A Zona Franca de Manaus, agora denominada Pólo Industrial de Manaus (PIM), criticada pela maioria absoluta dos pensadores e políticos ditos de esquerda, transformou-se na “menina dos olhos” de todos eles. Nas campanhas políticas, então, todo mundo publica “outdoors” posando de defensor do modelo. Na campanha presidencial deste ano teve quem prometesse eternizá-lo ou mantê-lo por mais 100 anos. A verdade é que o PIM é um modelo econômico de renúncia fiscal que não se sustenta em um mundo globalizado. Para o País, para o Amazonas e para Manaus é mais que saudável avaliá-lo. E isso deveria ser feito rotineiramente. No entanto, bastou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, jornalista Miguel Jorge, falar em avaliação do modelo para a grita ser geral. É como se o PIM fosse uma vaca-sagrada amazônica. Todo modelo econômico baseado em renúncia fiscal é como ave de arribação: onde o ninho for mais quentinho, faz morada; esfriou? Vai-se! O capital funciona do mesmo jeito: onda há renúncia fiscal, a indústria se estabelece. Sem incentivo, a ave alça voo. Logo, é necessário e salutar que modelos similares ao do PIM sejam sempre reavaliados num processo normal, natural e sem traumas.
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