quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Educação no trânsito

Sou daqueles que, por convicção, acreditam que a educação é um processo lento, gradual e que gera frutos para a vida inteira. Fui duramente criticado quando, em uma das vezes, elogiei, aqui neste espaço, a mudança de hábito de alguns motoristas no Amazonas. À época, registrei que, na nova Maceió, motoristas paravam voluntariamente para que os pedestres atravessassem a rua. Uma das críticas que recebi era de que eu tinha uma visão romântica, que os motoristas de Manaus eram mal-educados e que podiam até parar, mas ficam muito irritados com os motoristas da frente que demonstravam educação. Por ser um dos poucos que praticavam esse ato de educação no trânsito mas o incentivava sempre que algum pedestre necessitava atravessar as ruas, defendi os colegas motoristas que faziam o mesmo. Quem me criticou deve ser daqueles não suportam a prática. Hoje, pela manhã, em frente à Secretaria de Estado da Fazenda, motoristas demonstraram que a prática se espalha pela cidade numa mudança de hábito das mais salutares: pararam para permitir a travessia das pessoas em ambos os lados da Avenida André Araújo. Fico o registro e os parabéns. Haverá um tempo em que não será tão novidade a prática e não precisarei mais registrá-la.

Um comentário:

  1. Boa noite professor Gilson Monteiro!
    Fico feliz quando encontro, e sabemos que não são poucas, pessoas que são rotuladas "românticas" "utópicas" e por aí vai. Mas nós sabemos que no meio acadêmico, não existem só românticos, porque o magistério é um sacerdócio e um verdadeiro sacerdote tem plena consciência de que a educação não se restringe tão somente à transmissão de conteúdo e sim, da formação de pessoas. O processo é gradativo, mas só quem forma é que sabe e dá o devido valor à grandeza de ser um EDUCADOR.
    Parabéns professor Gilson Monteiro e a todos os colegas que tenham o prazer que eu tive em conhecer o seu blog.
    Abraços,
    Hélio Dias-RJ

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