domingo, 30 de setembro de 2012

A revolta do rebanho nas eleições


Manaus assiste, no horário eleitoral gratuito, talvez, a mais desavergonhada das propagandas. Nunca, na história desta cidade, se usou tanto o nome de Deus em vão e com fins de apoiar candidatos. E são relações das mais esdrúxulas. Ontem, por exemplo, vi fiéis da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, de branco, em cima de um palco, a cantar um louvor em prol da candidata Vanessa Graziottin, do PC do B. Em seguida, os pastores, donos da Igreja, Jonatas Câmara e Ana Lúcia Câmara, certamente em nome de Deus, reforçavam o pedido de votos e afirmavam que a candidata é do bem e vai cuidar de Manaus. Um casamento desses, certamente, não é coisa de Deus porque desde que o mundo é mundo, comunista não acredita em Deus por princípio. O problema é que os comunistas do amazonas, quiçá os brasileiros, são coisa do outro mundo: acreditam em Deus, desde que isso dê oportunidade de manter o poder, muito embora cruzem os dedos todas as vezes que pronunciam o nome de Deus. Mal termina o horário dos comunistas e entra a coligação que representa os interesses políticos de Artur Neto (PSDB). Mais parecia o apocalipse. Cantores evangélicos proclamavam que “o exército de Deus vence”. Fiquei a me perguntar: se Deus é único, qual deles vencerá, uma vez a grande maioria do exército (não seria rebanho) está ao lado da candidata comunista? A conclusão mais sensata é que o rebanho deveria se rebelar e dizer um imenso NÃO a essa determinação dos pastores. Não se pode misturar religião com partidos políticos. O estado brasileiro é laico e assim tem de sê-lo para o todo e sempre. Caso contrário, a democracia será ferida de morte. Nem Deus nem a sociedade ganham com essa mistura esdrúxula entre a religião e a política.

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sábado, 29 de setembro de 2012

O baixo Vieiralves, a baixa Manaus


Ontem ouvi uma expressão que não conhecia: “você está no baixo Vieiralves.” Isso porque passei, com uma querida amiga da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em um dos mais tradicionais locais do bairro que, hoje em dia, por sinal, está com frequência abaixo da média. Certamente, por conta dos péssimos serviços prestados. Mas, também, pelo aumento significativo da concorrência de barres e restaurantes para todos os gostos na área. Há dois anos, o bar e restaurante era uma das poucas opções da cidade, coma boa culinária, preferencialmente paraense, e música regional ao vivo. À medida que a concorrência aumentava, os serviços ficaram piores e o lugar onde funcionava o acanhado palco do local foi substituído pelo nada. Do nada de opções ao péssimo serviço de atendimento ao cliente talvez tenha sido um pulo. O que vi ontem foram vários sinais de decadência que, certamente, culminarão como fechamento da casa. Ao sair de lá vi que há opções de bares, cervejarias, restaurantes de culinária chinesa, japonesa, italiana, mineira e quetais. Não tinha me dado conta dessa efusão de culturas em um espaço tão próximo. É a esse caldeirão de bares e restaurantes que proliferam na área que as pessoas estão chamando de “baixo Veiralves”. É injusto e me parece depreciativo. As cidades, os bairros e até as quadras mudam de acordo com a propulsão social dos negócios que por lá crescem. Não me espanta que se trate de algo com a intenção de desvalorizar a área. O que as empresas da área precisam mesmo é investir na melhoria do atendimento e dos serviços que, em geral, são de baixa qualidade. E se esse for o único critério, talvez até seja permitido se falar em “baixa Manaus”, pois, a má-qualidade do atendimento em toda a cidade é digna de registro.

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A dança dos números nas pesquisas


Impressiona que, de repente, as empresas de pesquisa tenham divulgado números tão díspares. No final da semana passada, uma empresa de televisão e um jornal divulgaram pesquisas que apontavam empate técnico entre os candidatos Artur Neto (PSDB) e Vanessa Graziottin (PC do B), ambos com 29% das intenções de votos. Na segunda-feira desta semana, uma empresa de rádio pôs em dúvida as duas pesquisas ao divulgar números diferentes: Neto teria 38% e Graziottin 32%. Hoje, uma empresa de pesquisa espalhou out-doors pela cidade com um resultado próximo aos números divulgados pela empresa de rádio. De acordo com a empresa de pesquisa, Neto está com 38% das intenções de votos enquanto Graziottin aparece com 29%. Esses números das duas últimas empresas, caso representem uma tendência, indicam que Graziottin parou de crescer e Neto, que estava estagnado, parece ter mudado de rumo. O que parecia absurdo, em função do uso da força do poder em favor da candidata Vanessa Graziottin, a vitória de Artur Neto ainda no primeiro turno, já não parece mais tão absurdo. Essa dança dos números das pesquisas, ao que tudo indica, permanecerá até o último minuto.

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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cuidados com o corte de juros


É fundamental que se tenha muito cuidado com o anúncio no corte de juros no “crédito rotativo” dos cartões de crédito. Além dos bancos oficiais, bancos privados, agora, anunciam as benesses de se usar mais os cartões de crédito. Não se deve esquecer, porém, que o crédito rotativo é aquele tipo de empréstimo automático concedido cada vez que você, consumidor, correntista e portador de cartões de crédito, contrata ao optar por pagar o “valor mínimo” ou seja, você deixa de pagar o valor total da fatura. Acontece que, ao deixar de pagar o valor total, embora não perceba, você faz um novo empréstimo, automaticamente, a uma taxa de juros, por menor que seja, ainda extorsiva. Vejamos como funciona esse crédito rotativo e os cuidados que se deve ter para não se criar uma “bola de neve”, isto é, uma dívida impagável. Digamos que você fez cinco compras, cada uma de R$ 500,00, divididas em cinco vezes. Significa que o montante total da sua dívida é de R$ 2.500,00. Você não terá nenhum problema se conseguir pagar todas as faturas na data do vencimento. O caos se instala, porém, se você, ao final do primeiro mês, ao invés de pagar os R$ 500,00 (ou seja, as cinco primeiras prestações de R$ 100,00) só conseguir pagar o valor mínimo. Significa que na segunda fatura você terá de pagar os R$ 500,00 da fatura do mês, os R$ 450,00 da fatura anterior, mais os R$ 45,00 de juros (se tomarmos 10% ao mês como base). Sobre o valor de R$ 450,00 ainda incide multa. Ao pagar o mínimo, é como se você não “andasse” para frente. No mês seguinte, terminará pagamento o mesmo valor somado às novas parcelas do mês. Na segunda fatura, sem levar em conta a multa, você terá de desembolsar R$ 995,00. Se não puder pagar o valor total, o mínimo desta fatura já passará para R$ 99,50 e assim sucessivamente. Sem se alongar nas contas, fica o alerta para que cada um dos portadores de cartões de crédito tenha cuidado com as armadilhas das propagandas. O corte dos juros não significa que você passe a gastar mais e desordenadamente. Seja sensato no uso dos cartões para não por um cutelo no próprio pescoço.

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Contra a máquina não há argumentos


O título desta postagem de hoje também poderia ser “Uma avalanche contra Artur: Vanessa prefeita”. Preferi, porém, o que fala da máquina pública usada para obter vantagens pessoais ou para um grupo porque, lembro-me muito bem quando vaticinei: “Alfredo Nascimento será o governador do Amazonas”. Resultado: Omar Aziz governador com 66% dos votos. Ao afirmar anteriormente, porém, fiz questão de explicar: “se Nascimento for mesmo candidato do presidente Lula”. Não o era. Alfredo Nascimento foi enganado por Lula, que nem no seu palanque subiu, e sofreu um massacre da máquina pública estadual e municipal comandada por Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (agora PSD). Vanessa Graziottin, essa sim, é candidato do Lula, da Dilma, do Braga, do Omar e do presidente Lula. Foi posta do colo. Toda a máquina pública, bem como as imagens de Lula, Dilma, Braga e Omar é usada em favor de dela. Parafraseando o próprio Lula, “nunca, na história política deste Estado, nem nos mais longínquos e tenebrosos tempos da ditadura militar, se viu uma avalanche, um verdadeiro massacre, o uso desavergonhado da máquina pública quanto agora em favor de uma candidata. É um dos maiores massacres midiáticos que já se viu nessa terra. A se confirmar o que dizem todas as pesquisas, que Artur será derrotado por 43% a 39% dos votos válidos, será a vitória mais estúpida e vergonhosa da história desse Estado. Só por milagre Artur leva essa. Caso venha a ocorrer esse milagre, será um tapa com luva de pelica da população da cidade na cara da prepotência e da arrogância de quem trata o povo como gado. É muito difícil, quase impossível que ocorra, porque, contra a máquina pública usada em benefício próprio não há argumentos. Ainda que fossem sólidos e partissem de um dos grandes oradores do País. Na democracia burguesa, só o povo pode dar a resposta. Derrubar Lula, Dilma, Braga, Omar e Vanessa, como se fossem pedras de um dominó seria a melhor decisão do povo em prol da democracia. O povo de Manaus terá coragem de dizer não aos que o tratam como gado? Só no dia 7 de outubro se terá a resposta. É pouco provável que ocorra! Mas... enquanto há dignidade, amor próprio e vergonha na cara, há esperanças. Muito embora a esperança seja a última que morre. Mas...morre!

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Donos do mundo na campanha em Manaus


Há algo de podre em um reino muito distante chamado Amazonas, mais especificamente, na capital, Manaus. A “frente” de partidos que apoia a candidata do senador Eduardo Braga, Vanessa Graziottin (PC do B), à prefeitura de Manaus, ao que parece, considera-se acima do bem e do mal. Ontem, vi e me chamou a atenção fortemente o uso das imagens de um dos jornais da TV Amazonas incorporadas à propaganda eleitoral gratuita da “frente” como se fosse parte do programa. Era um trecho apresentado pela jornalista Cléo Pinheiro. Fiquei a me perguntar: será que a jornalista autorizou o uso das suas imagens? A Rede Amazônica foi consultada e autorizou, sem que a jornalista soubesse de nada? Ou será que “essa turma” considera que o patrocínio pago pelo Governo do Estado em alguns horários da televisão dá direito de torná-los donos de todos os horários? As relações entre o poder as empresas de comunicação (parece, agora, também, as de pesquisas), no Amazonas, são tão promíscuas que a ética passa longe. Se nada ocorreu, se não houve nenhuma negociata envolvendo o uso das imagens da TV Amazonas, a empresa deveria reagir exemplarmente. Só assim essa turma que se considera dona do Amazonas e dos amazonenses teria limites. Isso se usou ilegalmente as imagens da programação local de uma das mais tradicionais televisões da cidade. Algo que não tenho como comprovar. Que é ilegal o uso sem a autorização expressa, isso o é. E seria muita pretensão e prepotência terem feito isso sem que a empresa fosse consultada. E, mesmo sendo autorizada, a jornalista não é propriedade da empresa. Fiquemos de olho nessas situações absurdas.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Entra prefeito, sai prefeito...


É curiosa uma das propagandas da candidata do grupo do senador Eduardo Braga, Vanessa Graziottin (PC do B), à prefeitura de Manaus. Ela diz que “entra prefeito, sai prefeito” e não se resolvem vários problemas da cidade. Ao que se sabe, nos últimos 20 anos, nenhum dos prefeitos que ocupou o cargo não era do grupo que faz parte da “base aliada”, inclusive o penúltimo, Serafim Correia (PSB). Admitir que nada foi feito na cidade com a expressão “entra prefeito, sai prefeito” é criticar, inclusive, o seu mentor, o senador Eduardo Braga. Ë o tipo de material de propaganda que “abusa” da sinceridade e é fundamental para esclarecer os menos incautos a perceberem que a candidata representa, exatamente, o mesmo grupo político que domina o estado há 20 anos. É o tipo de propaganda que, ao invés de colher frutos, ou seja, votos, pode tirá-los. Tem o lado positivo para a comunidade: esclarece em detalhes o jogo político que predomina na cidade.

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domingo, 23 de setembro de 2012

Coordenador da campanha de Artur é executado


Se ontem comecei a minha postagem dizendo-me “Estarrecido! Incrédulo! Revoltado! Envergonhado!”, hoje começo com o mesmo estarrecimento e incredulidade de ontem. Não pelo mesmo motivo, o deferimento da candidatura de Adail Pinheiro (PRP) à prefeitura de Coari, mas, pela notícia da execução de um dos coordenadores da campanha do candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Artur Neto, à prefeitura de Manaus. De acordo com o Jornal A Crítica On Line, “o funcionário público e líder comunitário Aldemir de Queiroz Feitoza, 44,” foi morto a tiros por um motoqueiro ”no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.” Rogo a Deus que não haja nenhuma relação entre a morte o líder comunitário e a campanha que se desenrola em Manaus, aliás, uma das mais apelativas e violentas do ponto de vista das propagandas, a ponto de o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se dar ao luxo de vir a Manaus pregar uma disputa odiosa. Não se pode admitir que as campanhas políticas, na cidade, descambem para esse ponto de tamanha violência a ponto de um homem ser executado. Que a Polícia faça um trabalho rápido e primoroso de investigação para que não haja nenhuma dúvida sobre o motivo da morte do líder comunitário. É a melhor forma de se demonstrar transparência e não pairar nenhuma dúvida sobre se a morte teve motivação política ou não. Só a Polícia pode responder. E deve fazê-lo rapidamente para que essa morte não seja usada eleiçoeiramente se este não foi o motivo dela.

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sábado, 22 de setembro de 2012

A vergonha do Tribunal ou o Tribunal da vergonha!


Estarrecido! Incrédulo! Revoltado! Envergonhado! Vergonha não de mim, mas, dos outros. Como pôde o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas(TRE-AM) deferir a candidatura de Adail Pinheiro (PRP) à prefeitura de Coari? Transcrevo um trecho da matéria do Jornal A Crítica On Line que diz tudo: “O ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, foi condenado por má gestão pública no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), e foi considerado inelegível pelo próprio TRE-AM há três anos, além de ter outras duas condenações por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), uma delas por superfaturamento de obras públicas, fraude em licitação e uso de notas fiscais falsas, que acarretaram na devolução de R$ 29 milhões aos cofres públicos.” Isso sem falar nas gravíssimas acusações de violência sexual contra crianças e adolescentes que, até hoje, o colocam como primeiro da lista quando se trata do assunto no Estado. Aliás, ser parte dessa lista, ao que tudo indica, é critério fundamental para elegibilidade no Amazonas! O meu amigo colunista social, saudoso Gil, diria: “Pano rapidíssimo!” Nada mais a comentar! TUDO a lamentar!

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Incentivo ao não uso das passarelas


Ontem, por volta das 18h, vi uma cena que compromete todo o trabalho da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) em torno do uso das passarelas na cidade. À Avenida Djalma Batista, há uma passarela em frente a uma escola, a poucos metros de dois dos shoppings da cidade. Ao invés de coibir a travessia de pedestres no local e encaminhá-los para a passarela, um agente de trânsito, agora conhecido como “marronzinho”, suspendia a circulação dos veículos e facilitava a travessia. Entende-se perfeitamente que se tratava de um horário de pico. E, exatamente por isso, não se justifica que o trânsito seja suspenso para que pedestres atravessem a rua em local onde não faixa de prioridade nem qualquer sinalização que torne legal essa travessia. É o tipo de atitude que joga contra o próprio esforço da Prefeitura em organizar a vida da cidade. De nada adiantam as cercas ao longo das avenidas nas quais as passarelas são instaladas se agentes de trânsito incentivarem travessias em locais proibidos.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Manaus não é o quintal da casa de Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inegavelmente, tem bons serviços prestados ao Brasil. No entanto, precisa, urgentemente, deixar de lado essa ideia de que cada estado brasileiro é um pedaço do quintal da sua casa. Não sou eleitor do candidato do PSDB à prefeitura de Manaus, Artur Neto, mas, não aceito que um estranho, embora ilustre, venha à cidade, critique Neto e tente induzir o eleitor a votar em alguém forjado nos gabinetes de Brasília. Lula, sei que sua popularidade é grande, no entanto, baixe a bola. Não seja prepotente! Ninguém é obrigado a votar em quem você quer, só porque você quer. Enquanto o Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pede o bloqueio dos seus bens, você se considera no direito de vir aqui, ir a São Paulo ou a qualquer cidade do País “pedir votos” para os aliados do PT? Com que moral? Com que direito? Sem falar no “Mensalão”, que você jura, nem sabia que existiu, mas que já produziu a maior condenação em série de políticos e corruptos da história deste País. O tempo das capitanias hereditárias já passou. Nossas cidades são autônomas, inclusive Manaus, embora não pareça. Tenha mais respeito com o povo, ex-presidente. Para merecer o respeito que ainda se tem a você. A liberdade é essencial em toda a democracia. Não faça nada para feri-la como estás a fazer.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Zona Franca perde mais uma: iPad de Itu


Enquanto os políticos do Amazonas arrostam aos quatro cantos a defesa do Pólod Industrial de Manaus (PIM) por mais 50 anos, na prática, dia-a-dia, mês-a-mês, ano-a-ano, o PIM é esfacelado com a anuência desses mesmos políticos que dizem defendê-lo. A empresa taiwanesa Foxconn acaba de anunciar novos investimentos de R$ 1 bilhão, a partir do ano que vem, para a fabricação de componentes de tablets. Sabem onde? Em São Paulo, no município de Itu. Serão gerados 10 mil empregos diretos em um parque que terá até cinco fábricas. Elas produzirão cabos, câmeras, telas sensíveis ao toque, LED, placas PCB (placa de circuitos) e demais componentes necessários à montagem de eletrônicos das linhas tablets e smartphones. Os investimentos da empresa taiwanês farão com que quase toda a cadeia de fabricação dos iPads e iPhones da Apple sejam feitos no Brasil, mais precisamente em São Paulo, estado no qual se localiza a primeira unidade da empresa, em Marília. Ainda serão fabricados no exterior os displays TFT - tecnologia usada para melhorar a qualidade da imagem. Fabricar esses displays no Brasil demanda investimentos altíssimos. Esses investimentos, porém, quando vieram para o Brasil, certamente não os serão para Manaus.

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Para essa greve a sociedade não cruza os braços


Diferentemente da greve dos professores e professoras das universidades públicas que passaram quatro meses de braços cruzados como se nada estivesse acontecendo, a greve dos mais de 500 mil bancários do Brasil dificilmente dura mais de um mês. Em tempos normais, dez entre dez brasileiros diz, aos quatro cantos, que a Educação é essencial ao País. Na prática, como nas greves, por exemplo, comprova-se o contrário. Duvido que a população aguente quatro meses de greve dos Bancários como se nada estivesse acontecendo. É bem-verdade que, nos dias normais, as filas nos bancos já são quilométricas. No entanto, a partir de agora, usar apenas as casas lotéricas e os Correios para o pagamento das contas será algo muito pior. Embora os grevistas garanta que a circulação de dinheiro não será prejudicada porque os caixas eletrônicos serão reabastecidos constantemente, grandes retiradas não poderão ser feitas. Todos sabemos que os bancos limitam as retiradas nos caixas eletrônicos de acordo com o perfil do cliente. Esse limitador, certamente, é um ponto a favor dos grevistas e garante que a greve não demore. Os Bancários querem 10,25% de aumento, mas, os banqueiros chegaram ao máximo de 6%. Com o impasse, a greve foi decretada ontem à noite. Vejamos por quanto tempo a sociedade aguenta esta greve!

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Manaus não precisa de uma mãe


Não entendo até agora a insistência da propaganda eleitoral da candidata do PC do B, Vanessa Graziottin, em querer transformá-la, na marra, na “grande mãe de Manaus” a ponto de o governador Omar Aziz (PSD) e uma das suas falas, ressaltar que uma das coisas que “ele mais valoriza” é o fato de ela ser mãe. E ser mãe, por acaso, é o critério fundamental para se exercer a Prefeitura de Manaus? Passa da hora de deixarmos de baboseiras na campanha e passarmos para a fase efetiva da apresentação de propostas. E quem não tiver o que oferecer ao povo que se manque e pare de tentar enganar com tergiversações e engodos. Manaus pode até estar abandonada, mas, se assim o é, a culpa é desse mesmo grupo político que agora quer forjar uma mãe para a cidade. Aparecer agora com essa história de que o fato de a candidata ser “mãe” é algo importante passa dos limites. A não ser que se esteja “aproveitando” a propaganda já elaborada para a candidata Rebecca Garcia, o “ser mãe” não se justifica. E não é nenhum critério para o exercício da Prefeitura. Portanto, não queiram enganar o povo. Ninguém aguenta mais tanta tentativa de manipulação.

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domingo, 16 de setembro de 2012

A linguagem da enganação na TV


Até tu, Dilma Roussef, aparece nos programas do horário eleitoral, em Manaus, para tentar enganar o povo? Essa de dizer que a parceria com o Omar garantiu mais 50 anos para a Zona Franca de Manaus é uma pérola do uso da linguagem com fins de manipular e enganar as massas incautas. Se não, vejamos! Quer dizer que a parceria só ocorreu porque era entre Dilma e Omar? Ao que se sabe, uma parceria deste tipo ocorre entre o Governo Federal e o Governo do Estado. Personificar as parcerias é uma forma de tergiversar, de manipular, de enganar. Quem vê a presidente Dilma Rousseff a fazer uma declaração dessas é levado a acreditar que os 50 anos a mais para a Zona Franca de Manaus só foram garantidos porque Omar Aziz ocupava o Governo do Estado. Ora, se a Zona Franca realmente é estratégica para o Estado Brasileiro, seria prorrogada com ou sem Omar. Dilma cumpriu uma promessa feita em campanha. Nada mais que isso. Assim como poderia não ter cumprido. Quer dizer que se um governador que não fizesse parte da “base aliada” tivesse ganho a as eleições aqui ela não cumpriria o que prometeu? A promessa dela estava vinculada à eleição de Omar? Essa história de vincular decisões de Estado à eleição desse ou daquele candidato mais parece coisa de chantagista e não de estadista. Lastimável que esse seja o rumo que as eleições deste ano começam a tomar em todo o Brasil.

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sábado, 15 de setembro de 2012

Juiz de Tefé veta o uso da imagem de Omar


Finalmente um juiz eleitoral tomou uma decisão de vergonha e capaz de estabelecer o mínimo de igualdade no que deveria ser a regra no “jogo da democracia”: vetou o uso da imagem do governador Omar Aziz (PSD) ao lado do prefeito de Tefé, Jucimar Veloso (PMDB), candidato à reeleição. O juiz eleitoral Cid da Veiga Soares Júnior, além de proibir o uso da imagem do governador na propaganda do prefeito, estabeleceu uma multa diária de R$ 5 mil caso a decisão seja desobedecida. O juiz merece todas as loas e seu exemplo deveria ser seguido em Manaus, onde, vergonhosamente, todos os dias, no Rádio e na Tv, o governador Omar Aziz e o senador Eduardo Braga (PMDB), ocupam praticamente o horário eleitoral inteiro a pedir votos para a candidata forjada por eles. Essa prática deveria ser coibida ferozmente por todos os juízes eleitorais. Não faz bem para a democracia que, no exercício do poder e com toda a força política que um governador tem, por ter as chaves do cofre, entre em uma campanha como se ele fosse o candidato. O jogo fica completamente desequilibrado em favor de quem está no poder. O Juiz Cid Soares anteviu isso em Tefé. Será que só nós, os pobres mortais, aqui, entendemos dessa forma? Ou os doutos juízes da capital veem mas não querem enxergar o problema? Deixar que a comunidade, no voto, resolva, é de uma covardia sem tamanho. A justiça eleitoral existe para equilibrar o jogo. Que o faça urgentemente em Manaus, pois, o que acontece hoje é vergonhoso!

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não falta amor, falta respeito ao ser humano


O diretor-presidente do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), Manoel Ribeiro, foi de uma grosseria e infâmia em relação à população de Manaus que deveria ser processado e destituído do cargo por falar tanta besteira, de forma tão mal-educada, e de uma vez só. Ao ser entrevistado sobre as mortes ocorridas no Balneário de Ponta Negra por uma emissora de televisão da cidade, o diretor do Implurb saiu-se com esta: “Em 99% das mortes ocorridas, a culpa não foi da Prefeitura. Agora, as pessoas enchem a cara de cachaça e de drogas e vão tomar banho, morrem, depois querem culpar a Prefeitura”. Em seguida, falou dos banheiros entupidos e concluiu que “falta amor pelo que é público”. Talvez Manoel Ribeiro tenha razão em parte do que disse no final sobre a “falta de amor”. No entanto, povo nenhum vai amar sua cidade e cuidá-la se não houve constante campanha pública de esclarecimento sobre a forma de cuidar e preservar os espaços públicos. Nenhum homem público, também, tem o direito de destratar e achincalhar mortos, por serem “do povo”, com a pecha de cachaceiros e drogados. Os familiares dos que morreram na Ponta Negra deveriam requisitar o vídeo da torpe entrevista do Diretor do Implurb e responsabilizá-lo criminalmente pelo que disse. Senhor Manoel Ribeiro, não falta somente amor dos habitantes pelos espaços público, falta, principalmente, respeito de sua parte em relação as pessoas, ao ser humano.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A má qualidade dos programas de oposição

Um dos componentes importantes que não aprofundei na postagem de ontem denominada o “Injusto jogo da democracia burguesa” foi a questão da qualidade dos programas de Televisão e Rádio. Eis mais um dos elementos que desequilibram o jogo e o tornam injusto: enquanto os programas dos maiores partidos, principalmente das coligações que envolvem os partidos da nacionalmente chamada “base aliada” apresentam programas de altíssima qualidade, os menores o fazem, quando fazem, com baixíssima qualidade, ou quase nenhuma. Do ponto de vista dos estudos da Comunicação, quem “erra a mão” nos programas pode provocar uma tragédia. Acontece, porém, que os partidos políticos chamados “nanicos” não erram. Na verdade, não possuem condições financeiras de fazê-los com qualidade, Com isso, o jogo fica desequilibrado, de novo, em favor “dos grandes”. Sejamos honestos! Não se pode falar em democracia plena quando, na largada, as chances não são iguais. O jogo atual é cruel e já antecipa os vencedores e os vencidos. No limitei, portanto, não há igualdade. Os fenômenos “eleiçoeiros de votos”, como foi o caso de Tiririca, em São Paulo, acontecem quando a população não suporta mais os desmandos. Algo, porém, fora do jogo normal. Defendo, portanto, que repensemos todo esse processo.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O injusto jogo da democracia burguesa


A Democracia burguesa, não tenho dúvidas, é um artifício do capitalismo para legitimar a dominação das minorias com o apoio da maioria aparente. E um dos componentes fundamentais desse jogo de aparências é o horário eleitoral gratuito. É mais que evidente: todas as vezes que começa o horário eleitoral, o candidato (ou candidata) dos grupos dominantes “arranca” nas intenções de votos, dispara nas pesquisas e passa a figurar entre os primeiro colocados. No mais das vezes, vence as eleições. O processo é feito inteiramente para a sociedade “aceitar” que se trata de uma disputa democrática. Na prática, porém, é o maior engodo. Tomemos a disputa em Manaus como exemplo dessa democracia aparente. Antes da entrada em vigor do horário eleitoral, o grupo dominante nem candidata tinha. Pela capacidade de pressão do grupo, por ter governador, senador, presidente e ex-presidente com “as chaves” do cofre, consegue ampla maioria no “arco das alianças”. Essa “ampla maioria” é negociada descaradamente com o oferecimento de cargos e favores. Com isso, os demais partidos perdem a chance de apresentar suas ideias. O sistema só seria justo e coerente se o tempo de televisão e de rádio de todos os candidatos fosse exatamente igual. Sem isso, pode até haver democracia, mas, não há justiça. Se não, vejamos como começa o jogo das aparências. Em Manaus, por exemplo, a candidata do governador, do senador e da presidente (bem como do ex-presidente), mal abre a boca. Quem passa o horário eleitoral inteiro, no Rádio e na TV, a implorar por votos para a candidata é o governador, o senador e o ex-presidente. Fosse um modelo justo, esse tipo de pressão governista seria proibido, pois se trata, no mínimo, de crime eleitoral de uso da imagem do próprio governador em favor da candidata que apoia. Todos “vendem” a ideia de um jogo democrático. O que há, porém, é a força do dinheiro. Principalmente do dinheiro público e dos cargos em favor de quem está no poder. A democracia com essa configuração não me serve. Penso que, também, não serve à sociedade. Ou a aperfeiçoamos com financiamento equânime de campanha e horário eleitoral com o mesmo tempo para todos os partidos que concorrerem aos cargos majoritários ou participaremos sempre desse teatro público da enganação.

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Notícias que em nós plantam a dúvida


Ontem, aqui neste mesmo espaço, sob o título “Um doutor em direito para a vaga de Peluso”, teci elogios à presidente Dilma Rousseff (PT) por ter escolhido o mestre e doutor em Direito Processual e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Teori Albino Zavascki, para ocupar a vaga de Cezar Peluso no Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, porém, deparo-me com a notícia de que “Ministro indicado por Dilma absolveu Antonio Palocci”. Imediatamente me veio a dúvida: será que o ministro fora indicado pelo currículo profissional que tem ou por aquela decisão que tomou? O que me conforta é que nem todos os ministros do STF rezam permanentemente pela cartilha de quem está no poder. Joaquim Barbosa é um exemplo disso. A intenção da mídia ao difundir notícia com esse conteúdo talvez seja nos ajudar a “avaliar” melhor as decisões tomadas pela presidente da Nação. Terminam por provocar dúvidas. Salutares, aliás, em um País democrático. Que o novo ministro do STF mantenha a dignidade acima de tudo e honre a carreira acadêmica e pública que construiu.

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Um doutor em direito para a vaga de Peluso


A presidente Dilma Rousseff (PT) surpreendeu, desta vez positivamente, ao indicar o nome do professor doutor em direito e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Teori Albino Zavascki, para ocupar a vaga de Cezar Peluso no Supremo Tribunal Federal (STF). O novo indicado ainda deverá ser submetido a uma sabatina no Senado Federal, mas, pela sua história, talvez não haja problemas em aprová-lo. Ele é natural de Santa Catarina. Lá, formou-se em direito. Depois, fez mestrado e doutorado em Direito Processual na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi professor da própria UFRGS e hoje ministra aulas na Universidade de Brasília (UnB). Ao que parece, a presidente Dilma Rousseff tenta acabar com os argumentos dos que criticam a falta de qualificação dos ministros do STF ao indicar um doutor. Espera-se que, daqui para a frente, a maior corte do País seja ocupada por pessoas efetivamente tituladas e de posturas dignas de respeito como a demonstrada por Joaquim Barbosa, relator do Mensalão.

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domingo, 9 de setembro de 2012

A disputa pela pior ficha suja


Li, ontem, uma postagem de Luiz Frave, o milongueiro que tomou Marta Suplicy do senador Eduardo Suplicy, que resume bem o espírito do Partido dos Trabalhadores (PT) nessas eleições: desqualificar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Diz ele: “Os tucanos tiveram 56 candidatos rejeitados pela Lei Ficha Suja. Isso dá três vezes mais que os petistas”. Posso interpretar da seguinte forma: “sociedade, eles são sujos, mas, nós somos três menos sujos que eles.” De outra forma, podemos entender da seguinte forma: eles são sujos, nós somos três vezes menos sujos que eles. De toda a forma, a não ser que eu seja um perifeito idiota, são dois partidos assumidamente sujo, fichas sujas, imundos até a alma. Sejamos menos cínicos e canalhas. Não está em jogo quem é menos corrupto, quem é menos canalha. Luto, como a toda a sociedade brasileira, por uma política mais limpa e honesta. Relativizar a corrupção é uma estratégia do Partido dos Trabalhadores para esconder o mar de corrupção que graça desde o Mensalão. A sociedade não pode, não deve e não tem que discutir quem é menos oou mais corrupto. Tem de ter como meta que não é corrupto, isso sim. Portanto, um partido que assume ser corrupto até a medula, embora não seja mais corrupto que o seu principal adversário, não merece o poder. Avaliemos isso nessas eleições. Para não perdermos o rumo da história.

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sábado, 8 de setembro de 2012

Candidato universal do reino de Deus


O candidato do Partido Republicano Brasileiro (PRB) à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, nada de braçada a frente dos dois concorrentes diretos, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT), a ponto de, entre os militantes desses dois últimos, quando se pergunta como andam as coisas eles respondem: “Tá Russo, mano!”. A brincadeira tomou as ruas de São Paulo depois que Russomanno ganhou a dianteira, ultrapassou Serra e não para mais de crescer. Os mais otimistas dizem que, a se manter a tendência, ele leva a eleição no primeiro turno. Quem poderia imaginar esse “milagre” nas eleições deste ano na capital de São Paulo? Os bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, especificamente o líder espiritual, Edir Macedo. Ao descobrir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usaria de qualquer artifício para derrotar José Serra, posicionaram o candidato da igreja deles como uma “terceira via”. As coisas começaram a ficar melhores ainda para Russomanno quando Lula resolver aliar-se a Paulo Maluf (PP). As bases malufistas não aceitaram a aliança e, ao invés de se lançarem na campanha de Haddad, desembarcaram na campanha do candidato da Igreja Universal. Eis a receita perfeita do sucesso: um candidato que é uma mistura de Paulo Maluf com Edir Macedo. O céu (de brigadeiro) parece ser o limite da campanha de Russomanno. O dia 7 de outubro mostrará a prova dos nove.

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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O totalitarismo democrático do capital


Olho para o “mundo dos ricos” vejo vício. Para o dos pobre também. O vício que mais me preocupa, porém, é o da dominação, do pensamento totalitário e único. Que os partidos da antiga esquerda, que hoje estão bem à direita, chamavam de “centralismo democrático”. Ao que parece, porém, esse centralismo democrático de então se transmutou para o que hoje, talvez possa ser chamado de “totalitarismo democrático do capital”. Por mais contraditório que possa parecer, o regime continua democrático, com eleições regulares, todas, porém, a serviço do capital e de um ideário nacionalista de “mentirinha”, ou seja, para consumo interno. O que se tem na América Latina, e o Brasil não foge ao modelo, são antigos dirigentes da esquerda histórica mancomunados ou com militares ou com a velha elite da antiga direita com um único objetivo: manter o poder ad eternum. Expertamente essa turma se apoderou da democracia burguesa, usa seus artifícios, como bolsa disso, bolsa daquilo, numa prática clientelista das mais nojentas, para perpetrar algo antes criticado por todos eles: a dominação como vício. Em cada estado do País forjou-se um líder linha-dura como se a federação fosse formada por neocapitanias hereditárias. Quem incomoda o “grande líder” desse “totalitarismo democrático” é execrado em Praça Pública ou se cria uma “frente” para massacrar que ousa enfrentá-lo. A disputa pela prefeitura de São Paulo é um exemplo disso. Assim como não é à toa que uma candidata à Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) não diz outra coisa nos programas eleitorais gratuitos dela: “Vou estabelecer parcerias com Lula, Dilma, Braga e Omar”. É um mantra que ela repete para qualquer problema da cidade. A alternância de poder, algo defendido também como um mantra por essa turma que hoje ocupa o poder como essencial para a democracia parece ter sido esquecida. Ou o totalitarismo democrático do capital a apagou de vez dos manuais da hoje neodireita do poder?

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A difícil luta diária contra o vício


O problema enfrentado pelos jogadores Adriano, do Flamengo, e Jobson, do Botafogo, pode atingir qualquer família. E deve ser visto, acima de tudo, como um problema de saúde pública. O vício, em quaisquer dos seus aspectos, e a droga é apenas um deles, fere de morte o equilíbrio emocional da pessoa. Só quem é viciado em Facebook e Twitter pode entender perfeitamente o drama desses jogadores de futebol e de todos os demais viciados da era moderna. A cura das nossas neuroses e psicoses, em geral, não ocorre individualmente. Além do apoio de profissionais da psicologia e da psicanálise, a própria pessoa deve reconhecer a dependência para o início do processo de cura, ou, pelo menos, do controle da doença. Para além de tudo isso, o apoio do núcleo familiar é fundamental. Nós, os seremos humanos, nitidamente não temos tendência à normalidade. Somos cada vez mais neuróticos nessa luta diária por “acumular riquezas”, posição social e exposição midiática. Todas essas doenças estão no rol das “drogas” legalizadas, exploradas oficialmente e aceitas pelo capital. Está na hora de arrancarmos esses adjetivos e assumirmos nossos vícios como parte da vida. É a melhor forma de conscientemente enfrentá-los.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A indignidade contra o ser humano


Obrigar o jogador Adriano a, em uma entrevista coletiva, pedir desculpas aos torcedores e ao próprio clube é tão indigno quanto contratá-lo com o discurso de que se “está dando mais uma chance de ele se recuperar”. Notadamente, o jogador que hoje tem novo contrato com o Clube de Regatas do Flamengo, é doente. Ao que parece, se não é viciado em bebidas alcoólicas, o é em algo muito mais destruidor: drogas. Portanto, o fato de “dar oportunidades” e “lavar a mãos” não resolverá o problema do jogador”. Efetivamente, Adriano precisa de tratamento intensivo para se recuperar da sua dependência química. Sem que isso seja feito, é uma indignidade contra o ser humano obrigá-lo a pedir desculpas e dar entrevistas coletivas nas quais venha a se purgar. Fará de novo. Não depende dele. É parte da doença. Não o julguemos! Sou torcedor do Vasco da Gama. Nem por isso condeno Adriano. Ele, que para os torcedores é conhecido como “O imperador”, precisa de tratamento e acompanhamento médico. Sem isso, fingir que se está a dar oportunidades é mero jogo de cena. O Flamengo é muito maior e não pode se prestar a esse tipo de coisa. Se quer ajudar Adriano como ser humano que o faça, Mas, que não atente contra a dignidade ele como pessoa. Jogá-los às traças é muito fácil. Tratá-lo efetivamente é que são elas!

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Testemunha do Mensalão isolada e sem emprego


A se levar em conta os votos do ministro relator, Joaquim Barbosa, e do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, os ex-dirigentes do Banco Rural não escapam da condenação. Apesar de a direção do Banco Rural ter usado de todos os tipos de coação possíveis para desqualificar o ex-superintendente da área de Compliance do Banco, Carlos Roberto Sanches Godinho, considerado a principal testemunha de acusação. Em notícia publicada no site Yahoo, material da Agência Globo esclarece que foram usados vários tipos de coações: “De ações de indenização a mandados de busca e ordem judicial para vetar entrevistas, o Rural recorreu aos mais variados instrumentos para evitar que Godinho pusesse ainda mais em risco a imagem da instituição.” Desde quando decidiu se rebelar e não aceitar participar do esquema de empréstimos forjados, Godinho caiu em desgraça não apenas no Banco Rural, mas, no mercado. Ele não consegue mais emprego e vive a cada da filha em Belo Horizonte e a do filho, no Rio Grande do Norte. Quando chegará o tempo em que ser honesto e fazer as coisas corretas neste País não renderá punição e isolamento para a pessoa? É uma vergonha a situação enfrentada por Godinho. Que tenhamos a capacidade de nos indignar contra isso!

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Péssimos serviços prestados pelos bancos


As filas das loterias e posto de atendimentos alternativos aos bancos tradicionais em dias de início de mês, principalmente antes de um feriado, demonstram o péssimo serviço prestado aos clientes. Principalmente àqueles que não são correntistas e precisam do serviço bancário para pagar suas contas. Nos dias da “virada do mês”, porém, os correntistas também pagam o pago. Hoje, por exemplo, fui ao banco Itaú para resolver um problema simples que, rigorosamente, poderia ser solucionado pelo setor de “cobrança” ou “atendimento” ao cliente. Não hoje solução porque esse setor, no Itaú, é um dos piores de todos os bancos que já trabalhei. Com isso, o que aconteceu? Passei das 14h20 até às 15h40 na fila do banco para fazer um único pagamento. Como a “Lei das filas” não funciona nesse período, os bancos se aproveitam, também, deixar claro que não se importam com os clientes de varejo. Uma lástima!

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domingo, 2 de setembro de 2012

A força da máquina na democracia brasileira


Somente um político, o saudoso Mário Covas, teve vergonha e dignidade o suficiente para admitir, por meio de atos, que a força da máquina na democracia brasileira desequilibra o jogo. Foi o único político brasileiro a abrir mão da “Lei da Elegibildiade”e se afastou co cargo para concorrer à reeleição. Com reeleição ou não, porém, o jogo fica completamente desequilibrado quando a máquina administrativa entra em ação. Uma prova cabal disso é a candidatura de Vanessa Graziottin à Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). Patinhava entre o terceiro e o segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos. Com o começo do horário eleitoral e a entrada em campo do governador Omar Aziz (PSD), do senador Eduardo Braga (PMDB) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já encosta no líder, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Artur Neto. Não duvidem! Uma das missões mais espinhosas da vida política de Artur Neto será manter a liderança e derrotar Vanessa Graziottin (PC do B). Ainda mais se houver segundo turno. Quer queiramos, quer não, Henrique Oliveira (PR) é da “base aliada”, Serafim Correia (PSB) e Sabino Castelo Branco (PTB) também. Em havendo um segundo turno entre Artur e Vanessa, as possibilidades de vitória de Artur são mínimas. A não ser que sua candidatura se transforme em uma onda de protesto da população contra o “pensamento único” que toma conta da política no Amazonas. Algo pouco provável pelo rumo que a campanha toma.

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sábado, 1 de setembro de 2012

Neotucanismo: Dilma e um novo jeito PSDB de governar


Não tive dúvidas sobre o que escreveria hoje ao ler um Twitter do jornalista, consultor e assessor sindical Eduardo Pavão (@EduPavao). Claro, imediatamente fiz contato com ele (somos seguidores mútuos) e pedi autorização para usar o termo que, pelo menos para mim, foi criado por ele. Pensei logo em um título que resumisse tudo (sou assim: só escrevo se fizer o título primeiro). Nasceu “Neotucanismo: Dilma e um novo jeito PSDB de governar”. Chamar um petista histórico de neotucano deve ser a maior ofensa do mundo. Tem o poder de provocar estragos. Minha sorte é que Dilma não é histórica do PT. Começou a carreira política no PDT de Leonel Brizola. Certamente, porém, ao postar estes escritos, perderei alguns seguidores: todas as vezes que falo do Partido dos Trabalhadores (PT) perco muitos deles. Mas, é a vida de quem fala o que pensa e, às vezes, nem pensa sobre o que vai falar. E pensei muito sobre o que falar a respeito do “Neotucanismo” de Eduardo Pavão. A política econômica é a mesma do Governo FHC. A política social foi criada por Ruth Cardoso. O PT só refinou e deu um caráter mais populista que popular. Criou os currais eleitorais que o PSDB tinha vergonha de fazer e assumir. A política para a educação, então, de estado mínimo, é a mais igual de todas. O “jeitão” Dilma de tratar os servidores públicos, principalmente, em greve, não deixa dúvidas: estamos sob a égide de um novo tucanato. É o Dilmanato! Ou o Neotucanismo: o jeito Dilma de governar. Serra não faria melhor. Não foi por acaso que FHC rasgou elogios à forma de Dilma tratar os grevistas. Parabéns Pavão, pela criação! Parabéns Dilma, por ser uma aluna tucana tão bem aplicada!

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