domingo, 28 de fevereiro de 2010

Janela para a vida


Foi com muita emoção que vi no Canal Esportivo ESPN uma material especial sobre o “Brasil da Copa do Brasil” que falava sobre o time de futebol Votoraty. Pela proposta do programa seriam mostradas “curiosidades” das cidades que possuem times na Copa do Brasil. A “curiosidade” de Votorantim, cidade do interior de São Paulo, é um programa de Tv denominado “TV Cela”, produzido e apresentado por reenducandas da Cadeira Pública Feminina da cidade. O brilho no olhar da apresentadora, da responsável e pelas gravações é uma lição de vida. Em cada rosto se percebe a vontade de ser reeducada e aceita novamente para convívio social. O que mais emociona é sentir que a Comunicação verdadeiramente social é capaz de promover a inclusão de pessoas. O projeto é da Associação Cultura Votorantim (http://www.culturavotorantim.com.br/). Conta com o apoio da Delegacia Seccional de Sorocaba por intermédio do delegado José Augusto Pupin e das Faculdades de Comunicação do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), que edita as imagens. Para conhecer o projeto visite http://projetotvcela.blogspot.com/.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Voo de águia


O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB) não mudou uma vírgula na forma de fazer política. Ao que tudo indica, alça um voo de águia e fica a observar o cenário político local para dar o bote na hora exata. Cifradamente nas ações e nos discursos, já não deixa clara a certeza de que não é candidato ao governo do Estado. Nos bastidores, as perspectivas de vôos mais altos parecem se confirmar. A compra de 2.000 horas de voo em uma Companhia Aérea regional indicam que o prefeito de Manaus visitará muitos colegas ainda este ano. Será que fará tantas viagens ao interior do Estado apenas como líder supremo e conselheiro ou como candidato? Até o meio do ano o mistério será mantido. Enquanto isso, Mendes mantém seus voos cada vez mais longos. Com o balaio de intenções de votos que possui, dificilmente o prefeito de Manaus ficará de fora da disputa.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Esquina da (má) sorte


Seria cômico se não fosse uma tragédia dos tempos modernos. Mas, essa de a funcionária de uma loteria de Novo Hamburgo ter esquecido de registrar os jogos de um dos bolões, justamente o premiado, mais parece tragédia grega. E com requintes de crueldade, pois, segundo dizem, o pai da funcionária era um dos apostadores do bolão. Para completar, o nome da casa lotérica é Esquina da Sorte. De hoje em diante o proprietário, se for julgado inocente, pode até manter o negócio mas ficará esquisito demais chamar a casa loteria de Esquina da Sorte. Na melhor das hipóteses, o nome deveria mudar para Esquina da má sorte. Porque esquecer de registrar um jogo é algo que até se pode aceitar, mas, esse jogo ser premiado e um dos sorteados ser o próprio pai é de lascar. É uma má-sorte que não tem mais tamanho.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aposentadoria compulsória


Na mais recente reunião, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aplicou pena máxima a vários juízes no País inteiro, inclusive no Amazonas. Sabem qual é a pena máxima, meus caros leitores e leitores? Não sabem? Mas devem imaginar algo de extremo rigor. Qual nada. A pena máxima da Justiça brasileira para magistrados pegos “fazendo traquinagem” é a aposentadoria compulsória. Pasmem! Aposentadoria compulsória com salários tranquilamente pagos. Não tive outro jeito: fiquei a matutar qual a lógica de uma pena “tão grave” aplicada a um juiz. Encontrei uma: é bem provável que seja um viés econômico. Oras, se um juiz ou magistrado é acostumado a praticar “traquinagens” e engordar os proventos, vem a punição. Com aposentadoria, o magistrado é obrigado a viver apenas com os ganhos da aposentadoria. Tirar a possibilidade de quaisquer outros tipos de “traquinagens” é uma pena considerada terrível. Ah! Sim! Deve ser isso mesmo. Agora entendi a gravidade da pena e o porquê de ela ser tão dura.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Engarrafamento óbvio


Não era preciso ser nenhum engenheiro de tráfego para prever que haveria engarrafamento na saída do Complexo Viário Gilberto Mestrinho, sentido Japiim. Nem precisou o retorno das aulas na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para, por volta das 7h da manhã, o motorista que vai, no sentido do Distrito Industrial, passar por maus momentos. Dia desses, um acidente em frente à Ufam transformou em inferno a vida dos motoristas. Sem contar que os pedestres não possuem nenhuma área segura para atravessar nas proximidades do Complexo Viário. A partir do dia 15 de março, quando as aulas retornarem na Ufam haverá sempre um caos na hora da entrada e saída de estudantes. Independentemente disso, há um gargalo que precisa ser solucionado urgentemente, no Japiim, em frente à feira, nos dois sentidos. Será que a prefeitura concluirá que só um novo Complexo Viário, no Japiim, solucionará o problema? Como se prega em São Paulo, um viaduto é sempre um modo de encurtar a distância entre um engarrafamento e outro. Aqui a máxima começa a valer.

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Turrão assumido


Podem acusar o ex-prefeito de Manaus, Serafim Correa (PSB) de tudo, inclusive de ter perdido meio mandato para eleger o filho, Marcelo Serafim, deputado estadual, mas ninguém pode subestimá-lo nas suas análises de cenário. Quando ganhou a prefeitura de Manaus, bateu o pé, não aceitou aliança com a deputada federal Vanessa Grazziotin e foi para a história como o único a derrotar Amazonino Mendes em uma disputa majoritária. Agora, ao que parece, Corrêa não mordeu a isca do PT. Para ele, com as candidaturas de Omar Aziz (PMN), Alfredo Nascimento (PR), Amazonino Mendes (PTB) e a dele próprio, é claro, haverá segundo turno. Serafim Corrêa é economista, sabe usar bem a calculadora e aposta que Mendes não ficará quieto nessa disputa. Os movimentos do prefeito de Manaus indicam que Mendes, mais uma vez, blefa e será candidato. Essa história de que Lula decide tudo, que farão o que Lula mandar é pura enganação. O mesmo grupo político está em guerra e, com todos os erros (há acertos também) só se configura como candidatura de oposição o ex-prefeito Serafim Corrêa. Sem contar que é da personalidade dele ser teimoso, um turrão assumido. Logo, ao que tudo indica, não haverá aclamação no Amazonas mas sim uma disputa acirradíssima.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Partido Único


Essa história de Palanque Único (PU) é pura balela. O que o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu nas entrelinhas das suas estratégias paras as eleições deste ano foi que se transformará em Partido Único (PU) em poucos anos. E para atingir tal objetivo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usa toda a estrutura de poder para minar, queimar, liquidar ou qualquer outro verbo que tenha o sentido de “exterminar” seus adversários atuais e possíveis adversários e ainda finge estar ao lado deles, como ocorreu em Brasília. Lula, o bom-samaritano, também deve se posicionar favoravelmente ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Lula o ecumênico, Lula o sensível é sempre a melhor pessoa, o melhor ser humano do País. Nunca, na história do País, nasceu um homem tão bom. A humanidade só teve uma pessoa que chegou próximo de Lula: Jesus Cristo. A estratégia de trazer Serafim Corrêa (PSB) para o palanque de Alfredo Nascimento (PR) não é apenas uma fórmula para dar palanque único à Dilma Rousseff. É, também, uma tacada para liquidar a oposição no Amazonas. Já imaginaram se Nascimento sai com o apoio de Braga e Mendes? Quem seria o candidato de oposição? E se ficam como a segunda via, com Omaz Aziz (PMN) como candidato? Lula terá a certeza que Braga e Omar são traidores. A dama-de-ferro, então eleita presidente, se encarrega de liquidar os dois. Em pouco tempo o PT, talvez já com o nome de PU, chega ao poder no Amazonas. Não duvidem, o caminho para o PU está aberto.

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Decisão radical


Encontrei recentemente o professor Renan Freitas Pinto, um dos maiores intelectuais vivos deste Estado, e lamentei profundamente o fato de ele ter pedido afastamento do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ele disse-me que se afastou do Mestrado e do Doutorado e que não retorna mais para nenhum programa de Pós-graduação até se aposentar. Renan completou: “descobri que estudava mais que os alunos. Eles chegavam em sala de aula sem um texto lido.” Despediu-se de mim e fiquei a refletir sobre a decisão dele. Confesso. Em alguns momentos pensei em tomar a mesma decisão de Renan Freitas Pinto pelos mesmos motivos. Há, claramente, certo descompromisso dos próprios estudantes com os programas de Pós. Talvez reflita o próprio descompromisso institucional: muitos programas funcionam sem as mínimas condições estruturais. Um afastamento voluntário como esse do professor Renan Freitas Pinto deve provocar reflexão profunda na Ufam como um todo e nos programas de Pós, em particular.

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Posições desconfortáveis


Pesquisa divulgada esta semana pelo Ibope apresenta o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) em primeiro lugar na corrida presidencial com uma variação de 36% a 41% das intenções de votos. A pesquisa paga pela Associação Comercial de São Paulo, aponta Dilma Rousseff (PT), em segundo lugar com 25% e Ciro Gomes (PSB) com 11%. O curioso é que não há posição confortável nem para José Serra, nem para Dilma Rousseff. Tanto a candidata do PT pode subir quanto o candidato do PSB. Gomes já foi favorito à disputa mas depois permaneceu no limbo por um bom tempo. Hoje, ao que parece, a briga para ocupar o Palácio do Planalto parece ter sido polarizada entre o PT e o PSDB. Não se engane, porém, se acontecer algo que provoque uma virada e uma mudança drástica no cenário. Por enquanto as posições apresentadas nas pesquisas não são confortáveis para ninguém.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Toma lá, dá cá


De programa humorístico da televisão brasileira, o “toma lá, dá cá” transformou-se em prática generalizada na política brasileira. Antes recebeu outro nome: “é dando que se recebe”, numa alusão torta à Oração de São Francisco. Era o chamado período franciscano da política brasileira, quando até um presidente foi obrigado a renunciar. Quando se imaginava que Brasília estaria imune, aparece o mensalão do DEM, que, em seguida, virou o mensalão do Arruda. Surpreendentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão do governador José Roberto Arruda sem a autorização da Câmara Distrital e, mais surpreendente ainda (não tanto em se tratando de Marco Aurélio de Mello) o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão. O pior de tudo isso é que Joaquim Roriz, que tem histórico de corrupção em Brasília, pode ressurgir das cinzas e voltar. Pelo andar da carruagem, seria eleito, com folga, em outubro deste ano. Toma lá, Brasília!

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Complexo Boto Tucuxi


Sinceramente, depois do resultado das escolas de samba de Manaus, quando a reino Unido da Liberdade ficou em segundo lugar com a homenagem a Gilberto Mestrinho, passei a refletir sobre a profusão de obras públicas com o nome do ex-governador. É o PAM da Getúlio Vargas, é o Complexo do Coroado, é o Grêmio Recreativo Escola de Samba Reino da Liberdade. Será que esqueci alguma coisa? Certamente surgirão mais homenagens. Algumas merecidas, outras duvidosas. O que incomoda mesmo a proporção que essas homenagens chegaram. Talvez fosse interessante modificar um pouco e usar nomes que o próprio Gilberto abominava no início, mas, depois resolvi incorporar. Por exemplo, vocês não acham que seria interessante o Complexo Viário ser chamado de Boto Tucuxi? O PAM da Getúlio Vargas não ficaria mais simpático se fosse Boto Navegador? E o novo Vivaldão? Ao invés de Paneirão, que tal se fosse Timão? Evitaria essa ideia de puxa-sacaquismo exacerbado.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Encontros e despedidas


Milton Nascimento e Fernando Brant compuseram uma jóia chamada “Encontros e Despedidas”, gravada por Milton Nascimento, em 1985, em LP. Simone também gravou, mas a música foi responsável pelo primeiro sucesso nacional da cantora Maria Rita Mariano, filha de Elis Regina e do arranjador César Camargo Mariano. Alguns críticos musicais dizem que trata-se de uma letra em homenagem a Chico Xavier. Não sei se há alguma referência às visitas psicografadas de Xavier ao mundo de cá. O que sei é que essa letra (e a música também) sempre me inspira e hoje a escuto na voz de Maria Rita. Se há uma das festas populares que mais trazem em si a ideia de encontros e despedidas, o Carnaval é a maior delas. Como sempre, tudo termina na quarta-feira, dita de cinzas. Como nem só de bebidas e fantasias vive um ser humano, o mundo retoma seu ritmo a partir de hoje. Encontros, despedidas e muitas contas vencidas do feriadão. Haja fila!

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Aconselhamento espiritual


O Ministério Público do Estado (MPE), em alguns casos, demonstra uma atuação perfeita e uma lucidez elogiável. Ao recomendar à Polícia Militar (PM) que não realize o programa Rede Educativa demonstrou compreender perfeitamente que o Estado é laico e não deve privilegiar determinada religião. O comandante da PM, Dan Câmara, é pastor da igreja Assembleia de Deus e acredita que aconselhamento espiritual é capaz de “melhorar as pessoas”. O programa chamado Rede Educativa destinava-se a promover aconselhamento espiritual para as pessoas que praticassem agressão física, exagerassem na bebida alcoólica ou perturbassem a ordem pública. Teoricamente os aconselhamentos seriam feitos em barracas da própria Polícia Militar por voluntários de igrejas e organizações não-governamentais (ONGs). É bem-possível que o MPE tenha desconfiado que os voluntários e as ONGS fossem todas ligadas à igreja Assembleia de Deus.

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cinzas carnavalescas


A sede com que José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) buscam os holofotes neste carnaval impressiona. Com o perdão do trocadilho, onde há Luz, Dilma está. E desta vez foi na Marquês de Sapucaí, no primeiro dia de desfiles das escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Madonna, Jesus Luz, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho e quem? Isso mesmo Dilma Rousseff. José Serra também não perde uma chance. Os dois, Rousseff e Serra esquentaram os tamborins em Olinda e Recife. Estiveram no Galo da Madrugada e não perdem qualquer chance de, digamos, “brilhar”. Em ano de Copa do Mundo e Carnaval, águas vão rolar embaixo de muitas pontes (sejam obras do PAC ou não). O que se espera é que essa proximidade do povo de ambos não termine na quarta-feira de cinzas. Uma certeza existe: um dos dois, certamente, verá os votos que pensam ter transformarem-se em cinzas.

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Subserviência irrestrita


Reportagem do jornal Diário do Amazonas deste domingo aponta um histórico de rasteiras e traições dos políticos do Estado. De acordo com o jornal, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB) lidera a lista de rasteiras, seguido pelo vice-governador, Omar Aziz (PMN). Há certo exagero do jornal em tratar o assunto como rasteira ou traição. Na verdade, trata-se de uma estratégia política baseada na subserviência irrestrita de alguns políticos e partidos, como o PT e o PC do B. A troca de apoio de um político aqui outro acolá não passa de mexidas no xadrez da política local para não perderem o poder. Tanto o é que até hoje o grupo comanda o estado sem nenhuma chance para os antigos partidos ditos de oposição. Enquanto no Acre, o PT cresceu juntamente com o PC do B, aqui, mal conseguem vereadores e deputados. Tiverem que se curvar ao poder de um grupo de direita liderado por alguém com uma visão um pouco menos torta que a de Amazonino Mendes. Eduardo Braga soube controlar perfeitamente os arroubos de Omar Aziz, que não esquece seu passado do PC do B, bem como todo o PT do Estado. Além disso, Braga tem o apoio incondicional das igrejas evangélicas. Ao que parece, não há nada de traição e tudo de subserviência.

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uísque e bacalhau


Não vejo nada de anormal em o governador Eduardo Braga (PMDB) e seu vice, Omar Aziz (PMN) servirem bacalhau e uísque na inauguração de uma escola de tempo integral na Cidade Nova. Que eu saiba Braga nunca foi comunista, mas Aziz é um neocomunista convertido. Logo, não vai querer distribuir a miséria com o povo, mas sim a riqueza. Um dos ditos prediletos da minha safra é: “comunista que bebe uísque 22 anos nunca mais consome cachaça.” Pode-se acusar Braga e Aziz de tudo, menos de não manter a coerência. Merecem elogios por dividir com os mais humildes a prática do dia-a-dia. Os mais radicais vão dizer que eles deveriam regionalizar o cardápio e servir tambaqui ou pirarucu. Mas, no lugar do uísque, serviriam o quê? Açaí? Açaí é típico do Pará. Pirarucu ao leite da castanha. Putz! Castanha também é do Pará. Ah! Mas nosso governador é paraense. Se fosse eu, preferiria mesmo uísque e bacalhau. Que parem de dar pão e circo ao povo. Uísque e bacalhau são bem melhores. Viva o povo amazonense! Eu tenho orgulho!

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Prisão de Arruda


A prisão do governador de Brasília, José Roberto Arruda (Sem partido), veio tarde. A atuação do governador e seus asseclas, mesmo depois de descoberto todo o esquema do mensalão, se não era escárnio, chegava muito próximo. O que a justiça fez foi minimizar a sensação de impunidade e falta de vergonha que imperava no Distrito Federal. A máquina administrativa está corroída que não se percebe mais nenhum vestígio de ética. A cena de deputados orando (ou rezando, isso depende da crença) foi de um cinismo a toda prova. O mais chocante é que Arruda apenas aperfeiçoou uma prática que começou com o PSDB em Minas e profissionalizou-se com o PT no Governo Federal. Escravos dos próprios erros, os partidos tornaram-se reféns de si mesmos. Que atire a primeira pedra aquele que não tem mensalão na sua história. Talvez sobre o PSOL e PV. Mas, como para ter mensalão basta chegar ao poder, mais dia, menos dia, todos terão uma historinha para se divertir. Fica a pergunta: será que depois de Arruda outros mensaleiros dormem pelo menos uma noite em uma cela?

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Só enganação


Na propaganda oficial, o Estado do Amazonas é um dos mais seguros do País. Não é bom duvidar que o governador Eduardo Braga, em pouco tempo, seja um dos garotos-propaganda e apareça parafraseando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dizer que “não existe, na história deste Estado, registros de tamanha segurança quanto agora”. Dará, certamente, uma boa peça na sua campanha rumo ao Senado Federal. Ë bem provável até que muitas pessoas acreditem. Mas, o presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Amazonas (Sinpol-AM), José Ailson Andrade, disse que esse país das maravilhas pintado na propaganda oficial não passa de “enganação”. Ele declarou a um dos jornais de Manaus que as delegacias e os investigadores estão desaparelhados e que uma nova greve ocorrerá após o Carnaval. Ainda não houve resposta oficial do Governo do Estado, mas, certamente, será a que todos já conhecem: alegar que se trata apenas de uso do político do sindicato para obter vantagens pessoais. O problema é que a sensação de falta de segurança continua.

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Itaú engole Unibanco


O Itaú deve concluir uma espécie de consolidação das marcas no máximo em março deste ano. As contas empresariais que eram do Unibanco já estão apenas no Itaú. Até março os correntistas do Unibanco passam a ser, também, apenas do Itaú. Então, a marca Unibanco morre ou, no máximo, aparece no nome de fantasia “UnibancoItaú”. Aquela história inicial que todos contam, inclusive para acalmar os funcionários, que eles modernamente chamam de colaboradores, era tudo balela: “não o Itaú não comprou o Unibanco, foi uma fusão”. Fusão uma ova, o Itaú comprou sim o Unibanco e vai matar a marca Unibanco aos poucos. O mesmo aconteceu com a Varig. Encontrar uma aeronave da Varig é uma raridade. Eles ainda falam em GolVarig e o farão por algum tempo. Mas, ao fim, adeus Varig. Essa é a lógica empresarial. Uma fusão entre um forte e um menos forte sempre resulta na morte do último. Aos antigos correntistas do Unibanco que tinham tratamento especial um alerta: a partir de maio terão o atendimento padrão Itaú, ou seja, serão apenas mais um. Quem quiser atendimento preferencial terá de mudar de banco ou passar a ser um correntista Itaú-Personalité. É a vida!

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Missão espinhosa


A missão que, segundo dizem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dado ao governador do Amazonas, Eduardo Braga, de costurar a “unidade da situação” no Estado é das mais espinhosas. Primeiro porque já correm suspeitas, segundo as más-línguas, de que o próprio Braga estaria disposto a bandear-se para o lado de José Serra, candidato do PSDB. Depois, surgiu a conversa de que o vice-governador, Omar Aziz (PMN) teria uma conversa com o candidato do PSDB. Agora, o boato é de que Aziz irá pedir a benção de Lula para a sua candidatura, uma vez que o PMDB nacional quer vê-lo fora da disputa. Desde sempre, principalmente por ter sido o esteio da reeleição de Lula, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), se diz o candidato do presidente no Amazonas. Por fim, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT), que nega peremptoriamente que disputará as eleições deste ano, aparece como possível apoiador de Serra numa articulação de Egberto Miranda Batista, responsável direto pela derrota de Lula para Fernando Collor de Mello. Caso a articulação de Batista obtenha êxito, o PDT sai da base aliada e vai com Serra para a disputa. Mendes, então seria a melhor opção de palanque para o Governador de São Paulo. Braga terá de usar de muita habilidade para manter a união da situação. Será mais fácil ter um candidato para cada um dos dois mais fortes concorrentes à presidência.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Toque de recolher


O toque de recolher para crianças e adolescentes decretado por alguns juízes de comarcas do interior do Estado do Amazonas deveria ser imitado também na capital. Por mais que se trate de uma medida de força, e o é, em alguns casos, o processo de convencimento não funciona. E quando à venda de bebidas alcoólicas e o envolvimento com as drogas, quando mais tarde da noite, melhor para a ação dos traficantes. Comprovadamente, festinhas e noitadas em bares, principalmente nos bairros mais humildes, são ambientes propícios à violência. Não significa que nos bairros mais abastados também não haja violência. O problema, em todas as classes sociais, é a fala de limites para crianças e adolescentes. E se os pais ou a família não conseguem impor limites, só resta à justiça tomar providências. O toque de recolher em Manaus certamente reduziria em muito a violência. E teria o caráter didático de mostrar às crianças e adolescentes que é salutar conviver com limites. Loas aos juízes do interior que decretaram o toque de recolher.

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Revolução forçada


O resultado do uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), quando a maioria dos estudantes que ingressariam nos cursos mais concorridos foi de fora do Amazonas só revela uma coisa: o ensino fundamental e, principalmente o ensino médio, precisam passar por uma revolução de qualidade nunca vista na história deste Estado. Cabe aos governos criarem políticas públicas capazes de reduzir as desigualdades. E, se ao Ministério da Educação (MEC) só restou tomar uma medida de força para que os governos estaduais se tocassem, não devemos criticar a Ufam. Por linhas tortas, o resultado da Ufam indica um puxão de orelhas no Governo do Estado. A estrutura do ensino médio é frágil, pedagogicamente sem qualidade (o resultado Enem revela isso). Portanto, cabe à reitora da Ufam, professora Márcia Perales, com a sensibilidade que tem demonstrado, não assumir para si o ônus do resultado. Tem de mostrar claramente que, se todos os estudantes que ingressaram na instituição são de fora, a culpa não é da Ufam, mas de um ensino médio de péssima qualidade. A nós, na Ufam, cabe receber os melhores e, com isso, cumprir a política pública nacional de melhoria da qualidade do ensino. Se parece injusto hoje, com o tempo veremos que haverá uma melhoria (forçada, é claro) geral.

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Chapa puro sangue

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, já admite ser candidato a vice na chapa do Governador de São Paulo, José Serra, à Presidência da República. Seria uma chapa puro sangue do PSDB com o apoio do DEM, do PPS e de parte do PMDB. Este último, como sempre, não quer ficar fora do poder de jeito nenhum. Seu presidente, Michel Temer, caso Serra seja eleito, será visto, com certeza, lado a lado com o Presidente, jurando fidelidade absoluta. O problema é que o convicto Aécio Neves já admite ser vice porque, nem bem começou o ano e a candidato José Serra começa a fazer água literalmente. Não apenas pela questão das chuvas em São Paulo, mas pelo crescimento de Dilma Rousseff. A dama-de-ferro do Governo Lula tem todas as chances de se tornar a primeira mulher a dirigir o País. E isso tem tirado o sono dos tucanos que ficaram esses oito anos com uma oposição pífica e agora não sabem como encaixar o discurso para conter o crescimento de Rousseff. E quando o discurso de gênero começar a pegar, aí é que as intenções de voto em torno de Serra mudarão mais ainda. Pelo jeito, nem cavalo puro sangue dá jeito a essa candidatura de José Serra.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Combate à exploração


O anúncio de que órgãos da Prefeitura Municipal e Governo do Estado, em conjunto, farão uma campanha de combate à exploração sexual de Crianças e Adolescentes durante o período do Carnaval é de importância ímpar. A campanha será lançada no dia 11, às 16h, no Largo de São Sebastião. O que não se pode esquecer é que o combate à violência contra Crianças e Adolescentes não deve ser motivo de trabalhos em conjunto da Prefeitura e do Governo do Estado apenas em período de festas. Só se vence essa guerra contra a pedofilia e a exploração sexual com ações constantes de combate e conscientização. Combater a pedofilia e a violência contra Crianças e Adolescentes é dever do Estado em todos os níveis e, há muito tempo, deveria existir um posicionamento claro dos dois governos e uma política pública agressiva de combate a esses males. Começar no Carnaval, no entanto, é melhor do que não se fazer nada.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Corredor da Ephigênio Sales


O corredor da Ephig6enio Sales realmente mudou a vida dos motoristas de Manaus. O percurso ao longo do correndo ficou fácil de ser feito. No entanto, aposto que o fim de todos os retornos ao longo da avenida, de um viaduto a outro, dificilmente dura muito tempo. Quando os amigos dos que ocupam o poder começarem a rosnar, o Instituto Municipal de Transportes e Trânsito (IMTT) muda tudo. Há muitos poderosos de um lado e do outro da avenida que não se contentarão de forma nenhum com a falta de retorno. Perderão muito tempo para chegar em casa e terão de mudar completamente os hábitos de direção. Há outro problema que deve se mostrar grave: como a avenida é muito estreita, qualquer acidente ao longo do percurso paralisará completamente o trânsito. A volta às aulas da Ufam será o teste de fogo do complexo viário.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Trânsito lento


O problema do trânsito de Manaus, ao que tudo indica, não foi solucionado com a construção de passagens de nível e viadutos. O acesso ao crédito e o alongamento dos prazos deixaram as prestações dos veículos novos menores. Com isso, mais pessoas compraram carros em Manaus. Com mais carros e o mesmo número de ruas, não adiantaram as construções recentes. O que houve, em verdade, e ninguém pode negar, foi uma minimização dos problemas. No entanto, os engarrafamentos continuam na cidade, inclusive nas proximidades dos viadutos e passagens de nível. E tendem a piorar quando houve o retorno das aulas. Talvez as obras previstas para a cidade até a Copa do Mundo resolvam o problema de Manaus. Quem sabe a ponte e o deslocamento urbano para a área do Iranduba e Manacapuru deixem a metrópole menos problemática. Se isso acontecer, a história se encarregará de tecer loas a Eduardo Braga, governador que apostou na ponte que muitos diziam ligar o nada para lugar nenhum.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Rascunhos obscuros


Quando se pensa que os políticos profissionais do Amazonas fizeram desenhos de carvão do que será a sucessão estadual deste ano, eles se nos apresentam, no máximo, rascunhos obscuros. As especulações, agora, são que Pauderney Avellino (DEM), possível candidato a deputado federal, costura uma acordo entre o vice-governador Omar Aziz e o presidenciável do PSDB, governador de São Paulo, José Serra. Há interessa na cúpula do PSDB em lançar até Amazonino Mendes (PTB) ao governo do Estado a fim de garantir palanque mais forte para Serra no Amazonas. Depois da inauguração do Complexo Viário Gilberto Mestrinho, conhecido popularmente como Viaduto do Coroado, quando o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), o governador Eduardo Braga (PMDB), o vice-governador Omar Aziz (PMN), e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), trocaram juras de amor, tudo é possível na política do Amazonas. Inclusive, e ninguém duvide disso, um dos membros do grupo apoiar José Serra para o grupo ficar bem nos dois lados. E nessa história de estar de um lado para fazer número e depois voltar para o outro, o grupo tem o mestre. Alguém sabe dizer quem é?

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Desenhos de carvão


Enquanto crianças produzem desenhos de giz, políticos profissionais grafitam com pedaços de carvão. E foi o que fizeram o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), o governador Eduardo Braga (PMDB), o vice-governador Omar Aziz (PMN), e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), na inauguração do Complexo Viário Gilberto Mestrinho, aliás, o mentor de todos eles. Quem ficou chupando o dedo, embora tenha iniciado as obras, foi o ex-prefeito o ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB). Se alguém tinha dúvidas de que a base aliada do Governo Lula caminhará unidinha no Amazonas, essa dúvida foi desfeita na inauguração da obra. O grupo político que domina o Amazonas há mais de 20 anos não quer correr nenhum risco de perder o poder exatamente quando jorrarão bilhões de dólares para as obras da Copa do Mundo de 2014. Não quer dar a menor chance a Serafim Corrêa na disputa para o governo do Estado. Isso só acontece se todos centrarem forças em torno de um candidato. E esse candidato está mais do que claro: é o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Restará a Omar Aziz cumprir o papel que sempre exerceu no grupo com competência: o de vice. Alfredo Governador, Omar vice: a chapa já está formada. Alguém duvida?

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