Fico a imaginar como pode um professor-pesquisador entrar em sala de aula, falar em ética, mas, na prática, enganar as agências públicas de fomento. Como se pode criticar políticos que se locupletam com o dinheiro público, se você fizer parte da categoria dos “Bolsistas fujões"? Isso mesmo, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou 48 ex-bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(Capes) a restituir R$ 19,6 milhões aos cofres públicos. São bolsistas que foram ao exterior fazer cursos de doutorado e mestrado e não retornaram às instituições de origem. Há, também, casos de bolsistas que se beneficiaram do dinheiro público dentro do País, mas não defenderam seus trabalhos de pesquisa. Esse tipo de comportamento é de uma esperteza ímpar. O problema é que entre a condenação e a devolução do dinheiro demora uma vida. É lamentável que isso seja um comportamento tão recorrente na academia.
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