passei um dos melhores momentos da minha vida na UFAM. Aprendi com professores, como o senhor, pensar sobre a realidade em que vivemos. Não sou afiliado à nenhum partido político, mas um cidadão por dentro dos fatos políticos que ocorrem mundialmente. A ao ler a reportagem no jornal 'A Crítica', me revoltei com o fato. Já fui sequestrado, o carro riscado por flanelinhas, assaltado... mas continuo pagando impostos e lutando por uma sociedade mais justa. Honestamente não sei o que o senhor disse na sala de aula para despertar tanto ódio nesta pobre garota. Mas infelizmente nós, brasileiros, estamos perdendo o direito de exercer nossas funções. Estou convicto que um jornalista tem todo o direito de expressar sua opinião para quem for, seja esta em uma sala de aula, rua, casa, palanque, bar ou praça. Se eu estivesse no auditório naquele momento, surrava esses dois elementos até perder as forças. Aquilo foi uma total apelação contra o direito de expressão (se é que o senhor expressou opinião própria) e contra o direito que o cidadão tem exercer sua função.
    Infelizmente o Brasil é assim, e principalmente nossa cidade, onde os 'poderosos' são os que ditam as regras.
    Procure os meios de comunicação e 'Exija Seus Direitos'. (sem referências à programas de TV - pode ser mais perigoso).
    Demostre sua revolta como cidadão e profissional. Abra o bico! Lute por um país melhor! Ajude-me, por favor!

    O pior do Brasil é o brasileiro!

    Amém.

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  7. Professor Gilson,
    Essa família está totalmente desestruturada, a mãe do senhor Omar é uma ludopata crônica juntamente com outro filho seu que atualmente deixou a cocaína e por se fosse pouco não trabalha e é sustentado pelo senhor vice-governador juntamente com a sua família, essa reação é a mínima que se poderia esperar de uma pessoa (Amin) sem princípios básicos de convivência.

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  8. "No mais restrito entendimento sobre Direito Criminal, Direito Civil, Direito Penal, a violência do irmão de Omar contra o professor Gilson não se restringe a um simples Boletim de Ocorrência, o vulgar BO, vai muito além. O agressor invadiu uma instituição pública federal e agrediu um funcionário em plena função profissional amparado pelo regimento do funcionalismo público. E não fica só nisto. Ele agrediu a instituição, o funcionário público, o professor, o jornalista e o representante da direção do curso. Colocando seu entendimento de honra familiar acima da instituição social e do direito individual. Realizando, com seu ato, o edipiano adágio: 'Costume de casa vai à praça'."

    Texto integral no blogue Afinsophia:

    http://afinsophia.wordpress.com/2009/05/12/violencia-contra-o-professor-gilson-da-ufam-%e2%80%9ccostume-de-casa-vai-a-praca%e2%80%9d/

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  9. Professor, vá à grande imprensa, não só do Amazonas mas do Brasil. Sinto muito por você e por toda classe dos profissionais da imprensa.

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  10. Gilson...
    Estou convalescendo de uma operação, mas do meu leito pos-hospitalar envio - com atraso - minha solidariedade a vc e a essa amada e estimada instituição chamada Ufam, a primeira universidade do Brasil, pois os socos do senhor Amim não atingiu apenas vc, mas a todos que passam ou passaram pelos bancos e salas desde a Escola Universitária Livre de Manaos. Lamento tb não poder participar do ato chamado pela Adua, mas tenha certeza que estou com vc.
    PS: Só me preocupo com a situação da aluna causadora de tamanha e cretina agressão, vejam o caso dela com olhos de justiça, ninguém é responsável pela família em que nasce, embora é certo que o comportamento dela está dentro do modus operandi familiar. Só Justiça para ela, que ainda pode mudar.

    Gerson Severo Dantas

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  11. Professor,
    quero demonstrar aqui minha profunda solidariedade e repudia! Chorei muito hoje ao saber que minha Universidade querida e um professor em quem eu tenho a maior admiração e melhores lembranças de grande transmissão de conhecimentos foi agredido de forma brutal exercendo brilhantemente sua mais nobre função. Pior ainda, é saber que nosso Estado não tem segurança e muito menos justiça. Espero estar enganada e que o “poder” antes sem rosto, hoje mostra sua cara. Nem na época da ditadura houve tanta brutalidade escancarada!
    Quero justiça !!!

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  12. Prof. Gilson, deixo meu repúdio a esse ato de brutalidade e coerção. Vivemos em um país com direito a liberdade de expressão. No entanto, se essa atitude grotesca, mostra como no Amazonas temos uma oligarquia que tem se perpetua no poder, e efetua seus mandos e desmandos, indiscriminadamente contra a lei. Isso não pode ficar IMPUNE!!!...Precisamos fazer um ato de protesto...publicizar esse ATO e tomar as medidas cabíveis! Abrçs

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  13. Caro Gilson,

    lamento muitíssimo o ocorrido. Deixo aqui minha solidariedade. Creio que tal situação deve ser encaminhada a órgãos/entidades de defesa dos direitos humanos, de crimes contra jornalistas, enfim, para que os culpados não fiquem impunes, situação que, infelizmente, é comum neste país.
    Abs.

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  14. Esse é o modo como os políticos no Amazonas resolvem seus problemas, está provado. Pense: se eles têm a audácia adentrar uma sala de aula para atacar um professor universitário, faça idéia o que fariam comigo na rua caso se sentissem ofendidos.

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  15. “Posso não concordar com uma palavra do que dizes, mas lutarei até a morte para que tenha o direito de dizê-las”
    Voltaire

    Democracia não se ganha, se conquista. No Brasil vivemos trevosos momentos obscurantistas ocasionados pela Ditadura Militar, onde a truculência subjugava a sociedade e não havia liberdade de opinião. Enfim, a diversidade era proibida, ou melhor, perseguida e condenada.
    Foi exatamente este tipo de situação que os últimos fatos registraram. Fatos estes que envolvem o irmão do vice-governador do estado do Amazonas que agrediu fisicamente um professor de jornalismo da Universidade Federal em plena sala de aula.
    Sou professor de jornalismo e estou indignado não apenas com o fato em si, que é execrável, mas também com a postura tendenciosa e parcial de alguns veículos midiáticos amazonenses (e obviamente seus jornalistas responsáveis) que vêm desfocando o objeto central da questão: a truculência e agressão física praticadas em pleno centro da livre manifestação do pensamento democrático: a Universidade Pública.
    A democracia que reconquistamos ao longo das últimas décadas nos é muito cara para ser menosprezada por ditos “formadores de opinião” que ao invés de condenar o ato violento e antidemocrático, aprofundando a questão e dando voz a todos os envolvidos – e as suas diferentes versões –, tendencia e maqueia à opinião pública o ponto central da questão. É lamentável esse tipo de prática jornalística que ignora um dos princípios básicos da profissão, ouvir o contraditório. E que se auto-intitula “imparcial” e “objetiva”, quando na verdade defende outros interesses que não os do interesse público.
    Espero que os cidadãos descontentes com este episódio (e são muitos) se manifestem nos espaços existentes que não cerceiam a livre manifestação de opiniões. Imagino que este Blog seja um dos lugares para isso.

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  16. Fiquei sabendo do acontecido por meio do Comunique-se. Acho que a notícia está começando a se espalhar no resto do Brasil (não sei como as coisas são no Amazonas, mas considerando que seu comentário foi exatamente por questão de acobertamento político...)

    Fico triste pela aluna que ocasionou a situação. Talvez algum dia aprenda a importância do respeito à liberdade de expressão, com sorte antes de conseguir seu diploma de jornalista.

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  17. A comunidade academica da Universidade do Estado do Amazonas,reprova totalmente a atitude truculenta e as declarações feitas por Omar Aziz nos ultimos dias.

    Prof Gilson pode contar com nosso apoio,um abraço.

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