A chamada “interiorização das ações” da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas merece elogios. Principalmente porque, em boa parte dos municípios, a estrutura das Polícias Civil e Militar é viciada, ou seja, se há muito proximidade da comunidade, também existe dos delinqüentes. No interior, os crimes mais comuns são tráficos de drogas, associação ao narcotráfico que, embora não provoquem impactos, como assassinatos, por exemplo, destroem as famílias no dia-a-dia. Logo, configuram-se em violência ainda maior, pois correm o tecido das relações pessoais e familiares. É uma violência que corrói silenciosamente como a pior delas: a violência sexual contra crianças e adolescentes. Há um choque quando surge uma denúncia contra uma autoridade, como a do fiscal do Ibama, em Tefé, acusado de violentar pelo menos 11 crianças. Esse tipo de violência, porém, está no DNA das cidades do interior da região amazônica e merecem um olhar mais cuidadoso do poder público. Interiorzar plenamente os Conselhos Tutelares talvez seja um bom começo.
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