domingo, 30 de setembro de 2018

O perigo da venezualização do Brasil


A classe média de Manaus, aquela formada por quem se considera rico, mas, só compra carros de 48 ou 60 prestações, normalmente um carro virtuoso, como Corolla ou Honda, por exemplo, adora usar o mote de que “a ideologia comunista vai transforma o Brasil em uma Venezuela”. Pois bem, o que pode transformar o Brasil em Venezuela é, justamente, a chegada ao poder de um Capitão e um General pelo voto. Inclusive, um dos tantos erros do Partido dos Trabalhadores (PT) foi exaltar o então presidente venezuelano, Hugo Chavez, como se ele não tivesse implementado um regime totalitário na Venezuela. Com dois ou três cliques, meus caros leitores, minhas caras leitoras, vocês podem pesquisar como foi a ascensão do chavismo na Venezuela e do castrismo em Cuba. As ditaduras são comunistas ou direitistas. E se caracterizam pelo totalitarismo. Elevar ao poder, pelo voto, uma dupla de militares que publicamente não respeita a democracia nem a Constituição, é flertar com a ditadura sim. E é isso que os senhores e as senhoras estão a fazer. Mas, gostaria de lembrá-los e lembrá-las que no início do regime da Venezuela, quando não havia crise econômica, você que hoje fala no perigo da “venezualização do Brasil” pegava o seu carro e ia passar férias lá. Voltava com o tanque cheio de combustível e o porta-malas lotado de perfumes, uísques e até de sabão em pó. Nunca flertei com os regimes totalitários, quer de esquerda ou de direita. Digo #elenão, #elenunca exatamente por não admitir que o Brasil pense em retornar à ditadura. Se o teu ódio ao PT, leitor e leitora, é maior que o medo da ditadura, você precisa de tratamento. Divã coletivo para vocês e vida longa para a democracia brasileira.

Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!

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sábado, 29 de setembro de 2018

É melhor dar logo o Golpe


O tempo de recolhimento no hospital, ao invés de dar mais comedimento e equilíbrio a um certo candidato, parece tê-lo feito pirar de vez. Ou, sinceramente, #elenao quer rir da nossa cara. Como pode um ser participar de uma disputa democrática, mas, na primeira declaração oficial após o atentado sofrido, dizer que só aceita a própria vitória como resultado da eleição? Se não é um escárnio contra a nossa inteligência coletiva, este senhor deveria logo mobilizar seus ex-colegas de farda e decretarem o Golpe de Estado que já desenham há tempos. Porque é inadmissível se fazer um teatro destes das eleições e, mais uma vez, a direita extrema e reacionária vir com esta de que não aceita o resultado das eleições. Sei que os Estados Unidos, em muito, não são exemplo para ninguém. Lá, porém, a democracia parece ser um valor pétreo. Hillary Clinton tinha todos os motivos do mundo para não aceitar o resultado das eleições. Tudo indica que foi vergonhosamente garfada. Ainda assim, não foram às ruas nem incentivaram levantes de nenhum tipo para preservar a própria democracia. Será que o brasileiro médio metido a burguês não aprende que #elenão, #elenunca!

Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!

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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Às vezes, só sinto muita pena


Se há um sentimento que me provoca dor duas vezes, é pena. Detesto olhar para as pessoas e sentir pena, principalmente, pela pobreza de espírito. Mas, ultimamente, tenho sentido muito, não posso negar, ódio, misturado com pena. Em alguns casos, preciso me controlar para que o ódio não seja na mesma medida dos seguidores do Besta-fera. Não me parece crível que, depois de tanta luta pela redemocratização do País, sejamos obrigados a assistir o retorno de ideias tão atrasadas, por meio do voto. O ódio se transforma em pena: em algumas pessoas, vejo os olhos se encherem de sangue, pelo tamanho do ódio ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em nome deste ódio é que votam, sem pestanejar, em quem flerta com o fascismo, a misoginia e a tortura. Eis que passo a sentir pena do pobre coitado ou coitada. Não sou melhor que ninguém, apenas, não me deixo levar totalmente pela cegueira, muito embora, até aqui mesmo, neste espaço, de quando em vez, a cegueira me faça igual a eles e elas. É por essas e outras e para evitar que eu tenha de sentir raiva e ódio ao longo de quatro anos que reafirmo: #elenão, #elenunca!

Antigamente #foratemer, hojemente #temergolpista!

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