quinta-feira, 31 de maio de 2012

A cheia e o centro de Manaus


É fundamental que cada um de nós, condutores de veículos e cidadãos, tenhamos um pouco de sobriedade e façamos nossa dose de sacrifício quanto à ida ao centro da cidade. Não tenho nenhum tipo de solução para resolver o problema do caos no trânsito do centro. Sou convicto, porém, que se pode fazer algo para superar esse momento de crise. Penso que evitar ao máximo ir ao centro é uma das medidas possíveis. Trabalhadores são obrigados a se dirigir ao centro e usam o transporte coletivo. Até essas pessoas estão com problemas para se deslocar. Creio, no entanto, que, se cada uma das pessoas que vão ao centro todos os dias utilizando seu próprio veículo fizer um esforço de não utilizar o carro, os problemas do trânsito na área central poderão ser minimizados. Levando-se em conta que o rio manteve-se estável por três dias, abrir mão de ir ao centro talvez não seja um esforço tão prolongado. É fundamental que cada um pense e tente fazer sua parte para solucionar esse problema que não pode ser totalmente solucionado pela prefeitura.

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A cara-de-pau de um ritmo só


Causou-me espanto o fato de o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PC do B) denominar a Copa do Mundo de “celebração”, quando do lançamento do slogan “todos juntos num só ritmo”. Posso até estar enganado, mas, durante anos, todas as manifestações que fazia, o PC do B atacava de forma virulenta o “capitalismo” e a “burguesia”. De repente, depois que “chegou” ao poder, ver um ministro do partido chamar a Copa do mundo de “celebração” foi, no mínimo, de uma cara-de-pau sem tamanho. A Copa, mais que tudo, é um evento privado, que movimenta centenas de bilhões de dólares. Num evento desses, só quem não perde um centavo é a promotora: a Federação Internacional das Associações de Futebol (Fifa). Trata-se, sem dúvidas, de uma celebração, sim. Mas, do capital. Do capitalismo. Espanta, portanto, um ministro comunista a exaltar esse espetáculo do gasto excessivo, das obras sem licitação. A história de que a Copa deixará um legado sem precedentes para o País é pura balela. Deixará alguns momentos de muito circo (e pouco pão) se o Brasil for o vencedor. Caso não, deixará uma Cachoeira de choro e decepção.

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terça-feira, 29 de maio de 2012

O uso dos celulares nos bancos


A lei que proíbe o uso dos celulares em agêncas bancárias não é respeitada nem de longe. Quem precisa ir a um banco sabe que tanto executivos quanto as pessoas mais humildes portam os aparelhos móveis e os usam sem nenhum problema. Por princípio, fui um dos que condenei esse tipo de lei. Considero uma intervenção indevida. No entanto, a cada dia sou mais convencido da necessidade de se proibir o uso dos aparelhos nas agências bancárias por questões de segurança. Há, evidentemente, possibilidade de assaltantes agirem em grupo ou em dupla, após observarem a movimentação financeira dos clientes. Particularmente, tenho evitado até mostrar meu próprio aparelho dentro dos bancos. É salutar que os clientes estejam atentos a cada pessoa que os rodeia na hora de realizar uma operação bancária. No caso de assaltantes que agem com o uso do celular como apoio, não fazem nada dentro dos bancos, no entanto, passam a dica para comparsas fora das agências e eles praticam o assalto. Todo cuidado é pouco!

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A inconveniência das versões de Mendes e Lula


Nem queria tocar no assunto, porém, a acusação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à revista Veja, tem de ser posta a limpo tanto por ele quanto por Lula. Qualquer coisa publicada ultimamente em Veja merece todos os senões do mundo. No entanto, não pode ser simplesmente ignorada. É inconcebível a um presidente, ainda que de forma indireta, sugerir a um ministro do STF ser “inconveniente” julgar o mensalão. Ao STF não cabe ser conveniente ou não um julgamento. Tem de fazê-lo e ponto. Nem por brincadeira, por outro lado, um ministro do STF pode esperar tanto tempo para revelar episódio de tamanha gravidade. O próprio presidente do STF à época, Nelson Jobim, nega o teor da conversa. Diz ele que não houve pressão. Jobim precisa ser mais claro: Lula sugeriu ou não ser inconveniente o julgamento? De cara, é pouco crível a história de Gilmar Mandes. No entanto, Lula não poderia ter nem dito, muito menos insinuado, qualquer tipo de coisa relacionada ao mensalão. Ele era o presidente da República e não um advogado de defesa dos mensaleiros, ainda que grande parte seja do PT. A sociedade não pode engolir a história e aceitar que se fique na mera troca de farpas públicas. Um dos dois mente e isso é incompatível com os cargos que um ocupou e o outro ocupa.

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domingo, 27 de maio de 2012

Virada cultural: custo ou investimento?


Repito, para iniciar mais uma das minhas postagens: sou crítico voraz e ferrenho da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). Reafirmo: criticar a prefeitura é um direito que tenho de praticar o pleno exercício da cidadania. Há muito a se criticar em termos de organização, no entanto, ter copiado o evento “Virada Cultural” talvez seja um dos maiores acertos da administração do prefeito Amazonino Mendes. Ainda que vários nomes sejam “apresentados” como dirigentes da Fundação de Cultura, até o menos informado dos jornalistas sabe que quem “toca” o evento é a própria filha do prefeito, algo, no mínimo, reprovável. O silêncio da categoria diante de fatos como esses, inclusive, tem uma boa explicação: grande parte dos jornalistas se locupleta dos locais de acesso restrito, junto aos palcos, não para trabalhar. Na melhor das hipóteses, para a prática da tietagem explícita. O dinheiro empregado no pagamento de alguns artistas parece ser muito além do que merecem. Exala um cheiro de lavagem e exige fiscalização constante do Ministério Público e de toda a sociedade, direito de quem, ao final de tudo, paga as contas. Apesar de todos os senões, vejo a “Virada Cultural” como investimento e não como custo. Dar ao povo a oportunidade de ter acesso aos shows de alguns dos artistas nacionais de maior sucesso, mesclado com artistas locais, merece elogios. Cultura, Arte e Esporte fazem parte de um sistema maior chamado Educação. Todos eles potencializam a inclusão de pessoas. No caso da “Virada”, talvez seja o mínimo que o poder público pode devolver ao cidadão. O que é passível de críticas não significa que seja passível de destruição. Que seja aperfeiçoada em todos os sentidos, mas, que se registre o acerto em promovê-la. A Virada Cultural é um tipo de “política pública” que não pode mudar qualquer que seja o governante de plantão.

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sábado, 26 de maio de 2012

Mãos lavadas na sujeira da cidade


Sou um crítico voraz e ferrenho da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) e criticaria qualquer que fosse o prefeito para praticar o meu pleno exercício da cidadania. Pago meus impostos em dia, portanto, tenho o legítimo direito à crítica. A mim não importa se o prefeito é Amazonino Mendes, Serafim Correia ou quetais! Quando se opta por viver em sociedade e se aceita o estado democrático de direito, porém, não se pode apenas cobrar do Estado. É preciso que cada cidadão cumpra a sua parte no trato social de vida em comunidade. E não se pode admitir a sujeira que se vê nos igarapés e áreas alagadas de Manaus. O Igarapé do Mindu, por exemplo, é, quase sempre, uma lixeira a céu aberto. Agora, então, na época da enchente, mais ainda se percebe a ação predadora da população. As empresas também precisam fazer a sua parte. Por exemplo, é uma vergonha o estado de putrefação e de sujeira em que se encontra o Igarapé do Mindu. Que tal o Shopping que fica ao lado do Igarapé e do Parque dos Bilhares promover um Mutirão da limpeza? Lavar as mãos com e na sujeira que lá se encontra é que não se pode admitir.

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Candidatura (im) posta à prefeitura


Ao que tudo indica, o senador Eduardo Braga (PMDB) quer mesmo dar uma demonstração de força ao impor a candidatura de Marcos Rotta à Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). Especula-se que ele já teria indicado ao manda-chuva-mor do Partido dos Trabalhadores (PT), José Dirceu, uma chapa composta por Rotta como prefeito e Sinésio Campos (PT), candidato a vice. A vingar essa ideia de Braga, muito provavelmente haverá rompimento no grupo. Primeiro porque no próprio PT, o deputado Sinésio Campos não é unanimidade. Uma chapa como a proposta dificilmente terá o apoio incondicional do Partido dos Trabalhadores. Esse filme de um líder tirar um candidato da cartola e tentar impô-lo ao grupo, no final, termina em derrota. A postura, de certa forma prepotente, do senador Eduardo Braga ou termina como uma grande vitória dele sobre o grupo e demonstra “quem manda” ou ele terá uma fragorosa derrota. É uma cartada arriscada demais. Braga, porém, sabe mais do que ninguém o potencial da munição que possui. Só após as eleições se saberá quem tem razão.

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Águas da enchente apodrecidas


É necessário que as autoridades municipais e estaduais tomem providências urgentes com relação às águas paradas em vários pontos da cidade. Além de estarem paradas, as águas apodreceram, portanto, estão esverdeadas, e começam a exalar um odor insuportável. Esse é o caso do Igarapé do Mindu (veja fotos) próximo à Avenida Djalma Batista. Na melhor das hipóteses, é fundamental que a população seja orientada sobre quais medidas tomar a fim de evitar que doenças endêmicas se espalhem pela cidade.


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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lula confessa ser o pai do caos urbano brasileiro


Ontem a jornalista Cristina Lobo (@cristilobo) fez circular no Twitter um comentário que impressiona pela sinceridade da confissão. Diz ela: “Devem me culpar pelo trânsito porque foi essa Lula aqui que deu carro para pobre”. Se não é complexo de Getúlio Vargas é uma crise de sinceridade “nunca vista na história deste País”. Se queria ser lembrado como “Pai dos Pobres”, Lula o será como o “Pai do caos urbano brasileiro”. E, pasmem, leitores e leitoras, programas sociais como Bolsa Família e quetais não chegam nem perto dos incentivos ficais, como redução de Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) para os fabricantes de carros, por exemplo. Fazer a festa da indústria automobilística (e dos banqueiros) foi a marca registrada do Governo Lula, deixada como herança e seguida fielmente pelo Governo Dilma. Resultado: caos urbano até nas médias cidades brasileiras, uma vez que “aquele Lula” que “deu carros aos pobres” é o mesmo Lula que entregou o Ministério dos Transportes ao Partido Republicano (PR). Como se tem mais notícias de rapinagem e roubo no Ministério que estradas, dar carro e não dar estrada nem ruas para circularemos carros resultou em poluição do ambiente, inclusive sonora, e caos urbano. Parabéns, presidente Lula, pela sinceridade da declaração!

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terça-feira, 22 de maio de 2012

A política da dependência do Bolsa Família


Um levantamento feito por um dos jornais diário de Manaus a partir do Portal da Transparência, do Governo Federal, talvez explique o porquê de Lula e Dilma terem obtido a votação tão estupenda que tiveram no Estado. Menos pela liderança do senador Eduardo Braga (PMDB), mais pela esperteza dele e de todos os políticos a ele ligados de implementar uma espécie de Imunodependência Adquirida do Bolsa Família. Os dados divulgados pelo jornal são lapidar: em 56 dos 62 municípios do Estado há 50% de inscritos no Bolsa Família. Em três municípios, Itamarati, Guajará e Pauni, o percentual de inscritos supera 80%. Os números não deixam dúvidas: no interior do Amazonas há uma completa dependência do programa federal. Como política pública, esse tipo de bolsa, em sendo temporário, é aceitável. Transformá-lo, porém, em suporte para a economia das cidades do interior do Estado é oficializar o clientelismo de estado e criar uma máquina azeitada de captação de votos dos menos favorecidos.

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

O código do silêncio e da violência


Não sei qual a intenção da Rede Globo, muito menos da Xuxa, com o depoimento ido ao ar, ontem, no programa Fantástico. Logo ela, uma das maiores responsáveis por estimular a sexualidade (e a sensualidade) precoce de uma geração de brasileiras, foi para um programa dominical, em rede nacional, dizer que a criança não sabe de nada, portanto, não pode ser violentada, estuprada. Visivelmente abalada, Xuxa revelou, dentro outras coisas, só ter parado de ser violentada aos 13 anos. Até o melhor amigo de seu pai, “que queria ser seu padrinho” a violentou. Apesar de, em alguns momentos, misturar Michael Jackson com Ayrton Senna, e parecer viver na Terra do Nunca, não posso crer que Xuxa tenha criado um personagem e inventado a “violência sexual” sofrida para ganhar mais audiência ao final da carreira. Em meio a um besteirol sem fim, foi capaz de dar uma lição às brasileiras menos famosas e, num ato de extrema coragem, derramou lágrimas de liberdade, de desabafo. Ontem mesmo, recebi alguns relatos aterradores por conta dos comentários que fiz no Twitter e no Facebook a respeito do assunto. Causa nojo imaginar uma menina que ainda nem completara seis anos ser brutalmente violentada pelo primo, com atos que podem até ser estimulantes e prazerosos quando se tem consciência deles e se opta por fazê-los, jamais, porém, aceitáveis em se tratando do estupro de uma criança. Asquerosos como esses ainda recebem o incentivo de uma proposta que diminui a idade de quem hoje é considerado vulnerável “para fins de punição por crimes sexuais” de 14 anos para 12 anos de idade. De acordo com a proposta de mudança, a base para tal foi o Estatuto da Criança e do Adolescente. Nele, criança é a pessoa até 12 anos de idade incompletos. Entre 12 e 18 anos de idade a pessoa é considerada adolescente. A Lei 12.015, de 2009, que enquadrou como crime qualquer sexual com menores de 14 anos de idade, “mesmo com o consentimento da vítima”, neste caso, vai para a lata do lixo. Um Código Penal não pode ser abrigo para o silêncio e a violência contra crianças. Que o depoimento da apresentadora Xuxa, mesmo por linhas tortas, sirva de incentivo para que todas as mulheres vítimas de violência e abuso sexual soltem o grito da garganta e não mais se tenha fatos como o ocorrido recentemente em Sena Madureira, minha cidade natal, quando uma menina de 11 anos, que ainda deveria estar a brincar com bonecas, deu luz, após ter sido vítima de um estupro. Roubar a infância de alguém em tão tenra idade não pode ser apenas motivo de piadinhas maldosas. Deve provocar revolta intensa. Até quando manteremos indiferença diante de atrocidades tão inaceitáveis quanto essas?

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domingo, 20 de maio de 2012

Feirantes não querem sair da Manaus Moderna


É louvável e merece registro o esforço da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) em tentar manter os feirantes da feira Manaus Moderna no local. No entanto, embora existam os tapumes, espécies de pontes improvisadas, a água está apodrecida e começa a exalar um forte odor. Além disso, começa a invadir a área da carne e do peixe. Por isso, a previsão é que na próxima semana todos os feirantes daquela área (do peixe e da carne) sejam removidos para um local paralelo à Feira da Banana. Acontece que grande parte deles não está nada contente com a mudança. Em conversa, hoje, com alguns deles, ficou claro o temor de que, se saírem, não tenham mais chances de voltar. Acreditam que a intenção da Prefeitura é tirar a feira daquele local e consideram que, se mudarem, não voltam. O problema é que, a continuar o ritmo de subida das águas, não apenas os comerciantes de carne ou peixe, mas, todos os demais terão de ser retirados, uma vez que as condições higiênicas, que nunca foram exemplares, estão no limite do inaceitável.

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sábado, 19 de maio de 2012

Engenheiro da Ufam pode ser sido executado


A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), talvez, até com apoio da Polícia Federal (PF), deveria investigar a possibilidade de o engenheiro civil, José Orestes de Albuquerque, 61 anos, morto no dia 18 de maio de 2012, por volta das 21h, em frente a sua residência, no Conjunto Petro, bairro Aleixo, ter sido executado e não apenas vítima de assalto. Orestes, como era conhecido entre os colegas de trabalho da Prefeitura do Campus (PC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), era servidor conhecido pela reputação ilibada e dureza com que fiscalizada as obras na Ufam. Um dos seus servidores da Ufam, que preferiu não ter o nome divulgado, chama a atenção para o fato de Orestes ter recebido um tiro na nuca, o que segundo ele, pode ser indício de execução e não de um assalto. “Quem iria perseguir uma pessoa, matá-la e não levar nada?”, pergunta. Revoltados, os amigos que com ele conviviam, inclusive estou entre as pessoas dessa convivência nos horários de lazer, ao final das tardes de sexta-feira, revelam que Orestes era um dos mais duros e sérios engenheiros da Ufam na fiscalização das obras e que teria recebido ameaça de morte por ter embargado duas obras em execução na universidade. Se há esse tipo de suspeita, ainda que levantada por amigos que não se conformam com a morte do engenheiro, a Polícia Civil não pode descartá-la!

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vaccarezza expõe a intimidade entre PT e PMDB


A forma como o deputado federal do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Paulo, Cândido Vacarreza, dirigiu uma SMS ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) coisa de irmão de sangue, para não dizer que se assemelha às juras trocadas entre mafiosos. A mensagem de Vaccarezza a Cabral, por celular, é um acinte ao povo brasileiro: “A relação com o PMDB vai azedar. Mas não se preocupe. Você é nosso e nós somos teu (sic)”. A imagem do celular do deputado com a mensagem foi gravada por uma equipe do SBT e expõe a extrema fragilidade da CPI à medida que revela o nível da “parceria” umbilical entre PT e PMDB. A fala é uma demonstração de que o PT não arreda o pé uma vírgula do projeto de poder de dominar o País pelos próximos 30 anos. Pior do que o escárnio de se desmoralizar a CPI com esse tipo de postura é ver que poucas, ou quase nenhuma, são as reações ao que o deputado disse. Na intimidade entre o PT e o PMDB a CPI do Cachoeira é natimorta. Lamentável ver que o PT perdeu completamente a vergonha. E pensar que votei no partido nas últimas quatro eleições. Meu peito chora de raiva quando vejo mais um conluio em prol da corrupção.

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Os duendes e Ets de Barra dos Garças


A cidade de Barra do Garças, localizada a 520 quilômetros de Cuiabá, na Região Leste do Estado, tem uma mistura de duendes e disco voadores. Ninguém pode passar por ela sem visitar o “Discoporto”, uma lenda transformada em Lei Municipal pelo então vereador Valdon Varjão, durante anos tabelião da cidade, hoje com 78 anos, certamente a personalidade política mais importante da região do Araguaia. Só para se ter uma ideia, foi o primeiro senador negro do País, nomeado na época da ditadura, deputado federal, deputado estadual, prefeito de Barra do Garças por três mandatos e vereador em cinco legislaturas. Pois bem, por mais que pareça incrível, Barra do Garças hoje não é servida nem por voos comerciais, embora tenha Aeroporto. Pasmem leitores e leitoras! Para se chegar à cidade só por via terrestre ou se, por um acaso, você tiver alguma boa relação com um ET ou Duende. Aí sim, você está autorizado a descer no Discoporto da cidade, uma “Pegadinha do Varjão”, para enganar turistas bobos. Caí na conversa e fui visitar o local! Para completar a história de esoterismo e duendes, a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) está em fase final da construção de um Planetário, no Campus II de Barra do Garças. Certamente para os cientistas da Instituição ficarem, com lunetas, a observar o pouso dos Discos Voadores. Posso apostar: nos próximos 500 anos não conseguirão ver nenhum! Mas, que tentem! É meu dever respeitar, lendas, crenças, duendes e Ets.



Veja as fotos completas do Discoporto no meu Facebook.

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Presidente dura, Brasil carinhoso


A presidente Dilma Rousseff (PT) tem se mostrado dura até quando lança um programa com nome tão meigo como o “Brasil Carinhoso”. No discurso de lançamento do Programa, ela encerrou com a frase “Pais rico é País sem pobreza. Quando mais rápido melhor”. Tem razão a presidente. As ações propostas no Programa Brasil Carinhoso são fundamentais para melhorar a condição de vida das pessoas mais necessitadas. Ninguém pode negar que as crianças com menos de 6 anos de idade cuja renda familiar não ultrapassar R$ 70,00 merecem uma política de governo capaz de garantir a sobrevivência delas. Acima de tudo, crianças, qualquer que sejam as condições sociais, possuem direito à vida. E cabe sim, ao Estado, garantir condições mínimas para que isso ocorra. Além dessas ações, porém, é preciso criar programas de educação e inserção social (e no mercado de trabalho) para quando essas crianças chegarem à idade adulta. Espera-se a mesma dureza da presidente na criação de programas e no investimento duradouro em Educação. Caso não, os programas atuais não passam de clientelismo.

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terça-feira, 15 de maio de 2012

A enchente e a relação com o Prosamim


Políticas públicas mal-intecionadas, mal-aplicadas ou decididas de forma açodadas dão nisso: o centro de Manaus completamente alagado e em situação de calamidade. A cheia é grande, já ultrapassou a maior de todos os tempos, porém, os estragos são muito maiores do ponto de vista sanitário de saúde pública e de planejamento urbano inadequado. O Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), vendido como uma obra que mudaria a cidade, não é isso tudo que dizem por não reflorestar área como promete e, o mais grave de tudo: asfaltou as margens dos igarapés criando uma espécie de açude às avessas. Com isso, o que acontece agora em momento de enchentes como essas? Simples e não se precisa ser nenhum engenheiro para saber: como parte das águas do Rio Negro, que invade a cidade agora, não podem ser absorvidas pela terra que existia na beira dos igarapés, sobre mais do que deveria nesses pontos. Logo, os estragos da enchente são amplificados. Essas observações não me foram feitas por nenhum engenheiro. Boa parte delas é dividida com meus amigos da feira da Manaus Moderna, por sinal, bastante afetada pela enchente. Pode até não ter fundamento. Mas, é um caso a se pensar!

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Gol fatura R$ 3 milhões com a venda de lanches


O empresário Constantino Jr., dono da Gol Linhas Aéreas, tem qualidades inegáveis. Dentre elas o faro para ganhar dinheiro e o gosto pela inovação. Ainda que as inovações, do ponto de legal, possam ser contestadas. Uma prática antiga em empresas de ônibus, aliás, a especialidade da família dele, a venda de lanches entre as viagens, foi trazida para os ares. E, vejam só, leitores e leitoras! Embora a empresa mantenha sigilo absoluto sobre o assunto, nos bastidores, os números da experiência do mago Constantino Jr. são esplendorosos. Em pouco mais de três meses da experiência em alguns voos da companhia, a Gol deixou de gastar R$ 3 milhões e já vendeu R$ 3 milhões em lanches. O Midas dos transportes aéreos brasileiro trouxe para o ar uma velha experiência das empresas de ônibus. Lembro-me perfeitamente das viagens feitas entre Recife e João Pessoa, quando um lanche era vendido no próprio ônibus. O preço cobrado não era extorsivo. Talvez por isso vendesse como a água servida como brinde aos passageiros. Sábado, dia 12 de maio de 2012, no voo 1735, de Porto Alegre a Brasília, quando retornava de Montevidéu, foi a primeira vez que “provei” a novidade. Comi um sanduiche especial combinado com um capuccino, que recebe o nome de Combo 2, por R$ 15,00. Ganhei um desconto de R$ 2,00. Em separado, o lanche custa R$ 12,00 e o Capuccino R$ 5,00. Pontos polêmicos: talvez no ar não se apliquem as mesmas leis terrenas, pois, com certeza trata-se de venda casada. Outro aspecto: nos voos cujos lanches são comercializados, os passageiros não recebem nem um copo de água. Penso que o lanche padrão servido deveria ser mantido aos passageiros que não optassem por comprar o lanche. Há, ainda, a questão trabalhista. Os comissários de bordo também passaram a ser vendedores de lanches. Do montante vendido nos voos, recebem uma comissão de 5% para dividir entre os quatro membros da equipe. Dá R$ 1,25 por comissário ou comissária a cada R$ 100,00 vendidos. Uma coisa é certa: a novidade tem potencial para pegar e se tornar padrão na aviação brasileira. Só não sei é que os comissários vão aceitar essa superposição de funções quando os lucros começarem a surgir. Talvez exijam aumento no percentual da comissão. É esperar para ver!



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domingo, 13 de maio de 2012

Montevidéu: uma cidade que deixa boas marcas


É de impressionar a diversidade de tipos físicos na América Latina. Em Montevidéu tive a oportunidade de observar pessoas tão próximas do Brasil pelo limite territorial, mas tão distintas, inclusive do ponto de vista do porte físico. Trata-se de um povo hospitaleiro, extremamente educado, cujo hábito mais comum, além de comer muito pão, como ressaltei ontem, é tomar vinho da excelente uva Tannat. A rivalidade entre Nacional e Penarol também é evidente. A culinária não se aproxima da brasileira: o moderado consumo de sal e pitadas de açúcar em alimentos que para nós são culturamente salgados também é perceptível. Doces e salgados possuem sabores diferentes das mesmas sobremesas brasileiras. Raramente há algo como no Brasil. Até as linguiças e chouriços são diferentes. Deixei Montevidéu encantado com o clima ameno, às vezes extremamente frio, como os 4 graus da madrugada de sábado, mas, que tornam o “caminhar pelas ruas” um exercício prazeroso de conhecer construções antigas e belas contracenando com prédios modernos. A porta de entrada, que também é a de saída, o Aeroporto de Carrasco, é um dos mais modernos da América Latina. O Uruguay, inclusive pela facilidade de entrar e sair apenas com a carteira de identidade (com, no máximo 10 anos, não esqueçam) merece entrar no seu roteiro de férias, meu caro leitor ou leitora. E Montevidéu é o tipo de cidade que você deixa para trás já pensando em marcar a data da volta.


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sábado, 12 de maio de 2012

Fun fun e Bacanal


Ontem, nós, os participantes do XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic), resolvemos conhecer a noite de Montevideo. O local mais concorrido dos que nos foram indicados é o Bar Fun Fun, fundado em 1895. Vive lotado e é preciso reservar mesas com antecedência mínima de cinco horas. Quem passa das 22h perde a reserva e tem de esperar horas e horas ou voltar no final da noite. Em frente ao Fun Fun existe outro ponto famoso: o Bacanal. Brinquei com os colegas: você começa no Fun Fun e termina no Bacanal. Risadaria geral. Mas, foi o que eu fiz. Lembrei-me da “leveza” com que os habitantes de Eirunepé, no interior do Amazonas, batizam seus bares. À época que lá estive, os dois mais famosos eram o “Chiri quer pau” e o “Cai n’água”. O que faz uma mente em Montevideo lembrar Eirunepé? Bem, mas uma coisa que não sei. Só sei que me lembrei.  Come-se bem em Montevideo. Bebe-se melhor ainda! Nunca vi, porém, uma cidade onde se come tanto pão. Um traço marcante: a rivalidade ferrenha entre Nacional e Penarol (de novo me vem o Amazonas e seu brilhante futebol). No saguão do hotel no qual estou hospedado pedi informações sobre um local no qual poderia comprar uma camisa do Penarol. Era um pedido do meu filho. Ouvi gritos do hotel inteiro. Todos diziam que eu deveria comprar uma camisa do Nacional pois a do Penarol era feia, vendia pouco e iria desgostar meu filho. Fun fun, Bacanal e muito vinho da uva que é a especialidade dos uruguaios: Tannat. A vida volta ao normal e eu também. Daqui a pouco saio de Montevideo rumo a Manaus. Troco de aeronave em Manaus e retorno rumo a Barra do Garças duas horas depois. Não dá tempo nem de sair do Aeroporto. A vida de professor e avaliador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) tem lá suas viagens. Não tentem entender!

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

A metáfora do estaleiro e do timão


Dez entre dez dos analistas políticos do Amazonas, quiçá do País, tentaram descobrir o que o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT) quis dizer ao declarar que “precisava ir para o estaleiro”. Elementar meus caros! Mendes precisava ir ao estaleiro para ver se retomava o “timão” da política no Amazonas. Todos sabemos que, enquanto tiver vivo, por direito, o Timão, símbolo de Gilberto Mestrinho, o Boto Navegador, pai políticos de todos eles (Mendes, Braga e Aziz) a ele pertence. Nos últimos anos, o filho pródigo, Braga, não aceitara ficar mais sob o julgo de Mendes. Acontece que, para se viabilizar, com chances de vencer a disputa, só restava ao prefeito tentar retomar a liderança do grupo político ou parte dela. Em suma, ou trazia o governador Omar Aziz (PSD) para o lado dele, como apoiador incondicional, ou suas chances de vitória seriam reduzidíssimas. Embora o PSD (Omar Aziz) tenha bradado que terá candidato, não disse, com todas as palavras, que o candidato seria do partido. Logo, pelos últimos movimentos das peças do xadrez, fica mais claro que o candidato dele será Amazino Mendes. É como se os dois mandassem um recado ao senador Eduardo Braga (PMDB): ou em com a gente ou saia candidato! A ida de Mendes ao estaleiro, portanto, pode ser muito mais significativa do que imaginávamos.

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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Quando a notícia tropeça no jornalista


No início da minha carreira de jornalista, a duplamente colega, hoje professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e jornalista das melhores, Ivânia Vieira, certa vez, disse-me ser eu o tipo de jornalista que a notícia tropeçava em mim. À época, sorrimos juntos, mas retruquei que esse “tropeçar” era fruto de muito esforço, do compromisso social de praticar jornalismo 48h ao dia e de estar sempre antenado e sensível a tudo o que for assunto que interessa ao público: não especificamente a mim. Digamos que procurei sempre dar uma ajuda à sorte. Ontem, mais uma vez, uma notícia que poucos brasileiros sabem tropeçou em mim. Vejam só, leitores e leitoras! Terminado o primeiro dia do XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic), no Auditório da Faculdade de Direito da Universidad de La República Uruguay, localizada à Avenida 18 de Julio, aproximei-me de um ônibus que levaria os conferencistas ao hotel. Lá estava, ninguém menos que Juan Diaz Bodernave que havia aberto o evento com a conferência “La comunicacion y el nuevo mundo posible”. Bodernave deve ser o ídolo de 10 entre 10 estudantes de jornalismo. E isso se comprovou ontem: estudantes e professores faziam questão de tirar fotos ao lado dele. Ao fim da sessão de tietagem, o simpático velinho entrou no ônibus. Ainda fiquei a conversar um pouco (não fiz nenhuma foto dele). Ao subir no ônibus vi que ele estava sentado na primeira cadeira, à esquerda. Saudei-o com um aperto de mão e dei os parabéns pela brilhante conferência de abertura. Ele convidou-me a sentar ao seu lado e começamos a conversar. Falei de onde era e Bodernave disse-me que gostava muito da região. Lá pela tantas, revelou que o filho dele, o ator Chico Diaz, fizera muitas viagens à região. Não contente, puxou a carteira do bolso e, orgulhoso, mostrou a foto do filho. Claro que eu já sabia quem era Chico Diaz, mesmo que não visse a foto. Dificilmente alguém esquece o rosto de quem passa anos e anos a aparecer nas novelas globais. Só não sabia que Diaz, o ator famoso, era filho do famoso teórico e professor que embalou nossos estudos do “pensamento comunicacional latinoamericano” durante anos. Feliz, Bodernave repôs a carteira no bolso, despedi-me e levantei-me com a sensação do privilégio de, mais uma vez, uma notícia tropeçar em mim. Ou você, leitor ou leitora, sabia que Bodernave é o pai de Chico Diaz?

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

A aventura de entrar no Uruguai vale a pena


Terça, dia 8 de maio de 2012, tomei o voo 1705, saindo de Manaus com destino a São Paulo, para, em seguida, pegar o voo 4388, escala em Porto Alegre, destino final: Montevideo. Ainda não muito esclarecido sobre a entrada naquele País vizinho, ainda em Manaus, na noite do dia 7 e madrugada do dia 8, após ler as exigências legais do acordo de circulação do Mercosul. Acostumado a circular o Brasil inteiro apenas com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nem tinha me “tocado” que o documento oficial do cidadão brasileiro é a Carteira de Identidade, também conhecida como Registro Geral (RG). Confesso que não me liguei no fato de que a Identidade teria de possuir no máximo 10 anos. A minha é de 12 de dezembro de 1980, obtida quase dois anos após ter chegado em Manaus, em janeiro de 1979. Minha intuição não me engana: o voo inicial estava previsto para às 3h42. Cismei que deveria chegar cedo ao Aeroporto porque “algo poderia acontecer” por se tratar de voo Internacional. Não deu outra. Cheguei a Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e fui inicialmente impedido de embarcar. Como a maior calma do mundo (que nem eu pensei ter), esperei cerca de 2h até que a supervisora do horário, cujo nome não procurei saber, autorizou meu embarque. Na interpretação dos funcionários da Gol Linhas Aéreas de Manaus, como eu estava com a CNH, um documento mais atual, minha entrada no Uruguai não seria impedida. Em São Paulo, porém, novo problema: o funcionário responsável pelo embarque para Montevideo disse que a minha identidade era muito antiga, estava aberta e que eu corria o risco de ser deportado. Entrou em contato com o supervisor geral e meu embarque foi autorizado. Nos dois casos, tanto de Manaus quanto de São Paulo, um alento: as duas funcionárias elogiaram o fato de a minha fisionomia não sofrido quase nenhuma mudança. Beirando os 48 anos, 22 anos depois de ter obtido a primeira identidade, manter os traços pouco modificados é uma vitória. Vitória maior foi ter entrado no Uruguai. Não sei antes a funcionária de a imigração passar-me um “pito” e avisar que era a última viagem com aquela carteira. Valeu a pena o esforço. Montevideo é linda, a começar pelo Aeroporto Carrasco. Dizem, é uma Buenos Aires menor, mais humana e acolhedora.



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terça-feira, 8 de maio de 2012

TCU recomenda suspensão do empréstimo para o Paneirão


Nem Arena da Amazônia nem Vivaldo Lima. A cada dia que passa o novo estádio de futebol de Manaus para a Copa do Mundo de 2014 mais parece um Paneirão. E sem fundo. Desta vez o Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou sobrepreço de R$ 86,5 mil e determinou a suspensão do empréstimo de recursos federais para a obra, inicialmente orçada em R$ 532,32 milhões, porém, a Construtora Andrade Gutierrez luta por um termo aditivo que eleva o preço da obra para mais de R$ 600 milhões. O projeto da chamada Arena da Amazônia é do escritório alemão GMP. Tem capacidade para pouco mais de 44 mil pessoas e, segundo a empresa, foi inspirado em elementos da cultura, da fauna e da flora amazonense. Pela maquete que foi apresentada, qualquer semelhança com o Ninho de Pássaro, estádio de futebol da China para as Olimpíadas de 2008 terá sido mera coincidência. Como o Paneiro é um dos elementos essenciais da cultura amazônica, chamá-lo de Paneirão parece ser o mais correto. Ainda que seja um paneiro sem fundo.

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

PSD com candidatura própria em Manaus


O possível rompimento do governador Omar Aziz (PSD) com o senador Eduardo Braga (PMDB) certamente ocorrerá, ou não, em função da conjuntura política. Se for conveniente aos dois a “briga” continua. Caso não, termina antes de começar. A continuar, porém, com a decisão de Aziz de o partido dele lançar candidatura própria, é um banho de água gelada nas pretensões do PC do B, partido do qual Aziz já foi até militante no início da sua carreira política, quando estudante da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Pela proximidade e os laços antigos, o PC do B sonhava que o governador apoiasse a candidatura de Vanessa Graziottin à Prefeitura de Manaus. Caso seja mesmo mantida a decisão de candidatura própria, a senador estará fora do páreo, inclusive, por ser próxima (demais) ao senador Eduardo Braga. Ainda há muito o que se esperar e esse jogo só será decidido quando as candidaturas estiverem registradas.

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domingo, 6 de maio de 2012

Cuidados com a manutenção do computador


O episódio pelo qual passou a atriz Carolina Dieckmann deve servir de exemplo para toda e qualquer pessoa que mandar seu computador para manutenção. Ela desconfia que as fotos pessoais que foram parar na Internet e em sites pornôs foram roubadas quando mandou seu Lap Top para manutenção. Dieckmann alega que fora chantageada por um desconhecido e, por não ceder, o chantagista distribuiu as fotos dela, inclusive nua. Esse deve ser um cuidado que toda pessoa deve ter, principalmente ser for uma pessoa pública. Entregar seu computador a qualquer um para fazer manutenção é um risco imenso. Nesses casos, todo o cuidado ainda é pouco.

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sábado, 5 de maio de 2012

Cheiro do golpe de controle da mídia no ar


Tenho urticária e ojeriza quando vejo circular declarações como a do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Ruy Falcão, de que a “Presidente Dilma enfrentará os Barões da Mídia”. O que isso significa? Será uma medida similar à tomada por Hugo Chaves na Venezuela com relação às emissoras de televisão? Ou o que fez a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, com as empresas de petróleo? Ou seria por em prática o que o guru do PT, José Dirceu, operador do mensalão sempre sonhou, principalmente à época do escândalo, que é o controle da mídia? Cada vez que surge um escândalo como o mensalão ou uma Cachoeira de denúncias que começa a respingar no alto escalão do PT (e do PC do B também), algum membro do Comitê Central do Partido, instigado por Dirceu, aparece com uma declaração dessas de “enfretamento” dos barões, ou da mídia. O que o Comitê Central, cujo nome de fantasia é Diretoria Nacional, do PT quer com esse tipo de discurso? Simples! Que nós, os meros mortais, e a grande massa de militantes, de ocupantes de cargos públicos com os quais foram aparelhados os tribunais, as prefeituras, os governos de Estado e as autarquias e fundações e quetais, nos mais longínquos rincões do País, passemos a acreditar que as denúncias de corrupção são uma conspiração montada pelos “barões da mídia” para derrubar o “governo dos trabalhadores”. Hipócritas! Vocês deixaram de representar os interesses dos trabalhadores há tempos. Hoje se locupletam com cargos e dinheiro público numa voracidade mil vezes superior à demonstrada por aquelas pessoas que vocês criticavam (Collor, Sarney e Barbalho, por exemplo). Tornaram-se sócios deles, em política e sabe-se Deus mais onde, para ficar no poder o maior período possível. Aparelharam o Estado nos níveis federal, estadual e municipal e os transformaram, de Norte a Sul, Leste a Oeste, numa máquina azeitada de militância para não perder nenhuma eleição, talvez, nos próximos cinquenta anos. E quem ousar atravessar o caminho de vocês no cumprimento dessa meta será trucidado. A tática é muito simples. Cria-se uma cortina de fumaça que funciona da seguinte forma: qualquer trapaça e a rapinagem dos cofres públicos que for descoberta e denunciada será sempre “vendida” ao povo e aos militantes como uma tentativa de golpe da mídia, um esforço para derrubar o “governo dos trabalhadores”. E qual a solução que vocês possuem na manga, escondida desde que assumiram o poder? O controle da mídia. Nem todos caem mais nessa conversa de vocês. Por princípio, não aceito ditadura de direita, muito menos a de esquerda. Pelo que hoje escrevo talvez seja o primeiro a ir parar nos porões. Tenho certeza, porém, não irei sozinho. Já passamos do limite do aceitável! Não tentem ultrapassá-los! Reagiremos!

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Poupança passa a render menos


Sempre que a Selic ficar abaixo de 8,5% será apenas 70% da soma da Selic e a Taxa Referencial (TR). Essa foi a decisão tomada pelo Governo, e anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o objetivo de “pavimentar o caminho para mais reduções na taxa básica de juros”, que hoje se encontra em 9% ao mês. As novas regras passam a valer para quem aplicar dinheiro na poupança a partir de hoje. Os economistas estão divididos entre os que defendem a medida e os que a condenam. Os defensores argumentam que a perda será tão irrisória que não afetar, no todo, os rendimentos dos brasileiros, pois, terão, na outra ponta, a redução na taxa de juros para o financiamento da compra de móveis, imóveis e todos os bens financiáveis. Na outra ponta, existem os que acreditam que o brasileiro comum, aquele que deixe seus recursos aplicados na caderneta de poupança serão os mais prejudicados. O certo é que, nominalmente, quando os a taxa básica de juros for menor que 8,5% ao mês. Isso é impossível de negar.

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Amazonino disputa a reeleição em Manaus


O discurso duro e forte do governador Omar Aziz (PSD), feito em Iranduba, diretamente contra o senador Eduardo Braga (PMDB), acusando-o até de idiota, parece ter feito brilhar os olhos do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB). Embora ainda não tenha anunciado oficialmente, Mendes revelou, entre amigos, ser candidatíssimo à reeleição. O fato de Aziz ter rompido publicamente com Braga talvez dê a Mendes pelo menos a esperança de “ser o candidato de Omar”. Fico a imaginar: e se Braga aceitar vir para o ringue e entrar na disputa? Como ficaria o governador Aziz? Manteria mesmo o duro discurso e a posição independente que parece ter tomado? Ou voltaria correndo para os braços do chefe? Quem conhece Aziz na intimidade acredita que é pouco provável que ainda exista uma relação amistosa entre Aziz e Braga. Aliás, nunca houve. Como o próprio Aziz revelara no discursos, ele se mantinha quieto por ser vice, mas, discordava, em muito do estilo de Braga. O jogo, agora, pelo jeito, ganha muito em emoção e indefinição. Com um detalhe: até agora é uma disputa intragrupo que não muda em nada o que os eleitores teriam de decidir em outubro: todos são da mesma gênese, ou sejam, filhotes de Gilberto Mestrinho.

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Braga e Omar: relação de amor e ódio


O discurso do governador Omar Aziz (PSD) feito em Iranduba na inauguração de obras do seu governo e repercutido em quase todos os meios de comunicação de Manaus foi esclarecedor: revela uma relação de amor e ódio que não é de hoje. Omar foi duro a ponto de chamar o senador Eduardo Braga (PMDB) de idiota, com todas as letras da palavra e mais algumas vogais e consoantes. Sem citar diretamente o nome de Braga, Aziz revelou que um deles reclamava de ter deixado a família para participar de eventos aos domingos, deixando a família e “pá, pá, pá”. E concluiu: “Esse idiota não devia ser candidato: se não quer trabalhar que não seja mais candidato”. As vísceras de uma relação que mais parece incestuosa foram todas expostas. Aziz aproveitou para revelar que terá candidato à Prefeitura de Manaus, porém, tem de ser alguém que compactue com os seus ideias e que tenha compromisso efetivo de trabalhar por Manaus. Particularmente, já esperava de Aziz uma reação dessas há tempos. Posso ter todas as divergências possíveis em relação à família Aziz, e as tenho. No entanto, jamais neguei a habilidade política de Omar. Experiente, saído das entranhas do PC do B, Omar jamais aceitou ser tutelado e só esperava o momento de se declarar independente. E hoje tem um espólio político chamado Nejmi Aziz, que se elege para qualquer cargo que quiser no Amazonas. Se a briga for mesmo “de verdade”, a Braga só restará ser a liderança mais fugaz da política do Amazonas, corroído pelo própria presunção e prepotência. Ninguém gosta de ser tutelado e subserviente a vida inteira. Muito menos Omar Aziz. Braga pode pagar um preço muito alto pela presunção.

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terça-feira, 1 de maio de 2012

Dilma inaugura o netopostismo de Estado



Fosse Luiz Inácio Lua da Silva o sincero político que por quatro anos tentou chegar ao poder diria que, “nunca, na história deste País, se praticou o netopostismo”. Isso mesmo meus caros leitores e leitoras! A presidente Dilma Rouseff, que prefere ser chamada de presidenta, ao nomear o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) Ministro do Trabalho o faz única e exclusivamente por ele ser neto do saudoso Leonel Brizola. Com isso, inaugura, também, o “saudosismo de Estado”, uma vez que Brizola-avô tem como marca política a defesa da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esse, aliás, pode ter sido o outro critério que fez com que Rouseff nomeasse o neto de Brizola para ocupar a pasta do trabalho em Brasília às vésperas do “Dia do Trabalhador”. Inúmeras explicações podem ser encontradas, nenhuma delas, porém, ligadas à competência técnica de Brizolinha que, do avô, só tem mesmo o fato de ainda permanecer no PDT, partido que foi da própria Dilma antes de ir para o PT, porém, com pessoas do lastro político de Carlos Luppi, só para ficar em um exemplo de o quê é o PDT hoje. Como diria o colunista José Simão, o Dilmês é melhor do que o ingrês: netopostismo significa nepotismo de segunda geração. Mais um verbete para o Dicionário da Dilma Portuguesa! Ops! Língua Portuguesa!

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