A nomeação do defensor público Fernando Figueiredo Prestes, filho da desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), para Chefe de Gabinete Pessoal do governador Omar Aziz (PMN) é um acinte. Não é o salário mensal de R$ 15 mil que torna a relação para lá de perigosa, mas sim o fato de o governador ser motivo de quatro ações movidas contra ele pelo Ministério Público Federal (MPF) por abuso de poder econômico nas últimas eleições. Do ponto de vista legal não há nada que impeça a tal nomeação. Há, porém, que se retomar a velha máxima popular de que “à mulher de César não basta apenas ser honesta, mas, parecer honesta.” Logo, chamar o filho da pessoa que vai me julgar para um cargo cujo salário é de R$ 15 mil, gera, na melhor das hipóteses, desconfiança. E tanto ao governante quanto à desembargadora, crise de confiança por parte dos governados e possíveis julgados não atinge só quem ocupa os cargos, mas, as duas instituições. Não é recomendável, em hipótese nenhuma, relações desse tipo. Para o bem de quem governa, de quem julga e da sociedade, por mais que, aprioristicamente, todos sejam honestos até que prove o contrário. Relações assim, porém, parecem ser a regra deste grupo político que se alterna no governo do Amazonas. Lamentável!
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