Fiquei boquiaberto ao ler uma notícia no site do jornal Folha de S. Paulo (incrível, mas os jornais de Manaus não publicam tantos detalhes assim: por que será?) de que o irmão do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), Belarmino Lins, construtor George Lins, ao ser preso pela Polícia Federal quando retirava R$ 2,6 milhões na boca do caixa, já não tinha posse mais do valor total, pois havia aplicado R$ 300 mil em operações bancárias. A grana, pasmem, leitores e leitoras, era o pagamento antecipado da Prefeitura de Tefé à construtora Land Engenharia Ltda, de George Lins e mais três pessoas. O prefeito cassado de Tefé, Sindônio Trindade Gonçalves (PHS) pagou antecipadamente R$ 2,6 milhões de uma obra que não existe (nem iniciada foi) com recursos de um convênio de R$ 12,2 milhões entre a Prefeitura de Tefé e o Ministério da Defesa, fruto de uma emenda parlamentar do deputado federal Átila Lins (PMDB). Incrível, fantástico, extraordinário que até hoje ninguém tenha visto nenhuma PONTE entre os recursos públicos e as empresas dos irmãos Lins. Lembro-me do episódio da minha agressão pelo irmão do governador Omar Aziz, Amin Aziz, no dia 11 de maio de 2009. Belarmino Lins (PMDB) ocupou a tribuna para dizer que “professor deveria dar aulas e não comentar nada”. É, deputado! Certamente, para o bem dos negócios particulares de muitos, não só os professores, mas todos e todas devemos ficar calados. De preferência vendo essa sociedade nada anônima transferir recursos públicos (de toda a sociedade) para a iniciativa privada sem dizer um ái. Manter o poder à custa do dinheiro público é muito fácil. Impressionante que a sociedade não reaja!
Nenhum comentário:
Postar um comentário