Cruz. Sina de Jesus. Nela pregado. Dilacerado. Em seu calvário: quer nos salvar. De quem? De quê? De nós mesmos. Nossas mentes! Nossos monstros. Particulares. Jesus. De todos nós. De alguns. De quase ninguém. Até Madonna tem seu próprio. Povo sofrido. Cruzes diárias. Face ferida. Toma a outra. Fere também. Faces ocultas. De uma disputa. Ferrenha. Ferrada. Para viver. Um dia a mais. Tua mente. É teu Deus. E teu Pilatos. Liberta? Aprisiona? Vale o teu ato! Ato. Desato. Desabafo. Desafogo. Fogo! Que vergonha Botafogo! Pegue sua cruz! Mire-se em Jesus! Cada um tem a sua. Cada decisão é um prego. A fixar-te nela! Somos escravos! Eternos dependentes. Filhos indigentes. Mendigos. Pedintes. Ladrões. Políticos. Prostitutas. Jornalistas. Professores. Odores. Fedores. Termos justapostos. Frases desconexas. Conseguiste chegar aqui? Leitor incauto. Leitora iludida. Carrega a tua cruz. Não siga qualquer pista. Sinta os pregos. Lentamente. A varar tua tíbia. Marteladas indóceis. Ossos partidos. Lenta agonia. Hoje não é dia. Nem de prosa. Nem de poesia.
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