Dizer que a Internet é “terra-de-ninguém” transformou-se em lugar-comum. A cada dia, porém, é preciso estar atento para arapucas nada virtuais. E vale para qualquer pessoa em qualquer situação. É aquela história de ser seduzido pelos olhos. E uma arapuca dessas se chama Marinus Hotel, em Santos. Na Internet, as fotos, seduzem, as diárias são convidativas, porém, uma exigência que às vezes passa despercebida deve ser levada em conta como sinal de que se trata de uma arapuca: a cobrança antecipada de 50% do valor total das diárias. Quando se chega ao local vem o sinal de que a arapuca está armada para pegar os bobos: cobrança do restando das diárias logo na entrada: diria que caí em 50% do golpe. Não paguei! Dormi a primeira noite, saí para uma volta na praia e, quando voltei, percebi um entra-e-sai intenso (em todos os sentidos): gritos sussurros, murmúrios. Tratava-se de um Motel de quinta categoria, em verdade. Nas fotos (e até na aparência inicial) é um local possível de pelo menos se dormir com tranqüilidade. Na prática, um motelzinho barato que cobra os olhos-da-cara pelas diárias para quem chega desavisado. Trata-se de um caso-de-polícia, que merece ser denunciado ao Procon por propaganda enganosa e ao fisco municipal por se tratar de empresa licenciada para um fim mas que trabalha em outro ramo do negócio. Quem passa a trabalho, como eu, não tem tempo de fazer isso, mas, as autoridades de Santos deveriam tomar providências não só contra o Marinus, mas, dezenas e dezenas de arapucas como essa espalhadas pela cidade. E pela Internet também. Todo o cuidado é pouco.
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