Não confundam o título desta nota com o sobrenome de uma figura carimbada da economia nacional. Mas só quem vai aos supermercados sabe o que é crise e o que é inflação. Um dos melhores índices para se avaliar o rumo que as coisas tomam é o “índice manteiga”. O quilo da manteiga, que antes era vendido nos supermercados por até R$ 10,00 (dez reais), hoje custa R$ 25,00 (vinte e cinco reais). E me aparecem os analistas econômicos dizendo que o pior já passou que o país começa a entrar nos trilhos. Mais parece aquele personagem humorístico dos anos 60 e 70, se não me engano era vivido por Paulo Silvino, que fazia o otimista inveterado, numa crítica velada ao ufanismo do regime militar. Em tudo estávamos bem, embora os dados fossem negativos. E ele encerrava o quadro com o mote: “nem que seja para pior, nós vamos melhorar!”. Lembra uma pessoa atual, popularíssima, mais até que todos os humoristas juntos: “Não existe crise, ela não passa de uma marola”. Certamente, essa pessoa não paga com recursos próprios nem a manteiga que come. Isso se comer manteiga.
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