quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O direito à greve que o PT quer nos tirar


Quando da primeira eleição do Partido dos Trabalhadores (PT) para a presidência da República, comecei a desconfiar que o melhor para os trabalhadores brasileiros era ter o PT na oposição. Hoje, depois de dois anos do Governo Dilma Rousseff, não desconfio: tenho convicção de que o lugar do PT na vida política brasileira, e para o bem da democracia burguesa vigente, é na oposição. O problema, porém, é que os banqueiros, as montadoras de automóveis e até os dirigentes reacionários de órgãos públicos e autarquias pensam diferente. Para esses setores beneficiados diretamente em todas as medidas do Governo, “Serra não faria melhor que Dilma”! Em se tratando da forma como lida com os servidores públicos, então, nem Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi tão prepotente e autoritário. Mais grave que isso é a “Lei de greve” proposta pelo Governo do PT. Ao entrar em vigor, definitivamente acaba com qualquer direito à manifestação dos trabalhadores dos setores públicos. Se nos moldes atuais, com toda a pressão dos setores, o Governo congela os salários dos trabalhadores por mais de 10, o que não acontecerá quando (ou se) a Lei de Greve proposta for aprovada? Nenhuma greve poderá mais ocorrer, assim como, certamente, nenhum tipo de aumento será arrancado pelos trabalhadores. Indiretamente, trata-se do fim do serviço público brasileiro: uma porteira aberta para a terceirização em grande escala. Antes que isso aconteça, melhor a sociedade mandar o PT de volta para a oposição.

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