Tenho sempre a impressão de que as pessoas usam aquela identificação profissional pendurada ao pescoço, popularmente conhecida como crachá, por pura imposição da empresa. Nunca ficam à vontade com aquilo, cujo design, às vezes, também é de um mau gosto desestimulante. É fato que grande parte das pessoas não faz nada para esconder. Aliás, protestam da forma silenciosa e mais efetiva que encontram: giram-no! Transformam a frente em verso e o verso em frente. Resultado: se a intenção da empresa era que os clientes pudessem se aproximar mais do funcionário, tratando-o pelo nome, o “momento de intimidade comercial” já era com os crachás invertidos. Ora, quem trabalha dessa forma não quer “intimidade” nenhuma. Está ali, mas a vontade era não estar. E deixa isso bem-claro ao inverter o tal documento de identificação. Há, porém, clientes mais inconvenientes que as pessoas que assim trabalham. Quando se trata de uma aeromoça, normalmente bonita, por exemplo, o “folgado” aproxima-se, estende o braço e vira o crachá para poder tratá-la pelo nome. O sorriso amarelo dela e o “pois não senhor” revelam o tanto de contentamento com a atitude. A vida segue! Como mais um voo de carreira.
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