É impressionante como Manaus avança em obras, mas mantém relações tão íntimas entre os poderes que não perde o cheiro de província. Grande parte da imprensa (e da mídia em geral) mantém relação quase promíscua com quem está no poder e contribui decisivamente para que o provincianismo mantenha-se em alta. É uma subserviência tão escandalosa que beira à submissão. Quando o poeta Aldísio Figueiras proclama “...tu nunca serás Liverpool”, certamente, não se refere às questões arquitetônicas, mas sim, às relações políticas. A Manaus dos anos 2011 ainda é uma cidade na qual prevalecem as amizades, as relações de compadrio e o puxa-saquismo explícito. Ser profissional e independente parece ser pecado mortal em todas as áreas. No jornalismo, então, nem se fala: é passaporte para o inferno. Um inferno de perseguições, falsos boatos, injúrias e difamações, inclusive. Arejar as relações em todos os níveis para modernizar o Estado é missão de todos nós. Aceitam o desafio?
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