quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O apagão da ética em Brasília

No dia anterior, o apagão tinha sido dos celulares de Manaus. Ontem, a Câmara dos Deputados resolveu proporcionar mais uma cena grotesca: um verdadeiro apagão da ética. Por 265 votos a 166, além de 20 abstenções, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi absolvida. Para a maioria dos deputados, “pegar dinheiro” antes de ser eleita não representa “quebra de decoro parlamentar”. Com a decisão, a Câmara dos Deputados diz para a sociedade o seguinte: o cidadão pode roubar o quanto quiser, pode ser pedófilo, pode ser bandido, mas, se eleito; recebe um salvo-conduto. É como se Fernandinho Beira-Mar fosse eleito e, a partir de então, estivesse limpinho, limpinho. Simplesmente lastimável e mais nada a comentar, pelo menos por enquanto.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

As operadoras e o apagão de celulares

Não foi a primeira vez, muito provavelmente não seja a última, porém, de novo o morador da cidade de Manaus ficou sem celulares durante a tarde de ontem, oficialmente das 15h às 17h30. O cidadão manauense é obrigado a conviver com um dos piores serviços (e mais caros) de celulares do País e, ainda por cima, enfrenta, de quando em vez, algo similar a um apagão, pois nenhuma delas funciona. A Nota Oficial de uma das operadoras fala na suspensão dos serviços em função da “falta de energia”, justamente no dia em que a Amazonas Energia não tem culpa de nada, pois, se faltou energia naquele período foi em algum ponto isolado da cidade. A bem da verdade, em Manaus, é preciso um aparelho convencional e um celular sempre, quando se está em casa. O primeiro, para ajudar a encontrar o segundo. Além disso, faz-se necessário um tambor. Afinal, a vida não pode parar quando as operadoras “apagam”. Nessas horas, que rufem os tambores e nossos ancestrais baixem os espíritos das tribos para que entendamos os vossos sinais (dos tambores). Além de substituir uma caixa de fósforos como pandeiro improvisado, nessas horas o aparelho celular também pode ser usado como baqueta.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A irresponsabilidade do poder público

Cada dia que passo nas proximidades da Igreja da Restauração no horário de pico deles, aos domingos, do final da tarde para o início da noite, vejo (e sinto) a irresponsabilidade do poder público. Desde a retirada do semáforo que existia em frente à Igreja, o trânsito de pedestres e carro é controlado, talvez, por Deus. Manobrar, nesses horários, no sentido de quem retorna da Estrada da Ponta Negra para tomar a Avenida Brasil é um exercício de pura habilidade e sorte. Sem contar que há obras de uma rotatória no local sem qualquer sinalização. Essa obra precisa ser inaugurada antes da liberação do tráfego de veículos sobre a Ponte de Iranduba a fim de evitar caos ainda maior. Quando o fluxo de veículos que for atravessar o rio aumentar exatamente naquele local, se a obra não estiver concluída, acidentes graves (talvez fatais) ocorrerão. Não terá sido falta de aviso! Já escrevi sobre o problema várias vezes. Há promessas de que a Ponte será inaugurada em outubro. Portanto, existe uma data-limite para o término das obras dessa tal rotatória. E não me venham com as velhas desculpas de que a chuva não permite a conclusão das obras porque em Manaus, agora, o que tem mais é sol.

domingo, 28 de agosto de 2011

A violência que atrai multidões

Somente hoje, para poder escrever sobre o assunto, dei-me ao trabalho de pesquisar qual o significado de UFC. Detesto briga de galos! Abomino a “farra do boi”; mas, confesso, que a Fórmula 1 era mais divertida quando aconteciam alguns acidentes e, os jogos de futebol, quando terminavam em brigas e agressões generalizadas, tinham mais público. As lutas do UFC, pelo que narram, parecem juntar em um só lugar todos esses instintos animalescos. A mim me parece paradoxal que defendamos um mundo mais justo, humano e afetuoso e sejamos atraídos por espetáculos de tamanha violência. Será um momento de catarse coletiva? Falo sobre o assunto hoje porque ontem, ao entrar no Twitter, e ao reler as mensagens hoje, fiquei me sentindo um “peixe fora d’água”. Não gosto, nunca vi nenhuma luta, mas me parece que o fenômeno de público da moda são as lutas do UFC a ponto de ser anunciado para Manaus um encontro desses. Não julgo nem condeno nenhum dos espectadores desses espetáculos. Creio, porém, que a sociedade avança para não tolerar mais a imolação de galos, bois e, muito menos, de seres humanos. Delirar quando outro ser está em cima de um “palco” eivando-se em sangue e destruído física e moralmente não me parece justificável. Talvez não seja tão ruim assim nunca ter visto nenhuma luta do Ultimate Fighting Champiship (UFC).

sábado, 27 de agosto de 2011

Os condomínios e a vida em sociedade

Morar em condomínio é enfrentar um processo lento de bestialização e destruição do tecido social. A quem possui algum resquício de sentimento coletivo e do laço social sobra um sentimento generalizado de desilusão. Às vezes penso que precisamos voltar a ser primatas a fim de reaprendermos, se é que um dia soubemos, a viver em comunidade. E viver em comunidade é algo muito mais profundo do que o simples fato de fazer parte de uma sociedade. A vida em comunidade requer respeito aos espaços comuns. Só consegue ser saudável se o pensamento individual for substituído pelo pensamento coletivo. Pelo respeito ao outro e aos próprios limites físicos do espaço do Condomínio, bem como dos apartamentos. Ainda assim, é preciso ter equilíbrio e sensatez na hora de reagir aos abusos dos vizinhos e demais condôminos. O estabelecimento de relações respeitosas e afetivas é fundamental para a convivência em espaços comuns e nos próprios espaços individuais. Em alguns condomínios, porém, os primatas ficariam com a careca vermelha de tanta vergonha dos humanos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A prevenção de tragédidas

Reclama-se exaustivamente, em Manaus, da temperatura quente, que chega até a esturricar a grama e “pelar árvores”. Quando vem a chuva, porém, percebe-se a falta de planejamento dos entes públicos para a prevenção de tragédias. A bem da verdade, parte da população também não toma medidas básicas de higiene capazes de evitar alagamentos, só para ficar nesse caso. Os igarapés, com a ausência de chuva, são “entupidos” por lixo das mais variadas qualidades. É como se a cidade de Manaus vivesse a crônica de um caos anunciado. Todos sabemos que, após um período longo de estiagem, as chuvas são torrenciais e com ventos de altíssima velocidade. Não se tem notícia, porém, de que estudos sejam produzidos nessa área a fim de colaborar com o poder público na prevenção das tragédias. De outro lado, não se vê nem da população nem da Prefeitura, efetivo interesse em ações preventivas. Cria-se um ciclo vicioso de “ajuda humanitária” quando as tragédias provocadas pelas chuvas ocorrem. Sem contar que a cidade enfrenta longas horas praticamente parada em função da queda das árvores e de alguns postes. Isso provoca a suspensão do fornecimento de energia elétrica e um caos passageiro se instala. Planejamento e ações preventivas permanentes podem mudar esse quadro. Quando algo será feito efetivamente nesse sentido?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A dinastia dos Marimbondos de fogo

Desde a morte de Tancredo Neves, anunciada oficialmente no dia 21 de abril de 1985, somos governados, implantou-se no Brasil, na verdade, uma espécie de Dinastia dos Marimbondos de Fogo. Digo isso porque quem assumiu o poder foi o vice-presidente, José Ribamar Sarney de Araújo Costa, natural da Capitania Hereditária do Maranhão, mas que, logo após deixar a Presidência da República, em 1990, transferiu seu domicílio eleitoral para a Capitania Hereditária do Amapá e, desde então, é quem, efetivamente, manda no País. De lá para cá, tivemos um impeachement provocado por um Fiat Elba, a ascensão de um vice (de novo), depois um presidente que mandava esquecermos o que ele escreveu. Em seguida, um que não dizia, mas, nas atitudes, era para esquecermos o que sempre disse nas ruas, pois seu governo dos trabalhadores transformou-se em “governo dos banqueiros”. Por fim, temos o “governo dos escândalos nos ministérios”. O problema é que, por trás de todos esses governos, desde a redemocratização, temos uma espécie de José Bonifácio de Andrada e Silva, a tutorar o poder e todos os presidentes eleitos. Por acaso, o nosso “Príncipe Regente” também se chama José. É o José Ribamar Marimbondos de Fogo Sarney de Araújo Costa, nome bem grande mesmo, para se assimilar à dinastia que governou o Brasil em tempos áureos. Enquanto os professores brasileiros lutam por um reajuste, o Senado Brasileiro consegue, na justiça, autorização para pagar funcionários acima do texto de R$ 26,7 mil. A título de esclarecimento: “Marimbondos de fogo” é o nome do livro de poemas do presidente do Senado da República Brasileira, José Ribamar Sarney de Araújo Costa. Viva a monarquia!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cala a boca Cid Gomes!

O humorista Miguel Falabela tinha um bordão em um conhecido programa de humor: ”cala a boca Magda!”. A frase, com as modificações devidas, bem que poderia ser aplicada para uma tremenda besteira dita pelo atual governador do Ceará, Cid Gomes, em razão da greve dos professores estaduais de lá: "Quem quer dar aula, faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado." Quem foi que disse ao governador Cid Gomes que as escolas particulares pagam melhor que as escolas públicas? E quem disse que o exercício profissional do magistério tem de ser um sacerdócio? Não tenho como expressar a minha indignação em palavras. Esperava, porém, não apenas, a indignação de um professor que é profissional qualificado, mas da sociedade. Não me envergonho de estar em um movimento grevista a lutar por melhores salários. Tenho competência similar a de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e não falo com nenhuma prepotência. Por que não posso ter ganhos similares aos de um ministro? Quero respeito não apenas do governador do Ceará. Exijo respeito de cada um dos cidadãos comigo e com a minha profissão. Esperava indignação coletiva. Se não a tenho, vou parafrasear Falabella: “Cala a boca Cid!”

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Parquinho ao longo da rua

Além de uma fiscalização intensa quando ao trânsito, a prefeitura de Manaus terá de ter muito cuidado com os parquinhos que são explorados ao longo da antiga Estrada da Jonasa, que hoje dá acesso à Ponte Manaus-Iranduba. No caso do trânsito, a preocupação é com a velocidade dos veículos nos dois sentidos, pois, isso colocará em risco a vida de muitas pessoas que circulam pelas imediações. Inclusive, nos finais-de-semana, há uma séria de brinquedos improvisados, como se, ao longo da Avenida, houvesse parquinhos improvisados. Quando a circulação de veículos for liberada é certo que aumentará a intensidade de veículos naquela via. Logo, o perigo de acidentes, também aumenta. Não é necessário que ninguém perca a vida para que o poder público tome uma decisão. Nesses casos, medidas preventivas são fundamentais. Principalmente em se tratando de fiscalizar parques clandestinos. Ainda mais quando são instalados em vias de alta velocidade. Muito mais vidas são postas em risco. A prevenção é essencial para evitar mortes e acidentes.

domingo, 21 de agosto de 2011

A seca que afeta o verde

Tenho passado por várias áreas do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim) e visto que a grama ali plantada está totalmente destruída pelo calor. Cada pé de grama está tão ressecado que se confunde com o próprio barro. Todas as vezes que passo por um desses locais me vem a pergunta: será que não imaginaram nenhum tipo de programa de manutenção para a áreas do Prosamim? Quem cada um dos igarapés nos quais as obras foram feitas ficaram com um aspecto mais limpo, “mais civilizado”, ninguém pode negar. No entanto, há uma falha clamorosa, que já se reflete no número de pessoas que visitam esses parques: a falta de arborização. Como alguém, no calor desse verão amazônico acachapante, teria a coragem de enfrentar uma caminhada sem a sobra das árvores? Essas mesmas árvores ajudariam a compor o ambiente capaz de assegurar a vida da grama. Sem a água da chuva, essas plantas, no caso, agora, apenas a grama, precisam ser regadas. Sem isso, é a morte. A paisagem é desoladora!

sábado, 20 de agosto de 2011

O rio não comanda a vida

É estranho que, em Manaus, o rio não comande a vida, parafraseando o título de um dos livros de Leandro Tocantins, que, aliás, é paraense. E, sem querer provocar nenhum tipo de acirramento do bairrismo existente entre os paraenses e amazonenses, ao conhecer Belém, deparei com uma relação bem-mais resolvida deles com o rio. Talvez o amazonense ame o rio na mesma proporção que o paraense, no entanto, esse último, ao que parece, encontrou formas mais eficazes de demonstrar esse amor. Lá, o rio faz parte da vida, do dia-a-dia das pessoas. Aqui, um ponto de interação entre o rio e as pessoas é a travessia, de balsa, do São Raimundo ao Cacau-pirera. Em breve (e olhe que esse em breve está demorado demais), esse cordão umbilical do homem manauense com o rio será cortado quando a ponte começar a funcionar. Particularmente, admiro muito a forma apaixonada como o paraense se relaciona com o rio. O amazonense tem motivos de sobra para amar o rio. Mas, parece não ter muita boa relação com ele. Uma pena!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Manobras pra lá de arriscadas

O trânsito de Manaus transformou-se em uma “terra-de-ninguém” não apenas em função dos caos provocado pelos Complexos viários. Há uma profusão de motoqueiros nas ruas e a realizar manobras arriscadíssimas que, inclusive, botam em jogo não apenas a vida deles, mas, a de todos nós que conduzimos veículos. Ontem à noite, um deles me pregou um susto. Voltava da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por volta das 19h30, a uma velocidade de cruzeiro de 80km. Reduzi, pois estava à Avenida Ephigenio Sales, e me aproximava do redutor eletrônico de velocidade. A movimentação de veículos não era tão intensa naquele horário. Logo após passar pelo redutor, surge, do nada, uma motocicleta na frente do meu carro. Reduzi ainda mais a velocidade e olhei para o lado na tentativa de entender o que ocorrera. O motoqueiro tinha feito um retorno irregular, por sobre o canteiro central da Avenida, e, praticamente, voado com a motocicleta para cima do meu carro. Não estivesse em baixa velocidade a tento, talvez um grave acidente ocorresse. Além da fiscalização rigorosa, é preciso uma campanha de conscientização desse exército de motoqueiros que circula pela cidade. Acidentes acontecem sim, mas, muitos deles podem ser evitados.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Moradores ilhados

Ontem cometi o absurdo de tentar sair de casa às 17h30, para um compromisso às 19h. Provei do mesmo veneno que é estar, ou tentar, entrar na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) às 7h da manhã ou às 19h. Ou você sai (ou entra) uma hora mais cedo ou precisará exercer “paciência de Jó” durante horas dentro do veículo. Pois sair do bairro de Nossa Senhora das Graças às 17h30, em qualquer sentido, é passar pelo mesmo “jogo de paciência”. Todos os engarrafamentos-monstro, tanto dos entornos da Ufam, quanto do bairro Nossa Senhora das Graças (e dos demais localizados próximos) são provocados pelas duas obras que “fariam Manaus andar melhor”. Á época, e para ser muito justo não foi no Governo Amazonino Mendes, eu já dizia que nunca vira uma propaganda tão honesta: “os motoristas não tinha mesmo como correr, nem pra onde, com as obras dos dois viadutos”. Pelo andar das obras, e como estavam “desenhados” os dois ditos Complexos Viários, não se precisava ser nem engenheiro para saber no que ia dar. Deu no que deu. Quem mora próximo a esses dois monstros ou sai mais cedo ou fica ilhado por horas. Parabéns Prefeitura!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PR fora da base aliada

Não tenho intenção nenhuma em defender o ex-ministro dos Transportes e senador pelo Amazonas, Alfredo Nascimento (PR), mas, a saída dele e, consequentemente, do PR da dita “base aliada” foi muito tarde. E por motivos menos nobres do que poderiam sê-los. Após oito anos de fidelidade canina ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ponto de se afastar completamente da base de eleitores no Amazonas, Nascimento foi completamente abandonado pelo “poder central” nas eleições para governador do Estado. Aquele sim era um motivo nobre, e um momento mais ainda, para se afastar de vez da base aliada, romper com o grupo do qual fazia parte (no Amazonas) e tentar se apresentar para a sociedade como uma alternativa de poder. Não o fez, foi moído pela máquina de destruir reputações e sai da base aliada, talvez, na pior hora. Sair agora deixa no ar o cheiro de chantagem política. A emenda pode ficar pior que o soneto aos olhos da sociedade. Se ainda tem alguma pretensão política no Amazonas, Nascimento precisa revê posturas e conceitos. Sair da “base aliada” agora mais parece pênalti batido pelo André Santos em dia de decisão contra o Paraguai.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pareto e a economia política de tudo

Os economistas às vezes têm umas sacadas que dão gosto estudá-las. Vilfredo Pareto é um deles. O italiano observou que 80% da economia da Itália provinha de, no máximo, 20% da população. A partir disso, elaborou um princípio usado em economia, política, produtividade e quaisquer das áreas que a mente humana conseguir aplicar. A ideia é simples: em qualquer fenômeno da vida, 80% das conseqüências são resultados de apenas 20% das causas. É a conhecida regra dos 80/20. E por refletir sobre ela, hoje me lembrei das aulas de marketing do mestrado que fiz na Universidade de São Paulo, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). Uma das boas discussões teóricas que nos moviam era: marketing é ou não ciência? A partir do princípio de Pareto, e com base em inúmeras pesquisas mundo agora, descobrirmos que de cada 10 produtos lançados, ainda que fossem feitas todas as pesquisas de mercado, 8 fracassavam e somente 2 permaneciam. Os números, friamente, revelam que a tendência aponta para o marketing como um mero conjunto de técnicas e métodos capazes, no máximo, de reduzir as incertezas. Fiquei a refletir: se, de cada 10 estudantes que saem dos cursos de Direito, 8 são reprovados e somente dois aprovados; o processo de formação, na área, não seguiria o princípio de Pareto? Ao que tudo indica, o princípio econômico de Pareto pode ser aplicado a todos os fenômenos da vida. Portanto, se para cada 10 tentativas de fazer algo você fracassar 8 vezes e conseguir 2 êxitos; não se deprecie. É só uma prova de que Preto estava correto!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Uma geração sem máscaras

Ontem à noite, ao voltar da igreja com meus filhos (fomos à missa para refletir sobre o Dias dos Pais juntos) vi a prorrogação e os pênaltis do jogo Brasil X Espanha, pelas quartas-de-final do Campeonato Mundial Sub-20, ou seja, para aqueles jogadores cuja idade está abaixo dos 20 anos. Desta Seleção Brasileira ainda poderiam participar Neymar, do Santos, e Lucas, do São Paulo. Sem eles, que tem brilhado é Phelippe Coutinho, da Inter de Milão, com seus pouco mais de 18 anos, mas que ontem, foi tão mal a ponto de ser substituído. Chegamos aos pênaltis depois de termos feito 1 x 0 na prorrogação e, um minuto depois, sofrido o empate. É evidente que o fantasma dos quatro pênaltis perdidos contra o Paraguai, na Copa América, pelos jogadores da Seleção Brasileira principal, deve ter assombrado a todos os brasileiros que se perfilaram diante da televisão ontem. O goleiro Gabriel, que pegou dois pênaltis, e o atacante do Cruzeiro Dudu, que saiu do banco de reservas, fez o segundo gol brasileiro e bateu o último pênalti, que deu a vitória ao Brasil, foram os destaques. O futebol brasileiro se renova a cada dia. Tem um craque em cada esquina. O que não se pode admitir do time principal é o que, na linguagem do futebol, é chamado de “máscara”. Elano, Tiago Silva, André Santos e Fred, todos, perderam os pênaltis na partida contra o Paraguai, pela Copa América. Um deles, em especial, André Santos, deu exemplo de como essa “máscara” se manifesta: antes de partir para a cobrança, abaixou-se arrumou o meião, encheu-se de “marra” e botou a bola na lua. Por outro lado, os meninos do Brasil ontem deram uma lição de frieza, firmeza, responsabilidade e determinação. Neymar e Ganso olhem para o ontem e aprendam a lição. Antes que tenhamos de chorar mais uma derrota humilhante dentro de casa, em 2014.

domingo, 14 de agosto de 2011

Homenagens aos pais em vida

Ao passar pelo Cemitério São João Batista, hoje, na ida para a feira da Manaus Moderna, vi um número grande de vendedores de velas e flores nas entradas. Pensei comigo: “será o enterro de alguém famoso? O Dia dos Mortos não é só em novembro?” Ao volante, cruzava a Avenida Ayrão, quando me lembrei: “deve ser pelo Dia dos Pais”. Ato contínuo surge na mente o refrão “... por isso é que eu penso assim, se alguém quiser fazer por mim, que faça agora”. A simplicidade de Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito em “Quando eu me chamar saudade” se completa com os versos “Me dê as flores em vida/O carinho, a mão amiga,/Para aliviar meus ais./Depois que eu me chamar saudade/Não preciso de vaidade/Quero preces e nada mais.” Nada mais sofisticado e profundo que, em versos, tecer um poema sobre essa prática social discutível de se homenagear e reconhecer as qualidades das pessoas só após a morte. Aos amigos e aos inimigos deixo essa música como um alerta: se quiserem fazer algo por mim, façam-no agora. Depois de morto, ainda nem decidi se quero ser enterrado ou cremado. Ou, quem sabe, desaparecer no fundo do mar como o fez Ulysses Guimarães. Tenho amor incondicional pelos meus dois filhos. Que o meu filho, se decidir ser pai, saiba sê-lo melhor do que eu. Em vida! Essa é a minha homenagem a todos os pais.



sábado, 13 de agosto de 2011

Democracia brasileira executada a tiros

A democracia brasileira sofreu um dos maiores atentados, literalmente à bala, quando a juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (Rio de Janeiro), Patrícia Acioli, foi executada com 21 tiros, ao se aproximar da entrada do Condomínio onde morava, em Niterói. Ela era considerava uma juíza “linha-dura” e enfrentava as milícias, os bicheiros e as quadrilhas de transportes clandestinos que atuavam na conhecidíssima “Baixada Fluminense”. Só pelo trio de quadrilheiros que enfrentava, é evidente que estava “marcada para morrer”. Revoltante, porém, é uma mulher dessas morrer dessa forma apenas por exercer dignamente a profissão e o deputado estadual do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP) ir para o Twitter e escrever tamanho absurdo: ”Que Deus tenha essa juíza, mas a forma absurda e gratuita com que ela humilhava policiais nas sessões contribuiu para ter muitos inimigos”. Quer dizer que a juíza deveria mesmo era ser medíocre, aceitar as pressões dos milicianos, bicheiros e quadrilheiros para não ter inimigos? Então, os policiais federais brasileiros deveriam chegar de limusines, com flores, e convidar os larápios do Ministério do Turismo a acompanhá-los em um regabofe no Carpe diem, em Brasília, para não constrangê-los? Sou favorável aos direitos de todos os humanos, sem exceções. No entanto, quando os valores são desvirtuados a ponto de atingirem o trabalho digno das pessoas, sinto revolta. Quem deveria ir para o “quinto dos infernos” era a hipocrisia de alguns políticos demagogos que, certamente, são beneficiados e apoiados pelas milícias, pelos bicheiros e pelos quadrilheiros dos transportes clandestinos. O velho lobo comunista português, escritor José Saramago, na vivacidade do pensamento contestador, exercia muito bem o seu papel de intelectual ao dizer que “a democracia que vivemos é seqüestrada, condicionada...” Pois eu vos digo: a democracia brasileira, além das “qualidades” ressaltadas por Saramago, foi executada com 21 tiros. E nós? Será que vamos ter coragem de ir, pelo menos, à missa de sétimo dia? Ou vamos ficar calados, parados, esperando outros féretros de pessoas dignas e honestas passarem na nossa frente? Ficaremos gélidos, impassíveis, diante desse estupro coletivo?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A justa greve da Polícia Federal

A ameaça de greve feita pela Polícia Federal (PF) após a operação que prendeu 36 pessoas do Ministério do Turismo é, mais di que justa. Aliás, não apenas a ameaça, mas, caso a PF realmente pare as atividades em protesto, o povo brasileiro deveria ficar inteiramente ao lado dos policias. Não se pode conceber que o constrangimento do uso das algemas seja maior do que o provocado nos cofres públicos. Ainda não se tem o valor total, mas, até agora, chegaram ao montante de R$ 7 milhões apenas em um convênio. É de causar espanto que o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, ao invés de louvar o trabalho dos agentes federais, tenha, publicamente, questionado a “Operação Voucher” dizendo que “houve exageros”. Essas declarações do Ministro motivaram os delegados e peritos da Polícia Federal a reagirem. Eles disseram que as críticas repercutiram negativamente na carreira deles e querem o fim dos cortes orçamentários e da terceirização, bem como, exigem a abertura de concurso público de carreira. É lastimável que ações para prender corruptos sejam contestadas. Que os delegados e peritos não fiquem apenas na ameaça. Que reajam aprofundando ainda mais as investigações contra toda a espécie de corrupto. A sociedade ganha sempre com esse exemplo de honestidade e espírito público.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Anestesia do povo brasileiro

Dizem que a religião é o ópio do povo. No Brasil, há droga bem mais perigosa, o futebol, principalmente o que a Seleção Brasileira tem jogado nos últimos tempos. Depois que alguns políticos usaram até o Santo nome de Deus em vão para convencer o povo de que a vinda da Copa para o Brasil, em especial para o Amazonas, era uma “obra de Deus”, o povo parece ter tomado uma anestesia poderosíssima. Por muito menos, foi às ruas para derrubar o presidente Fernando Collor de Mello. Hoje, todos os dias, surge uma nova denúncia de corrupção nos Ministérios, na ante-sala da presidente Dilma Rousseff (PT) e ninguém faz nada! A estratégia de defesa é sempre a mesma: o próprio ministro, depois que a casa está quase toda no chão, pede uma investigação a ser feita pela Controladoria Geral da União (CGU). Ora, se a CGU controlasse mesmo alguma coisa, um novo escândalo não estouraria a cada dia. Depois desse “milagre” operado por Deus (o de trazer a Copa do Mundo de 2014 para o Brasil e para o Amazonas), qualquer tipo de corrupção está liberado? Permitir que os cofres públicos sejam saqueados em prol da Copa no país é de uma covardia sem limites. Precisamos reagir. Caso contrário, o Fiat Elba que provocou a queda de Collor Mello será brinquedinho de criança nas mãos dos Ministros do Governo Dilma.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O Programa de Aperfeiçoamento da Corrupção

As siglas são as mesmas, mas alguns ministérios (ou todos eles juntos, não sei precisar), transformaram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em crescimento sim, mas do Crime Organizado e da Corrupção. Não seria nenhuma injustiça se o PAC passasse a significar Programa de Aceleração do Crime ou Programa de Aprimoramento da Corrupção. A prisão de 35 membros do Ministério do Turismo, somada às denúncias dos ministérios dos Transportes e da Agricultura, fragilizam o Governo Dilma. Além disso, deixam no ar uma nuvem de suspeita sobre o Governo Lula, uma vez que essas equipes denunciadas (e investigadas, inclusive, pela Polícia Federal) foram deixadas por um governo do próprio Partido dos Trabalhadores (PT), ou seja, do próprio Lula. Das obras do PAC original pouco se ouve falar, das versões gestadas dentro do Governo para o PAC, porém, todos os dias aparecem novas notícias. Ou a presidente Dilma Roussef acorda ou será engolida por uma das versões do Programa que ela ajudou a criar.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Oração do internauta

Creio na Internet livre e soberana, no Ciberespaço, no céu e na terra. Ainda que essa liberdade tenha sido concebida pelo poder do Exército norteamericano. Não nasceu de nenhuma virgem, muito menos de Maria. Mas, querem matá-la, crucificá-la e sepultá-la (a liberdade), principalmente no Congresso brasileiro. Sempre ressuscita, muito além do terceiro dia, o desejo de censura, em nome da ignomínia. Estão sentados à direita da Deusa Dilma toda-poderosa e querem julgar a nós vivos, mas se fazem de mortos. Querem redimir os vossos pecados com a censura eterna. Livrai-nos de todos os males, principalmente da ditadura digital, ó Deus da liberdade, e não dê sossego aos políticos corruptos e usurpadores do dinheiro público. Amém!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Esclarecimento aos motoristas e pedestres

Seria muito interessante que a Prefeitura de Manaus fizesse uma campanha de esclarecimento aos condutores de veículos e aos pedestres da cidade quanto às prioridades em se tratando de locais onde há semáforo e faixa vermelha embaixo desse. Por considerar que a vida humana está acima de quaisquer outros valores (e jamais cometeria o disparate de atropelar alguém voluntariamente) não avanço, em nenhuma situação na qual o pedestre passa. Dia desses, porém, observei uma cena que extremo abuso por parte de um pedestre. O semáforo estava verde para o motorista a minha frente, que vinha, digamos, em velocidade de cruzeiro. O pedestre atravessou e teve de correr para não ser pego pelo veículo. Gesticulou, disse alguns impropérios e apontou par a faixa vermelha na pista. Naquela situação, ao que me parece, o condutor do veículo estava correto. Frear bruscamente talvez provocasse um acidente em série ainda que o valor da vida seja superior a qualquer dos demais valores. No acidente, porém, mais vidas seriam postas em risco. Tal situação não ocorreria se dois tipos de sinalização não existissem no mesmo local.

domingo, 7 de agosto de 2011

A falta de manutenção dos ônibus

Hoje tive uma conversa esclarecedora com alguém que nunca tinha visto antes na vida. Por uma dessas obras do acaso, a vida me colocou frente a frente com dois motoristas de ônibus de Manaus. Não falei quase nada. Ouvi muitas histórias e estórias desde a época das empresas Progresso, Cidade de Manaus, Soltur dentre outras. Um já não trabalha mais em nenhuma delas: aposentou-se. O outro, ainda está na ativa, mas, por questões de segurança, não revelarei qual a empresa. Muitas risadas, algumas estórias interessantes e uma preocupação: a manutenção preventiva da frota de ônibus de Manaus. Os dois revelaram que não há manutenção com os cuidados que deveriam existir e que, na maioria dos casos de acidentes com ônibus desgovernados é porque os motoristas conscientes recolhem os veículos sem-freios para a garagem e, imediatamente, os carros são liberados para outros motoristas sem que os reparos sejam feitos. A impressão que ficou é que os veículos circulam, na grande maioria, irregularmente e à revelia dos bons profissionais do volante. A quem cabe verificar esse tipo de problema? Vidas são postas em risco diariamente. O poder público precisa tomar providências e fiscalizar severamente não apenas o cumprimento dos horários, mas, a manutenção da frota.

sábado, 6 de agosto de 2011

A privatização das feiras de Manaus

Hoje, no início do dia, estive na Feira da Manaus Moderna. Alguns dos feirantes amigos estão atônitos diante da perspectiva de privatização do setor. Efetivamente ainda não sei quais são os planos da Prefeitura de Manaus para a Feira da Manaus Moderna. Nem sei como avaliar corretamente o problema. No entanto, vejo como uma tremenda injustiça forçar os feirantes reformarem as instalações e depois entregarem-no à iniciativa privada. Espero, na pior das hipóteses, que haja ressarcimento dos investimentos em melhorias feitas até então. A ter de comparar os modelos de feiras públicas e particulares, não tenho muito a elogiar em nenhum dos dois casos. A primeira feira particular que conheci, em 1979, quando cheguei em Manaus, foi a “Feira do Arteiro”, localizada à avenida Joaquim Nabuco. Não era nenhum exemplo de limpeza e dignidade. Inquilinos trabalhavam em condições mínimas. Por outro lado, o poder público nunca fiscalizou corretamente as feiras da cidade. Em princípio não vejo com bons olhos. Principalmente por se levar em conta as privatizações até agora ocorridas no Amazonas: em todas elas a sociedade perdeu. No caso das feiras, pode ser mais uma derrota.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Inferno no trânsito de Manaus

Quem se acostumou a reclamar das altas temperaturas em Manaus nos últimos dias não sabe o que é viver no inferno. O condutor de veículos que teve de passar pelo bairro de Parque 10 de Novembro hoje pela manhã, esse sim, principalmente se não possuísse ar-condicionado no carro, teve um pouco de experiência do que é circular por um pedacinho desse lugar-abstrato criado pela religião para que todo o ser humano impuro expie seus pecados para o todo e sempre. O rompimento de uma adutora, causado por imprudência ou imperícia de alguns operários da empresa telefônica Oi, à Avenida Grande Otelo, já próximo à Avenida Mário Ypiranga Monteiro, provocou engarrafamento-monstro pela manhã. O que ocorreu hoje é apenas uma amostra do caos que todos seremos obrigados a enfrentar caso o poder público não tome medidas urgentes para solucionar o problema do trânsito em Manaus. E isso não passa apenas por construir viadutos (para fluir o trânsito) e depois aplicar lombadas eletrônicas (para conter o trânsito). É preciso planejamento minucioso para ordenar o crescimento da cidade, bem como a construção de novas vias. Sem isso, um tridente cuspindo fogo será jogado sobre nós.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Assaltos com hora marcada

Pode parecer piada-pronta, por isso cômica. Em primeiro lugar por se tratar justamente do Bairro Alfredo Nascimento I. Lá, de acordo com alguns moradores, durante a madrugada, à rua Macucauas e beco Amazonas, bandidos atuam com hora marcada: entre às 5h e 5h30. Eles atacam principalmente mulheres e estudantes (preferencialmente também mulheres) quando essas se dirigem à parada de ônibus. Dia desses, a esposa de um morador (cuja identidade prefiro manter em sigilo), acompanhada de sua filha, foram assaltadas exatamente no intervalo de horas já conhecido por quem mora no bairro. O que mais impressionou no episódio foi a reação da Polícia. O marido das assaltadas ligou para o telefone 190 e obteve o seguinte questionamento: “o senhor não sabe o endereço do assaltante para que possamos encaminhar uma viatura?”. Quando ele me falou isso, soltei uma gargalhada: “Não acredito! Perguntaram isso mesmo? Não terias ouvido errado. Eles devem ter perguntado o endereço onde ocorreu o assalto!” Era exatamente o que o morador tinha falado. Ao que tudo indica, além da hora marcada, é preciso ter o endereço (do assaltante). Caso não, nada feito!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Operação abafa CPI

Bastou o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) endurecer um pouco o discurso (e olha que ele nem foi lá tão duro assim) para o Governo Federal montar uma Operação abafa” sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério dos Transportes. Fico a me perguntar: o que será que esse governo teme tanto que se descubra? Será que as acusações que pairam sobre Alfredo Nascimento não seriam obra coletiva? Tão criticadas à época do governo tucano, essas operações para abafar CPIs se transformaram em prática corrente nos governos do PT, inclusive, sob a égide de especialistas em “operação abafa’ daquela época: a turma do PMDB. Talvez eu seja muito duro com o Partido dos Trabalhadores e não compreenda que esse tipo de prática faz parte do “jogo normal” da política: criticar sempre que se está fora mas agir da mesma forma quando lá se chega. Ficar no ar a impressão de que existe muito mais coisa entre o Ministério dos Transportes e o Palácio do Planalto do que uma mera CPI possa explicar. Daí a necessidade de barrá-la. Será?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A fragilidade da Internet em Manaus

Fosse contada em Portugal, viraria piada de brasileiro. Por mais inacreditável que possa parecer, um acidente de carro no município do Carreiro Castanho, a 88km de Manaus, foi o responsável pela pane na rede da Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), que, pasmem, leitores e leitoras; não é brasileira coisa nenhuma. É de um mexicano: Carlos Slim. O acidente derrubara um poste lá no município e rompera os cabos de fibra ótica da Embratel que, para quem não sabe, Carlos Slim, vai fundir com a Claro (será que vira Clarotel ou EmbraClaro). Entre fusões e confusões, quem termina meio fundido (com o perdão do trocadilho) é o usuário do Amazonas, especialmente de Manaus, que depende de serviços de péssima qualidade, prestados tanto pela Embratel quando pela Oi, as únicas a possuírem fibra ótica interligando o mundo ao Estado: a Embratel via Porto Velho e a Oi via Venezuela. Trata-se de um oligopólio operando no Estado, o que deixa os consumidores a mercê de situações risíveis como as de ontem. Só quero ver se será montada alguma estrutura de emergência para a Copa do Mundo de 2014 na cidade!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Esperteza dos conglomerados telefônicos

Sou proprietário de um plano denominado “Oi conta total”. Uma das principais vantagens do plano é você, em viagem nas regiões na qual a Oi presta serviços, o usuário não paga nem deslocamento, nem adicional de roaming. Em resumo, dentro da franquia contratada, qualquer ligação, feita de qualquer dos lugares servidos pela Oi, teria o preço de uma ligação local. Era preciso, porém, que as ligações fossem feitas utilizando o DDD 31, da Oi. Até o início deste ano as coisas funcionavam bem, em cidades como Brasília e Rio Branco, no Acre. Nesses dois locais, os celulares registram “Oi DF” e “Oi AC”. No entanto, não se pode mais usar o código 31, descontinuados pela empresas nessas regiões antes servidas pela Brasil Telecom. Com isso, o que acontece: um prejuízo enorme para quem aderiu ao plano “Oi Conta Total” pois a comodidade e as vantagens do serviço esvaíram-se como folhas ao vento. Sabe-se que a Oi comprou a Amazônia Celular e a Brasil Telecom. No caso da primeira, foi incorporada pela Oi no Amazonas e em Roraima, por exemplo. Com a Brasil Telecom, no entanto, é como se os serviços fossem prestados por outra empresa. Assim sendo, os usuários que contrataram o plano antes oferecido como vantajoso, ao viajarem para essas cidades, ficam em Roaming e paga todas as tarifas adicionais para a mesma empresa-mãe. Com a palavra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma vez que, novamente, os consumidores são os mais prejudicados. Eu, por exemplo, sinto-me ludibriado pela Oi.