O
verbo ouvir é daqueles que aprontam armadilhas para locutores de rádio. Por
mais que siga a cartilha de Marcos Bagno contra o "Preconceito
linguístico", não consigo ficar impávido quando ouço o locutor de uma rádio
de Manaus dizer "ouve aí". Talvez porque é uma dessas rádios Pops
que, certamente, jamais tocou "O mundo é um moinho", de Cartola,
cujos versos altamente sofisticados invocam:"Ouça-me bem, amor/Preste
atenção, o mundo é um moinho...". Ao ouvir o locutor da rádio que é apenas
repetida aqui em Manaus, sempre lembro-me de um locutor de rádio da minha
cidade Natal, Sena Madureira. Enquanto fazia uma entrevista comigo, tocou o
telefone. Ela atendeu e repetidas vezes dizia:"Fale mais alto para ver se
eu ouvo direito". É de morrer de rir para não se chorar!
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