domingo, 31 de maio de 2009

Terceiro mandato de Lula em pauta

A pedra foi cantada neste Blog: o terceiro mandato de Lula entraria em pauta. O deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) protocolizou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que concede ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o direito a concorrer ao terceiro mandato. Como estratégia para conseguir mais aliados, o deputado estende o benefício aos prefeitos e governadores. Tem até deputado tucano que se assanha com a possibilidade. Seria mais uma chance para José Serra permanecer no poder em São Paulo. Com a proposta, percebe-se que já não se tem o mínimo de pudor em tratar do assunto. Pelo jeito, não querem mais que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, esquente a cadeira à espera da volta de Lula para 2014. Querem logo é que Lula fique por mais quatro anos. Depois, com a desculpa de que Lula foi essencial para a Copa do Mundo no País, aparece outro com mais um mandato para Lula. Enfim, tem-se a ditadura do proletariado não pela via da revolução, mas pelo populismo do voto. Se a moda pega até os reitores que possuem viés autoritário também vão querer permanecer no cargo.

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sábado, 30 de maio de 2009

Crime contra os costumes

É evidente que não se pode tratar todos os casos de pedofilia como se fossem iguais. No entanto, não dá para entender que uma pessoa que violenta uma criança de 5 anos seja processado por “crime contra os costumes”. É dessa forma que o guardador de carros, Natanael Lima da Silva, de 41 anos, foi processado. Isso mesmo. Ele violentou a enteada de 5 anos, no bairro da Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste de Manaus. O pedófilo pegou a criança na escola, deu banho na menina e depois a violentou. Quando a mãe da menina chegou em casa, no início da noite, o fato foi a ela narrado. Submetida aos exames, comprovou-se a denúncia. Todos os dias aparece um caso diferente de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na cidade de Manaus. Não devemos nos seduzir apenas com a vinda de uma das sedes da Copa do Mundo para a cidade em 2014. Bem que poderíamos estabelecer a data para receber as seleções e, ao mesmo tempo, dizer ao mundo que a exploração sexual de crianças e adolescentes é zero na cidade. Se começarmos um combate agora, venceremos essa guerra talvez antes de 2014. Mas é preciso agirmos imediatamente.

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fora do deserto

O apresentador Humberto Amorim demonstrou indignação ao encerrar o programa “Encontro com o povo” de quinta-feira, dia 28 de maio de 2009, no AmazonSat, cujo tema era PEDOFILIA. É sinal de que nossa empreitada que começou no dia 18 de maio de 2009 e durou uma semana chamando a atenção para o problema do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes começa a surtir efeito. Humberto Amorim prometeu voltar ao tema em novos programas e já existe uma reação clara da sociedade, demonstrada pela participação das pessoas. O clima de covardia institucional certamente será deixado de lado e os programas que tratam do assunto devem passar a funcionar efetivamente. O abuso contra meninos e meninas não pode ser visto apenas como “atentado violento ao pudor”. É preciso, porém, punir duramente que merece e tratar psicologicamente quem de tratamento necessita. Já deixamos de pregar sozinho no deserto e esperamos ganhar mais aliados nessa luta contra o abuso e a exploração de crianças e adolescente (e não esqueçamos da exploração e abuso contra as mulheres também).

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Todos contra a pedofilia em Manaus

A pedido do meu amigo Humberto Amorim (e com autorização dele, é claro) reproduzo a chamada posta no Blog dele para o programa de Hoje todos contra a pedofilia. Eis a chamada:
“No programa “Encontro com o Povo” desta quinta feira, logo mais as 19h40 ao vivo pelo Amazonsat, canal 44 (aberto) Net 13 (fechado) e internet (http://www.amazonsat.com.br/) vamos discutir a pedofilia na cidade de Manaus com a Vice-Presidente da Fórum Estadual de Defesa do Direito da Criança e do Adolescente Lucimar Weil e a Conselheira Tutelar da Zona Norte de Manaus Silvana Silveira.
Conforme caracterizado no tecnicismo, PEDÓFILO “designa a pessoa que gosta de criança”, logo aquele que abusa de crianças ou pratica atos lascivos com menores ou os corrompe não pode ser apontado como pedófilo o que é cogitado é o desvio de comportamento presente em muitas pessoas que segundo os numero apresentados, é um mal que se prolifera na nossa sociedade e precisa ser combatido sem medo, de frente com todas as armas.
Os dados que foram publicados nos jornais no 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes contam que o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Savvis) da Prefeitura de Manaus, que funciona na Maternidade Moura Tapajós, registrou, de janeiro a dezembro de 2008, 294 casos. Desses, 256 contra crianças ou adolescentes. Mais de 87% (oitenta e sete por cento) dos atendimentos eram casos de violência contra crianças ou adolescentes. Foram 135 crianças com menos de 12 anos e 121 adolescentes entre 12 e 18 anos. Dos 256 atendimentos que envolvem crianças e adolescentes, mais de 52% (cinqüenta e dois por cento) são de crianças com menos de 12 anos.
Temos admitido entre a sociedade à pornografia, em diversas formas, mas a pornografia desvirtua o sexo e a pedofilia é uma das aberrações onde se pode chegar quando se desvirtua o sexo.
Vamos todos contra a pedofilia. Contamos com tua audiência e participação pelo telefone.
Humberto Amorim
Apresentador
Lívia Braga
Produtora”

Tenha ótimo programa e boa sorte meu caro amigo Humberto Amorim.

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Todos com medo

O clima é de medo, covardia, quase terror, quando se fala do tema pedofilia em Manaus. Talvez porque sempre que se investiga o assunto apareça o nome de um político, empresário, desembargador, e até mesmo pastor, aliás, se for mais fundo no assunto descobrem padres também. Será possível que a sociedade organizada ainda não acordou para o clima de medo que se vive em Manaus (e no Amazonas), em todos os sentidos? As mesmas pessoas que defendiam a diversidade de idéias hoje estão no poder e lutam bravamente não apenas para continuar no poder. Pior que isso, defendem um “pensamento único” como se fossem os “salvadores da pátria”. Como se só esse grupo fosse capaz de gerir a cidade e o estado. Os esteios da democracia balançam no estado (e no País) e ninguém parece perceber nada. Ao invés de todos com medo, precisamos assumir o discurso de todos com coragem. Para exercer o poder estabelecido e exercitar plenamente a cidadania. Político que faz bem feito cumpre o seu dever. Não faz favor. Todos são servidores públicos e têm o dever da combater a pedofilia e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Brutalidade

Desta vez não falarei de violência sexual. Mas, da brutalidade por mim sofrida no dia 11. Os resultados dos exames feitos na semana passada, e que terminaram na segunda-feira, constaram perfuração da membrana do tímpano direito como resultado do trauma sofrido. Há, comprovadamente, por meio de testes de audiometria e impendânciometria, perda de audição. Isso significa que o próprio desempenho profissional poderá ser afetado, uma vez que ao professor e ao jornalista a audição é essencial. Os laudos e a fotografia do tímpano atingido serão enviados ao Ministério Público Federal com a solicitação de que sejam aditados ao Inquérito existente a fim de que os responsáveis pela invasão da Ufam e pela agressão física a qual fui submetido sejam penalizados, pois não se tratou de uma lesão leve, mas de uma brutalidade com lesões corporais graves.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Loucura e violência

Uma filha matou o pai com 43 facadas em um dos bairros de Manaus. O que impressionou às pessoas que tentaram tirar a filha de cima do pai na hora do crime foi o fato de ela abrir as pernas do pai e desferir golpes de facas na região pubiana. Descobriu-se depois que o pai não só abusara sexualmente dela mas também de todas as outras filhas. A família não quis falar sobre o assunto e a filha que matou o pai foi apontada como louca. É o que venho dizendo durante os últimos dias neste espaço: o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes é uma chaga social que precisa da força de todos os poderes constituídos e da sociedade civil organizada para serem combatidos sob pena de entramos em uma rota de degradação sem fim. Nosso dever de cidadão nos empurra a essa luta constante contra o abuso e a exploração sexual. TODOS CONTRA A PEDOFILIA!

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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Favores asquerosos

Os últimos acontecimentos relacionados ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes revelam que o Amazonas está rota turística da exploração. Esse é o tipo de abuso que tem de unir todos os matizes políticos no combate. As vozes dos políticos amazonenses tanto na Câmara dos Vereadores quanto na Assembléia Legislativa foram muito tímidas. No Congresso Nacional, então, nem se fala. As notícias de jornais dão conta de denúncias contra políticos, desembargadores, pastores, padres e gente de todos os níveis, mas, principalmente, da elite da cidade. Ir aos bairros mais pobres ou cidades do interior e oferecer benesses, muitas vezes com o dinheiro público, (na maioria das vezes a menores) em troca de favores sexuais é nojento, imundo, perverso, vergonhoso e todos quantos forem os adjetivos que tenham significados semelhantes aos escritos até aqui. Que a sociedade revolte-se e diga não, pelo menos no voto, a esses políticos nojentos, verdadeiros vermes que infestam e denigrem os cargos que ocupam. Como o padre Fábio de Melo abraçou a causa, abracemos também e digamos, juntos, TODOS CONTRA A PEDOFILIA!

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domingo, 24 de maio de 2009

Aliciamento de menores

O jornal Diário do Amazonas publicou neste domingo que a delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) enviará à Assembléia Legislativa do Estado (ALE), em, no máximo 30 dias, o inquérito no qual o deputado Wallace Souza (PP), irmão do vice-prefeito, Carlos Souza (PP), é acusado de aliciar três menores, uma de 14, uma de 15 e outra de 16 anos. A delegada informou que serão realizadas perícias nos celulares das adolescentes para saber se o deputado passava mensagens ou fazia ligações telefônicas para as menores. Parece sintomático que no Amazonas, pessoas diretamente ligadas, ou próximas do poder, sejam acusadas de abuso e exploração de crianças e adolescentes. O que há em comum nos atos da classe média-alta de Manaus que assume o poder certamente é a certeza da impunidade. Espera-se que a sociedade não se cale diante de tamanhas atrocidades.

Turismo sexual

O mesmo jornal Diário do Amazonas publica que cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por participarem de um esquema de turismo sexual em áreas de pesca esportiva no Amazonas. Dentre eles há um norte-americano que gerencia uma Agência de Viagens nos Estados Unidos. A Agência de Viagens formava grupos de estrangeiros para realizarem pesca esportiva no Amazonas e também oferecia “serviços de acompanhante”. De acordo com o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Reginaldo Batista, “eles aliciavam maiores e também menores de 18 anos, geralmente nos municípios de Autazes e Barcelos, onde funcionam grandes áreas de pesca.” Definitivamente as autoridades e os movimentos sociais precisam dar um basta à exploração sexual no Amazonas, que de exceção, transforma-se em regra.

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sábado, 23 de maio de 2009

Proibições e tabus

A sociedade molda o comportamento das pessoas e criam proibições e tabus dos mais variados. O tabu sexual, por exemplo, faz com que crianças e adolescente não desfrutem das sensações e desejos. Com isso, impede-se o desenvolvimento da autonomia e dos direitos sexuais. Sem o exercício pleno do direito sexual, cria-se o ambiente para o abuso, a exploração e atos de selvageria sexual contra crianças e adolescentes. A sociedade diz o que é “bom” e o que “mau”, cria parâmetros, mas ainda não assumiu definitivamente a luta contra o abuso sexual. Esse é o tipo de violência que precisa ser combatido diariamente e em cada tipo de comportamento. Com a colaboração de homens e mulheres. Só assim essa guerra será vencida.

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Todos contra a pedofilia

O padre Fábio de Melo, além da pinta de galã e da beleza que leva centenas de mulheres a questionar o porquê de ele ser padre, levantou ontem, no programa Jô Soares Onze e Meia, uma das bandeiras mais politicamente corretas que se pode imaginar para os tempos que vivemos. Todos os componentes da banda que o acompanhavam exibiam uma camiseta preta com os dizeres “todos contra a pedofilia”. A campanha do padre não livre a igreja católica das acusações de pedofilia de boa parte dos seus padres mas demonstra que chegou a hora de a sociedade inteira dar um basta à pedofilia e à exploração de crianças e adolescentes. Devemos engrossar a luta e aproveitar todos os espaços possíveis para dizer não à violência em todos os sentidos, principalmente contra o abuso sexual de crianças e adolescentes. Viste TODOS CONTRA A PEDOFILIA, leia mais sobre o assunto e não se cale!

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Chaga social

É impressionante como a cada dia surge um novo caso de violência e abuso contra crianças e adolescentes. Desta vez, um auxiliar de enfermagem de 30 anos foi levado à Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEAPCA) por ter estuprado e viver um caso extraconjugal com uma menina de 12 anos que viera de Manicoré para trabalhar em sua casa. Digo que o algoz foi levado à delegacia porque não houve prisão, uma vez que não se caracterizou o flagrante. O auxiliar de enfermagem mora no bairro do Planalto e foi autuado pela delgada Linda Gláucia mas responderá pelo crime em liberdade. Nesses casos, o tipo de crime é o estupro presumido. Quando abro a boca aqui todos os dias e digo que é mister gritamos até onde nossos pulmões permitirem, ainda há quem duvide. Os casos de violência contra crianças e adolescentes são repugnáveis e exigem uma ação conjunta e dura da mídia, dos governos e da sociedade para se combater essa chaga social que não deveria mais existir em pleno Século XXI.

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Selvageria inaceitável

O que leva uma criança de 9 ou 12 anos a ir para uma esquina de rua vender o corpo? Você acha que isso não existe? Viaje por algumas cidades do interior do Amazonas. Saia, durante a madrugada, e observe, nas ruas de Manaus. São retratos não apenas da pobreza, da falta de perspectiva, mas, principalmente, da selvageria do capital, com a anuência dos meios de comunicação de massa. Sabem por que? Porque somos todos nós da área, sem nenhuma exceção, que ajudamos a criar esse inconsciente coletivo de que só se é feliz consumindo, consumindo e consumindo. Tome-se esse ingrediente como ponto de partida, junte-se a uma situação de pobreza extrema e o desejo de melhorar de vida, misture-se com homens extremamente machistas e sexualmente mal-resolvidos que se tem o clima exato para atrocidades como molestar sexualmente uma criança de três anos, por exemplo. Abordarei, todos os dias, até a próxima segunda-feira, dia 25, a questão do abuso sexual contra crianças e adolescentes. Não me calarei porque é inconcebível a sociedade fazer olhos de mercador para o abuso contra quem ainda nem tem consciência do próprio corpo. Sexo é bom e todos gostamos, mas é uma questão de cidadania preservar o direito de as crianças e adolescentes de descobrirem a sexualidade sem atos de selvageria.

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Gritos no siêncio

Além do silêncio institucional da Administração superior da Ufam, que prefere o aulicismo de divulgar a homenagem recebida no Senado Federal a discutir a invasão gravíssima ao campus universitário e à sala de aula, há outro silêncio que impressiona: o da mídia de Manaus sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data, dia 18 de maio, só não passou em branco porque alguns registros, meros registros e de forma bem escondida, foram feitos. Os números estarrecedores que ressaltamos ontem neste blog e fazemos questão de repetir, não incomodam ninguém. Ou será que o tema é muito espinhoso na cidade e no Estado que os jornais e jornalistas morrem de medo de tocar? Só para relembrar, o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Savvis) da Prefeitura de Manaus, que funciona na Maternidade Moura Tapajós, registrou, de janeiro a dezembro de 2008, 294 casos. Desses, 256 contra crianças ou adolescentes. PERCENTUAIS DO ABSURDO! Mais de 87% (oitenta e sete por cento) dos atendimentos eram casos de violência contra crianças ou adolescentes. Foram 135 crianças com menos de 12 anos e 121 adolescentes entre 12 e 18 anos. Dos 256 atendimentos que envolvem crianças e adolescentes, mais de 52% (cinquenta e dois por cento) são de crianças com menos de 12 anos. NÃO DEIXAREI DE RESSALTAR QUE SE TRATA DE UMA VERGONHA QUE PRECISA SER ASSUMIDA E COMBATIDA POR TODA A SOCIEDADE MANAUENSE E AMAZONENSE!

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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes

O tema do abuso sexual contra crianças e adolescentes é espinhoso e provoca reações desmedidas. No entanto, não se pode esquecer que desde o ano de 2000, a Lei Federal 9.970/00 instituiu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida porque no dia 18 de maio de 1973, em Vitória, no Espírito Santo, um crime com requintes de barbárie chocou o País e ficou conhecido como “Crime Araceli”. Uma menina de apenas 8 anos de idade fora raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta daquela cidade. Embora tenha sido cometido com requintes de crueldade, o crime até hoje não foi solucionado. A certeza da impunidade faz com que pessoas “mais endinheiradas e poderosas” cometam atrocidades contra crianças, adolescentes e, agora, até contra professores. Devemos aproveitar o dia de hoje não apenas para intensificar o combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, mas dar um grito de basta a qualquer tipo de violência. Principalmente as cometidas pelos “endinheirados e poderosos”.

Abuso e exploração sexual é:

“Situação em que uma criança ou adolescente é usado para a satisfação sexual de outra pessoa, como um adulto ou adolescente mais velho. O abuso é baseado numa relação de poder que pode incluir desde carícias, manipulação da genitália, mama ou ânus, exploração sexual, pornografia e exibicionismo, até o ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência física.”

É também:

“Situação em que uma criança ou adolescente tem relação sexual com adultos, mediada pelo dinheiro ou pela troca de favores. A exploração sexual abrange diversas formas de manifestação, com as relações sexuais em troca de favores (comida, drogas, etc), o turismo sexual, a pornografia (como na internet) e o tráfico para fins de exploração sexual.”

Fonte: “Direitos Sexuais são Direitos Humanos – Cadernos de Textos.”

Números aterradores

O Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Savvis) da Prefeitura de Manaus, que funciona na Maternidade Moura Tapajós, registrou, de janeiro a dezembro de 2008, 294 casos. Desses, 256 contra crianças ou adolescentes. Isso mesmo. PASMEM! Mais de 87% (oitenta e sete por cento) dos atendimentos eram casos de violência contra crianças ou adolescentes. Foram 135 crianças com menos de 12 anos e 121 adolescentes entre 12 e 18 anos. Dos 256 atendimentos que envolvem crianças e adolescentes, mais de 52% (cinquenta e dois por cento) são de crianças com menos de 12 anos. Uma vergonha que precisa ser assumida e combatida por toda a sociedade.

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domingo, 17 de maio de 2009

Vergonha e descompromisso

A foto de primeira página publicada hoje, dia 17 de maio de 2009, revela que, além de vassalos, grande parte dos deputados estaduais do Amazonas são gazeteiros. São petulantes, arvoram-se a “ensinar como um professor deve se comportar em sala-de-aula”, mas não cumprem o dever básico de estar presentes às sessões. Comportam-se como estudantes relapsos que entram em sala, “pegam a presença” e depois se mandam. O povo de Manaus deveria aproveitar o episódio para fazer uma cadernetinha e riscar, definitivamente, do mapa de possibilidades de votos nas próximas eleições, o nome dos gazeteiros. Pela postura do presidente da Assembléia Legislativa, Belarmino Lins (PMDB-AM), ele nem cobra a presença de ninguém. Todos devem receber integralmente, ainda que só apertem o botãozinho e depois dêem o fora. É uma vergonha essa falta de compromisso com a coisa pública e o desrespeito em relação ao estado democrático de direito.

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sábado, 16 de maio de 2009

Covardia institucional

Esperei até agora para me manifestar sobre a agressão que sofri no dia 11, por volta das 17h, para não cometer nenhuma injustiça. A primeira pessoa a quem comuniquei o fato foi o magnífico reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Hidembergue Ordozgoith da Frota. Eu, como a Ufam inteira, estamos estarrecidos com o silêncio institucional: até agora, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não publicou nenhuma Nota Oficial condenando a agressão sofrida por seu professor e a invasão do espaço público federal. É bem verdade que o reitor fora ouvido por um dos jornais da cidade e disse que a reação seria dura. Até agora, porém, a única reação clara foi do próprio Departamento de Comunicação Social, com uma Nota Oficial, da Direção do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), que também publicou uma Nota Oficial e do Departamento de Filosofia, que solicitou uma reunião do Conselho Departamental do ICHL para tratar da invasão. Bem como da Adua, que promoveu um ato de repúdio. No mais, silêncio total e covarde. É como se a administração superior da Ufam concordasse com o que foi dito pelo presidente da Assembléia Legislativa do Amazonas, Belarmenino Lins (PMDB): “que isso sirva de lição”. É bem possível que no final de semana ou na própria segunda-feira, haja alguma manifestação da Administração Superior, afinal, a Adua fará pressão para que alguma posição seja tomada. O silêncio da Ufam é mais um ato de covardia nesse episódio todo.


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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Solidariedade

Meu caro colega Gilson Monteiro,
Venho prestar minha total solidariedade a ti. Eu soube do ocorrido apenas ontem à tarde. Execrável, abominável, absurdo, condenável. Não tenho outros termos para me referir a esse episódio, ocorrido no solo de nossa amada UFAM. Além do mais, por parte de alguém dessa família, que agora ousa querer silenciar até mesmo comentário sobre o que foi conhecido pela mídia, a ligação do vice-governador com a exploração sexual de menores de idade.
Inscrevo-me nesse ato de repúdio, já que foi o professor-cidadão Gilson Monteiro o agredido não somente por palavras, mas também por atos físicos. A agressão que sofreste, sinto-a como se fosse em mim, também. Com a solidariedade do
Auxiliomar Ugarte e Francisco Jorge.

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Emoção

É com muita emoção que transcrevo a solidariedade manifestada por todos os professores de Jornalismo da Uninorte. Uma Universidade partcular com toda essa clarividência em interpretar os fatos nos deixa cientes que que o Ensino Superior brasileiro tem de ser respeitado no conjunto das insituições, sem aquela burra visão de que "só porque é particular não presta." A reação dos professores da Uninorte e interpretação dos fatos são a prova disso. Leiam!
"Prezados,Nós, professores de Comunicação Social e jornalistas abaixo assinado, entendemos que a agressão sofrida pelo professor e jornalista Gilson Monteiro, no dia 11 de maio deste ano, na UFAM, deve ser estendida a toda a categoria de professores e de jornalistas também. Longe de entendermos os detalhes do que aconteceu dentro da sala de aula, nenhuma agressão física deve ser aceita como justificativa para pessoas que se sintam ofendidas seja qual for o motivo.Não é de hoje que temos conhecimento de outras agressões sofridas dentro ou fora da sala de aula. Os motivos são os mais medíocres possíveis:insatisfação com uma avaliação; reprovação e agora também um comentário sobre a cobertura de um fato jornalístico. Se isto não é assunto para serdiscutido em sala de aula, desculpem-nos, fechem as instituições de ensino superior. A Universidade, ao que sabemos, é o lugar das idéias, do debate,das discussões, da civilidade e não da barbárie. Um lugar de construção da autonomia de pensamento, da criticidade e da reflexão, requisitos essenciais para o pleno exercício da cidadania.Na repercussão do fato pela mídia o que mais nos chamou atenção foram pessoas dizendo que o professor "teve o que mereceu". Também é de revoltar a cobertura de alguns jornais, invertendo os valores: o professor Gilson não apareceu como vítima, mesmo tendo sido espancado em um ato de selvageria e covardia, mas sim como culpado. Há aí, portanto, mais uma agressão, desta vez ao jornalismo, aos jornalistas e ao dever da verdade.Nosso manifesto vem para repudiar qualquer ato de violência e também para unir: professores, jornalistas e qualquer categoria que seja ameaçada pelatruculência. Não podemos nos calar diante da barbárie. E, notem, estamos indignados, sim, mas, agora, utilizamos uma única arma: as palavras. É assim que deve (ou deveria) ser.
Segue o link para um manifesto de repúdio à violência e solidariedade ao professor Gilson Monteiro. Por favor, leiam e caso se interessem participem e passem adiante.
http://www.petitiononline.com/mao_1405/
Edilene Mafra / Uninorte.
Gustavo Soranz / Uninorte.
James Tinoco / Uninorte.
José Nivaldo Xavier / Uninorte.
Judy Tavares / Uninorte.
\Leila Ronize / Uninorte.
Maria do Socorro Viana / Uninorte.
Mirna Feitoza / Uninorte.
Márcio Pessoa / Uninorte.
Tatiana Lima / Uninorte.
Paulo Roberto Simonetti / Uninorte.
Wilsa Freire / Uninorte."

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Vassalos do poder

A grande maioria dos deputados estaduais do Amazonas portou-se como vassalos de quem estiver no poder. Apenas o deputado Luiz Castro (PPS) usou a tribuna para defender a mim e a Universidade Federal do Amazonas. Os demais, e o povo deveria muito bem prestar atenção a isso para escolher melhor em quem votar nas próximas eleições, tiveram comportamento de vassalos. Devo lembrar aos deputados Belarmino Lins, Terezinha Ruiz, Josué Neto e Sebastião Reis que o professor Gilson Monteiro pouco se importa com o que eles pensam ou não sobre ele e a didática que usa em sala de aula. Convida-os a prestar concurso par a Ufam e, democraticamente, discutir os procedimentos didáticos nas reuniões realizadas para tal. O cidadão Gilson Monteiro, que paga impostos e exerce o direito livre de pensar e se expressar (e vai continuar a exercê-lo a não ser que seja morto), está profundamente decepcionado com as vossas posturas. Não apenas no episódio da agressão sofrida pelo professor Gilson Monteiro, pela democracia e pela liberdade de expressão, mas pela postura sempre apresentada: a de vassalos do poder. Todos os eleitos são representantes e defensores do público, dos eleitores, e não de quem ocupar o cargo de governador ou vice. Vivêssemos em um verdadeiro estado democrático de direito eu nem precisaria vos lembrar disso. Mas como o presidente da Assembléia Legislativa do Amazonas, Belarmino Lins, declarou, em plenário que “foi bem-feito eu ter sido agredido e que isso deve servir de lição” é só mais uma prova cabal de que ele abre mão de ser Presidente da Assembléia e defende interesses puramente individuais e não o estado democrático de direito. Lamentável!


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quarta-feira, 13 de maio de 2009

O combustível da universidade

O que comentei quando fui covardemente agredido está no endereço do Ministério da Saúde para quem quiser ver. Curiosamente um site oficial do Governo Federal. Estranhamente, não há na Internet nenhum registro de matéria de algum jornal de Manaus sobre o assunto. Isso, também, comentei. Se o vice-governador achar que deve me processar, responderei, de cara limpa, NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM, escondi-me por trás de pseudônimos para me manifestar. Já levei até porrada por isso (e todos sabem). Posso até morrer por isso? É um risco. Um dia morrerei por isso ou não. Jamais morrerei, no entanto, por omissão. Nunca escondi a cara. Essa é a minha diferença. Gostaria de cruzar todos os dias com quem me considera inimigo dentro da Ufam; respeitá-lo, ainda que pense diferente de mim, mas de cara limpa. Ficaria profundamente decepcionado, porém, se descobrisse que umas daquelas pessoas que elogiam a minha coragem, que batem no meu ombro, que dão sorrisos; escondem-se por trás de um pseudônimo, para me atacar. Ficaria decepcionado, no entanto, jamais o agrediria com socos e pontapés. No meu dicionário, pessoas que batem no ombro e depois se escondem por trás de pseudônimos são pusilânimes. E pusilânimes não merecem meu respeito. São vermes travestidos de seres humanos, muito embora até os vermes sejam seres e mereçam respeito, pois contribuem para o equilíbrio do planeta. Isso é ser "arrogante, despeitado, abusado e sem educação? "Parafraseando Raul Seixas, "eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Prefiro ser visto como "arrogante, despeitado, abusado e sem educação", mas de cara limpa. Prefiro ser visto, julgado, condenado, absolvido, seja o quer for. Mas, respirar o combustível do espírito da universidade que é o respeito à autonomia, à individualidade e à pluralidade.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

Marcado para morrer

Pelo gesto de Amin Aziz, irmão do vice-governador do Estado do Amazonas, Omar Aziz, ao final da brutal agressão que sofri na frente dos meus alunos, no final da tarde ontem, estou marcado para morrer. Após me aplicar três socos e dois chutes, o cara apontou o dedo e simulou o gesto de puxar o gatilho de uma arma. Pela forma como me olhou, Aziz, teria descarregado completamente a arma em mim. Aliás, o ar era de imensa satisfação. Isso em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). É o fim do mundo não se poder, em uma aula, citar um exemplo de fato que foi noticiado nacionalmente, como ilustração da interferência política no jornalismo. Mais absurdo ainda é um sujeito invadir uma universidade pública federal e agredir um professor em pleno exercício da sua atividade profissional. Certamente o indivíduo acredita na impunidade total por ser irmão do vice-governador do Estado. Só espero que a Polícia Militar (do Governador) garanta minha integridade física e dos meus filhos. Caso sofra algum atentado daqui para a frente não tenho dúvidas de que, se não foi a mando, foi um ato do meu agressor, irmão do vice-governador do Estado.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O terceiro mandato de Lula

Às favas com os princípios da democracia. O momento de dor da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com a descoberta de um câncer, não serviu apenas para gestos de solidariedade dos mais próximos. Em verdade, acendeu a luz dos puxa-sacos do presidente Luís Inácio Lula da Silva para a possibilidade de um terceiro mandato. Lula nem toca no assunto, mas sabe-se que, diante dos infortúnios da candidata oficial, a possibilidade o seduz muito. Ainda mais porque ele se considera o grande líder da América Latina e seus “seguidores” já conseguiram formas de se eternizar no poder. Como Lula conseguiria liderá-los fora do Planalto?

Não deixe de ler o
site do professor Gilson Monteiro!

domingo, 10 de maio de 2009

Comunicação, cultura e marketing

A partir de hoje no nosso site (Comunicação, cultura e marketing) você terá o link “Debates”. Nele, serão publicados integralmente os artigos que publico no Jornal Amazonas em Tempo, aos domingos, na página de Ciência & Tecnologia. É um espaço para debatermos o Ensino Superior e a educação no Brasil. Será atualizado semanalmente. Esporadicamente, faremos atualizações durante a semana caso temas polêmicos sejam abordados no Jornal de Debates. Tenham boa leitura! Cliquem no link “Debates” no menu do nosso site: www.gilsonmonteiro.net . Atualizado hoje. Visite! Não deixe de lê-lo sempre!

sábado, 9 de maio de 2009

Os SPAs da educação

Centralismo democrático, discurso único, vestibular único. Leiam amanhã no jornal Amazonas em Tempo o artigo “Os SPAs da educação’ e vejam no que o Enem como forma de entrada nas universidades pode transformar a Educação no País. Bom ou ruim? Não sabemos. Só precisamos ter cuidado para não mercantilizar ainda mais a oferta da Educação no País. Será que o MEC quer se transformar em mera agência reguladora do setor?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Do listão ao distritão

Acabamos de postar o artigo "A reforma política: do listão ao distritão" no site do Jornal de Debates. Visite o link ao lado com o título "A reforma política: do listão ao distritão" e leia o artigo completo. Depois você me diz se futebol e política não possuem algo em comum.

Papo enriquecedor

Muito interessante a troca de idéias de ontem com o deputado federal do Partido Popular Socialista (PPS) de Pernambuco, Raul Jungmann. Jungmann é de uma lucidez impressionante nas análises sobre a política em geral e sobre o Brasil, em particular. Ele tem olhos de lince para o cenário político brasileiro e alerta para as dificuldades imensas que as oposições terão nas eleições de 2010. O monopólio de Lula como defensor dos pobres é algo que possivelmente permanecerá para a vida inteira. É por essas e outras que Getúlio Vargas matou-se, mas não morreu até hoje.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Brilho no olhar

É interessante ver o brilho no olhar de alguns estudantes na luta pela manutenção da meia passagem em Manaus. Só nos deixa triste perceber, mais uma vez, que a reação só acontece quando se mexe no bolso. A ideologia do dinheiro é a pior que pode existir. Bom seria se os estudantes de Manaus aproveitassem a mobilização pela meia-passagem e começassem a discutir e participar de temas que afetam o dia-a-dia das pessoas na cidade. Dariam uma lição de Democracia, civismo e cidadania. E isso todos precisamos no Brasil, faz tempo.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bananas super-poderosas

Ao invés de “Os Bananas de Pijama”, uma junção com “As meninas super-poderosas”. E nasce, em Manaus, uma banana que dispensa agrotóxicos além de ser mais polpuda. Como se não bastasse, é um tipo de banana que suporta a Sigatoka negra e o mal do panamá. A banana super-poderosa do Amazonas atende pelo nome de “BRS Conquista” e você terá todos os detalhes na página de Ciência e Tecnologia do jornal Amazonas Em Tempo, produzida pelo Grupo de Pesquisa Interfaces com a colaboração, neste número, dos estudantes Camila Ferreira, Issac Souza e Mônica Dias. É só conferir amanhã em www.emtempo.com.br e se deliciar com a leitura e ficar na vontade de comer a banana polpuda.

Na manteiga

Não confundam o título desta nota com o sobrenome de uma figura carimbada da economia nacional. Mas só quem vai aos supermercados sabe o que é crise e o que é inflação. Um dos melhores índices para se avaliar o rumo que as coisas tomam é o “índice manteiga”. O quilo da manteiga, que antes era vendido nos supermercados por até R$ 10,00 (dez reais), hoje custa R$ 25,00 (vinte e cinco reais). E me aparecem os analistas econômicos dizendo que o pior já passou que o país começa a entrar nos trilhos. Mais parece aquele personagem humorístico dos anos 60 e 70, se não me engano era vivido por Paulo Silvino, que fazia o otimista inveterado, numa crítica velada ao ufanismo do regime militar. Em tudo estávamos bem, embora os dados fossem negativos. E ele encerrava o quadro com o mote: “nem que seja para pior, nós vamos melhorar!”. Lembra uma pessoa atual, popularíssima, mais até que todos os humoristas juntos: “Não existe crise, ela não passa de uma marola”. Certamente, essa pessoa não paga com recursos próprios nem a manteiga que come. Isso se comer manteiga.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Violência contra crianças

No último final de semana uma criança de apenas 3 (três) anos foi violentada sexualmente pelo padrasto na Zona Norte Manaus. Esse é o tipo de notícia que não pode apenas ser noticiada. É preciso se divulgar com todo o aprofundamento que o caso merece. Não se pode apenas condenar o tal padrasto. Há problemas graves que envolvem a mãe, o próprio padrasto e toda a estrutura familiar (ou a falta dela) que gira em torno de um caso desses. Noticiar o fato sem mostrar os vários ângulos que envolvem o problema é de uma irresponsabilidade sem tamanho. Um ato de violência extrema quanto esse precisa ser visto como um problema social bem mais grave. Sabe-se que na maioria dos casos de violência contra crianças e adolescentes, pais, irmãos, parentes e pessoas mais próximas são sempre os agressores. Há algo de errado no reino da fantasia das famílias modernas. Precisamos estudar o fenômeno e encontrar soluções coletivas para problemas como esses. Caso contrário, promoveremos o linchamento público do agressor, daremos uma resposta imediata, mas, outros casos semelhantes acontecerão em seguida.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Noticiar ou reportar? Eis a questão

O jornalismo vive uma crise de identidade que precisa ser resolvida com urgência. Não se pode negar que os teóricos teem razão ao dizer que "tudo é comunicação", ainda mais se levarmos em conta o mundo globalizado e as trocas constantes de informação. Tudo é comunicação, como defende Paulo Nassar e outros mas nem tudo é Jornalismo. Jornalismo não se confunde com Publicidade e Propaganda, passa longe de Relações Públicas e jamais deveria tangenciar o Marketing. Enquanto o Jornalismo o expõe a ferida, Relações Públicas não nega a ferida mas trabalha para que ela não atinja a imagem de quem a possui, o Marketing encontra clientes e nichos para a ferida, enquanto a Publicidade e a Propaganda unem-se ao Marketing e às Relações para transformar aquela ferida em um diferencial de mercado.Todas essas áreas da Comunicação são irmãs siamesas entre si e, por mais paradoxal que possa ser, também doJornalismo. Na prática, porém, convivem em um eterno cabo-de-guerra: enquanto, no limite, cabe ao jornalismo descontruir as imagens; as demais áreas cuidam da imagem da organizações, dos produtos, dos políticos, etc. Uma organização com a imagem límpida, um produto funcionando perfeitamente ou um político sério e honesto pouco interessam ao Jornalismo. Hummm, não é bem assim: nesse último caso, político sério e honesto transformou-se em exceção que terminar por virar notícia quando é encontrado.
Para ler o texto completo clique no link "Noticiar ou reportar? Eis a questão" na aba "Artigos do professor Gilson Monteiro".

domingo, 3 de maio de 2009

Joaquim Marinho 50 anos: sementes de genersidade

Li, há pouco, o artigo do professor João Bosco Araújo sobre os 50 anos de Joaquim Marinho, completados no dia 01 de maio de 2009. Irreverência e lucidez marcam sim a personalidade de Marinho, uma das figuras humanas mais grandiosas que já conheci na vida. Joaquim Marinho foi essencial no início da minha carreira. Foi o primeiro a dar espaços para declamar minhas poesias na Rádio Difusora do Amazonas, quando eu ainda nem pensava em ser jornalista. Joaquim Marinho é amigo, irmão, incentivador, irreverente, animador, lúcido e louco ao mesmo tempo. Isso faz dele um cara generoso, um homem bom, uma aura iluminada. Marinho é energia que transcende o limite da vida. É luz que ficará presente por 50, 100,200, 500....por anos-luz na história de Manaus e das pessoas nas quais inocoluou a semente da generosidade.

sábado, 2 de maio de 2009

Momento crucial para o jornalismo

A implantação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) trouxe de volta minha motivação. Vivemos um momento crucial para os cursos de jonalismo do País e para a profissão. O modelo atual de ensino de jornalismo revelou-se ultrapassado. Por conta disso, grande parte das empresas e o próprio Ministério da Educação querem acabar com os cursos de jornalismo e transformá-los apenas em especialização para as demais áreas do conhecimento. Antes de uma decisão tão radical quanto essa devemos experimentar novas formas do "ensino de jornalismo", se é que se pode ensinar alguém a "fazer jornalismo". Por isso o PPP do Jornalismo da Ufam me empolga: temos a chance de transformar o ensino de jornalismo no estado e lutaremos com todas as forças para implantar o novo projeto.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Amazonino e Serafim juntos

Pode parecer improvável, mas, a aposta mais certa para 2010 é a união entre Amazonino Mendes, Serafim Corrêa e Arthur Neto. Depois da última visita do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao Amazonas ficou evidente que o ministro dos transportes, Alfredo Nascimento, e o Governador do Amazonas, Eduardo Braga, estarão juntos em 2010. Com os problemas enfrentados pelos irmãos Souza, Amazonino Mendes, se mantiver o mandato, está impossibilidade de sair da Prefeitura pois o povo tenderia a vê-lo como um traidor. Amazonino Mendes também não teria as bençãos nem de Eduardo Braga nem do presidente Lula. Só restaria a tentativa de se unir ao seu amigo de longas datas, Serafim Corrêa e ao seu amigo mais recente, Arthur Neto. A mistura deixará o povo ficará desnorteado. Mas, terá de optar entre Serafim Corrêa e Alfredo Nascimento. É bem provável que surjam alguns Navarros e outros Ricardos Bessas. Omar Aziz? Como gosta de cartas e dominós, talvez entre no jogo. Só se viabiliza se passar a pedra dos cinquenta por baixo da mesa para o chefe.

Comer com os olhos

Há pouco falei dos olhos como espelho da alma. Os olhos também podem funcionar como o espelho da boca. Ontem, ao sair do Amazonat, parei e uma pizzaria. Em pé junto ao balcão, como sempre gosto de fazer quando vou aos bares (ou botecos), tomava uma Bohemia e observava o salão. De repente, uma garçonete passa com o que restou de uma das mesas: três azeitonas pretas sobre um disco de madeira coberto por fórmica. O olhar da garçonete para as azeitonas era algo impressionante. Comia, verdadeiramente, com os olhos. Seu olhar deixava clara a sensação de degustação. Não sei o que foi feito das azeitonas ao entrar na área reservada da pizzaria. Mas que aquela garçonete comera as azeitonas ali na frente de todos, com os olhos, não há dúvida. É como ensinava Gandhi: se você pensou em fazer, faça logo; pois o ato já foi consumado em sua mente.

Olhar ao longe

Há 15 anos o piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna, olhava para o carro, desviava o olhar, transmitia insegurança. Ele, um guerreiro das pistas, que não se furtava a nenhum pega, parecia antever a tragédia. Certamente morreu fazendo o que mais gostava na vida. Essa é a lição de Ayton Senna: morrer por aquilo que acreditamos. Não sei se pode falar em morrer feliz. Senna, com aquele olhar, demonstrou tristeza. Era como se dissesse: você, meu companheiro de longas corridas, parece me abandonar agora? O carro falhou, Senna morreu mas o espírito de luta dele ficou. Os olhos são mesmo o espelo d'alma.