A rara beleza de mais de 3 bilhões

Só agora fui entender o porquê de o antigo Estádio Mané Garrincha ter mudado para Estádio Nacional de Brasília e saído tão caro: devem ter cobrado pelas "estacas", pelos "esteios" que escoram a construção. Deve ter sido por isso que o estádio ficou com o preço acima dos R$ 3 bilhões. Talvez eu esteja pouco sensível às artes ou à arquitetura. Porém, já vi estádio feio, mas, igual ou similar ao efeito negativo que ficou o estádio mais caro do Brasil, não há. Na Amazônia, isso mais parece (veja foto) uma obra inacabada que precisou de esteios de madeira como escoras. Uma lástima!

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É preciso o mínimo de lucidez

Quando acontece uma tragédia como a que ocorreu em Manaus, é preciso o mínimo de lucidez para que não se cometa injustiças. Lucidez na hora de avaliar o problemas e na hora de emitir opinião sobre este ou aquele culpado. Acidentes, graves ou não, em geral, são resultados de uma cadeia de irresponsabilidades. A queda de um avião, por exemplo, na maioria das vezes, começa com uma série de irresponsabilidades, antes que ele saia da pista. O que me chamou a atenção foi ler, em algumas postagens, que, no caso do acidente em Manaus, houve quem atribuísse culpa ao prefeito da cidade, pelo fato de o Caminhão prestar serviços para a Prefeitura. Não há na mais absurdo do que uma relacionar as duas coisas e atribuir tal culpa ao prefeito. Que me perdoem os que assim raciocinaram.

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A insanidade coletiva no trânsito

O trágico acidente ocorrido em Manaus na noite de sexta-feira, por volta das 20h, ao que parece, é resultado por certo, de dois fatores que parecem predomina: a insanidade dos condutores de veículos combinada com obras que induzem ainda mais à velocidade. Pelo relato de algumas testemunhas, o motorista da caçamba, que perdeu o controle, vinha em altíssima velocidade. Parecia disputar um racha com uma caminhonete, ainda de acordo com os relatos. Sem querer encontrar culpados ou livrar a cara de alguém, mas, uma tragédia daquelas só não ocorreu antes, talvez, pela proteção dos deuses ou por cuidado dos motoristas. Mas, quem desce diariamente aquele viaduto da Rodoviária sabe que o veículo "pega um embalo" desproporcional, logo aumenta a velocidade. Fico sempre com a impressão de que todos os veículos que dele descem estão em disputa. Quando a velocidade aumenta na descida e os motoristas ainda aproveitam para "não deixar" o outro ultrapassá-lo, as condições para uma tragédia ficam postas.

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OBS: Post do dia 29/03/2014

Repórter inventa Comandante Alencar

Os programas de rádio, no Amazonas, ainda apresentam aquelas histórias que deveriam apenas fazer parte do folclore do rádio brasileiro. Estava eu a ouvir uma dessas notícias da daquelas que "são tocadas" pelo rádio quando o repórter anunciou entrou no ar e anunciou que uma das vítimas da violência na cidade tinha sido transferida para o "Posto de Saúde Aristóteles Comandante Alencar". Fiquei a torcer para que o médico Aristóteles Comte Alencar não tenha ouvido tamanha aberração. Comte é nome e não a abreviatura de Comandante. Como o repórter nunca deve ter ouvido falar nem do médico, nem do pai dele, preferiu ler "comandante" ao invés de Comte. Serei eu a única pessoa a ter notada a gafe?

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OBS: Post do dia 28/03/2014

Metade da aposta vencida

O anúncio de que o governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD) renuncia ao cargo no dia 5 de abril de 2014 para concorrer à vaga no Senado Federal não é preocupação apenas para o candidato ao governo do Estado, senador Eduardo Braga (PMDB). O senador Alfredo Nascimento (PR) deve ter começado a perder o sono desde o anúncio. Derrotado com mais de 60% de votos contra para o Governo exatamente por Aziz, Nascimento corre o risco de perder de novo uma disputa contra o antigo aliado, caso venha a se candidatar à reeleição. O anúncio tem um ponto positivo para este blogueiro: longe, muito longe, aqui neste mesmo espaço, apostei que Aziz seria candidato ao Senado e, de quebra, a primeira dama seria candidata a ocupar uma vaga na Câmara federal. Foi uma simples aposta, baseada apenas na experiência de jornalista. Por enquanto, metade dela já foi vencida.

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No Amazonas, só a Assembleia faz

Houve um tempo, no Amazonas, que todas as obras eram obras do então todo-poderoso Amazonino Mendes. Depois, o bastão do poder foi para as mãos de Eduardo Braga que, agora, corre o risco de perdê-lo de vez para Omar Aziz, caso o vice-governador, José Melo, venha a derrotar Braga na disputa pelo Governo do Estado. Recentemente, um peixe que poderia ser considerado pequeno, Josué Neto, passou a botar as guelras de fora. Comerciais no Rádio, na TV, nos Jornais, nos Out-doors e onde mais que se possa imaginar dão conta de que até o verde da floresta foi feito pela Assembleia Legislativa. Não seria uma tentativa aguda de transformar Josué Neto em vice ou de Braga ou de José Melo?

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As chaves do cofre nas mãos de Melo

Com o anúncio de que deixa o Governo do Estado do Amazonas no dia 5 de abril para disputar uma vaga no Senado Federal, o governador Omar Aziz (PSD), pode até não ter anunciado oficialmente o apoio à candidatura do vice, José Melo (PROS), mas que dá um senhor "empurrãozinho", isto dá! O céu, que parecia de brigadeiro para o senador Eduardo Braga (PMDB) voltar ao Governo do Estado, como anunciam as comissárias de bordo ao alertar para que os passageiros mantenham os cintos afivelados "pois estamos atravessando uma zona de instabilidade". Desta vez, para ficarmos na linguagem da Copa do Mundo, Braga não será cabeça-de-chave. Mangas e panos ainda se espalharão para todos os lados. Só que a chave do cofre ficará nas mãos de José Melo. Façam suas apostas!

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Uma Copa sem chuvas

Já dirigi minhas preces a todos os santos que conheço, e até aos que ainda vieram a ser santificados até junho, com um apelo, quase uma súplica, para que não chova em Manaus durante nenhum dos jogos da Copa do Mundo. E isso não é nenhuma tentativa de boicotar os ingleses que para cá virão. Depois da chuva de hoje e dos registros recorrentes que se tem de fazer sobre o caos na cidade, sempre que chove, não há nada a fazer a não ser rezar muito para que não haja sequer um chuvisco nos jogos da Copa, pois, se ocorrer, talvez venhamos a enfartar no trânsito caótico da cidade.

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Fast: o eterno tabu de ser vice

Enquanto torcedores do Flamengo, o campeão de vice-campeonatos em todas as estatísticas, tentam tirar sarro de nós, os vascaínos, ao nos aplicar a pecha de eternos vices, em Manaus, não tenho como negar o gosto do Nacional Fast Club por ser vice. Nos últimos 10 anos o Fast foi vice de tudo o que disputou e contra qualquer adversário: já consegui perder campeonatos para um time que mal saiu de um campeonato de peladas. Para não fugir à regra, no último sábado foi, de novo, vice. Desta vez, para o Princesa do Solimões, no primeiro turno do Campeonato Amazonense. Até o tabu da virgindade já caiu faz tempo e o Fast não consegue deixar de ser vice. Quando o time ganhará um título? Está mais do que na hora.

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Paneirão precisa, pelo menos, se manter

Não entendo nenhum tipo de reação relacionada ao fato de jogos de times de fora de Manaus sejam realizados na Arena Amazônia Vivaldo Lima, o popular Paneirão. Como manter um "Ninho de Pássaros" daqueles sem arrecadar dinheiro? Será possível que alguém imagina que, após o período da novidade, o estádio receberá grande público nos jogos locais? Não sejamos ingênuos, o Paneirão precisa, pelo menos, se manter, sem que o Governo do Estado tenha de injetar mais recursos públicos. Reagir ao fato de o jogo Vasco X Rezende, pela Copa do Brasil, ser realizado aqui só pode ser coisa de quem se enxerga como Porto de Lenha e ainda não foi capaz de vencer o provincianismo.

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Os solitários e viciados em Internet

Às vezes fico a imaginar que a Internet, principalmente com o advento das chamadas Redes Sociais, criou um exército de solitários e notívagos que "não se largam" um só minuto. Mas, como serem solitários se não se largam, não possuem nem tempo para dormir? Eis a questão. Talvez não sejam tão solitários quanto parecem. Ou precisem de um tratamento no estilo dos Alcoólicos Anônimos. Quem sabe não estejamos, todos, a precisar que se crie, urgentemente, um tratamento para os viciados em Internet?

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OBS: Post do dia 21/03/2014

A vitória dos pedestres na Djalma

Só pode ser encarada como uma vitória dos pedestres a instalação de um semáforo em frente a um Shopping Center de Manaus, localizado à Avenida Djalma Batista. Não foi nem uma nem duas vezes que, neste espaço, chamei a atenção de que até agentes de trânsito ajudavam a travessia no local, até então completamente irregular, de pedestres. Merece registro o fato de que há uma passarela antes e outra depois de onde instalaram um semáforo. A insistência de os pedestres descumprirem a lei transformou desobediência civil em lei. Mais uma comprovação de o que é proibido hoje amanhã pode ser totalmente legalizado.

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O insuportável trânsito de Manaus

O tema é recorrente e se agrava quando cai algum tipo de chuva na cidade: o caos nos trânsito. É impressionante o tempo que se perde em Manaus para descolamentos tão curtos. Inclusive porque não há mais deslocamentos tão curtos quanto antes por conta dos retornos quase inexistentes. Não sei se pelo calor ou pela cultura do desrespeito e "de se levar vantagem sempre no trânsito", dirigir em Manaus, a cada dia, fica mais insuportável. E nem se pode pensar em uma opção que deveria ser menos estressante, o transporte público: não tem qualidade e só aumenta o estresse de quem o utiliza. É preciso sair desta sinuca-de-bico com urgência.

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Assalto no preço do estacionamento

Dia desses ouvi em uma das rádios da cidade que a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Vereadores teria feito uma blitz nos estacionamentos dos shoppings de Manaus para verificar o cumprimento da "Lei de fracionamento". A matéria indicava que no Millenium Shopping "tudo estava normal e se praticava o fracionamento". Se não foi um engano, só pode ser a mais deslavada das mentiras. No Millenium não se cobra por estacionamento, se pratica uma espécie de assalto à mão-armada. Não há fracionamento e quem passar de 31 minutos paga a bagatela de R$ 6,00, antes cobrada por três horas de estacionamento. É um acinte e ninguém toma providências para proteger o consumidor.

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O mensalão oficial do PMDB

Não tenho outro nome que possa significar a pressão que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) faz contra a presidente Dilma Rousseff (PT) a não ser chantagem pura e simples. O discurso oficial que o Partido dos Trabalhadores (PT) assumiu após o escândalo do mensalão de que "ou se fazia concessões" ou não se poderia fazer as reformas parece se confirmar. Na base da chantagem, o PMDB quer mais cargos no Governo do PT, principalmente em época de eleições. É ou não é uma espécie de mensalão oficializado?

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A feira como termômetro financeiro

O mais eficaz termômetro para se mediar o comportamento dos preços em geral é observar como eles se manifestam nas feiras das cidades. Em Manaus, a Feira Municipal Governador Jorge Teixeira, popularmente denominada Feira da Manaus Moderna, é um desses lugares que se pode "sentir" não apenas o comportamento dos preços, mas, o andar da carruagem da economia. E, pelo jeito, temos perspectivas de uma crise em curso. Hoje, pela manhã, muitos dos boxes estavam fechados e os donos a reclamar do "dinheiro curto", ou seja, não conseguiram, durante a semana, vender o suficiente para efetivar capital de giro. Que a tendência não dure por muito tempo.

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Alta periculosidade na política do Amazonas

Os últimos fatos e as "armações" que querem tornar fato na política do Amazonas parecem indicar que se trata da atividade da mais alta periculosidade no Estado. Há algum tempo alertei em meus blogs que, no Amazonas, praticam o que chamei de "jornalismo resto-de-ontem", prática nociva de manipular fotos e fatos para denegrir reputações e incriminar pessoas. Ao que parece, a prática ganhou contornos maiores e passou a envolver parlamentares. Será possível que não sobra mais um restinho de dignidade nas relações entre as pessoas? Forjar provas para esquentar acusações parece ter virado regra no Estado.

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Infraero joga a toalha

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) parece ter entregue os pontos e jogado a toalha: anunciou que dos 12 Aeroportos por ela controlados, quatro não serão entregues antes do início da Copa do Mundo de 2014. São eles os aeroportos do Rio de Janeiro (Galeão), Curitiba, Porto Alegre e Fortaleza. Isso é o que se pode chamar de motivo para se ter vergonha alheia. Por enquanto, o legado da Copa é um papelão quanto à mobilidade aérea e urbana.

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O futebol do Norte que só afunda

Ontem, por curiosidade e pelo fato de o meu filho ser torcedor do Internacional de Porto Alegre, resolvi ver o jogo Clube do Remo x Internacional, pelo Copa do Brasil. Na linguagem do futebol, o Internacional aplicou "um sacode" de 6x 1 no Remo. Isso dentro do Mangueirão. O que eu vi foi de provocar decepção sem tamanho: um time medíocre, completamente dominado pelo adversário, que não é nenhuma joia do futebol brasileiro há tempos. Que saudade que me dá dos tempos em que o Remo dava pressão em todo adversário que aparecia em Belém, pela qualidade do time. Hoje, é uma caricatura de time de futebol e só comprova que o futebol do Norte, a cada dia, só afunda.

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Bons serviços: uma questão de cultura

Estou cada vez mais convencido que a boa prestação de serviços não é algo que possa ser apenas, digamos, "adquirido" com o tempo. Faz parte da cultura organizacional, do país, do estado, do lugar. Por conseguinte, das pessoas. Quem não tem o hábito salutar e individual de tratar bem o outro, muito provavelmente terá extrema dificuldades em tratar bem e ser bem tratado. Quando não se tem o bem servir como cultura, haverá, sempre, problemas nos serviços, quer nas empresas em geral quer, inclusive, nas prestadores de serviços.

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OBS: Post do dia 12/03/2014

Manaus dos buracos nas ruas

Por enquanto a Prefeitura Municipal de Manaus (PMM) tem o álibi das chuvas para justificar o tanto de buracos que existe nas ruas da cidade. "Quando o temporal passar", porém, o que se vai dizer? Não é possível que Manaus tenha a cara-de-pau de receber os seus tão sonhados turistas para a Copa do Mundo de 2014 com um aspecto tão decadente de cidade? Ou será que a Prefeitura não toma providências porque a ação conjunta de mobilidade prevista com o Estado é o deslocamento das pessoas à pé para a Arena? Respostas não tenho, mas, que fico extremamente incomodado, isso é inegável!

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Copa dará R$ 30 bilhões de prejuízo

Os entusiastas que enganaram o povo brasileiro vendendo a ideia de que teríamos um legado inigualável já começam a tirar o cavalo da chuva. A Federação do Comércio de São Paulo encomendou uma pesquisa para calcular qual o montante que os comerciantes terão caso não haja expediente normal dos dias de jogo do Brasil. Chegou ao montante de R$ 30 bilhões de prejuízo durante todos os dias do evento. Como Brasil investiu um montante de exatos R$ 30 bilhões para realizar a Copa, pelo menos do ponto de vista financeiro, a Copa não deixará nenhum tipo de legado, a não ser um prejuízo financeiro faraônico.

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Uma demonstração pública de irresponsabilidade

Hoje Manaus conseguiu sentir na pele a demonstração pública da irresponsabilidade de quem recebe a etiqueta de autoridade, mas, no fundo, tem enganação coletiva como prática recorrente. Em pleno domingo,  para um jogo entre Nacional de Manaus e Clube do Remo, do Pará, o trânsito da cidade parou a partir das 10h da manhã. Um caos de proporções inimagináveis se instalou. Nem mesmo eu, que alerto há tempos que o maior legado da Copa de 2014 é a mentira dos governantes, nos três níveis, Federal, Estadual e Municipal, fui capaz de imaginar o tamanho da confusão que nós, os mortais da cidade, teríamos de enfrentar. É revoltante a irresponsabilidade de quem dirige a cidade e o estado.

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Mindu ainda causará muitos prejuízos

Vizinho que sou do Mindu, bem próximo de onde cruza a Avenida Djalma Batista, posso dizer que acompanho o "humor" do Igarapé sempre que desaba um temporal sobre a cidade. Há prenúncio de que muitos prejuízos surgirão como resposta à ação de empresas, empresários e pessoas irresponsáveis que, a cada dia, invadem o espaço que, por lei, inclusive, deveria ser do Igarapé. Com a chuva de ontem para hoje, terrenos foram invadidos pelas águas. Como as margens do Mindu foram tomadas por obras e aterros, evidentemente, a fúria das águas será maior com novas chuvas. Algo tão óbvio mas que ninguém toma providências. Com a palavra, a Prefeitura Municipal de Manaus (PMM).

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A barbárie humana das ruas

Não me sinto tocado apenas quando um lutador morre em cima de um ringue. Toca-me muito mais a morte diária de alguns seres humanos, nas ruas, nas esquinas, nos viadutos. Ao ver, por exemplo, no meio da madrugada, uma adolescente, ou mesmo um homossexual, tenha de "fazer ponto" em alguma esquina da Djalma Batista ou qualquer outra rua ou Avenida da cidade. Não me conformo que se tenha de chegar a este ponto não por opção, mas, por necessidade de sobrevivência. É o que se pode chamar de barbárie humana nas ruas. Algo que não foi vencido pela humanidade.

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OBS: Post do dia 07/03/2014

Lutador morre por conta de nocaute

A pedra muitas vezes foi cantada neste espaço, nas minhas claras manifestações contra o vale-tudo, que muitos consideram esporte. Eu não! Para mim é uma demonstração de que a barbárie humana nunca sumiu. No máximo, fica latentemente recolhida. O termo manifesto aqui tornou-se real. O lutador de MMA congolês, Booto Guylain, de 29 anos, morreu em função da violência de um nocaute recebido. Quantos precisarão morrer para a sociedade reagir? E não continuem a me dizer que todos os esportes são violentos que ainda não fui convencido nem que UFC, MMA e outras siglas do gênero são esportes

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Gandaia e reflexão na festa de Momo

Enquanto uns se recolhem aos retiros, prostram-se diante de Deus como se fossem cordeirinhos (e nunca tivessem cometido um pecado sequer na vida), outros se entregam de vez à gandaia e só reaparecem (quando aparecem) na quarta-feira de cinzas. O Carnaval, tido com a festa de Momo, reinado de Momo ou coisas do gênero, tem este poder ambíguo: ou nos recolhemos ou caímos na gandaia sem limites. O importante é, para os que saem vivo dos, pelo menos, cinco dias de folia, tudo passa e hoje a vida volta ao ritmo normal. Que, certamente, não é o samba!

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A lógica do júri do Carnaval de Manaus

Em primeiro momento levei na brincadeira e fiz até piadas, como muitos (e muitas) fizeram na Internet. Mas, vejo que a decisão tomada parece ter alguma lógica jurídica. Algo, assim, como se poderia dizer, sei lá, uma Lei do Menor Prejuízo. Esse deve ser, por exemplo, o princípio jurídico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ): quando um juiz é pego com a boca na botija, por mais que mal esteja começando a carreira, é aposentado compulsoriamente. Pela Lei do Menor Prejuízo é melhor um juiz aposentado que a fazer traquinagens varas afora. Assim, também, funciona nos concursos públicos: quando uma questão foi elaborada de forma errada, anula-se a questão e os pontos vão para todos os candidatos. Todos os jurados do Carnaval de Manaus, portanto, estão absolvidos. Só espero que não levem, de quebra, uma aposentadoria vitalícia.

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Apuração do Carnaval de Manaus vira carnaval

A apuração do desfile das escolas de samba do primeiro grupo, em Manaus, chegou a um resultado que só mesmo um Carnaval pode chegar: todas as escolas de foram proclamadas campeãs. A alegação, aceita por todos, inclusive pela liga das escolas de samba, é que foram tantas as dificuldades que era melhor distribuir o título entre todas. Literalmente pode ser chamado de um Carnaval para ninguém botar defeito. Com o resultado, nenhuma escola será rebaixada, portanto, nenhuma, também, poderá subir. É como se os jurados tivessem olhado para o TJ-AM no julgamento dos processos contra o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e declarado todo mundo inocente. Logo, todas as escolas campeãs. Como torcedor vascaíno, fico a sonhar que a moda pegue rapidamente. Já pensaram se começamos a disputar campeonatos que, ao final, em função das dificuldades enfrentadas pelos times, todos são declarados campeões? O Vasco não perde mais nenhum título! E na Copa do Mundo? As seleções entram em campo, porém, por conta do calor insuportável, todos os jogadores desmaiam. Aí os árbitros chamam os jurados do Carnaval de Manaus que decidem pela vitória aos dois selecionados, mesmo sem terem marcado nenhum gol. É a glória! E viva Manaus! FIFA, prepare-se para o pior!

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Canetadas decisivas para mensaleiros

Não discutirei o mérito, mas, ficou evidente que as três últimas canetadas dadas pela presidente Dilma Rousseff(PT) foram fundamentais para livrar José Dirceu e Delúbio Soares do crime de "formação de quadrilha". A ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, rosa por duas vezes no nome, fez uma divagação matemática para dizer que aquele número de pessoas era muito "pequeno" para ser uma quadrilha. Com votos menos absurdos, porém, tecnicistas ao extremo, Luís Roberto Barroso e Teori Albino Zavascki também absolveram os mensaleiros do crime de formação de quadrilha. Como o resultado foi de seis a cinco em favor da absolvição, o que se viu foi uma reformulação da decisão inicial do STF baseada matematicamente em três ministros nomeados por Dilma Rousseff que não participaram de nenhum fase do processo. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, soltou o verbo. Infelizmente, terá pouco eco e a vida continuará com os mensaleiros a navegar em céu de brigadeiro. Uma pergunta: além da multa, serão obrigados a devolver o dinheiro que surrupiaram?

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O Carnaval da Copa do Mundo

Após várias ilações sobre o que ocorrera ontem para Manaus ficar tão engarrafada, amigos inferiram que uma das possibilidades eram as ruas bloqueadas para os blocos do Carnaval. Aí dei um salto mais adiante e passei a imaginar o que será de nós, moradores dos bairros próximos à Arena da Amazônia Vivaldo Lima (o Vivaldão, também conhecido, na versão moderna, como Paneirão). Com o espetacular e exemplar Programa de Mobilidade feito com base em ruas fechadas para veículos e longuíssimas caminhadas até se chegar ao Estádio, Manaus inaugura, talvez, o primeiro programa mundial de mobilidade que só se usa as pernas. Ninguém poderá dizer que não se trata de uma mobilidade pra lá de politicamente correta. Isso sim é botar o Bloco Manaus na rua para todos irem à pé até o Estádio!

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OBS: Post do dia 01/03/2014

Manaus tomada pelos carros

Ao tentar saí de casa hoje senti-me como se estivesse em uma praça de guerra, em uma cidade sitiada. Depois de tentar sair do Vieiralves de todas as maneiras, sem muito sucesso, passei a imaginar o que teria causado tanto caos no trânsito? Não cheguei a nenhum conclusão plausível, apesar de muitas inferências. O que vi, para piorar o trânsito, era viaturas do Ronda no Bairro, com as sirenes ligadas, como se estivessem em missão. Não posso dizer que não estavam, mas, se assim não fosse, cometiam um abuso de poder dos mais graves. Além de piorarem mais o já caótico trânsito.

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OBS: Post do dia 28/02/2014