quinta-feira, 31 de março de 2011

Caos anunciado

A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que uma das obras para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos será a demolição da Avenida Perimetral para a Construção de um novo Porto, mais moderno, com lojas, uma espécie de Shopping Center. Quem mora em Manaus já sabe no que isso vai dar: certamente um Porto Privatizado do Rio de Janeiro. Esse, porém, não é o único problema. O maior deles será o caos que vai provocar no trânsito da cidade. Eliminar uma Avenida e acreditar que apenas aumentar mais duas faixas na via de escoamento que existe atualmente suprirá a necessidade de circulação de veículos só pode ser ingenuidade. Os defensores da obra dizem que o trânsito da área será desviado. Ao que tudo indica, o tal desvio também não solucionará o problema. Não se precisa ser engenheiro de tráfego para perceber que já se começa a escrever a crônica de um “caos anunciado”. Ainda há tempo de se pensar em uma solução para factível. Para o bem dos moradores do próprio Rio de Janeiro.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Morte anunciada

O colunista Ricardo Noblat, no Twitter, ontem, chamava a atenção: o jornal O Estado de Minas teria divulgado, às 12h53min, a morte do ex-vice-presidente da República, José Alencar, de 79 anos. Ele estava hospitalizado no Sírio-Libanês, em São Paulo. O sofrimento de José Alencar é acompanhado pelos brasileiros há 13 anos e agravava-se nos últimos dias. Era uma espécie de “crônica de uma morte anunciada”. Trágico, e nada cômico, é um jornal divulgar o horário da morte do ex-presidente de forma antecipada. Em uma hora de dor para a família, não se pode brincar de fazer notícia dessa forma. É preciso respeito ao ser humano e ao exemplo de luta que foi a marca de José Alencar. Não é mais possível praticar jornalismo com tanta irresponsabilidade. A propósito, o hospital Sírio-Libanês divulgou que o coração do ex-presidente parou de bater às 14h45. Descanse em paz, José Alencar! Com o nosso respeito!


terça-feira, 29 de março de 2011

Projetos para o Estado

Em redes sociais e em discussões nas rodas mais próximas do poder, para tentar desqualificar os críticos e os adversários, puxa-sacos oficiais, cobram de nós, os críticos, “projetos para o Estado”. Ora, ora, ora! Tenham a santa paciência. Não cabe a mim, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), jornalista profissional, avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) e Pesquisador do CNPq, apresentar projetos para o Estado. Cabe ao governador Omar Aziz e a sua equipe, sujeitos a todos as críticas que forem necessárias; apresentar tais projetos. E, ainda que tenha sido eleito com mais de 66% dos votos, ninguém neste Estado é obrigado a aceitar projetos do Executivo como prontos e acabados. A Assembleia Legislativa do Estado (ALE), ajoelhada, não cumpre o seu papel de representar a sociedade. Mais parece um braço do Governo Estadual. A grande maioria dos deputados age como um exército em defesa do governador. Foi assim na era Braga e, parece ser muito pior na era Aziz. Não tenho mandato, e como cidadão, tenho o direito de cobrar que cada centavo do imposto que pago seja empregado de forma competente. Como cidadão, tenho o direito de criticar sempre que me sentir lesado. Projetos para o Estado devem ser apresentados pelos deputados e pelo governador. Para isso foram eleitos. Trabalhem! E controlem os vossos puxa-sacos e porta-vozes. Quem não sabe conviver com as críticas que não se meta a ser homem (ou mulher) público (ou pública).

segunda-feira, 28 de março de 2011

Dono do mundo

Há pessoas que, definitivamente, deveriam ter o paraíso como morada, pois, não foram educados para a vida em sociedade. Hoje, no estacionamento da Cia Athletica do Stúdio Cinco, uma cena de desrespeito aos direitos coletivos irritou-me, pois fui testemunha de um abuso pela terceira vez. Não cometido pelo mesmo motorista, que aliás, talvez, seja uma “dona do mundo” e não um dono como titulei este Post. A foto abaixo ilustra tudo e não deixa dúvidas de que, se não foi feito de propósito, é mesmo para ofender e demonstrar algum tipo de poder. Há um freqüentador noturno da mesma academia que estaciona o veículo na porta, dificultado a entrada dos pedestres, ainda mais em dias de chuva. A empresa deveria tomar providências, pois, se há quem tenha o privilégio de estacionar fechando a porta principal da Cia, qualquer pode fazê-lo. Ou não? Curiosamente, ao sair da Athletica, liguei o som do carro em uma rádio de Manaus na qual o ex-prefeito, Manuel Ribeiro, dizia que “Manaus é terra-de-ninguém”. Poucas vezes um hoje técnico e ex-político falou uma verdade tão cristalina. Imediatamente lembrei-me da cena anterior no estacionamento da Cia Athletica.



domingo, 27 de março de 2011

A arte da política

Talvez o que chamam de “arte da polícia”, e que Gilberto Gil denominou de hipocrisia, seja a “arte do bem-viver”. Fico a imaginar como seria a vida se todos falássemos sempre o que pensamos, sempre disséssemos a verdade? O tecido social seria esfacelado. A regra da convivência social, ao que tudo indica, é a “meia-verdade”. A antiga máxima, que dura até hoje, de que “à mulher de César não basta ser honesta, mas, parecer honesta” é o pilar da política. Nessa arte (a da política) o verbo “parecer” vale mais que o verbo “ser”. Talvez por isso, tenha usado como título “a arte da política”. A arte no sentido de “parecer ser” e não de ser. Viver é parecer-ser. É representar papéis sempre, logo, é arte sim. A política também. Afinal, ser político é representar o papel de homem público, muita das vezes, sem o sê-lo. “Aparências, nada mais, sustentaram nossas vidas...” canta Márcio Greyck com sapiência. Que todos saibamos representar bem nossos papéis na vida e não deixemos ninguém invadir nossa coxia.



 


sábado, 26 de março de 2011

Grupo de execução

Dia desses, durante esta semana, ouvia, numa rádio de Manaus, mais uma notícia sobre o jovem de 14 anos que tinha sido quase executado por um grupo de cinco policiais, em agosto do ano passado, no Mutirão, na Cidade Nova. Após a manchete da apresentadora, o “âncora” chamou para a matéria principal e disse que havia novidades sobre o assunto, pois o jovem era acusado de, aos 14 anos, já ter até cometido homicídio. “E isso muda um pouco a situação”. Fosse o mais frio dos assassinos, ainda que não fosse menor, a Polícia Militar não tem licença para executar ninguém. Logo, não muda em nada, meu caro radialista, a situação ou a história. O certo é que os agiram não como policiais em missão, mas, sim, como um grupo de execução. E os grupos de execução não existem na estrutura da segurança pública brasileira. Portanto, adolescente ou não; criminoso ou não; nada muda nem justifica a barbaridade cometida pelos policiais amazonenses.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Ficha limpa, consciência também

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não considerar a punições previstas na Lei da Ficha Limpa ainda para este ano é exemplar e alentadora. Os que a criticam não possuem a menor noção de Direito Constitucional e acham que um juiz deve agir de acordo com “o clamor” das ruas. É extremamente perigoso quando, ao invés de se limitar às provas técnicas, um magistrado passa a tomar decisões de acordo com os ditos “apelos populares”. É como em um jogo de futebol: árbitro que joga “para a torcida” tende a marcar pênalti a favor do time da casa quando o atacante se joga dentro da área, ainda que o lance não esteja tão claramente definido. Assim são os magistrados: Ou interpretam a lei com base nos preceitos constitucionais ou decidem com base “no apelo” que vem das ruas. Ao não deixar dúvidas de que “uma lei não pode retroagir” para prejudicar ninguém, ainda que seja um deputado acusado de corrupção e desvio de verbas públicas, o STF mandou um recad: a Constituição será respeitada. Costumo lembrar que o mais equivocado julgamento da história da humanidade só aconteceu porque Poncio Pilatos, ao invés de julgar de acordo com suas convicções, resolveu atender aos apelos da massa. Que o STF não se deixe contaminar pelo clima de emoção que vem das ruas. Para o bem da Constituição e das tomadas de decisões sempre mais justas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Medo coletivo

Cada vez que aparece alguma notícia envolvendo a Polícia do Amazonas, um clima de medo coletivo se espalha. As cenas mostradas Brasil afora, de militares despreparados cometendo um ato de barbárie contra uma adolescente de 14 anos, apenas indicam o tamanho do desafio que o novo secretário de Segurança Pública do Estado, Zulmar Pimentel tem pela frente. Confesso, desde o episódio da agressão por mim sofrida, no dia 11 de maio de 2009, não tenho mais tranqüilidade para dirigir em Manaus. Entro em pânico todas as vezes que vejo uma motocicleta preta no retrovisor do meu carro. Reduzo imediatamente e velocidade e deixo as motocicletas ultrapassarem. É uma sensação de insegurança que se agrava cada vez que surge uma nova notícia de violência policial, como agora. E, creio, é a mesma sensação coletiva. Desejo êxito ao novo secretário. E sorte, pois, pela polícia que o Amazonas tem, só trabalho não funciona.


quarta-feira, 23 de março de 2011

O câncer de útero e as mulheres

Merece aplausos a presidente Dilma Rousseff (PT) por escolher Manaus para lançar a campanha nacional de combate ao Câncer de Útero. Não creio que resolva muito trazer um séquito de artistas, dentre elas Hebe Camargo, que até selinho aplicou no governador. Porém, esse é um problema grave que precisa ser enfrentado com políticas públicas arrojadas. O primeiro passo foi dado. Mas é preciso que haja fiscalização e cobrança por parte da sociedade civil organizada e dos meios de comunicação de massa (que, no Amazonas, quase não cobram nada) para que as promessas sejam cumpridas. Em lançamento de campanha, ainda mais com a presença de artistas, tudo se promete e pouco se cumpre. Tudo o que for feito efetivamente para proteção à mulher merece loas. Mas, não podemos esquecer que as promessas das autoridades públicas precisam ser cobradas sempre porque todos os eleitos devem explicações à sociedade e não podem nem devem se irritar com as críticas. Ao contrário, agradecê-las sempre é uma forma de melhorar o desempenho. Foram eleitos para administrar bem e serem cobrados sempre: esse é o ofício do ser público.


terça-feira, 22 de março de 2011

Reforma das práticas dos políticos

Não adianta essa lenga-lenga do Congresso Nacional em torno do que estão denominando Reforma Política se não forem mudadas as práticas da maioria dos políticos. Locupletar-se com o dinheiro público é uma delas. De que adianta uma reforma política se os políticos e seus prepostos, por exemplo, aceitarem licitações viciadas como foram as dos radares eletrônicos em todas as cidades brasileiras, com exceção de Manaus? Enquanto a corrupção e a troca de favores forem a regra básica, não adianta reforma política. Ainda mais nas bases propostas pelo Congresso. Essa história de votar em listas elaboradas pelos próprios partidos, em um ambiente de corrupção com o que domina a política brasileira, vai se transformar e joguinhos familiares. Mesmo sem a reforma política já tem mulher que ocupa a vaga de suplente do marido sem nenhum tipo de constrangimento, com as listas, devem constar todos os membros da família mais cachorro, gato, papagaio. Sem uma mudança profunda no caráter dos que fazem política hoje no País, a reforma será apenas mais um modo de legitimar práticas atuais condenáveis em todos os sentidos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Arborização da Avenida das Torres

O anúncio da arborização da Avenida das Torres deve ser motivo de registro: o preço, não. Próximo da casa dos R$ 1,5 milhão nos envergonha. Só queria saber o porquê de, em Manaus, aparentemente o preço das obras públicas ser sempre mais gordinho do que o normal? Será possível que o escândalo nacional dos radares eletrônicos não serve de exemplo para as demais áreas? Afora o preço, o caso da Avenida das Torres, oficialmente Avenida governador José Lindoso, se fosse contado em Portugal viraria “piada de brasileiro”. Durante a construção todo o trecho ao longo da Avenida foi desmatado. Não ficou uma arvorezinha sequer para contar a história. Depois da obra pronta, comprova-se que o calor por ali é infernal. Então, vem um gasto público acima de R$ 1 milhão para a arborização. Só esperamos que não seja com aquelas árvores típicas da região: as palmeiras imperiais.

domingo, 20 de março de 2011

Todos os espaços

Confesso quem nem me lembrava que o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, estava em visita ao Brasil, com uma comitivazinha de 1.000 pessoas, inclusive a sogra. Ao chegar a São Paulo ontem, no retorno de Curitiba para Manaus, aí sim tomei conhecimento e senti na pele a força que tem um presidente dos Estados Unidos da América, seja ela quem for.O espaço aéreo de Brasília estava fechado no momento da saída do nosso voo para a capital federal. Esperamos, em São Paulo, dentro da aeronave, até que o Aeroporto Internacional Juscelino Kubtischek de Oliveira fosse liberado para poucos e decolagens. Demoramos aproximadamente meia hora em terra até que Obama deixasse Brasília. Alguém pode me explicar a necessidade de tanta gente em uma comitiva? Já imaginaram se a Dilma sair do Brasil com 1.000 pessoas, o escândalo mundial que não seria? A não ser que ela levasse a Maria Bethânia para fazer o Blog dela fora do País. Só assim a bolada ganha por Bethânia se justificaria. Será que terá um filmeto do Obama no Blog dela? Ah sim! Então tá explicado!

sábado, 19 de março de 2011

Sardinhas enlatadas

Em conversa, ontem, com um amigo que mora em Curitiba, capital do Paraná, comentei sobre o caos no trânsito da cidade. Ele me explicou, acompanhado de um sorriso irônico, que a “fineza” do curitibano no trânsito é clássica. Logo, não se pode estranhar tal comportamento. Credita, porém, o estresse acima do normal ao número de veículos por habitante. Essa parece ser a equação sintomática em todas as cidades brasileiras: com o crédito fácil, o número de pessoas cresceu estratosfericamente. Como as cidades não foram planejadas para tantos veículos, o caos se instala. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, Curitiba possui um veículo para cada dois habitantes. De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Curitiba possui cerca de 1,6 milhões de habitantes, logo, circulam pela cidade aproximadamente 800 mil veículos. É como se milhões de sardinhas fossem enfiadas naquela latinha que todos conhecemos. Difícil manter a calma e o bom-humor!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Nem tanto ao céu...

O dito popular “nem tanto ao céu, nem tanto ao mar” confirma-se no trânsito de Curitiba, capital do Paraná. A pecha de cidade organizadinha cai por terra quando você entra no trânsito: a educação dos motoristas segue a média brasileira, ou seja, próxima do zero. É impressionante o despreparo emocional, a irritação constante, as manobras arriscadas. O trânsito mais parece uma guerra urbana diária dentro da qual não se pode ser educado ou abrir mão de meio metro de pista próximo a um semáforo. E quem pensava que em Curitiba seria diferente quebrou a cara. Fui um deles! Todos me diziam que a cidade é organizada, tudo funciona. Bem, quase tudo. Em primeiro lugar é uma cidade cujo custo de vida é altíssimo: em muitos lugares os produtos não valem, nem de longe, o que cobram. No trânsito, porém, os motoristas não fogem à regra nacional da má-educação. Esse quadro precisa mudar em todos os locais. Para o bem da sociedade. Talvez seja necessário se criar alguma disciplina escolar do tipo “inteligência emocional no trânsito”.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Diário de bordo

Na minha viagem entre Manaus e Curitiba, ontem, no vôo 1631 da Gol Linhas Aéreas Inteligentes (Gol), antes de continuar a leitura de “O efeito facebook: os bastidores da história da empresa que conecta o mundo”, de David Kirkpatrick, li a revista dos 10 anos da Gol, em cuja capa está Pelé, o atleta que transformou o número 10 em um ícone que representa o sucesso. Sou do tipo de há muito não me importo com o voo: entro na aeronave, faço minhas leituras ou apenas medito e nem me preocupo com pousos e decolagens. Plano de voo detalhado, inclusive não fotografar nada desta vez, durante o a viagem, terminei de ler a revista, e me chamou a atenção, o fato de a Gol ser uma das melhores empresas em manutenção de aeronaves do mundo. Voltei a ler o livro e deixei a vida seguir. De repente, um barulho como se algo se quebrasse: diferentemente da maioria dos pousos suaves, desta vez, o piloto da Gol parecia ter jogado a aeronave na pista. O barulho foi tão intenso que aparentava ter afetado algo nos pneus. Tirei o fone do ouvido para me certificar se não haveria nenhum anúncio de problema na aeronave e atraso do voo. Estávamos inteiros. Pensei: “Que piloto barbeiro!” E completei: ”Imagine o que nos aguarda na chegada em Curitiba!” Não deu outra: foi muito pior que em Brasília. Depois do estrondo no novo pouso nada suave dei um sorriso amarelo e relembrei a efetividade da Gol em manutenção e imaginei:”Caramba, os aviões que essa cara pilota devem ser assíduos no centro de manutenção da empresa”. Chegamos ao destino, mas, que o tal piloto deveria voltar ao simulador de voo, isso devia!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ensaio e erro

Nada no trânsito de Manaus é tão ruim que a Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) não consiga piorar. A primeira delas eu até já comentei aqui mesmo, ontem: manteve o contrato de R$ 90 milhões que possui com a empresa Consladel Construtora e Laços Detentores e Eletrônica Ltda. Essa dita empresa, certamente, foi quem fez os “estudos técnicos” que asseguram ser os locais dos radares eletrônicos os mais apropriados. Não é preciso ser engenheiro de trânsito para ter a certeza de que, em Manaus, esse tipo de radar foi colocado em excesso. As retiradas de semáforos e depois retornos dos mesmos, no entanto, revelam que não são estudos técnicos coisa nenhuma que baseiam as decisões da Prefeitura: mais parecem tentativas de ensaio e erro. O semáforo da Avenida Costa e Silva no sentido centro-bairro, para quem manobra rumo à Avenida Tefé, que, agora retornou, talvez seja uma confirmação disso.

terça-feira, 15 de março de 2011

Radares ligados

A Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) resolveu manter o contrato de R$ 90 milhões que mantém com a empresa Consladel Construtora e Laços Detentores e Eletrônica Ltda. No entendimento da PMM, as denúncias que feitas no Programa Fantástico, da Rede Globo, domingo passado, não dizem respeito ao contrato de Manaus. É bem difícil crer, porém, que uma empresa envolvida em denúncias de corrupção, manipulação de concorrência pública e até retirada de multa por onde passou resolva não fazer nada disso exatamente em Manaus. No fundo, a PMM está correta. Não pode, nem deve, diante de uma denúncia nacional, suspender imediatamente o contrato. No entanto, certamente, precisa ficar com um pé atrás. Por outro lado, desconfiar e investigar a situação cabe aos vereadores de Manaus. E, motivos para desconfiança, todos temos de sobra. Basta dar uma olhada na localização dos radares eletrônicos são as mais esdrúxulas possíveis. Quer dizer que em saída de viaduto é local apropriado para lombadas eletrônicas? “Ah! Tá explicado!”

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ordem para quê?

Artistas amazonenses reúnem-se hoje, a partir das 14h, na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) seção do Amazonas, à Rua Major Gabriel, em frente ao Cemitério São João Batista, para um Ato Público de repúdio contra o que compositores (as) e cantores (as) consideram “atos de arbitrariedade” da atual gestão da OMB/AM. Para se ter uma ideia do nível a que se chegou o abuso da OMB, a cantora Marcia Siqueira foi impedida de cantar em um show por não portar a canteira da Ordem no momento da apresentação e a cantora Lucilene Castro foi agredida verbalmente e acusada de fraudadora na sede da própria instituição e impedida de assinar um contrato de trabalho. Pior que tudo isso é a atual ministra da cultura, Ana de Hollanda, querer reforçar esse modelo cartorial e atrasado da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) baseado nas atuações ridículas do Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais (Ecad). Particularmente creio na desordem como fator preponderante para a criatividade e não entendo que durante tanto tempos os artistas brasileiros se deixaram dominar por esse modelo injusto, arbitrário e centralizador de administrar seus direitos autorais. Duas cantoras sentiram na pele os malefícios do modelo. A hora não é de apenas cantar, mas, gritar contra as arbitrariedades.

domingo, 13 de março de 2011

Enxurrada de multas

Dias desses comentei neste espaço que o Complexo Viário Miguel Arraes estava coalhado de “lombadas eletrônicas”. Elas foram, na verdade, espalhadas por toda a cidade. Curiosamente, porém, também foram “postadas” nas saídas e entradas das alças do Complexo Viário Gilberto Mestrinho, antiga Bola do Coroado. Há uma nítida tentativa da Prefeitura Municipal de Manaus (PMN) de controlar o fluxo de veículos em todos os sentidos dos viadutos com o uso das lombadas eletrônicas. É certo que haverá uma enxurrada de multas. Semana passada houve, também, acidentes nos dois sentidos da Avenida General Rodrigo Octávio Jordão Ramos justamente onde as lombadas eletrônicas foram postas.
Veículo atingido em um dos acidentes da semana

sábado, 12 de março de 2011

Casarão de emoções

Experimentar, cheirar, tocar com as palavras. Esse é um dos exercícios diários que mais estimulam minha felicidade. Fiz "Dançaltear", no Blog Gilson Monteiro Em Toques (http://emtoques.blogspot.com/), para Ana Laura Stone, minha querida professora de dança. Raquel Almeida foi a primeira: inesquecível: amiga, companheira, conselheira, quebrou conceitos e pré-conceitos. Raquel precisou ir embora de Manaus. Entre idas e vindas, Ana Laura Stone se torna nossa professora. Não ficou muito tempo: como um meteoro passou. Meteórica foi a nossa amizade. Admiração, carinho e respeito nasceram a partir do primeiro contato. Depois a vida me revela que Laura é filha de Arnaldo Santos: isso solidificou ainda mais uma amizade daquelas que “os santos batem”. Com muita honra participei ontem dos momentos de emoção de Arnaldo Santos ao fazer um preâmbulo para uma Ana Laura emocionada saudar os amigos no baile de inauguração da sua Escola de Dança denominada “Casarão de dança”. Localizado à Rua Rodrigues Alves, n° 41, bairro de D. Pedro I, o Casarão, ontem foi só emoção. A materialização de um sonho de qualquer profissional: ter o seu próprio negócio. Amo-te, Ana Laura, como te amam todos os teus ex-alunos. Você é exemplo de persistência, dedicação e amor ao que faz. Vida longa para o Casarão! Que ele seja parte da vida cultural de Manaus como você se eternizou nos nossos corações.
O painel da sala das princesas é um encanto para as crianças

sexta-feira, 11 de março de 2011

Casarão de dança abre as portas

Os professores de educação física e dança-de-salão, Ana Laura Stone e Luiz Oliveira, mulher e marido, para não ficar na ordem usual, recebem hoje, a partir das 21h, amigos, amantes da dança e convidados especiais, para a inauguração da escola “Casarão de dança”. Localizado à Rua Rodrigues Alves, n° 41, bairro de D. Pedro I, o Casarão é um local onde crianças, adultos e pessoas da melhor idade podem praticar, nos três turnos, balé, jazz, dança contemporânea, danças urbanas e dança-de-salão. Laura e Luiz são casados e conhecidos nas escolas de dança-de-salão de Manaus pela beleza das performances. Quando li o nome me veio logo a ideia de um local no qual fosse possível, às sextas-feiras, dançar samba à vontade. No entanto, é bom que fique claro que, pelo menos por enquanto, não se trata de um bar ou casa de shows. Assim sendo, a festa de inauguração é para convidados especiais, amantes da dança e amigos do casal que terão uma espécie de “test-driver” de como funcionará a escola. Ana Laura Stone, que também é bailarina, será a diretora-geral e artística da escola. A direção técnica e maître de balé clássico ficará a cargo do professor Rodrigo Vieira. A direção do núcleo de dança-de-salão será exercida peo professor Bruno Penafort e a coordenação do núcleo infantil terá a professora Louise Lins. Maiores informações poderão ser obtidas por intermédio do e-mail casaraodedanca@hotmail.com ou pelo telefone 32134645.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Prepotentes, abusados e preguiçosos

Dois episódios nesta última semana só confirmam a observação empírica de que, em Manaus, talvez seja o lugar onde mais se presta péssimos serviços à população. Abuso, preguiça, prepotência e má-educação parecem ser elementos culturais impregnados nos vendedores da cidade. Domingo, na feira da Manaus Moderna, tomei um susto quando o cidadão da banca na qual comprava peixe semanalmente há mais de dois anos foi taxativo: “Não tiro o bucho do peixe. Hoje estou abusado. E não me importo se perder o freguês. O senhor é um. Aqui passam milhões todos os dias”. Uma pessoa, ao meu lado, comentou: “Senhor, esse pessoal precisa do Sebrae aqui”. Ontem, por volta das 12h30, na agência dos Correios do Stúdio Cinco, fui premiado com a preguiça, o descaso, a prepotência e o abuso de alguns funcionários públicos ou estatais. O atendente Edson Francisco botou banca e se negou a receber meu envelope com os comprovantes da viagem a Belém pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Alegação: tem de constar o remetente. De acordo com o Inep, basta endereçar corretamente a correspondência e, na frente, postar o nome do avaliador. Francisco, com cara de preguiça e ar de preguiça. Não se rendeu: “Então o senhor que espere o gerente para ele resolver”. O colega ao lado, do qual não me recordo o nome, ainda tentou ajudá-lo: “O senhor não pode mandar uma correspondência anônima”. O gerente retornou após uns 20 minutos de espera. Perguntei a ele qual a lei que me obrigava a pôr o remetente na cara. Ele disse que lei não havia mas que era norma da empresa. Explicou que se desse algum problema a correspondência não poderia ser devolvida. Ora, isso eu já sabia. Nos dois últimos anos não tive nenhum tipo de problema. Ficou no ar, porém, a nítida impressão que, justamente, nesta correspondência, terei problemas. Esperarei, ansioso, pela resposta do Inep sobre os comprovantes da viagem. Caso eles não cheguem, os Correios do Amazonas terão muitas explicações a dar. Fica a certeza: Manaus tem, talvez, o pior atendimento do mundo.


quarta-feira, 9 de março de 2011

Dá para entender?

Manaus é uma das cidades mais difíceis de entender com a “chegada do progresso”. Querem apenas um exemplo? Em qualquer lugar do mundo civilizado (Epa! Lá vem o Thomas Restart), os Complexos Viários são construídos para “dar fluência ao trânsito”, ou seja, para que as pistas tornem-se mais velozes e os automóveis fiquem com “mais chão” para desenvolver velocidade. No mundo civilizado de Manaus as coisas são completamente diferentes. O Complexo Viário Miguel Arraes, por exemplo, tem agora, suas pistas laterais, inclusive nas saídas e entradas das alças, todas cercadas por redutores de velocidade. Como os brilhantes engenheiros de tráfego de Manaus não previram (ou não foram ouvidos) que as ruas após as alças deveriam ser alargadas para que o trânsito fluísse, o que se tem, agora, é uma aberração: engarrafamentos em todos os tais complexos viários. Para solucionar o problema, a prefeitura entope as ruas de redutores eletrônicos de velocidade: a oficialização da indústria da multa.  Não há dúvidas que somos civilizados. Mas a nossa “civilização” administrativa é meio estranha.

terça-feira, 8 de março de 2011

Vivas

De repente

Apagaram a luz
Vida reduzida
A quase nada.
Você numa cama.
Todos ao redor.
Poucos sinais.
Vitais.
Olhos procuram.
A nós.
A vida.
De um lado
Para o outro.
Quase nada.
Pouco pra nós.
Tudo pra ti.
Luta diária.
Vida mantida.
Quase escondida.
Guerra vencida.
A cada segundo.
Por ti
Por nós
Pelo mundo.

Gritos

Falo

Não falo
Falas.
Gritas.
Liberas.
O temor
Da garganta.
Do corpo.
Horror.
Horrores.
Queimadas.
Em vida.
Vivas.
Em brasas.
Ardiam.
Teu corpo.
Queriam.
Tua alma.
Queimada.
Ideias
Mortas
Ideais
Vivos.
Ecoam.
Em nós.
Filamentos
De voz.
Ferida atroz.
Marcas
Mulher
Mulheres
Teu tempo
Em nós.
Nós.
Sós.
Sol.
Sós.
Sois.

Mulher

Não és mulher por um dia.

És mulher o dia todo.
Não vences uma guerra.
Vences batalhas.
Derrotas os cânceres.
Os cancros.
Os imbecis.
Os viris.
Vírus.
Virais companheiros.
Que te sugam o sangue.
As mamas.
As lembranças.
Os direitos.
Esses machos.
Machistas.
Marxistas.
Machões.
Anões.
Mínimos seres.
A ti oprimirem.
Faquires.
Safados devires.
A domarem almas.
Chorarem dramas.
Apenas pra te levar pra cama.
Amas.
Não amas.
Finges que ama.
Drama.
Choras.
Rires.
Gozas.
Eles doidos.
Malucos.
Famélicos.
Fálicos.
Sonham.
Imaginam.
Que é pelos vossos falos.
Fálicos.
Famélicos.
Famigerados fodélicos.
Idiotas.
Imbecis.
Eternos viris.
Verão.
A força delas.
Em cada varão.
Varados.
Vazados.
Idiotizados.
Homens do mercado.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Uma arapuca chamada Google AdWords

A forma de abordagem é das mais antigas. Por meio de carta. A ferramenta, uma das mais modernas do mercado: o Google. A ilusão é a mesma: de que você foi premiado com alguma coisa. O folheto traz um cartão com R$ 100,00 de créditos promocionais na secção de anúncios do Google chamada de “AdWords”. Tudo é fácil. Tudo é maravilhoso e não custa nada. Você gastará apenas 20 minutos do seu tempo ativando a conta AdWords. Para não deixar nenhuma dúvida de que se trata de uma espécie de “test-driver”, no folheto ainda consta: “o crédito do cupom terá uma dedução de R$ 20,00 correspondente à Taxa de Ativação da conta, no entanto, este valor foi incluso no seu crédito promocional que possui um valor real de R$ 120,00 como forma de compensação”. Escaldado, deixei o envelope aberto uns dois dias. Hoje resolvi “descobrir” minha promoção. Passo a passo, fazia o que o sistema me mandava. Moral da história: um boleto bancário de R$ 40,00 como pagamento mínimo permitido pelo sistema para ativar a minha conta e fazer juz ao bônus de R$ 100,00. Cancelei imediatamente a conta.


domingo, 6 de março de 2011

Má fé e quebra de decoro

A matéria assinada pelo jornalista Aristide Furtado, de A Crítica, cujo título é “Patrimônio de 7 deputados estaduais cresce 360% em 7 meses” não deixa dúvidas: houve má fé e, no mínimo, quebra de decoro parlamentar. Furtado, como todo bom jornalista que se preze, fez uma coisa tão simples, mas que a justiça eleitoral nem o Leão do Imposto de Renda conseguem fazer: comparou a lista dos bens entregue à Justiça Eleitoral, em julho de 2010, com a lista similar entregue à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM). Há casos de terrenos que valiam uma ninharia para fins de registro de candidatura que, agora, valem fortunas. Como podem os mesmos bens, valorizarem-se tanto, em tão pouco tempo? Claro e evidente que não houve valorização nenhuma. Curioso é alguém com esse tipo de prática cobrar ética do poder público. Os deputados citados devem boas explicações à sociedade e à Receita Federal. É bem provável que eles e seus pares considerem essa prática a coisa mais normal do mundo. Não seria interessante que, nos dois casos, Justiça Eleitoral e ALE-AM exigem apenas a Declaração do Imposto de Renda e ponto final? Será que vão investigar os sete por quebra de decoro?

sábado, 5 de março de 2011

Ruim de dar dó

E eu que pensei que os serviços de Internet fossem ruins em Roraima. Encontrei um lugar infinitamente pior: Belém. Aliás, como em todas as cidades do Norte, em Belém, os serviços são os piores possíveis. Tanto de hotelaria, quando os prestados dentro dos próprios hotéis. Como preciso atualizar diariamente três Blogs e um Facebook, os serviços de Internet são essenciais onde quer que eu esteja. Pois bem. Cheguei a Belém no dia 02 de março de 2011. Indicaram-me o Hotel Comfort Soft Belém. Lá, não há serviço de Internet nos apartamentos. Quem precisar usá-lo deve descer para o saguão do hotel. Curiosamente, há duas cabines com dois orelhões em perfeito estado. Certamente a venda de cartões telefônicos deve ser ínfima, se existir. Mudei, então para o Hotel Regente. Neste, três orelhões chamam a atenção logo no saguão. No local, “a Internet é free”, disseram os recepcionistas da noite. Nos apartamentos, o serviço é fornecido ao preço de R$ 6,00 a hora ou R$ 20,00 a diária. Um roubo, verdadeiro assalto à mão-armada. Ainda assim, pensei, quem quisesse, poderia participar desse “assalto consentido”. Isso se funcionasse. Da noite do dia 03 até a manhã do dia, quatro, quando tive de sair e continuar o trabalho para o qual fui designado na cidade, a Internet do Hotel Regente não funcionava nem nos apartamentos nem no saguão. Reclamei na recepção que tinha mudado de hotel porque não oferecia o serviço nos apartamentos e, agora, não o tinha nem no saguão. Resposta: “deve ser a chuva. Aqui, quando chove, a Internet não funciona”. Mais nada! Nenhum providência, sequer. Como em Belém chove todos os dias, pressume-se que, pelo menos no Hotel Regente, a Internet não funciona nunca. Não fosse o acaí, a maniçoba e a Cerpa é bem provável que eu saísse de Belém com uma péssima impressão. Só tenho certeza de uma coisa: perderam a subsede da Copa de 2014 para Manaus com toda justiça. E olha que os serviços, em Manaus, no geral, são péssimos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Orgulho paraense

Só quem passa pelo menos um dia em Belém consegue entender e vivenciar o chamado “orgulho de paraense”. Há um brilho no olhar quando se fala do Mercado Ver-o-Peso. Tão intenso que o visitante é capaz de transformar odores fétidicos em sabores. Urubus em “bons-senhores”. Coisas fatídicas viram humores. Horrores, assaltos, violências... em flores. Belém, do açaí, do tacacá, do tucupi. Dá orgulho ser daqui. Paraense não nega o rio, vibra com ele. Atravessa-o. Come peixe. Mistura feixes. Vira arte. Em cada parte. Túnel em Belém? Só de mangueiras. Belas, protegem. Atacam automóveis. Frutas certeiras. Ainda assim, orgulham-se em tê-las. Ela sorri, sorrateira. Dentes sujinhos. Boca brejeira. Lábios mascavos. Açúcar de feira. Olhar de santa. Por sobre a manta. De pirarucu. Até no defeso. Não compre, não leve. Sem ver-o-peso. Quer ver as garças? Daquele mangal? Dê só um look, no no meu Facebook: www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Espanta chifres, amansa cornos

Dar um giro pelo Mercado Ver-o-Peso, em Belém, Pará, é uma experiência visual, olfativa e gustativa que talvez seja impossível narrar. Cheiros bons e ruins se misturam, num amálgama, a comprovar que os adjetivos dependem da perspectiva do olhar. Um dos momentos curiosos foi quando a vendedora ofereceu uma mistura capaz de “espantar chifres”. Em seguida, outra com o poder e “amansar corno”. Na parte de fora, urubus “passeavam” tranquilamente ao redor das sobras. O número excessivo de pedintes também é uma marca do lugar. Há, também, uma banca de revistas especializada em vender “Playboy”. “A que mais vendeu foi a da Tiazinha na capa”. Mostrou a revista. Era a capa na qual a “mascarada” da televisão brasileira trazia o dedo na boca. Veja as demais fotos no meu Facebook: www.facebook.com/GilsonMonteiro.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Investimentos em serviços

Mais do que se falar em Copa do Mundo Verde, o que Manaus precisa, com urgência, é de investimentos pesados no treinamento da mão-de-obra para a prestação de serviços e atendimento. No centro da cidade, nem é preciso comentar a forma como vendedores e atendentes tratam os “fregueses”. É como se prestassem um favor. Talvez seja herança dos áureos tempos de uma Zona Franca cujos produtos eram baratíssimos e a demanda dos clientes enormes. Quando o quadro muda e o pólo industrial ganha forças, os comerciantes ainda não perceberam que é preciso conquistar clientes e não tratá-los barbaramente. Curioso é que em alguns Shoppings da cidade a prática é a mesma: descaso com os clientes. Ou se investe em atendimento e serviços ou teremos uma Copa do Mundo Verde sim, mas de vergonha.

terça-feira, 1 de março de 2011

Pizza sabor Manaus

Até que o vereador Joaquim Lucena (PSB) tentou. Mas, em Manaus, qualquer tentativa de investigar o poder público, nos dois níveis, dá em pizza na certa. Será que alguém, em sã consciência, imaginaria que os vereadores de Manaus aceitariam alguma investigação sobre o preconceito explícito e a falta de educação doméstica (logo, quebra de decoro) do prefeito Amazonino Mendes (PDT)? Quando tocaram neste assunto, fui logo saborear a pizza. Acompanhada de açaí, em homenagem aos valorosos paraenses, como Nilson Chaves, por exemplo. Nos últimos tempos, talvez a CPI de maior resultado seja a dos Combustíveis. Essa sim, é de uma efetividade que salta aos olhos. Desde que os donos de postos começaram a ser investigados e o presidente do sindicado disse que os preços iguais eram “tudo coincidência” que nunca mais houve uma promoção de gasolina. Os postos cravaram os preços em torno de R$ 2,70, com raríssimas exceções. Não fosse o fato de, em forno a lenha, se queimar madeira, convidaria a todos e todas para mais essa pizza. Tem sabor de Manaus!