Durante o final de semana fiquei a refletir sobre como a truculência interfere positivamente nas eleições. Lembrei-me que a deputada Vera Lúcia Castelo Branco envolveu-se em um episódio nebuloso com o então marido, Sabino Castelo Branco. O hoje deputado federal foi acusado de tê-la agredido. Resultado: Sabino eleito, Vera eleita e até Reizo Castelo Branco eleito. Agora, os primeiros resultados das pesquisas eleitorais parecem indicar o mesmo caminho. Omar Aziz (PMN), conhecido historicamente por não vencer nenhuma eleição majoritária, nem mesmo quando contava com o apoio direito do maior cabo eleitoral do Estado, o governador Eduardo Braga, nem chegou ao segundo turno nas eleições ganhas por Amazonino Mendes. Desde que o seu irmão, Amin Aziz, invadiu o auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e me agrediu com uma truculência sem igual, Aziz, o governador, não pára de subir nas pesquisas e corre o risco de ser eleito para um cargo majoritário pela primeira vez. A condição de nunca ter vencido nenhuma eleição é explorada até no marketing da campanha dele: “desta vez eu voto”. Só faltava eu ter aceito o PPS, ter me filiado e sair candidato. Afinal, se a Vera Lúcia, vítima de agressão, foi eleita, pela lógica da truculência premiada eu também teria grandes chances. Avaliei, pelo menos naquele momento, que o exercício do intelectual é melhor executado com plena independência. Posso mudar de ideia um dia, mas, por enquanto, o limite do meu vôo político é dentro da Ufam e olhe lá! Ainda mais depois de ter sentido na pele que ser professor universitário em Manaus transformou-se em profissão de alta periculosidade.
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